Meu nome é Amanda, e essa é a minha história.

Eu era uma garota normal, ou melhor, sou uma garota normal. Tinha uma vida monotonamente chata e blá, blá, blá.

Foi ai que tudo isso mudou. A mudança? Eles.

Letícia e Rafael. Ambos eram de São Paulo enquanto eu, do Rio.

Nos conhecemos por intermediário de um jogo baseado em Mitologia Grega e Romana. O nome do livro? Percy Jackson/Heróis do Olimpo.

Fãs da saga são originalmente chamados de semideuses.

Então vamos ao resumo: Três pessoas que antes não se conheciam, começam a jogar um jogo, e nele viram amigos, começam a se falar cada vez mais, e de repente percebem que aquilo não é mais uma amizade de personagens de um jogo e sim de amigos de verdade. Então decidem se encontrar, e como os três não vivem na mesma cidade só tinha dois modos: Carro ou Avião. Acabou que foi escolhido o avião. Eu os buscaria no aeroporto assim que aterrissassem as duas (Letícia) e as duas e dez (Rafael) já que ambos não conseguiram passagem para o mesmo avião.

E por falar em aeroporto, é lá que essa história começa e termina.

Lá estava eu, totalmente ansiosa, balanço as mãos, mexendo no cabelo, tentando me distrair com alguma coisa que me fizesse parar de pensar que em pouquíssimo tempo os meus melhores amigos chegariam. Eu não sabia o que estava sentindo, eu queria chorar, pular, gritar, parecia que tinha força para correr uma maratona. Eu sabia que minha mãe estava filmando tudo, mas naquele momento de êxtase eu só me importava de vê-los. Então foi ai que vi o relógio que outrora demoravam tanto a se passar... Duas horas. Duas horas em ponto. Letícia, pensei, sentindo meu coração começar a disparar. Eu, Letícia e Rafael tínhamos combinado que iríamos com nossas blusas do Camp Half Blood para destacarmos no meio da multidão, para assim ser mais fácil reconhecer um ao outro. E no meio do tumulto eu procurava um ponto loiro vestindo laranja. Então eu a vi. Ela me viu também e parou. Ambas já chorávamos, começamos a correr uma até a outra e assim que chegamos nos abraçamos de imediato. O choro era compulsivo e devastador, tanto que não conseguíamos nem ao menos falar.

– Eu não acredito que você ta aqui. – Consegui dizer, porém com a voz totalmente embargada pelo choro que ainda continuava.

– Eu to aqui, eu to aqui! – Ela diz meio rindo e meio chorando.

Ficamos assim por uns cinco minutos ou mais, só sei que quando nos separamos (o que nem foi realmente uma separação já que continuávamos abraçadas de lado) faltava dois minutos para o avião de Rafa pousar. As duas e cinco em ponto o avião pousou, tentamos procura-lo, nada. Na verdade, quem nos achou foi ele. Eu só vi um ponto laranja correndo na nossa direção e me abraçando na velocidade da luz. Eu chorava mais e mais, Rafael também chorava; Letícia tentava parar de chorar em vão, ela se aproximou de nós e o Rafa a puxou para se juntar o abraço. Ficamos assim, parecia que estávamos grudados e não conseguíamos nos soltar, e eu realmente não queria solta-los.

O que eu posso dizer sobre os dias que se passaram com eles aqui?

Infelizmente, limitados. Eu queria ter mais tempo com os dois...

Quem sabe numa próxima né?