Because Love Always Win escrita por Lady Salvatore


Capítulo 1
Capítulo Único - Because Love Always Win


Notas iniciais do capítulo

Hello você que pode ou não vir a ler esta one shot!

Eu a escrevi porque não gostei do que houve com o casal Lola e Remy (ou Julien, como preferirem) no final da season um de Reign. Portanto, resolvi contar a história deles com um final diferente.



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Há quem pregue por aí que o amor só se constrói e que só sobrevive com base na verdade, desde o princípio. E embora Lola tivesse acreditado nisso por muito tempo, agora ela precisa discordar com fervor. Afinal, se apaixonara em meio a uma mentira, e nem mesmo a verdade havia feito seu sentimento vacilar a ponto de se partir.

Ela também errara de início, é fato. Aceitara o pedido de casamento de Julien e escondera a gravidez proibida que tornava tal compromisso uma necessidade urgente.

Mas o peso daquela mentira fora demais para suportar, e na noite antes da cerimônia, a garota se viu puxando Julien para sentar com ela na cama e lhe contou tudo: que já havia entregue sua virtude a outro rapaz, que esperava um filho que nasceria bastardo aos olhos da sociedade, que estava desesperada e assustada, e que, mesmo assim, aceitaria o rompimento do compromisso entre eles se essa fosse a vontade do rapaz.

Julien ficou em silêncio por alguns instantes, apenas fitando-a com seus calorosos olhos castanhos, como se estudasse e tentasse eternizar o rosto de Lola em sua memória. Então, muito delicadamente, envolveu o rosto da garota com ambas as mãos e a beijou com suavidade, sentindo o gosto salgado das lágrimas que já rolavam pelo rosto dela.

- Também há coisas em meu passado das quais não me orgulho – disse ele, seriamente. – Se puder perdoar meus erros, não vejo motivos para não nos casarmos amanhã. – continua, fazendo a moça suspirar em evidente alívio. – Esse bebê será nosso filho, minha doce Lady Lola – ele sussurrou depois, com um sorriso que o deixava ainda mais bonito.

Sem palavras para expressar a gratidão por aquele gesto, Lola limitou-se a beijá-lo com doçura mais uma vez, sentindo pela primeira vez em algum tempo, que a vida podia sim lhe sorrir e lhe reservar momentos bonitos.

************

A cerimônia de casamento fora linda, e Lola não conseguira conter as lágrimas de felicidade quando por fim a união entre ela e Julien fora selada, tornando-os um do outro para sempre. Agora estavam casados,e finalmente as coisas começariam a entrar nos eixos. Ou assim ela imaginava...

Mas alguns dias após as núpcias, o rapaz dissera que planejava uma viagem de caça, o que deixou Lola levemente desconfiada e a levou até Mary, para lhe contar sobre suas suspeitas. Munida dos conselhos de sua rainha, a moça confrontou o esposo naquela mesma noite, obtendo dele a confissão.

Ele mentira, e ao ouvir aquele simples palavra, ela sentiu o coração se apertar. “Bom demais para ser verdade”, sua consciência sussurrava, enquanto ela lutava para manter o olhar culpado de Julien. Ele fugira da família, e pretendia abandonar também a esposa e fugir com o dote que recebera.

- Iria me deixar? – ela se viu perguntando, lágrimas molhando sua face delicada mais uma vez.

- Intencionava fazer isso, minha gentil senhora – ele lhe respondeu, com tristeza no olhar. – Mas hoje, ao regressar à nossa casa, ao nosso lar, percebi que não seria forte o bastante para deixá-la – Julien continuou. – Já é dona de meu coração Lola, e se ainda me quiser, serei seu para sempre – completou, ajoelhando-se à sua frente e tomando a mão dela na sua.

- Prometa que não me esconderá mais nada, e o amor que já lhe devoto será sempre seu – disse ela, ajoelhando-se junto dele e tomando seu rosto nas mãos.

- Eu prometo – ele sussurrou por fim, envolvendo a esposa num abraço e beijando-a com fervor.

***********

Com o passar dos meses, a cumplicidade e o amor entre o casal apenas se fortificou, e eles puderam experimentar momentos felizes e agradáveis. Entre estes, a primeira vez em que o bebê chutou dentro da barriga da mãe era, de longe, um dos mais notáveis.

Faltando poucas semanas para o nascimento da criança, uma visita inesperada trouxe mais uma vez o passado de Julien à tona, dessa vez com um segredo ainda mais grave.

Assustado e preocupado, o rapaz deixou o visitante na sala e levou a esposa consigo para o quarto, a fim de lhe explicar o porquê de sua atitude. Envergonhado, disse-lhe que não era o verdadeiro Lorde Julien, mas sim seu ex- secretário. Contou-lhe também que, após um incêndio em uma hospedagem, havia tomado o lugar de seu antigo patrão, já que o mesmo havia morrido durante o acidente.

Mesmo chocada com o que ouvia, Lola não ousou interromper o marido, ouvindo-o com atenção. Com as palavras dele, certas atitudes de seu esposo enfim pareciam se encaixar, e mesmo que estivesse zangada com aquela mentira, não lhe daria as costas naquele momento.

- Como se chama, meu senhor? – ela lhe questionou quando ele calou-se para olhá-la nos olhos. – Qual o verdadeiro nome do meu esposo? Acho que tenho direito de saber, não é?

- Me chamo Remy, amada esposa – ele lhe respondeu. – E nada mais tenho a oferecer-lhe além de mim, Lola. Nada além de minha insignificância.

- Significa muito para mim, Remy – disse Lola, saboreando a sensação de dizer o nome dele. – E é só o que peço. Agora diga-me quem é aquele senhor na sala e de que maneira posso ajudá-lo.

**********

O plano era relativamente simples. Eles só precisavam descer as escadas, encarar o tal senhor Archibald, que era na verdade um dos tios do verdadeiro e falecido Julien, e lhe contar uma história de como o sobrinho havia casado com Lola e a abandonado grávida por conta de seu vício em jogos. Nada deveria dar errado...

Por alguns instantes, o homem até pareceu acreditar no que Remy e Lola haviam lhe dito. Já estava a ponto de deixá-los para seguir com suas buscas ao sobrinho fugido, mas o vislumbre de um anel que pertencera a Julien foi o bastante para fazer aquela farsa ruir como um castelo de cartas.

Então não houveram mais palavras ou pedidos que o fizesse escutar as explicações do casal. Apenas gritos acusatórios e uma confusão de socos, móveis e objetos quebrados e a tentativa de Archibald de esganar o marido de Lola, obrigando-a – mesmo estando na condição em que se encontrava - a tentar intervir.

O resultado disso foi um tropeção para trás e Archibald caindo de costas de encontro ao suporte ao lado da lareira, onde um dos atiçadores acabou perfurando sua nuca, matando-o instantaneamente.

- Oh meu Deus, o que foi que eu fiz? – a morena se questionou, levando as mãos à boca. – Remy, o que faremos?

- Olhe para mim, Lola – o rapaz pediu, envolvendo o corpo trêmulo da esposa em um abraço. – Daremos um jeito nisso, está bem? Não deixarei nada de mal acontecer a você – completa, beijando-a na testa.

- Você poderia fugir – diz ela, num sussurro. – Mary interviria por mim, mas não sei se ela teria poder para intervir por você.

- Fugir? E deixar você e nosso filho para trás? – ele indaga, incrédulo. – Já lhe disse uma vez e voltarei a repetir: você é a dona de meu coração, e não sou forte o bastante para me afastar de você, minha amada.

- Mas se ficar, poderão prendê-lo e condená-lo. E mesmo que isso não aconteça, outros familiares de Archibald podem chegar até nós e acusá-lo de algo.

- Então venha comigo! Prometo a você que serei o melhor marido e melhor pai para esse bebê – Remy exclama, ajoelhando-se e afagando a barriga já bem crescida da esposa. – Não posso lhe prometer o conforto ao qual você é acostumada, mas farei o meu melhor para fazer de você uma mulher feliz.

- Remy, eu...

- Apenas diga que sim, Lola! Por favor!

- Eu amo você – ela começa, fazendo-o se levantar e tomando as mãos dele nas suas -, e se me ama do jeito que diz, vou com você até o fim, pois meu coração também é seu – continua, com um sorriso sincero. – Mas o que faremos com ele?

- Cuidarei dele – ele responde, sem encarar o corpo sem vida. – Enquanto isso, você poderia subir até nosso quarto e arrumar algumas coisas que queira levar conosco.

- Apenas algumas roupas devem bastar. Ainda temos dinheiro para recomeçar em outro lugar, não é? Além disso, escreverei uma carta para Mary explicando tudo, desde o motivo de nossa partida ao amor que me fará fugir com você. E mesmo que eu não tenha sido a melhor das amigas para ela, aposto que ela poderá nos ajudar se precisarmos.

- Faça como quiser, minha senhora. Tem toda a minha confiança. E enquanto cuida disso, vou preparar os cavalos e a carruagem – diz Remy, beijando-a delicadamente antes de deixar a sala.

*************

Nas duas semanas que se seguiram, o casal tentou colocar o máximo de distância entre eles e a corte francesa, viajando desde o alvorecer até o entardecer, e parando sempre para descansar em alguma estalagem das vilas por onde passaram.

Ao fim do décimo quinto dia, Lola foi surpreendida por contrações. Remy mal teve tempo de instalá-la em um quarto alugado, e tempo nenhum para buscar por alguma parteira. Ele mesmo teve de ajudar a esposa a trazer o filho deles ao mundo.

Alguns minutos depois, o rapaz tinha nos braços um pequeno embrulhinho rosado, que ele logo se apressou a envolver com um cobertor. Lola sentia-se exausta, mas tremendamente feliz, e não conseguiu conter as lágrimas ao visualizar pela primeira vez o rostinho do bebê.

- Ela se parece muito com você – Remy murmurou ao entregar a criança nos braços da esposa.

- Ela? Uma menina?

- Linda, forte e adorável como a mãe – disse ele, o próprio rosto banhado por lágrimas de felicidade. – Pensou em algum nome?

- Se chamará Ayleen – ela responde, beijando o rostinho da filha com ternura. – Obrigada por estar comigo, meu amor – completa, erguendo o olhar para o marido.

- Eu é que devo agradecer por ter me dado a honra de ter ambas como minha família – o rapaz responde, sentando-se e passando um dos braços sobre os ombros de Lola, num meio abraço. – Nunca poderei agradecer o suficiente por isso, minha amada.

- Apenas fique comigo, Remy. Isso será suficiente.

- Assim será, minha senhora. Sou eternamente seu – ele murmura em seguida, roçando os lábios nos dela antes de beijá-la carinhosamente mais uma vez.


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