Destiny escrita por Mavie Paiva, My dear heart


Capítulo 1
Parte 1 de 3


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Essa é a nossa primeira fic de Vampire Academy, no meu caso ( MavieP ) segunda no Nyah e no da Larissa a primeira aqui. Então, por favor comentem e digam o que estão achando.A fic vai ser dividida em três partes, espero que gostem, porque nós duas temos outras fics de VA sendo preparadas.



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POV Dimitri Belikov

– Você só pode ser um idiota se acha mesmo que eu iria querer alguma coisa com você! – Tasha gritava diretamente para mim e eu sentia que meu coração estava quebrando em mil pedaços – Você é asqueroso. Um assassino da pior espécie. – ela continuava gritando – Você matou o meu Ethan! Meu amor!

Deixei cair as flores e o anel que eu havia trazido para ela. Não acredito que ela tinha algo com ele.

– Ethan? – perguntei temendo a resposta.

– Sim, Ethan! Nós íamos fugir juntos e você o matou! Fez isso para que nós não pudéssemos ter o nosso final feliz. – eu nunca tinha visto a Tasha com tanto ódio.

Depois de uma denúncia como essa, eu não poderia simplesmente ficar calado. Não importa o quanto meu coração estava quebrado.

– Como você ousa me acusar de uma coisa dessas? – perguntei com a minha raiva quase igual a dela – Você sabe que ele era meu melhor amigo! – gritei para ela – Eu teria feito qualquer coisa que eu pudesse para salvá-lo. Mas não tinha nada que eu pudesse ter feito.

– MENTIROSO! – ela gritou e começou a dar murros no meu peito, acho que ela queria quebrar o meu coração com as próprias mãos.

Afastei-me dela de uma forma um pouco rude, mas não tinha como evitar, eu estava com muita raiva e muito magoado com o que ela tinha feito, ou melhor, com o que elas estavam fazendo e falando. Eu a tinha pedido em casamento e é assim que ela me trata!

Tasha olhou para os livros e para o anel que estavam no chão. Chutou a caixinha com o anel e começou a pisotear as flores. Isso para mim foi a gota d’água. Peguei meu casaco, amargurado e fui para a porta.

– Seja feliz com seu marido cadáver. – cruel, eu sei, mas eu não podia simplesmente deixar passar o que ela tinha feito comigo.

Saí do apartamento batendo a porta, entrei no meu carro e comecei a chorar como nunca antes tinha feito.

Xxxxx

Eu estava chegando ao bar do Abe, um companheiro de longa data. Eu tinha me afogado em lágrimas, por horas antes de conseguir sair do lugar.

Assim que entrei, dei de cara com Abe.

– Fala Dimitri! – ele me cumprimentou alegremente antes de perceber como eu estava – O que aconteceu? – perguntou preocupado.

– Estou tendo a pior noite da minha vida Zmey – usei seu apelido, a Serpente. Abe tentou lutar contra quando o apelido surgiu, mas no fim acabou aderindo ao apelido.

– Então, está saindo uma vodca russa especial para você meu chapa! – ele falou entrando na dispensa e pegando uma garrafa com a bebida.

Isso é o melhor em Abe, ele não pressiona você para falar o que está acontecendo, mas sempre sabe o que fazer para ajudar. Claro que isso é apenas com os amigos dele, como eu. Afinal, ele não foi apelidado de Zmey por nada.

– Sabe, minha filha veio de New York para me visitar. Ela está lá em cima com a mãe. – Abe começou – Eu queria te apresentar, mas aconteceu o acidente e eu preferi deixar para uma próxima vez.

– Realmente é melhor deixar para a próxima, não estou em condições de conhecer ninguém. – falei pegando a garrafa.

Bebi toda a bebida da garrafa em praticamente um único gole e Abe me fez a caridade de me trazer uma segunda que eu bebi na mesma velocidade com a qual havia bebido a primeira. Quando eu ia pedir uma terceira garrafa, Abe me negou.

– Eu não quero ter que levar você para um hospital em coma alcoólico rapaz! – Abe falou se aproximando de mim e pegando minhas chaves no casaco – Você não vai precisar disso hoje.

– E como eu vou para casa? – perguntei.

– De taxi. – ele falou simplesmente.

– Eu quero beber Abe, ainda estou lúcido. – reclamei, as memórias do meu encontro com Tasha ainda estavam muito vívidas.

– É isso que prova que você está completamente bêbado! – Abe falou – Isso e o fato de eu estar sentindo o seu bafo de álcool daqui.

– Tá, – falei me levantando e derrubando o banco em que eu estava sentado – vou para outro lugar.

Saí do bar e pude ouvir Abe gritando por alguém, acho que era uma mulher, mas não fiquei lá tempo o suficiente para saber.

Caminhei sem rumo por uns três quarteirões até desabar e começar a chorar outra vez, sentado no chão.

Como eu fui me envolver tanto com uma a ponto dela me deixar nesse estado?

Não tive tempo para pensar nisso, porque alguma coisa, ou melhor, alguém tropeçou em mim e se estabanou no chão, com metade do corpo por cima de mim e a outra metade na calçada.

– Mas que merda! – gritamos ao mesmo tempo.

Ela conseguiu se sentar com um pouco de dificuldade, acho que a queda foi pior do que pareceu ou Abe tinha razão e eu estava mesmo bêbado e minha mente estava modificando o que eu via.

– Por que diabos você está sentado na calçada? – ela perguntou emburrada.

– Por que você estava correndo no escuro? – retruquei.

Ela hesitou em responder e pelo canto do olho vi que ela me olhava zangada.

– Para a sua informação, eu não estava correndo! – se defendeu – Estava apenas andando rápido.

Soltei uma gargalhada.

– Claro, é totalmente diferente. – falei – Mas, para a sua informação: estamos os dois sentados na calçada agora.

Ela revirou os olhos e bufou, depois pegou de dentro da sua bolsa uma garrafa, tirou a tampa e derramou o conteúdo na minha cabeça. Era água. Muito gelada.

– Tá doida? – perguntei com raiva – Quer que eu pegue uma pneumonia?

– Não seja dramático! – ela ralhou – E não está tão frio assim.

– Desde quando não faz frio em Montana? – perguntei ainda mais zangado.

– Desde quando estamos no verão! – ela retrucou – E você está claramente bêbado. Precisa ficar lúcido.

– Quem disse que eu quero ficar lúcido?

– Quem disse que eu me importo com o que você quer?

Essa mulher já estava me tirando a paciência. Mas ela tinha razão, eu estava ficando mais lúcido depois do banho que ela me deu.

– Quanta educação! – falei sarcástico.

– Obrigada! – ela disse com um sorriso sarcástico e convencido – Está se sentindo melhor?

– Minha mente está mais clara. – admiti.

Ela começou a mexer na sua bolsa outra vez e dessa vez pegou uma garrafa térmica.

– Outro banho não, por favor! – pedi um pouco receoso.

Ela soltou uma gargalhada.

– Não se preocupe camarada, é só café. – ela falou estendendo a garrafa para mim – beba, vai melhorar.

Peguei a garrafa meio desconfiado, mas fiz o que ela mandou. O café estava delicioso e eu tive a impressão de que já tinha bebido daquele café em algum lugar. Ela me observava tomar o café em silêncio, parecia estar me examinando e quando eu estava na metade da garrafa já estava bem mais lúcido e pude analisa-la melhor.

Percebi que ela é absolutamente linda.

Tinha uma pele na cor do interior de uma avelã, lindos olhos castanhos e longos cabelos tão escuros que pareciam quase pretos. Tinha a face de uma princesa do oriente. E o corpo? Uau! Não deixava nada a desejar. Mesmo com o casaco leve que ela estava usando, dava para perceber que ela tinha curvas perfeitas e seios fartos. Ela poderia muito bem ser uma bailarina, pois tem o mesmo porte elegante que minha irmã mais nova Viktoria.

Ela com certeza é a mulher mais bonita que eu já vi em toda a minha vida.

Terminei de tomar o café e ela pareceu satisfeita. Praticamente todo o efeito do álcool tinha passado.

– Sabe, uma boa conversa é melhor do que a bebida para resolver problemas – ela disse – e também não te deixa de ressaca. – ela falou me lançando uma piscadela cúmplice – Então, quer me contar?

Geralmente eu não falo da minha vida pessoal para as pessoas, muito menos para estranhos. Mas alguma coisa nela me dava vontade de lhe contar até meu maior segredo.

– É uma longa história. – falei.

– Temos muito tempo. – ela completou.

– Tudo bem! – cedi – Duas semanas atrás meu melhor amigo Ethan morreu em missão. – comecei.

– Missão? – ela perguntou confusa.

– Sim, eu sou policial de campo.

– Tá explicado. Pode continuar!

– Bem, ele morreu e isso me fez ver que eu precisava dar valor as pessoas que eu amo – continuei – aí entra a minha namorada, bem agora é ex namorada, Tasha. Nós namorávamos a 3 anos e eu resolvi que estava na hora de dar um passo na relação – ela me olhava sem perceber o problema na minha história, mas não me interrompeu – Hoje eu a pedi em casamento, porque eu tinha certeza de que a amava, mas ela teve um ataque de ira, só não me chamou de gente. – ela pareceu estar com pena de mim – Disse que eu era idiota se achava que ela ia querer algumas coisa seria com alguém como eu.

– Isso é horrível! – ela falou.

– Mas não é o pior. – falei e sentia mais lágrimas chegando aos meus olhos, mas não queria chorar na frente dela.

– Tem coisa pior? – ela perguntou com as mãos no rosto.

– Tem. – continuei – Ela me acusou de ter assassinado o Ethan. Disse que eles iam fugir juntos. Disse que eu o matei para impedir que a felicidade deles. – falei – Meu melhor amigo estava tendo um caso com a minha namorada.

– Que pessoas horríveis! – ela falou zangada e eu não consegui segurar as lágrimas.

Ela me puxou para um abraço e eu retribuí, chorando em seu ombro. Pode parecer gay, mas experimente ser traído pelas pessoas que você mais ama e ser humilhado pela sua namorada logo depois de a ter pedido em casamento e depois você pode julgar a minha reação.

– Eu realmente não queria estar na sua pele, Camarada! – ela falou – Desculpe, sou péssima para consolar as pessoas.

– Está fazendo melhor do que a encomenda – falei tentando tranquiliza-la.

– Acho melhor eu chamar um taxi para levar você pra casa. – ela disse.

– Pode fugir assustada agora – eu falei – deixa que eu me viro.

– Não posso. – ela falou.

– Não sinta que tem alguma obrigação comigo.

– Não sinto. – ela disse – Mas, eu realmente não posso fugir. – ela falou e levantou a barra da calça no lado direito, deixando à mostra a canela que estava toda enfaixada – A queda piorou meu machucado. Não consigo levantar sozinha.

– Sinto muito por isso. – falei honestamente.

– Não sinta. Você está em uma situação pior do que a minha.

Ela pegou o celular na bolsa e chamou um táxi, deu o endereço do local onde estávamos e desligou. Ficamos esperando em silêncio depois disso, mas não foi desagradável.

Quando o táxi chegou, eu me levantei meio tonto, mas nada comparado ao que estava antes, quando cheguei aqui. A ajudei a levantar e ofereci uma carona, mas ela recusou.

– Não precisa, minha casa é perto daqui.

Eu estava quase entrando no táxi, mas ouvi ela me chamar:

– Ei Camarada! – ela chamou – Me promete uma coisa?

– Depois de toda a ajuda? Qualquer coisa! – respondi.

– Prometa que não vai mais beber dessa maneira.

Pensei no que ela havia me pedido por um instante e resolvi aceitar.

– Eu prometo. – falei e entrei no táxi.

Xxxxx

Se passaram duas semanas desde o incidente com “aquela que não deve ser nomeada “ e meu escândalo no bar do Abe. Não tive nem mesmo coragem de ir pegar meu carro no dia seguinte, pedi para um dos iniciantes ir pegar.

Depois de pensar muito, resolvi dar um novo rumo para minha vida, descobri que estavam precisando de um novo membro na criminalística de New York e consegui a transferência. Com a ajuda da minha irmã mais nova, eu tentaria me adaptar em meu novo lugar.

Eu estou com um pressentimento positivo. Não sabia o que significava, mas eu estava com uma boa expectativa sobre isso. Porém, antes da mudança eu tinha uma última coisa a fazer aqui em Montana: me despedir daquele que foi um ótimo companheiro por tantos anos. Abe Mazur, Zmey.

– Olá Abe! – falei cumprimentando Abe que estava distraído enquanto cuidava do bar.

– Oi Dimitri, como vai? Espero que esteja melhor.

– Ah sim, sinto muito Abe. Peço desculpas pelo meu comportamento naquele dia. – falei envergonhado.

– Sem problemas, você não foi o primeiro e nem será o último camarada! – esse camarada me soou tão familiar.

– Mesmo assim, muito obrigado. Você não tinha que me aturar. Mas, eu vim aqui para me despedir. Estou me transferindo para a criminalística de New York. Não posso dizer que vou sentir saudades desse lugar, porque vai levar algum tempo para me recuperar totalmente. Todavia, de você eu vou sentir falta.

– Tem certeza disso Dimitri? Não está sendo muito precipitado?

– Eu pensei muito nisso Abe. Aqui, não vou conseguir superar, correndo o risco de encontra-la em qualquer lugar.

– Então, eu só posso te desejar boa sorte. Espero que você encontre paz e alguém que te ame de verdade. Mas, sem esquecer que antes de sermos amados precisamos nos amar. Credo, que coisa melosa o que eu acabei de dizer, mas está valendo.

– Eu sei Abe, obrigado por tudo! – falei apertando a sua mão.

– Por nada. – ele respondeu – Se precisar sabe como me encontrar. – saí do bar.

Fui para o taxi que me levaria para o aeroporto mais próximo.

Xxxxx

Eu já estava em New York a mais d uma semana e meu apartamento estava praticamente todo arrumado. O quarto de Viktoria foi o primeiro lugar da casa que eu arrumei. Eu mesmo decorei o local, com o maior cuidado do mundo. Três das quatro paredes estavam pintados com um tom bem claro de laranja, a cor favorita dela e a parede atrás da cama estava com uma tinta branca com um desenho em preto e branco de uma foto dela dançando, Viktoria ama a dança.

Eu coloquei algumas prateleiras e uma escrivaninha para seus estudos e livros pessoais, como eu, ela também ama ler. Também coloquei uma televisão de 60 polegadas, com TV a cabo e um aparelho de Blu-Ray, com seus filmes favoritos alinhados. Na outra parede ficava o guarda-roupa que pegava praticamente toda a parede e tinha algumas roupas que uma estilista havia escolhido e por fim a porta do banheiro que era todo branco com alguns detalhes prateados e dourados com uma clave de sol dourada pintada em uma das paredes.

Sim, eu me esforcei bastante na decoração deste quarto, porque assim que ela soube o que havia acontecido comigo, Viktoria se dispôs a vir morar aqui comigo e deixar toda a sua vida na Rússia. Eu queria que a sua estadia aqui fosse o melhor possível.

Peguei as chaves do carro e fui para o aeroporto buscar a baixinha que chegaria em no máximo uma hora.

Xxxxx

– Dimka! – ouvi a voz familiar me chamando e virei em sua direção.

– Oi Viktoria! – falei e ela pulou e meus braços.

– Senti sua falta! – ela falou se afastando e me deu um tapa bem forte do braço.

– Ai! Por que você fez isso?

– Yeva que mandou. – ela deu de ombros – Era para ser um chute nas bolas, mas eu sou boazinha. – falou me lançando uma piscadela.

– E por que ela mandou você me bater?

– Horas, não é óbvio? Você não nos visita a quase dois anos.

– Você sabe que eu estive sem tempo! – me defendi.

– Eu sei, mas a vovó não se importa com isso, apenas com o fato de que você não aparecia a muito tempo. – ela retrucou.

– Tá, vamos pegar sua bagagem. – falei a abraçando de lado.

Pegamos sua bagagem e voltamos para o apartamento. Assim que entramos ela começou a analisar o local espaçoso na sua frente.

– Nossa, é muito bonito Dimka! – ela elogiou.

– Espere só até ver o seu quarto.

– Me mostra! Me mostra! Me mostra, por favoooor! – ela pediu dando pulinhos.

A guiei até a porta do seu quarto e a fiz fechar os olhos, a coloquei no centro do quarto e permiti que ela abrisse os olhasse o local. Viktoria ficou girando boquiaberta examinando o quarto.

– Gostou?

Ela começou a pular e gritar animada e me deu um abraço bem apertado.

– É perfeito Dimka! O melhor do mundo!

– Que bom que você gostou. – falei sincero – Agora senta aqui! – apontei para a cama – Precisamos conversar.

Ela sentou e ficou esperando que eu falasse. Expliquei para ela o funcionamento do colégio em que a matriculei e depois liguei para um restaurante e pedimos comida, depois voltamos a conversar.

– E eu consegui um teste para você em uma das melhores academias de dança da cidade. – falei lhe entregando o panfleto da academia.

– Que demais! Essa academia é famosa até na Rússia Dimka!

– Seu teste é na próxima semana.

– Eu vou treinar bastante.

Depois disso nós jantamos, Viktoria tomou um banho – depois de surtar de alegria ao ver suas roupas novas e o banheiro – e depois foi dormir, porque ela estava muito cansada depois da longa viagem.

Xxxxx

Hoje é o teste de Viktoria e ela está ficando doida de tão nervosa. Eu tentei acalma-la de todos os jeitos que eu sabia, mas nada estava deu certo.

– Vamos Dimka! – ela gritava da porta – Desse jeito eu vou me atrasar! – mas que menina exagerada.

– Viktoria ainda falta uma hora e meia para o seu teste e a academia fica a meia hora daqui.

– Mas pode ter um engarrafamento!

– Tá bom, vamos logo!

Ela estava com um coque tão apertado que eu fiquei surpreso pelo fato de seus cabelos ainda estarem fixos na cabeça. Usava uma roupa de moletom, mas com um ar sofisticado, com uma sandália rasteira e sua mochila de dança estava pendurada no ombro.

Saímos e mesmo o trânsito estando bem ruim, ainda chegamos meia hora antes do teste e nós dois ficamos na sala de espera. Vinte e cinco minutos depois uma jovem loira de olhos verdes chegou.

– Olá eu sou Vasilisa Dragomir e vou fazer o teste com a senhorita Belikova. – ela se apresentou.

– Olá! Eu sou Dimitri Belikov, irmão de Viktoria. – falei cumprimentando-a.

– Muito prazer senhor Belikov! – depois de falar ela se virou para Viktoria – Você chegou na hora, está de parabéns senhorita. Pontualidade é uma característica que prezamos aqui.

Viktoria ficou corada.

– Me acompanhe senhorita. Você terá cinco minutos para se preparar para o teste.

Fiquei esperando por quase duas horas na sala de espera e estava quase dormindo quando Viktoria apareceu no local acompanhada de Vasilisa.

– Tchau Lissa, - Lissa? – até a próxima semana! – ela falou e as duas se abraçaram.

– Tchau querida, estamos esperando você na equipe. – a loira falou e se retirou.

Viktoria se virou para mim e se aproximou sorrindo.

– Passou? – perguntei o óbvio.

– Melhor que isso?

– Melhor?

– Elas me querem na equipe de competição de elite da academia! – ela parecia ser capaz de sair voando de alegria.

– Que ótimo Viktoria! – falei a abraçando.

– São duas professoras exclusivas para a equipe. Lissa é uma delas. Vou conhecer Rosemarie Hathaway na minha primeira aula.

– Por que não a conheceu hoje?

– Ela está afastada porque se machucou. Então tirou licença médica e depois férias. – ela explicou – Lissa disse que ela aproveitou a folga para visitar os pais, que ela não visitava a muito tempo. Enfim, vou conhecê-la na segunda.

Rosemarie Hathaway. Tive a impressão de já ter ouvido esse nome, mas não conseguia me lembrar de onde. Deixei essa impressão de lado e voltei a minha atenção para a minha irmã.

– Precisamos comemorar. – anunciei.

– Cinema? – ela perguntou.

– Cinema. – confirmei.

Xxxxx

Enquanto eu dirigia para o cinema, Viktoria olhava em seu celular quais os filmes que estavam em cartaz.

– Dimka! O filme Cavaleiro Solitário está em cartaz. É com o lindo do Johnny Depp.

– A parte do lindo eu não sei, mas ele é um ótimo ator.

– Então está escolhido o filme que vamos assistir.

É engraçado, das minhas três irmãs, Viktoria é a que mais se parecia comigo e não só na aparência, nós tínhamos os mesmos gostos de leitura: romances de faroeste, mesmos filmes favoritos e até a dança, mesmo que eu não tivesse nem mesmo a metade do talento dela, eu conseguia me virar bem.

Chegamos ao cinema e compramos nossos ingressos. Como ainda faltavam vários minutos para o início do filme, resolvemos tomar um sorvete. E até nisso somos parecidos: nós dois temos como preferido o sorvete duplo de chocolate com calda de menta.

– Sabe Dimitri, - eita, ela me chamou de Dimitri, já sei que é um assunto sério – eu estava muito nervosa com meu teste hoje. Eu não sabia se estava preparada para estar em uma academia tão requisitada. Obrigada por permitir que meu sonho se torne realidade e também por me apoiar quando eu estava quase tendo um ataque hoje mais cedo.

– Viktoria, você tem que ter a consciência de que é muito talentosa. Não deixe que ninguém te diga de que você é menos do que isso. Eu sabia que nem mesmo o melhor seria o suficiente para o tamanho do seu talento.

– Muito obrigada Dimitri, você é uma pessoa muito gentil! – ela estava mais vermelha que um tomate.

– Eu sou mais realista do que gentil.

– Você é o melhor irmão que eu poderia ter.

– Nossa, isso está ficando emocional demais. Vamos para a sala de cinema que o filme vai já começar.

– Mas eu quero pipoca Dimka! – pediu com olhar de cachorrinho pidão. Não tinha como negar.

– Tudo bem, mas vamos logo.

O filme foi muito divertido. Com o Johnny Deppno elenco, não se podia esperar outra coisa. Passamos uma tarde bem legal, como a muito tempo não fazíamos. Por um momento senti como se tudo na minha vida estivesse equilibrado, nos eixos. Mas, como sempre, uma sensação de que faltava algo me atingiu.

Eu sei que deveria me conformar com o que eu tenho: uma irmã ao meu lado que me ama e que eu amo também e um trabalho que possibilita que eu tenha uma vida confortável e sem problemas financeiros. Acho melhor parar de pensar nessas coisas e por enquanto só curtir a companhia da minha irmã.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Queremos comentários!!!
Não sejam fantasminhas, se manifestem!
Acho que amanhã ou no mais tardar depois de amanhã vamos postar a parte 2.
Beijinhos! XOXO

P.S: quem tem conta no Nyah, por favor clica para acompanhar a história, assim vamos poder saber quantas pessoas estão lendo. :)



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