Cinco dias se passaram rápido demais, depois da conversa entre Klaus e Hope, a semana foi até mais agradável. Durante a semana a garota havia encontrado Derek, e o informou da festa e do baile que aconteceria logo após, ele não havia negado o convite, mas com a condição que eles pudessem dançar juntos ao menos uma música.

Hope não havia saído muito durante a semana, apenas se encontrou com Derek na praça, conversou um pouco e regressou novamente para a sua residência. Na véspera da festa as coisas ficaram um pouco agitadas na Mansão Mikaelson, já que o baile seria no grande pátio na parte exterior da casa.
A decoração e arrumação ficaram maravilhosas e prontas na quinta-feira a noite, mas também contando com a ajuda de Hope, Hayley e Rebekah, não iria ser diferente.

Já era sexta-feira fim de tarde, e a cidade já estava em festa, todos andavam pelas ruas fantasiados e jogando confete para alto. Os vários comerciantes agradeciam aos céus, já que no carnaval era época que eles mais faturavam, com a compra de fantasias, máscaras, acessórios e confetes.

As bandas instrumentais passavam pela avenida animando vários festejantes, alguns sentavam-se por estarem cansados de tanto pular e outros não se deixavam abater pelo cansaço, continuavam ali, pulando feito loucos. A festa em si estava muito bonita, porém a cidade no dia seguinte estaria um completo caus.

Várias lojas haviam sido fechadas bem cedo, e outras ainda estavam abertas. Nas calçadas havia vendedores ambulantes vendendo refrigerantes, água e latinhas de cerveja, admirável porque como andava o ritmo da multidão, qualquer um poderia se esbarrar e levar tudo ao chão.

O número de pessoas triplicava cada vez mais com o passar da noite, já tinham se passado várias horas de festa e havia pessoas que estavam se rendendo ao cansaço e outras que renovavam as energias com apenas um gole de água.

Na mansão Mikaelson estavam todos se preparando para o grande baile de Carnaval que começaria em algumas horas. Os organizadores foram vistoriar a passagem de som, iluminação e comes e bebes, eles apenas estavam dando os últimos retoques na impecável decoração e assim estava indo tudo as mil maravilhas. Ou pode ser que não.

(...)

Hope parara em frente ao espelho e soltara um suspiro, observava a imagem que seguia a sua frente. Se sentia tão desconfortável, mas estava graciosamente bonita, mesmo que a sua roupa fosse preta, o que não combina muito com carnaval, porém ela se sentiria bem pior indo como uma árvore de natal.

A menina usava um vestido preto de alcinha que era um pouco brilhante, um salto-alto preto, usava brincos prateados pequenos, usava anéis, uma corrente e uma pulseira, tudo simples mas que lhes deixava perfeitamente bela, usava também uma maquiagem que destacava-lhe os olhos, e um batom vermelho como sangue, seus cabelos estavam enrolados em cachos perfeitamente modelados, tinha em mão sua bolsa preta, e sua máscara na outra.(Look Da Hope).

Dando um último suspiro, reuniu forças para descer as escadas em direção a sala de estar, onde a esperavam. Durante a sua passagem pelo longo corredor só se ouvia o irritante tilintar dos saltos. Descendo as escadas avistara todo o olhar da família Mikaelson pousados nela. Hayley e Rebekah estavam lindas, ao passo que Klaus e Elijah estavam perfeitamente alinhados.

Rebekah usava um vestido vermelho de renda impecável, um bracelete dourado que combinava com seu brinco, um salto-alto preto, uma maquiagem marcada nos olhos com um gloss nos lábios, ela também mantinha o cabelo preso em um coque de tranças com um detalhe enfeitando-lhes o penteado, e sua máscara que mantinha em mãos, roupas simples que lhes dera um ar sofisticado e gracioso.(Look Da Rebekah).

Já Hayley, usava um vestido cor de creme, um vestido simples, mas que assentou perfeitamente em suas curvas, usava uma salto combinando com a cor de vestido, e também usava jóias douradas, um bracelete, brincos e um colar. Seus cabelos estavam em uma trança de lado, e como Rebekah decidira por uma maquiagem que lhe destacassem mais os olhos, a mesma não usaria máscara.(Look Da Hayley).

–Me sinto ridícula nisso aqui- Falou Hope passando a mão sobre o tecido macio do vestido- Sem contar que esses sapatos doem meus dedos, ainda prefiro meu tênis- Ela disse fazendo uma careta

–Não sabe quão bonita está- Disse Hayley entrelaçando os dedos, admirada.

–Como sua mãe disse, está linda, querida- Falou Klaus dando um passo a frente e erguendo o braço para que Hope os entrelaçasse- Está pronta?

–Não tenho para o que estar preparada, mas vamos- Falou a menina seguindo em direção a porta ao lado do pai. Antes da porta ser aberta os dois se olharam rapidamente ao que deram um sorriso de canto.

A porta foi aberta, e Hope observara como todos dançavam. Luzes coloridas se misturavam a uma música animada que inundava o local de animação. Os garçons passavam por espaços apertados cheios de bandejas nas mãos, e correndo os olhos pela multidão avistou Derek sentado no Open Bar.

–Boa noite, cidadãos do Quarter e Bayou, esta noite estamos reunidos para comemorar mais uma grande festa de Carnaval, comemorada todos os anos em New Orleans. E além disso teremos hoje uma convidada especial, espero que a recebam bem- Klaus falou dando um olhar para Hope seguido de um sorriso.

–Quem ela é?- Gritou alguém da multidão, não foi possível identificar quem foi.

–Digamos que uma pessoa bastante especial, então aconselho que não tentem nada- Disse Klaus com um tom de voz um pouco grosseiro

–Que casta ela é?- Perguntou agora outra voz, uma voz feminina no fundo da multidão, mas não foi possível ver o rosto dela.

–Um pouco de todos. Mais alguma pergunta sobre minha vida?- Disse Hope impaciente, ao passo que ninguém perguntou mais nada sobre a mesma.

–Então, boa festa para todos- Falou Klaus fazendo um sinal para que voltasse a música e as luzes coloridas.

Hope descera as escadas da entrada indo em direção ao Open Bar onde Derek se encontrava sentado.

–Nada mal, hein? Esta até bonitinho- Falou Hope sentando-se em frente a Derek com um sorriso no rosto

–Você também não fica nada mal de vestido e salto-alto, parece até que não é mais baixinha- Falou ele ao passo que os dois começaram a rir- Quer beber alguma coisa?

–Whisky- Falou direcionada ao Bar Man

–Acho que não é uma boa ideia Hope- Falou Derek com um olhar oculpado

–O que poderá acontecer? Eu já estou morta, e uma dose de Whisky não vai me matar- Falou a menina pegando o copo e bebendo o liquido em um gole- E além do que para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte. Agora vamos dançar- Falou Hope puxando Derek pelo braço em direção a pista de dança

Hope dançava no ritmo da música, seu corpo se balançava próximo ao de Derek. A garota mantinha a mão nos ombros dele ao passo que ele mantinha as mãos na cintura dela. Ela mantinha a cabeça encostada no peito de Derek.

Com danças indo e vindo, a menina notou que já era 23:59. Era agora ou nunca. Ela olhou para os lados, ficou em dúvida, e disse a Derek que tinha uma coisa importante para fazer.

–Klaus, quero falar com você por favor, me encontre na biblioteca em um minuto- Sussurrou a menina ao lado de Klaus com o olhar indiferente. Tudo teria que ser feito da melhor maneira, ninguém poderia desconfiar

–Estarei lá- Ele disse com um ar satisfeito.

(...)

Hope havia entrado primeiro na mansão Mikaelson dando a desculpa que teria que ir pegar algo que esqueceu no quarto. A menina havia ficado parada alguns metros da biblioteca, apenas esperando o sinal de Mikael.

Klaus entrara na biblioteca, e se posicionou em frente a grande janela que o possibilitava enxerga a festa. Ele estava fraco, mais uma lua cheia que ficava vulnerável.

Nessa hora Mikael resolvera agir, aproveitando a vulnerabilidade de Klaus o pegara por trás, o imobilizando os braços.

–Mikael, como você entrou aqui?- Gritou Klaus se contorcendo para se soltar das garras do pai que o queria matar. Mikael o ajoelhou no chão e chegou perto de seu ouvido sussurrando

–Pergunte a sua linda garotinha Niklaus, ela vai saber lhe responder- Quando Mikael falou isso, Klaus fez uma expressão de raiva, tristeza e decepção. Como poderia a sua única filha, a pessoa mais importante conspirar contra o próprio pai?

Hope entrou em passos graciosos na sala, em mãos a estaca, parou em frente a Klaus e o observou. Ele encarava a menina com os olhos marejados e os lábios pressionados

–Por que?- Perguntou uma única vez

–Nós escolhemos o nosso próprio caminho. Nossos valores e nossas ações, eles definem quem nós somos, e eu sou isso Klaus. Não se preocupe a estaca entrara por trás, você nem vai sentir.

–Belo plano, mesmo sabendo que se me matar, você também morrerá querida.

–Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte.

Hope andou para trás de Klaus e de Mikael, passou a ponta do dedo sobre a ponta da estaca, nos lábios um sorriso diabólico, e em um piscar de olhos cravou a estaca... Um urro, e silêncio contínuo, a menina observava o corpo no chão. Ele ficou acinzentado e veias surgiam pela pele.

–Menos um na sua lista Klaus, e aliás não se preocupe, mesmo que eu te odiasse, nunca tentaria o matar, você continua sendo o meu pai- Disse Hope próximo ao corpo de Mikael, e não o de Klaus.

A menina ajudou Klaus a se reerguer e sentar-se em uma cadeira próxima a eles.

–Querida, admiro sua coragem, mas qual o motivo disso tudo?- Ele perguntou com a respiração desregular e com os batimentos cardíacos um pouco acelerados, mas agora tinha a certeza que um inimigo já estava morto

–Amanhã conversamos melhor, agora temos uma festa para irmos- Falou andando em direção a porta e virando em direção a Klaus e ambos se encararam- E o pai e a filha anfitriões não podem ficar de fora daquele show- Disse a menina dando uma piscadinha sorrateira e saindo, deixando Klaus com um sorriso no rosto.

E a pergunta que antes não se calava estava respondida. Hope escolhera o caminho menos pior.