Suficiente escrita por Oraculo


Capítulo 4
Epílogo




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Epílogo

 

Leah não voltou à cafeteria.

 

Foi despedida por ter faltado apenas um dia de trabalho e a verdade é que não estava ligando muito. Conseguiu um novo emprego em apenas uma semana, em uma biblioteca e pouco tempo depois juntou dinheiro suficiente para poder comprar o apartamento que alugava.

 

Não voltou a ver Dane desde o dia que o beijou, fazia três meses. Mas também não se importou em procurá-lo. Dizia-se que o cara era uma boa pessoa, mas que tinha aparecido no momento errado. Perguntava-se sem qualquer intenção se as coisas teriam sido diferentes se ela tivesse sido diferente.

 

Nunca encontrava a resposta.

 

Não seguiu caçando sua impressão. Terminou aceitando que para ela a vida não era assim e que às vezes, simplesmente as coisas não são como se deseja.

 

Voltou a freqüentar as aulas de controle de raiva. Demorou longos quatro meses para voltar a ser totalmente humana outra vez, controlar-se o suficiente para não entrar mais em fase e conseguiu mudar. Já não era mais tão amarga e cínica, e depois de tantos anos pôde voltar a ser normal.

 

Voltou a La Push, nove meses depois de ter recebido uma carta, para visitar o filho de Emily, o pequeno Adam. Era um menino muito lindo. Tinha os olhos escuros da mãe e as covinhas de Sam. Leah jamais esqueceria a forma com que o menino sorriu quando a viu a primeira vez, como se a conhecesse desde sempre, como se a estivesse esperando todo esse tempo.

 

Foi como se as feridas tivessem sarado definitivamente e tudo finalmente se encaixado.

 

E a vida continuou.

 

 

oOo

 

 

Onze meses mais tarde, Leah continuava trabalhando na biblioteca.

 

Reclamava baixinho.

 

Hoje era o dia de ordenar os livros do corredor II alfabeticamente.

 

Subiu as escadas com cuidado, com uma pilha de livros na mão. ‘O morro dos ventos uivantes’ e ‘Orgulho e preconceito’, os grandes clássicos, descansavam em seus braços, esperando voltar a suas estantes.

 

- Merda. – murmurou, quando Berenice caiu no chão com um sonoro estrondo.

 

Ressoando em desagrado, desceu das escadas com cautela. Nunca se esqueceu do dia que levou um baita tombo daquela escada, espatifando a estante e espalhando os livros. Ficou a noite toda para que arrumasse tudo.

 

Se assustou quando viu uma mão pálida lhe oferecer o livro antes caído no chão.

 

- Obrigada. – franziu o cenho um pouco desconcertada. Sabia que já o conhecia de algum lugar.

 

E o reconheceu no exato momento que ele falou.

 

- De nada. – Dane sorriu calorosamente, como sempre lembrava que ele fazia. – E correndo o risco de soar repetitivo ainda depois de um ano, Leah. Você gostaria de tomar um café comigo?

 

(E então ela entendeu.

 

Não era sua impressão e nunca seria, mas isso não evitava que pela primeira vez em anos sentisse essa estranha sensação de conforto no peito.

 

Não esperava que tivesse a sensação de que talvez depois de tudo, ela também teria seu final feliz nem a repentina expectativa, como dizem, que finalmente teria sua recompensa.

 

Não era sua impressão, e nunca seria; era Dane, só o Dane, e talvez para Leah aquilo fosse suficiente.)  

 

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Notas finais do capítulo

N/T: Acaaaaaaaabou. E eu me acabei de chorar!!!!!! Vou encher o saco da autora pra ver se ela faz uma contiuação! O que vocês acham? Mas só se esse capitulo tiver no mínimo 5 comentários!

Pessoas, criem vergonha na cara e comentem neh! Heahaeah