The Heart And Darkness escrita por Lirium


Capítulo 7
Pôr-do-sol.


Notas iniciais do capítulo

Aí está. Perdoem a demora, eu tive problemas de internet e afins, mas eu continuo escrevendo a toda e vou postar! /



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         - Nina, vamos treinar!

         - Ah... Tanto mistério só por que a gente vai treinar? – Disse ela sem um tom de surpresa.

         - Há! Você não me parece nem um pouco surpresa! – Disse Eros. - Porém você ainda não sabe o que tem de demais nessa sala! E é o que há nela que lhe surpreenderá!

         - Quer dizer, nem eu sei também, não é, Eros? – Disse Lee, como se o amigo tivesse se esquecido dele.

         - Enfim! Prosseguiremos. – Disse o ruivo adentrando o local e se aproximando das imensas janelas cobertas com cortinas vermelhas de veludo, enquanto atrás dele Nina e Lee puxavam a porta, fechando os três no recinto.

         - É um local realmente... AI! – E naquela imensa escuridão, Eros puxou a cortina iluminando a sala repentinamente e fazendo Nina ficar tonta. – Vai com calma, claridade, escuridão, claridade, escuridão... – E então a garota se sentou.

         - Hã... Nina... – Lee parecia querer chamar a atenção da garota, porém algo coçava a cabeça dela e ela sorria.

         - Ah... Que foi, Lee... – Disse a garota relaxando e então deitando.

         - Me diz... – Disse ele sem graça enquanto Eros corria para abrir a próxima cortina. – Você reparou... Onde está sentada?

         - Como assim? – Foi então que a garota notou que ela estava sentada no chão, porém este havia se deformado de acordo com a vontade dela, tomando a forma de uma cadeira. – CARAMBA, COMO EU FIZ ISSO?

         - Você não, o chão! – Então o chão começou a se elevar debaixo dos pés de Lee, onde ele quase perdia o equilíbrio e então saltou de uma altura equivalente a dois metros e se afastou do local. Nina também se levantou e se aproximou do amigo, porém eles foram separados por um precipício que havia sido criado repentinamente no local.

         - Nossa, essa sala tem vida própria! – Gritou Nina assustada.

- Bem vindos... A sala mutante! - Disse Eros andando por uma imensa elevação em forma de escada. – Esta sala é enfeitiçada o que pode ser interessante para um treinamento! – Disse o garoto em tom animado enquanto corria pelas paredes que o seguravam a cada passo que dava. – Este lugar é ideal, ainda mais pelo fato de podermos utilizar a sala a nosso favor. – Então o garoto já estava caminhando pelo teto, quando saltou e uma nova elevação saiu do chão e este fez uma aterrissagem segura. Ele se sentou na elevação e então o chão tomou a forma de um imenso escorregador e por ali Eros foi descendo até chegar em Nina e Lee. – Animem-se! Rapidamente vocês pegam o jeito com esse lugar!

         Ambos se entreolharam e nesse pouco tempo Nina correu e saltou, se jogando com tudo contra Eros, visando acertar a cabeça do rapaz. Porém ele foi mais rápido e se afastou, dando um saltou para trás e fazendo com que o chão criasse uma parede, bloqueando a garota.

         - Ganha que me abater primeiro ou acertar um ponto em meu corpo que eu possa julgar fatal! – Disse o ruivo.

         - Está brincando? Por que se julga tão forte? – Disse Lee que então corria desviando da parede e se mantinha indo em direção a Eros, enquanto mantinha a espada em posição de ataque.

         - Não sou mais forte, porém eu estou acostumado com essa sala! – Disse o garoto que então criou uma nova elevação e saltou encima da mesma, ficando alguns metros acima de Lee. Nesse meio tempo, Nina havia dado de cara com a parede e se encontrava caída no chão, porém esta se levantou e se juntou a Lee. Então uma nova deformação no chão se criou e então uma plataforma foi levantando os dois, onde já poderiam seguir Eros. Eles então saltaram contra a plataforma do ruivo e então começaram a correr pelas laterais dela, rapidamente alcançando o topo. – Não tão fácil! – Disse Eros, enquanto fazia um movimento rápido com a espada e ele cortava o chão em dois, fazendo a elevação de dividir e cair sobre Lee e Nina. – Vamos lá, a gente mal começou! – Ele gritou enquanto via os amigos aterrissarem no chão e desviarem as imensas paredes de ladrilhos pretos e brancos.

 

         - Eu to... Acabada. – Disse Nina que então havia caído ao chão com alguns hematomas nas pernas e nos braços.

         - Eu também. – E assim Lee tombou junto com a garota.

         - Mas pelo menos vocês tiveram um grande desenvolvimento! – Disse Eros com a blusa colada ao corpo, devido ao suor. – Pena que desanimaram rápido...

         - Pudera, depois de uma tarde inteira treinando aqui, tentando pegar o jeito com que essa sala é e sem comer... – O estomago de Nina então roncou. – ESTOU MORRENDO DE FOME. – Ela gritou exasperada e começou a puxar a imensa porta de modo desesperado. Lee a seguiu e a ajudou e então os dois saíram correndo, deixando Eros pra trás.

         - Calma, me esperem! – E assim ele fechou as cortinas e com força fechou a imensa porta de carvalho. Ele começou a correr para ver se alcançava os outros dois que já iam mortos de fome para o refeitório. – Me esperem, poxa! – Então Eros virou uma esquina e adentrou o refeitório também.

 

         - Você tem certeza de que quer fazer isso? – A voz estranhamente grotesca saia de um modo abafado. Os passos largos que a criatura dava era quase uma corrida para alcançar a pessoa a sua frente.

         - Calado, seu paspalho. – A voz sublime e tranqüila saia de um ser vestido todo de preto e logo um corvo pousou em seu ombro. O cajado com uma esfera de rubi cravado na ponta parecia conter um redemoinho dentro, este batia no chão fazendo um barulho agudo a cada passo de tal ser.

         - Maleficent... O castelo está muito bem guardado, eu creio que seja melhor não tentar fazer isso. O rei pode se enfurecer contra você e...

         - Calado. Não percebe? – E então a mulher se virou diante da gorda criatura. – Caro Piti, não percebe que atacarmos o castelo na atual situação, sairemos em vantagem?

         - Sairemos?! – Perguntou ele desconcertado.

         - Claro. Pense bem, o castelo no momento abriga crianças de vários mundos. Se atacarmos agora, além de acabarmos com futuros capitães problemas nos mundos, estaremos dando mais corações a aquele antro de poder. – Disse a mulher que revelava a face demoníaca, porém em estado de calmaria.

         - Antro de poder? Se refere a Kingdom Hearts, certo? – Disse Piti ainda demonstrando medo.

         - Exatamente.

         - Mas ainda assim... Destruir apenas as crianças não seria pouco? O Rei pode ficar bravo, mas acima de tudo o que lhe importa não é...

         - A Rainha Minnie! Sim... E o meu alvo principal é justamente ela. Pois se ela morrer, o rei cairá. E então o coração de Mickey virará trevas e enfim se tornará um Heartless. E outra coisa, este castelo é bastante confortável, quem sabe posso torná-lo um aposento pessoal meu. – Disse Maleficent enquanto voltava a caminhar em uma ampla sala e era seguida fielmente por Piti. – Vamos paspalho, como você trabalha dentro do castelo, poderá encontrar uma brecha fácil onde as trevas podem penetrar no mesmo. Vá, quero que as coisas corram de acordo com os conformes o mais rápido possível. – Piti então saíra da sala tremendo, o coração dele batia acelerado, porém tentou manter a calma. Seguiu por umas imensas escadas e de lá ele encontrou o ambiente claro, por onde continuou a caminhar.

 

         - Own... – O suspiro viera da rainha que observava o céu límpido pela janela grotescamente grande.

         - Majestade, você está bem? – Perguntou Horácio enquanto limpava o rosto eqüino de graxa. – Vossa Majestade parece um tanto cabisbaixa hoje.

         - Não sei o que se passa, mas... Acordei um tanto triste hoje. – Disse Minnie. – Sinto algo ruim se aproximar, e ao mesmo tempo sinto falta de algo...

         - Vossa Alteza deve estar com saudades do Rei. Já faz um bom tempo que ele partira, não me surpreende que às vezes fique triste. – Disse Clara Bela que colocava um jarro de água fresca encima da mesa após encher um copo e o dar para Horácio.

         - Espero que você esteja certa Clara, espero mesmo... – E assim Minnie suspirou e observava o pôr-do-sol tão longínquo. O céu alaranjado fazia o coração de a mesma palpitar e suas pequenas mãos se cruzaram. – Temo para que tudo esteja bem com você, meu amado rei... – Disse para si mesmo.

 

         - Nina! – Lee gritava. - Você está bem? – Ele estava ajoelhado ao lado da garota na entrada do refeitório. Ela havia acabado de vomitar e seu corpo tremia, enquanto lágrimas começavam a sair descontroladas por seus olhos verdes. – O que houve? Nina, me responde.

         - Não... Não sei... Meu corpo parou sozinho... – A garota disse com dificuldade, enquanto se mantinha ajoelhada. – Não sei por que... Eu estou chorando contra a minha vontade... – E ela pôs as mãos na altura do coração e fechou os olhos. – Meu coração dói, Lee... Me ajuda... – Disse ela em um baixo, porém desesperado.

         - Eros! – O ruivo havia acabado de virar a esquina do corredor e se deparou com a situação. – A Nina ta estranha, cara, me ajuda aqui! – E juntos, cada um puxando um braço da garota, eles a carregaram afastando-a do refeitório no qual eles nem chegaram a entrar direito. – Vamos pra enfermaria!

         - Não! – Nina gritou.

         - Claro que sim, você está passando mal, precisa de um remédio, tratamento, qualquer coisa! – Eros gritava sem perceber.

         - Não, eu já estou ficando melhor, juro... Só preciso deitar um pouco. Por favor, me levem a sério, eu estou bem... Só preciso deitar e... Eu vomitei por que eu tinha comido uns biscoitos antes de descer e ir treinar com vocês. Relaxem, estou em perfeita ordem, só quero deitar...

         Lee e Eros se entreolharam e então resolveram confiar na amiga, que por sinal se encontrava com uma cara verde e mal se mantinha em pé. Eles a arrastaram pelo corredor iluminado por um fraco pôr-do-sol e assim acharam a entrada do dormitório, pelo qual se seguia uma escada em espiral de pedra. Ao adentrarem no quarto, deitaram Nina com calma e por ali ela rapidamente adormeceu.

 

         - O pôr-do-sol. – Disse ficando de pé e se virando para a janela. – Sinto que é um belo pôr-do-sol. Da pra sentir... Mesmo com as pálpebras dos olhos fechadas. Tão bom... E ao mesmo tempo tão ruim. Poder sentir algo revigorante a sua frente, algo que você sabe que é belo, porém... Não pode tocar ou sequer ver.

 

         - Kairi! – Uma voz vinha pelas costas de uma menina de cabelos avermelhados. – Vamos pra casa, está ficando escuro.

         - Sim... – E a menina seguiu a outra, deixando uma praia em pleno pôr-do-sol, enquanto caminhava e deixava o oceano para trás. – Por que... Tenho a nítida sensação de que estou esquecendo algo...? Ah , deixa pra lá. – Então ambas alcançaram a rua principal e seguiram para suas casas.

 


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Notas finais do capítulo

Agora ta começando o desenrolar da história HOHO! :*



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