Por Ela Nosso Amor Renasceu escrita por Casi un Angel


Capítulo 30
O Começo De Uma Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi meninaaaaaaaaas

Voltei com o cap mais esperado da fic.

Demorei muito né?! Vida de estudante não ta fácil. Mamãe confiscou todos os eletrônicos por quase 4 meses. Motivo: o maldito Enem. A prova nem vale pra mim por eu estar no primeiro ano ainda, mas ela disse que eu teria que estudar. Cansei dessa vida de estudo então vim escrever pra vcs.

Bom cap e boa leitura pra vcs meninas!



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Mais dois meses se passaram depois da confusão da gravidez de Bianca. Ela tinha feito as pazes com João e até feito amizade com Mia. As coisas pareciam bem calmas e normais na família, mas a calmaria não era o forte dos Duarte.

–Mesmo com essa barriga enorme você insiste em ficar andando por ai né- disse Allegra para a irmã mais velha- Você já esta com nove meses Kari. Não pode ficar rodando por ia.

–Você esta parecendo até o Pedro falando sabia?!- Karina sorri- Eu não aguento ficar em casa sem fazer nada. Você acredita que até a água eu não posso pegar sozinha.

–Claro que acredito- as duas sorriem- Ta muito quente aqui fora Karina, vamos entrar?

–Vamos sim sua chata- Karina se levanta e depois volta a se sentar com a mão na barriga- Que estranho.

–O que foi irmã?- a menina pergunta preocupada- É muito teimosa! Eu falei que você tinha que ficar em casa.

–Calma menina, foi só uma pontada de leve- ela disse tranquilizando a irmã- Eu já estou bem. Vamos?

As duas voltam para a casa e a menina coloca a irmã no quarto e desce para jogar vídeo game. Karina passa a tarde lendo e esquece que havia combinado de sair com Bianca.

Ligação ON

Karina: Manaaaaa.

Bianca: Eu sabia que você ia se esquecer.

Karina: Eu sei. Foi mal, mas eu prometo que amanhã a gente vai ta bom?

Bianca: Agora não precisa mais, a Dandara já veio comigo.

Karina: Foi mal mesmo. Desculpa ta?

Bianca: Desculpo sim, mas agora eu tenho que ir. Quando eu chegar eu dou uma passada ai.

Karina: Ok! Tchau.

Ligação OFF

Karina desliga o telefone, mas não volta a ler. Ela sente uma vontade estranha de ir ao banheiro, mas não dá tempo de chegar.

–Não é possível! Xixi na roupa e humilhação demais- ela pensa.

Mas aquilo não era xixi ou pelo menos não parecia. Ela começa a se sentir estranha, as pontadas voltam e ela se curva na ponta da cama. Ela não acreditava. Havia chegado a hora. Sua filha iria nascer. Karina tenta se arrastar até a porta do quarto para descer a escada, mas a dor não permite então a única coisa que ela faz é gritar por Allegra. Em vão. A menina estava com o som muito alto para escutar os gritos desesperados da jovem. Ela só poderia voltar para cama e esperar que alguém fosse ajudar. Meia hora ela esperou e nada da menina subir para ver como ela estava.

Allegra estava quase na ultima fase do jogo. Tiros, bombas e os gritos dos personagens. Um clássico jogo de guerra. Passou bastante tempo jogando até se levantar para beber um copo d’água. Ela pausou o jogo e escutou um grito que gelou a espinha. Era Karina. Nunca havia escutado a irmã gritar assim, pedindo socorro e correu até ela e ficou desesperada. Os lençóis cheios de sangue e a jovem suando e gritando muito.

–Você vai ficar parada ai me olhando?- Karina pergunta ofegante.

–Eu vou ligar pra ambulância- ela disse se virando e saindo pela porta.

–Allegra, Allegra, não vai dar tempo- diz Karina vendo a menina ficar mais nervosa.

–Você realmente espera que eu faça um parto, Karina?- a jovem assente com a cabeça- Mas eu nunca fiz isso. Como eu vou fazer?

–Nunca se é muito nova pra aprender- diz Karina tentando controlar a dor- Aaaaaah Allegra, faz alguma coisa.

–O que você quer que eu faça?- ela disse chorando. Estava nervosa. As duas estavam.

–Liga pro Pedro e manda ele vir pra casa agora e vai procurar ajuda.

A menina corre para o primeiro andar da casa e vai à direção do telefone, mas nem precisa ligar. Pedro abre a porta e vê Allegra ajoelhada ao lado da bina do telefone, escuta os gritos da mulher e se desespera.

–Allegra, o que aconteceu?- ele fica desesperado.

–Ela vai nascer Pedro- diz Allegra, mas Pedro fica imóvel- Pedro, você ta me ouvindo cara? Sua filha vai nascer.

–Em qual hospital?- Pedro anda de um lado pro outro- Pra que hospital levaram ela?

–Se não fosse pelo nervosismo eu diria que você ou é retardado ou surdo- ela diz sarcástica- Ela está lá em cima gritando igual a uma gralha.

–E você ta aqui ainda fazendo o que?- a menina não entende- Vai chamar ajuda menina.

Pedro sobe as escadas correndo e encontra Karina na cama chorando, quase sem forças e fica mais desesperado. Ela estava a mais de uma hora sentindo dores, tentando não fazer força para que a filha não nascesse enquanto ela estivesse sozinha e quando viu o noivo na porta pode respirar mais aliviada.

–Graças a Deus você chegou- ela disse pare ele.

–Eu nunca deixaria minhas duas borboletas sozinhas- ele disse beijando a testa dela- Será que vai dar tempo de chegar ao hospital?- ela disse que não- Então vamos resolver isso.

Pedro foi correndo lavar as mãos, subiu na cama e pediu para que Karina fizesse força. Nunca tinha feito ou visto um parto, nem mesmo na TV porque desmaiava quando via sangue, mas algo o fez ganhar uma carga de coragem naquela hora. Era pela filha que ela fazia aquilo.

Karina fazia o máximo de força que conseguia, mas nada do bebê nascer, até Pedro estava preocupado com a demora. O bebê nem tinha coroado ainda.

–Pedro... Eu não vou conseguir. Eu não aguento mais- Karina disse quase sem forças.

–É claro que você vai conseguir- ele disse- Você é a pessoa mais forte e determinada que eu conheço.

Com os incentivos de Pedro, Karina volta a fazer força e depois de algum esforço ela escuta um choro alto e estridente. O melhor som que ela escutou na vida. Pedro levanta a criança na altura do olhar da mãe que chorava de alegria. Quando a ajuda chegou à menina estava enrolada em uma toalha no colo dos pais que olhavam para ela maravilhados. Levaram mãe e filha para o hospital, fizeram todos os exames. A saúde da pequena estava ótima.

–Ana Sofia Ramos Duarte; 3,900Kg; 51,7cm e uma saúde de ferro- Pedro diz todo bobo atrás do vidro da enfermaria do hospital.

–A bebê mais linda do mundo- diz Gael orgulhoso- Parabéns Capiroto.

–Minha sobrinha- Allegra, Tomtom e Bianca dizem em uníssono.

–De fato uma bebê linda- disse o doutor Marcos- Parabéns pela linda filha e também pelo ótimo trabalho que você fez com o parto. Se vocês tivessem vindo ela poderia ter nascido na estrada. O que seria mais perigoso.

–Valeu doutor- ele agradece ainda não acreditando no que fez.

–Bem, eu só vim dizer que a Karina já pode receber visitas.

Todos foram para o quarto onde a jovem estava. Cansada, mas feliz, isso que definia Karina naquele momento, mas o que mais a deixava feliz era saber que poderia ver a filha crescer. Ela, durante toda a gravidez, havia tido o medo de morrer assim como sua mãe, mas nada aconteceu. Todos esperavam ansiosos a chegada da princesa da noite. Ana Sofia.

–Boa noite!- uma enfermeira chega com um embrulho branco e lilás nós braços- Venho trazem aqui a estrelinha do hospital. Ela já conquistou todos aqui.

–Minha borboletinha- disse Pedro enquanto a enfermeira colocava a filha em seus braços- A mais linda de todas.

–Me deixa pegar ela Pedro- Karina estende os braços.

Pedro entrega o bebê para a mãe. Ela era como Karina imaginava em seus mais profundos e lindos sonhos. Os ralos e finos cabelos cor castanho-dourado, os grandes olhos azuis-acinzentados que pareciam uma imensidão onde até o mais experiente explorador se perderia, dez dedos nas mãos e nos pés e o rostinho mais redondo e fofo do mundo. Imaginem uma mãe realizada e feliz. Era Karina naquele momento só que multiplicada por mil. Uma felicidade que não cabia no peito.

–A joia mais linda do universo inteiro é você- Karina disse baixinho no ouvido do bebê, que sorriu para ela.

O mesmo olhar.

O mesmo amor.

Que era pequeno para o mundo, mas suficiente para elas...


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