Andrômeda acordou assustada e coração disparado. Não havia uma noite nos últimos doze anos que a bruxa não tivesse pesadelos com ele. Eram sempre lembranças de sua infância, começavam lindas e depois tudo desmoronava. Sirius sempre se machucava gravemente, tudo o que ela fazia era observar paralisada a morte lenta dele.

Daquela vez o subconsciente havia sido bondoso com Andrômeda. Pela primeira vez ele não morreu após agonizar por tanto tempo, ela conseguiu se mover. Tinha o salvado. Seu adorado primo estava vivo. Só a perna esquerda dele que fora punida com rasgos profundos fazendo jorrar sangue como uma cachoeira rarefeita.

- Andy. – a voz de Sirius era carregada de alívio – Estou livre! – o sorriso cúmplice que eles trocaram tantas vezes estava ali. A bruxa foi até o primo e o abraçou forte, matando a saudade, permitindo se afundar em uma paz que parecia ser impossível até aquele momento. Andrômeda sentia vontade de falar, mas o nó se formou em sua garganta e a fechou. Até respirar era difícil!

Permitiu-se sorrir porque tudo estava bem. Havia sido o melhor sonho dela em tempos, Sirius iria conseguir sair daquela maldita prisão algum dia, Andrômeda sentia isso, ela acreditava na inocência dele. No dia em que o primo conseguisse ser livre, não importasse a maneira que Sirius saísse daquele lugar horrendo, Andy seria uma mulher muito feliz.