Hinata estava com o olhar frio, estava sentada ao lado esquerdo de Hiashi, todos do clã estavam ali, do lado esquerdo da sala os secundários e no direito a linhagem principal com alguns convidados como o Terceiro Hokage. A menina cumprimentou muitos naquele dia, sorriu quando não queria, e agradeceu mesmo não estando grata.

Era um velório, da mais alta classe, com velas e os mais finos presentes para o morto. No centro o líder do clã Hyuuga, o avô de Hinata fazia um discurso.

– Perdemos muitas pessoas nesses anos, meu filho Hizashi- disse ele olhando com uma expressão severa para Hiashi- e muitos ninjas da vila como o estimado quarto Hokage, com toda sua famíla. É uma pena para os vivos, que perderam grandes pessoas. Como nossa grande Mariko Hyuuga, que vai para o mundo dos mortos em paz, neta de Hashirama Senju e Mito Uzumaki, irmã de Tsunade Senju,Esposa do estimado Hiashi Hyuuga e mãe das pequenas Hinata e Hanabi. Vá em paz grande pessoa.

Depois todos partiram, ficaram apenas Hiashi e Hinata. Ela queria que a irmã estivesse aqui pois seu pai parecia sombrio e gostaria de uma companhia. As velas já começavam a se apagar quando ele se levantou, puxou Hinata e voltaram para casa. Ele foi até a porta, antes de abrir olhou para a menina.

– Essa não era minha mulher, ela não era minha esposa, eu fui casado a muito tempo, com uma mulher chamada Meiko, ela morreu no parto de Neji, era uma grande pessoa também mas não fizeram algo tão luxuoso para ela quando veio a falecer.

Hinata olhou espantada para cima e começou a soluçar. Seu rosto se encheu de lágrimas. Hiashi apenas fechou a cara e a puxou com mais força. Chegando em casa ele a levou até seu quarto e a deixou lá. Trancou-se em seu quarto permaneceu lá.

Hinata ficou sozinha,chorando e vazia, o quarto estava escuro mas ela não teve vontade de acender uma vela, ela pegou uma pelúcia que tinha sido presente de sua mãe, um lobo cinzento muito antigo da época que sua mãe ainda era criança e que ela acidentalmente havia manchado com chá. Foi até a cama e se deitou. Ficou deitada abraçando o animal, pensando em sua mãe , em seu cabelo negro, sua forma de falar e em como era gentil.

Ela adormeceu, o frio fazia seu queixo bater, mas ela dormiu. Acordou quando ainda estava escuro, eram cinco horas da manhã e toda a casa estava em silêncio. Ela estava pálida e com o rosto vermelho. Vestiu um quimono e o mais depressa possível correu para a casa de Neji, chegou lá e bateu na porta.

Estava ansiosa, pois se lembrou de algo que sua mãe tinha lhe dito, que ficava feliz por Hinata sempre pensar nos outros e não em si mesma. Bateu com mais força na porta de Neji, mas ninguém atendeu. Ela tinha prometido não usar mais o byakugan com ele, mas estava muito nervosa para contar a ele que sobre Hizashi.

–Byakugan! - ela caiu.

Caiu pra trás, com um olhar de terror, seu lábio começou a tremer, ela tentou buscar ajuda gritando, mas sua voz não saiu. Se levantou e com um jutsu quebrou a fechadura. Ela correu depressa para dentro, sua respiração estava descontrolada.

Ela foi até a cozinha e ali estava Neji envolto em uma poça de sangue, no chão. Pálido como a neve e com os olhos abertos, porém secos, sem vida.

–Neji!!!- ela gritou e foi pra perto do garoto, havia uma faca do lado de seu corpo. Ela procurou o ferimento e encontrou uma cicatriz no braço. Ela se abaixou. passou a mão no menino - Neji, o que aconteceu?

Ela ficou paralisada, então apenas conseguiu deixar a mão na testa dele. Ficou pensativa, olhou seu rosto. Então ouviu uma passo logo atrás de sí.

Estava parado, com uma kimono preto, cabelo longo e uma expressão de tranquilidade.

–Veja que horror você encontrou- disse sem emoção alguma- o garoto se matou, é uma pena você não acha, devo chamar alguém para limpar tudo, filha.

Ela olhou pra ele incrédula, ficou tensa por isso tirou a mão de cima de Neji.

–HIZASHI!!!- gritou -não me chame de filha, ele é seu filho - e começou a chorar - como você pode estar tão tranquilo, ele está morto, ele se matou, como você pode reagir dessa maneira!

–Eu sou Hiashi Hyuuga, e você deveria se comportar garotinha! -disse e saiu da casa.