– Ora, ora, se não é minha querida mamãe com o seu genro perfeito, ou não tão perfeito assim - Sebastian ria enquanto eles estavam assustados, a expressão deles obviamente o divertia, como o medo alimenta um monstro, e naquele momento, o monstro era ele

– O que você está fazendo aqui? - Jace disse entre os dentes, ele estava se segurando para não pular e começar a socar a cara do garoto que estava ali, isso faria ela odiá-lo mais ainda, mas foi por causa desse... garoto que ela não era mais aquela Clary, a sua Clary.

– Não é nada pessoal, mas Clary sente falta de sua mãe, e ela estava aqui, quero que ela escreva uma carta falando que não quer mais saber de sua filha inútil, que não a considera mais da família e que não quer que ela volte, que fique onde está. - Ele sorria enquanto falava, como pode alguém dizer que ama uma pessoa e começa a destruir os seus sentimentos?

– Eu nunca vou escrever alguma coisa do tipo! - Ela estava chorando, não precisava ser nenhum gênio para perceber, ela sabia que iria acabar escrevendo isso, ele iria usar suas chantagens.

– Nós três sabemos que vai escrever, posso começar a envenenar ela, o que acha? Ou então tortura-la, isso parece uma boa, ela não anda muito obediente, posso matar seu querido genro nesse momento, posso fazer ela ver a mãe dela morrer pelas mãos do seu ex amor, ah, posso fazer tantas coisas divertidas e no final ter o que eu quero, então, mamãe - Um sorriso demoníaco surgiu com a última palavra - não torne as coisas mais difíceis para você. Aqui, um papel e uma caneta, não se importa se usarmos sua mesa, certo Jonathan? - Ele não queria sair dali apenas com aquela carta, queria sair dali deixando a certeza que a Clary nunca mais voltaria para ele, nunca mais.

– Não, mas no final, não tem problema nenhum com o que eu me importo, você acaba usando ou roubando de mim, não é mesmo? - Dor, era o que transbordava de seus olhos e de suas palavras, ele sentia tanta falta dela.

– Sim, mas você ajuda a perder essas coisas, simplesmente, sendo você. - Aquelas palavras o machucavam profundamente, porque no final, aquilo acabava sendo verdade.

– Aqui está, vá embora com essa carta, você sabe que se machucar um de nós Clary vai te odiar ainda mais, não é? - Jocelyn interferiu naquela pequena discussão, ela sabia que se não parasse as coisas iriam se tornar mais difíceis.

– Sei, e também sei que o ódio que ela sente por mim nunca irá ser tão grande quanto o ódio que ela sente por ele. - E foi embora, rindo, e seu riso ecoava pelos corredores da casa e pelo o que sobrará do coração de Jace