O dia não estava nada ruim. O Sol batia em todos os pontos do parque,e as regiões debaixo das árvores, onde estava Megan Macfly, era excessão. A empresária estava fazendo contas, contas, e mais contas. Ela estava preocupada com o crescimento desordenado e exagerado da cidade, e ao mesmo tempo, com essa pontada no coração, desenhava númerospensando na próxima aposta do ano. Ela era responsável, atualmente, por patrocinar alguns concursos que a empresa em que trabalhava realizava, e eles estavam custando muito caro.Mas o dinheiro não era seu mesmo, então para quê toda preocupação? Ah, é. Pelo que estava sabendo, quanto mais dívidas a empresa teria, mais dificuldades eles teriam para procurar candidatos aplicados e que se encaixassem em todos os requisitos pedidos. Até porque, eram muitas viagens para se fazer; os candidatos moravam muito longe um do outro. Os requisitos eram: Ter mais de 18 anos, estar inconformado com a vida na cidade atual e estar procurando por mudanças nela, e o mais importante: Ter um sonho. O sonho de ser um Popstar. Megan, a loira de cabelos macios e grandes demais, resolveu fechar seu caderninho preto e esfriar um pouco a cabeça. Suspirou cansada. Hoje seria a primeira visita que faria, e pior, sozinha. Parece que seu marido e parceiro de trabalho, CC., não a acompanharia nessa viagem.

A loira levantou de seu lugar e caminhou para fora do parque, observando a quantidade estúpida de pessoas rodeando seu carro. Eram adolescentes, conversando muito alto. E... espera! Eles estavam com uma lata de Spray nas mãos? E seu carro... que mancha verde era aquela no seu Lamborghini prata?

- O que é isso?!... Voltem!! Voltem aqui! -Megan gritou, percebendo que os adolescentes estavam fugindo com seus skates. Só o que conseguiu perceber de longe foi que eram quatro meninos e uma menina. Ou dois meninos e duas meninas. Ok, não deu pra identificar muito bem o sexo da quarta pessoa à direita.As adolescentes de hoje em dia se vestem como homens, sabe. Macflay até tentou correr atrás das pestes, mas seu salto, preto e charmoso, desprendeu-se. Aproximou-se do carro e suspirou, vendo a marca dos marginais em um tom de verde, estampada no para-choque. Ela sacou seu celular do bolso, repousando o caderninho debaixo do braço, e passou a discar para o marido, afim de contar o que tinham feito no carro. Ele iria surtar, mas era melhor avisar logo. Vai que teria algum conserto, mas que só funcionasse se aplicado na hora.

Megan Macfly torceu para que os adolescentes com os quais teria que passar seis meses não fossem como os adolescentes que tinha contato aqui na Cidade Grande. Mas quem iria saber?