Reflexo (livro 1 ) escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

muito emocionante



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Dany

Quando abri os olhos encontrei o que me fez abri-los. Uma lagrima escorreu pelos meus olhos e caíram na maca. Abracei Lucas num impulso trazendo-o para perto de mim. Apertei contra o meu corpo querendo nunca mais solta-lo.

Quando estava morrendo eu apenas repassei todas as minhas escolhas. Eu realmente amei e amava Matt mas ele havia sido apenas o meu escape de Lucas. Era ele quem eu amava e não ia desistir, não mais. Dizem que quando você esta morrendo lembra de coisas que nem se passavam mais na sua cabeça e todos os momentos que passei ao lado de Lucas passaram. Momentos que eu havia jogado para escanteio querendo não revive-los.

Durante o tempo que fiquei em coma eu me vi presa em mim própria vendo as escolhas erradas que fiz e foi desse jeito que descobri como sair do coma. O veneno na pedra era pra fazer eu morrer aos poucos. Era para mim vomitar mais sangue do que eu havia colocado pra fora. Aquele veneno me mataria de dentro para fora. Mas no final as escolhas que quase me mataram e não o veneno. Eu sabia que com Lucas eu poderia tudo. Ele era a minha fonte de poder e pelo o que sentia por ele consegui acordar e ser mais forte que um veneno idiota. Eu mesma me curei, esse era meu estagio dois. Klaus mexia com água e conseguia fazer coisas flutuarem, Keila também era com a água e conseguia parar o tempo e Lucas além do fogo e de ser um tigre perfeito ele lia pensamentos. Os poderes citados em segundo lugar eram seus estágios dois ao qual meu pai teve medo. Porque ele sabia que não se limitava no dois. Sabia que quanto mais pudéssemos usar nossos poderes mais próximos ficaríamos do próximo. E no final era essa a definição da pedra, éramos nós. Ele não queria apenas me matar, ele queria acabar com toda a raça de puros e guardiões e eu não o deixaria vivo para fazer isso.

—Nunca mais vou te deixar – o sussurro de Lucas me tirou dos meus pensamentos e eu me afastei para encara-lo.

—Mesmo se tentasse eu não deixaria acontecer – sorri.

Um dia depois

Após eu falar com Matt e com todos acabei descobrindo que meu pai havia sido envenenado e morrido por isso. Achei merecido sua morte e quanto a luta daqui 2 dias e algumas horas ainda estava de pé. Meu pai podia ter sido o líder mas nunca se é líder sozinho. Eu lutaria com alguém desconhecido e eu estava mais que pronta para isso. Conversar com Matt e terminar com ele não foi exatamente o que esperei. Pois quando ele finalmente me deixou sozinha recebi o golpe de minha escolha. Por mais que doesse vê-lo indo embora eu sabia que se fosse Lucas eu nunca me perdoaria. Eu o amava e pronto. Comecei a reviver todas as lembranças que tínhamos juntos para conhecer um pouco dele cada vez mais. Queria poder saber quem ele era além de um guardião lindo e irônico.

Quando terminei meus pensamentos me arrumei para o baile da noite. Aquele que deveria ser a coroação de Larissa se tornou a minha coroação. Como meu pai falecera e eu havia entrado em coma a grande festa foi cancelada. E após eu ter acordado foi remarcada. E a minha coroação teria que ser o mais rápido possível porque todo o reino não podia ficar sem um governador ou melhor uma rainha. Keila me ajudou em todos os preparativos e eu já estava em frente ao espelho quando alguém de fininho entrou pela porta.

—Lucas! – disse rindo – você não pode entrar aqui, sabia?

—Quem liga? – disse ele rindo e sorri junto – a proposito esta linda.

—Obrigado – sorri e acariciei seu rosto com as mãos enluvadas – obrigado por tudo que fez por mim, nunca poderei dizer o quanto sou grata.

Ele me deu um beijo na testa e depois encarou os meus olhos.

—Apenas não desista de nós e isso será pago.

—Nunca – sorri.

Ele saiu me deixando no quarto sozinha não por muito tempo porque Keila entrou no quarto e me olhou com seus olhos cheio de lagrimas.

—Você esta tão linda – uma lagrima desceu por seu rosto e o os meus olhos se encheram delas – como esta linda Daniele!!

Fui até ela e a abracei forte.

—Obrigado Keila por tudo – me afastei – você também esta linda! – sorri.

—Esta pronta?

—Estou – já andávamos no corredor quando virei-me pra ela – obrigado por aceitar o convite de dar me a coroa.

Ela sorriu e caminhamos para o baile do ano, para minha coroação.

Sei que quando se é criança e é uma garota você simplesmente sonha em ser uma princesa e cresce sabendo que não será, mas ainda sonha em encontrar o príncipe. Ser princesa é muito mais do que aqueles sonhos que as crianças costumam ter. Eu agora teria regras a cumprir e decisões difíceis a tomar. Eu seria a governante do meu reino. Era uma responsabilidade enorme. Não posso dizer que não estava com medo porque estava mas ao mesmo tempo estava orgulhosa, sentia que estava no caminho certo. Sabia que daqui 24 horas teria que enfrentar monstros terríveis mais queria aproveitar aquele momento. Vários guardiões e puros haviam vindo ver minha coroação e participar da luta de amanha. Eu era a líder deles e agora também era daquele povo que aprendi a chamar de família. Me vi em um reflexo e pude ver minha mãe em mim, mesmo que os olhos fossem de meu pai eu a vi naquele reflexo. O cabelo solto em cachos perfeitos e o longo vestido rodado vermelho contendo rendas na parte da cintura. As luvas eram de brilhantes que vinham um pouco acima do cotovelo até meus dedos. O batom vermelho e toda aquela maquiagem me fez acreditar por um segundo que eu havia visto a minha mãe e não eu.

—Pronto? – perguntou Keila.

—Pronto – disse confiante.

Toda a coroação foi perfeita. Quando entrei senti muito nervosismo mas fiz tudo que deveria fazer e quando Keila pôs em minha cabeça a coroa de minha mãe pude sentir o poder daquele metal frio. Fiz minha declaração ao meu povo e vi Lucas entre a multidão me olhando com seu sorriso de metido sorri de volta. Vi Matt me encarando do outro lado do salão ele me deu um leve sorriso e quando todos levantaram a taça para brindar eu havia me esquecido de dizer uma única coisa. Por mais que tenha odiado meu pai sei que ele respeitou seu cargo e que cuidara de algum modo daquele povo. Eu vi ele ser enterrado no caixão e chorei. Ele era meu pai, mesmo frio e implacavelmente idiota ele era meu pai. Quando terminei a frase ai sim bebi o liquido gelado na taça.

Eu estava dançando com Lucas pelo salão quando nos retiramos para o jardim. Ele passou os dedos pelos meus cabelos e me encarou com aqueles incríveis olhos castanhos.

—Lucas uma vez você me disse que havia escolhido meu nome, mas porque exatamente o escolheu?

Seu rosto mostrou tristeza.

—Era o nome de minha mãe – disse ele voltando-se para o jardim e apoiando na bancada para olha-lo, eu fiz o mesmo – sua mãe me deu a oportunidade de escolher o seu nome e nunca amei ninguém como amei minha mãe, então decidi coloca-lo. E parecia tão certo tão perfeito – ele sorriu e vi seus olhos enxerem de água .

—Lucas – ele se voltou para mim – sinto muito por ela, imagino como deve tê-la amado.

Ele voltou-se para o jardim.

—Quando a perdi jurei nunca mais amar alguém novamente mas não consegui – eu sorri – achava que se não me apaixonasse não sofreria aquela dor de novo – virei-me para ele passando a mão por seu cabelo – mas acho que não consegui resistir – ele sorriu e meus olhos encheram de lagrimas – não chore por favor.

—Não consigo – disse entre um sorriso – também não foi uma escolha te amar, mas é quando digo que quero passar toda a minha vida ao seu lado. Lucas eu te amo mais do que posso descrever e a cada vez que eu o vejo sinto que estou completa, que posso tudo porque sei que estará ao meu lado.

—Sempre tive dificuldades em confiar nas pessoas, mas quando conheci sua mãe e depois você aprendi a confiar como fazia com a minha mãe, você pode pensar que tenha salvado nós dois esse tempo todo mas no final você me salvou.

Uma lagrima desceu pela meu rosto.

—Eu acordei porque eu decidi sentir o amor, o amor que sinto por você. Você me salvou – disse entre lagrimas.

—Então estamos quites – ele sorriu e me beijou.

Um beijo que eu poderia dizer ser o mais perfeito da minha vida. Não me lembrava de seus lábios ou de como era seu gosto, seu cheiro. Aquele beijo acendeu algo em mim que jurei que nunca mais iria deixar apagar. Eu o amava de verdade, e como o amava!! Puxei-o pra mais perto prendendo em mim. Coloquei mais paixão no beijo e ele correspondeu exatamente como eu queria.

—Tem guardas vendo – disse ele rindo.

—Não estou nem ai pra eles.

Eu o beijei novamente

— Nunca desejei algo tanto como isso.

Após ele dizer isso olhei fundo em seus olhos.

—Dany! – ele pegou meu braço e tirou a luva mostrando o ponto – olhe isto.

O ponto se contorceu e virou uma rosa. E quando falo rosa me refiro até suas cores. Caule verde e pétalas vermelhas. Olhei admirada e depois dirigi meu olhar a Lucas que foi até o jardim. Com alguns movimentos de mãos fiz algo magico. Quando os foguetes foram para o céu eu coloquei um pouco mais de brilho. Iluminei todo o jardim mostrando a essência de toda flor. Os convidados devagar se dirigiram ao jardim e ficaram admirados encarando tudo aquilo. Lucas pegou na minha mão e a apertou de leve e tudo se iluminou ainda mais. As flores das arvores e até os foguetes pareceram ter criado mais vida. Nunca havia testemunhado algo tão lindo como aquilo. Se eu não estava no paraíso não sabia onde estava.


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Notas finais do capítulo

continua, próximo capitulo esta sendo lido



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