A Maldição Nonsense escrita por Howmanyworlds


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOI GENTEEEEE.
NOS PERDOEM PELA DEMORA!!!!!!
Sabem como é né? Escola é uma coisa linda, ó.
Maaaaaaaas, vamos logo para o quarto capítulo. Esperamos que gostem muuuuuito!
Carol&Beca
xoxo



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Abri meus olhos e vi Joe entrando na cabana. Ele estava com os cabelos molhados, com sua calça e seus sapatos. Ele estava olhando para sua camisa e então decidiu lavá-la, e estender perto da janela.

Levantei da cama e comecei a arrumar os lençóis. Iria arrumar a cama improvisada de Joe, porém quando olhei para o chão não havia nada lá. Virei-me em sua direção disposta a dar um ‘’oi’’ mas nada saia da minha boca.

Não consegui desviar meu olhar dele. Joe era um homem muito bem apresentável. Muito. Ele reparou que eu estava o olhando e começou a me encarar. Abaixei a cabeça meio desajeitada quando seu olhar passou de cima a baixo em mim.

– Olha Joe... – comecei – me desculpe por ontem, me desculpe por... Por ter sido tão grossa quando você só queria saber se eu estava bem, me...

– Não, tudo bem – ele me cortou – eu não deveria ter me metido nos seus problemas, afinal eles são seus por um motivo.

– Mas... é que – eu disse – só fiquei com medo de ter lhe machucado.

– Não machucou – ele disse mostrando a mão dele rapidamente – viu?

Joe se dirigiu à janela e pegou sua camisa de lá, vestindo-a.

– Eu vou caçar o almoço – ele disse pegando sua arma que estava encostada perto da porta –

– Mas ainda tem carne pra mais de uma semana – digo apontando para a bancada onde está um saco com a carne do lobo cortada.

– Não estou com muita vontade de comer lobo – ele diz dando de ombros – então vou caçar uns esquilos.

– Não sabia que você tinha essa habilidade de caçar – disse levantando uma sobrancelha

– Tenho meus talentos – ele disse dando uma piscadinha antes de atravessar a porta.

Desloco-me para o armário para pegar uma roupa e me dispo de meu pijama, quando a porta abre de supetão e Joe aparece dizendo: ‘’esqueci de levar um saco...’’. Arregalo meus olhos e ponho a roupa na minha frente para me cobrir. Joe ri e eu digo:

– Você precisa para de fazer isso.

– Sério? – ele diz levantando uma sobrancelha – eu penso exatamente o contrário.

Sinto minhas bochechas ficarem quentes. Ele se aproxima de mim, em uma distância perigosa. Olha diretamente nos meus olhos e diz:

– Você pode me dar uma sacola?

Aponto para o armário e afasto-me para o lado rapidamente, envergonhada. Ele pega o saco e se dirige para a porta, antes de sair se vira e dá um sorrisinho de canto para mim, o que faz minhas bochechas ficarem mais vermelhas ainda. Ele fecha a porta e só então percebo que estava prendendo o ar esse tempo todo.

Solto o ar, ofegante. Termino de me vestir e preparo meu café da manhã que é composto apenas por mingau de aveia. Depois de ter comido, pego os papéis que ficam debaixo do meu travesseiro e um lápis de madeira que fica em uma gaveta dentro do armário e começo a desenhar o sonho que eu tive essa noite.

Toda vez que eu sonho, eu desenho o sonho, pois tenho medo de esquecê-lo e o desenho é a melhor maneira de lembrar ou de gravar algo que possa ser admirado por toda uma, ou mais, vidas.

O lápis começa a contornar o papel. Linhas retas e curvas se formam. Triângulos e quadrados se juntam formando uma grande casa com colunas cobertas por raízes. Na frente da casa estão uma criança e três adultos, um desses adultos é o meu pai, então essa criança, pelo que parece, sou eu. Os outros dois adultos são um homem e uma mulher, acho que são casados, pois estão com os braços entrelaçados. Meu pai oferece chá para eles, enquanto eu fico sentada no chão, vendo alguns desenhos que estão espalhados por toda a grama.

Acho que demorei bastante tempo desenhando, pois quando acabo Joe aparece com o saco cheio na mão.

– Dois para mim e um para você – ele diz satisfeito.

Eu rio.

– Então quer dizer que além de caçar, você ainda desenha? – ele diz espiando meu desenho.

– Ah, tenho meus talentos também – entrego para ele o papel – é só um sonho.

Joe franze o cenho.

– Estranho. – ele diz – essa casa...

– O que? O quê que tem? – pergunto curiosa.

– Não... – ele balança a cabeça como se tivesse afastando uma ideia. – deve ser só coincidência.

Eu não acredito em coincidências. Pego o papel da mão dele e dou mais uma olhada. Percebo que ele está me olhando semicerrando os olhos e então digo rapidamente:

– É, só coincidência. – digo guardando os papéis e o lápis – Então, o que trouxe aí?

– Pensei que não ia perguntar – ele diz colocando o saco de esquilos em cima da bancada da cozinha.

– Então, como posso te ajudar? – Pergunto me aproximando dele.

***

Estava no chão, minha cabeça doía ao toque. Tento me lembrar de como vim parar aqui. Olho ao redor e percebo que estou em uma cabana velha, sem muitas coisas, somente um armário pequeno, uma bancada e um estrado de madeira com um pano em cima.

Levanto-me de vagar e vou até a porta, vejo uma floresta e sons de animais, estava escuro e sem nem um sinal de que pessoas moravam aqui. Volto para dentro da cabana, percebo que lágrimas brotam dos meus olhos. Sento-me no chão perto da parede, abraçando meus joelhos.

Não sei quanto tempo passa, mas logo escuto sons de pássaros. Vou até a porta e quando a abro a floresta parece menos assustadora do que antes. Saio, fecho a porta e vou andando pela floresta, quando finalmente percebo que isso não vai dar em nada decido voltar para a cabana e quando viro de costas escuto um barulho atrás de mim. Viro-me de volta rapidamente e vejo um garoto de cabelo loiro, grandes olhos verdes e um pouco mais alto que eu.

– Oi – Diz ele, acenando.

– Oi – Digo arregalando os olhos. – Você mora por aqui?

– Bom... Mais ou menos. – Ele diz, pensando – Talvez more um pouco longe daqui. E você, mora por aqui?

– Sim, ou talvez não... – Franzo o cenho.

– Como assim? – Seu tom de voz foi de confuso a preocupado – Você está perdida? – Minha barriga ronca e torço para que ele não tenha notado, mas seu rosto demonstra o oposto – E está com fome. Você quer ir pra minha casa? Lá tem comida.

– Não, acho melhor não sair daqui. – Digo mexendo em meu cabelo. – Alguma coisa me diz para não sair da floresta. Alguém pode vir me procurar.

– Ah... Então – Diz, pensativo – Que tal se eu fosse na minha casa e te trouxesse alguma coisa para comer? – Quando ia lhe responder, sou interrompida. – É isso ai, vou para minha casa. Espere-me bem aqui.

Tento impedi-lo de fazer isso, mas quando tento falar alguma coisa, ele se vira e sai correndo em direção à sua casa.

Sento-me perto de uma árvore, pego um graveto e desenho coisas aleatórias. O sol fica um pouco mais fraco quando vejo o menino de novo, ele está com um pote tamanho médio em seu braço e está ofegante.

– Voltei – Fala ele suspirando – Desculpe a demora, tentei correr o mais rápido que consegui. Espero que goste – Diz ele estendendo o pote.

– Obrigada – Digo pegando o pote. Quando o abro o cheiro vem em meu nariz. Demoro menos de cinco minutos para acabar. Olho para o garoto e ele me olha curioso.

– Não precisa ficar com vergonha, eu como assim mesmo quando minha mãe faz comida pra mim. – Diz ele com uma expressão de satisfação – Ela é ,tipo, a melhor cozinheira de todas. – Diz ele rindo e esfregando a barriga. Dou um sorriso de leve para ele. - Você tem que concordar.

– É, realmente, é muito boa. – Digo rindo.

– Meu nome Petey, mas pode me chamar de Pete, qual o seu?

– Meu nome é Valentina.

– Esse nome é muito longo! – Diz ele sorrindo e mexendo no seu cabelo. – Que tal eu te chamar de Tina ou Valen?

– Acho melhor Tina.

– É você tem razão. – Ele pensa um pouco. – Você é bonita, Tina.

– Obrigada – Digo desajeitada.

– Ahh... Você é muito sem graça – Diz ele empinado o nariz – Era pra você dizer que eu sou bonito também. – Rimos juntos e então olhamos ao nosso redor, pelo tempo parecia que já era de tarde.

– Quantos anos você tem? – Digo, pegando o graveto e começando a desenhar de novo.

– Tenho 12 anos, mas algumas pessoas acham que eu tenho 13. – Ele coloca a mão no seu peito estufado. – Sou praticamente um homem, mas e você Tina, quantos anos tem?

– Tenho... – penso um pouco – 12 também.

– E o que você faz aqui na floresta sozinha, pequena Tina?

– Ahn... – Penso em algumas coisas, mas como iria responder essa pergunta se nem eu sei o que estava fazendo ali? Penso em alguma mentira, mas acho que ele merece a verdade. – Eu, eu não sei.

– Como assim? – Ele ri – Você é meio doidinha de ficar aqui sozinha né? Você é doida? Por que se for... minha mãe disse que não posso ficar perto de gente doida. – Fico em silêncio e olho para o chão, lágrimas começam a sair de meus olhos – Ei, é brincadeira, não precisa chorar. Eu também sou doido, olha! – Olho para ele e ele faz uma careta, o que me faz rir um pouco. Ele chega mais perto de mim e limpa as lágrimas da minha bochecha, o que me faz soluçar um pouco.

– Eu não sei o que eu estou fazendo aqui. – Digo limpando mais lagrimas. Vejo que o sol já esta indo embora, vai ficar difícil voltar para a cabana quando estiver escuro, penso. – É melhor eu ir para casa.

– É – Diz ele me olhando de cima a baixo, depois de alguns segundos ele se levanta e depois me ajuda a levantar. – Tenho que ir também. Que tal a gente se encontrar aqui amanhã? – Diz ele pegando o seu pote, que agora está totalmente vazio. - Acho que vou estar aqui depois do meio-dia.

– Tá bom, obrigada mais uma vez pela comida. Agradeça a sua mãe.

– Ok. Te vejo amanhã, pequena Tina bonita. – Diz ele acenando e indo embora.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado, até o próximo capítuloooooo.
Comeeeeeeeeentem e recomeeeeeeeeeeeeeendem



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