Solidão escrita por Leh Linhares


Capítulo 1
La Solitudine


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem tive essa ideia ontem e tive que colocar no papel.



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POV' Lydia Martin

Hoje completa um mês, um mês sem ouvir a voz ou o sorriso dela, um mês sem a minha melhor amiga. Ao contrário do que todos disseram o tempo não tem ajudado, a cada dia me sinto mais deprimida e solitária. Quando me sentia triste ou confusa era com Allison que eu desabafava, desde o momento que a conheci a mesma se tornou meu refúgio. A pessoa que eu podia contar tudo e qualquer coisa.

A sensação deixada agora é que há um vazio, uma vaga não preenchida dentro do meu coração. Preciso mais do que nunca de alguém com quem conversar, mas a impressão que tenho é que todos meus amigos se fecharam em seu próprio luto. Cada um encontrou um modo de lidar com ele, uma maneira onde eu não estou inclusa.

Por muitos dias eu pensei em conversar com um deles. Minha primeira opção foi Stiles, o garoto que por mais que eu esnobasse estava sempre disponível. Qual foi minha surpresa ao descobrir que o moreno não era mais aquele menino solitário, com uma puta paixão platônica. Ele tinha alguém: Malia e gastava todo o seu tempo a ajudando a se tornar uma humana normal. Logo depois fui atrás de Scott, porém como Stiles o mesmo também já tinha companhia: Kira.

Tentei falar até mesmo com Isaac tamanho meu desespero, entretanto nunca consegui contactá-lo. E meus pais … meus pais me deram um novo cartão de crédito sem limite, como se roupas pudessem ser o bastante para esquecer uma melhor amiga. Contrariamente aquele cartão me lembrava ainda mais dela. De todas as tardes que passamos no shopping, comprando nossas roupas para bailes e festividades.

A data de hoje é ainda mais difícil que todas as outras, um mês é tempo demais. Solitária eu vou para um bar de Beacon Hills extremamente frequentado, um lugar onde eu sei que não exigirão minha identidade e de quebra não serei julgada por quanto beber desde que pague a quantia. Devo ter vindo aqui uma vez por semana nos últimos tempos, antes mesmo de eu dizer algo já tem um copo de whiskey sobre o balcão. John, o bartender está se tornando uma espécie de amigo.

Não sei dizer o quanto já bebi, mais de seis doses pelo que me lembro. Ainda não estou bêbada, mas logo estarei. Olho para o lado e o vejo, sozinho com um copo de whiskey nas mãos, com tanto sofrimento no olhar que me identifico.

Mister Argent….

Lydia, você não deveria estar aqui.

O senhor também não. Beber faz mau a saúde.

Allison teria dito isso. Ela odiava quando eu bebia.

Tem sido difícil, mais difícil do que eu imaginava que seria.

Nem me diga, minha filha era tudo que eu tinha, agora não tenho mais nada.

Tenho a mesma sensação. Meus pais e meus amigos parecem ter esquecido da minha existência a tempos que não me ligam.

Seus pais te amam e seus amigos também. É uma situação difícil para todos.

Se você diz.—Peço outra dose de whiskey e ele faz o mesmo.

Não é muito forte?

Nos últimos tempos uma dose de whiskey é tudo o que eu preciso para esquecer. O que sente mais falta nela?
—Como?

O que sente mais falta da Allison?

Ela era tão corajosa, tão bondosa e habilidosa com o arco flecha. Não consigo determinar uma só coisa, lembro-me de quando ela era só um bebê de como eu achava que podia defendê-la de tudo, mas não pude. Não estava lá.—Antes mesmo de terminar Chris já está chorando sofrendo como se a morte tivesse sido ontem.

Não é sua culpa. Mesmo se estivesse lá não poderia ter feito nada.

Quem sabe? Talvez eu pudesse ter morrido no lugar dela. Já tive minha chance, já vivi o que tinha pra viver.—Bebi mais uma dose de whiskey e fiz o que minha mente implorava para que eu fizesse. O beijo usando toda a raiva e tristeza guardada em meu coração como combustível para um beijo ardente e sensual. Demora um pouco mais ele me corresponde com uma fúria que apenas me deixa ainda mais desejosa.

Quando paramos ele me olha nos olhos sem entender bem o que havia acontecido, parecia culpado, como se fosse errado nos beijarmos, entretanto eu já estou bêbada demais para pensar em alguma coisa.

Não podemos. Você, é só uma menina.

Por favor…. Eu preciso disso, preciso de você.

Você, está bêbada.

Você também. Vamos nos consolar juntos, você precisa disso tanto quanto eu.- Digo, enquanto mordo sua orelha sensualmente. A bebida me subiu a cabeça de uma maneira que não consigo encontrar a linha do certo e do errado. Minha necessidade era latente demais para ser ignorada.

Ninguém pode saber disso.- Chris e eu vamos juntos para seu apartamento. Assim que a porta se fecha o jogo contra a parede, beijando com o máximo de fôlego que consigo. Chris passa suas mãos no meu corpo e se entrega ao momento, esquecendo-se do porquê estamos ali.

Não demora muito para que nós dois alcançemos a cama e fazermos aquilo que nós últimos minutos tanto anseamos. A noite se estende dessa maneira. Os beijos, carícias e o sexo não para até nos sentirmos cansados demais para continuar. Me deito em seu peito exausta demais para me recordar o que me levou até ali ou do porquê aquilo que fizemos é errado.


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Notas finais do capítulo

Aguardando pelos reviews!



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