─ Queremos que adote o jovem Sr. Potter. ─ disse Rulfisk e mamãe sorriu.

─ É claro que sim! Aonde assino? ─ perguntou animada, sorrindo carinhosamente para Harry.

─ Você quer mesmo me adotar? ─ perguntou Harry baixinho.

─ É claro que sim Harry ─ ela disse e segurou as mãos de Harry entre as delas. ─ Sei que não posso substituir Lily, mas farei o meu melhor para...

─ Mãe, não é isso. ─ falei baixinho para ela, com pesar. ─ Os parentes dele são monstros, eles abusaram dele. Ele era mal alimentado, apanhava, era tido como escravo e dormia em um armário em baixo da escada. ─ contei ela ficou horrorizada.

─ Oh, Harry! ─ disse ela sussurrando. ─ Eu prometo, juro pela minha vida e por minha magia, que jamais machucarei você e amarei você como uma mãe. Que assim seja!

Eu ofeguei. Mamãe tinha acabado de fazer um voto inquebrável.

─ Fale assim seja. ─ sussurrei para Harry.

─ Assim seja? ─ disse Harry confuso e uma luz cercou a mão de Harry e a de minha mãe. ─ O que aconteceu? ─ perguntou ele confuso após a luz ter sumido. Mamãe soltou as mãos dele e sorriu feliz, o abraçando.

─ Sua nova guardiã acabou de fazer um juramento mágico inquebrável. ─ explicou Rulfisk sorrindo. ─ Para alguns isso é bem trágico, mas para nós, isso é uma prova de que se a Sra. Bellator te adotar, você estará em um bom lar. Ela não poderá quebrar o juramento ─

─ E nem vou! ─ mamãe interrompeu firmemente.

─ senão ela poderá não só perder a vida, como também sua vida. ─ terminou Rulfisk.

Harry ficou horrorizado.

─ Harry, calma. Eu fiz isso porque eu quis! Eu não vou morrer! Eu sempre vou estar aqui, de agora em diante, para você, okay? Você agora não é só meu afilhado, agora também é meu filho. Perdoe-me por não regatá-lo da casa dos trouxas, mas eu tentei, acredite. Dumbledore jamais deu a informação de onde você estava. Ele até ameaçou dizer ao ministério que estava tentando sequestrá-lo. O velho é louco! ─ disse mamãe e Harry abraçou ela.

─ Eu... Posso te chamar de mãe? ─ perguntou ele. ─ Eu sempre quis ter uma mãe!

─ É claro que sim, meu amor. ─ disse mamãe feliz.

─ Eba! Agora tenho mais um irmão! ─ exclamei sorrindo e abraçando os dois. Sean juntou-se ao abraço, rindo.

Depois de nosso abraço quase em grupo, pois faltou Rulfisk ─ que não puxei para o abraço com medo de saber como os duendes reagem à abraços ─ voltamos a nos concentrar naquele momento.

Mamãe assinou todos os documentos necessários que imediatamente foram enviados ao ministério, magicamente. Mas duvido que alguém iria notar, do jeito que eles são eficientes...

─ Bem, agora que tudo está certo... Eu quero que Harry e Lya façam um teste de herança. ─ disse Sean e mamãe paralisou.

─ Sean! Isso é um ritual de sangue... ─ exclamou ela chocada.

─ Tia Annia, não é o ritual de sangue da herança que os sangues-puros fazem. É um ritual do Gringotes, totalmente seguro. ─ diz Sean e mamãe respira fundo.

─ Como funciona? ─ ela pergunta e eu e Harry nos olhamos curiosos.

─ É só colocar três gotas de sangue em um membranis hæreditatem. ─ disse Rulfisk.

─ Um o que? ─ perguntei confusa e Harry deu uma risadinha.

─ Pergaminho de herança. ─ disse Harry. Eu olhei chocada pra ele.

─ Como você sabe? ─ arregalei os olhos.

─ Bem, eu ─ ele corou ─ fiz um curso básico de latim na escola escondido deles dizendo que era reforço e que era porque eu estava tendo notas baixas. ─ contou ele. Fiquei admirada! Harry, já naquela idade, sabendo enganar os babacas. Que orgulhinho! Por isso que o chapéu disse que ele poderia se dar bem na sonserina. Ele é tão inteligente quanto eu!

─ Que orgulho de você, maninho! ─ exclamei feliz e ele ficou mais vermelho ainda.

─ Mas você tinha notas baixas? ─ perguntou minha mãe curiosa.

─ Não, minha professora me ajudava a fazer boletinhos com notas falsas para dar para os Dursleys, já que ela sabia que eles não gostavam quando eu tirava nota maior que a de Duda. ─ respondeu Harry.

─ Ah, o seu primo porco... ─ falei pensativa e Harry me olhou curioso.

─ Mas como você sabe de tudo isso? ─ perguntou Harry.

─ É, Lya, como você sabe? ─ perguntou mamãe desconfiada.

─ Eu conto tudo depois, prometo! ─ revirei os olhos. ─ Mas se formos fazer esse tal teste de herança, vamos logo que ainda temos que fazer compras.

─ Não se preocupem, a minha sala está fora dos limites do tempo. ─ disse Rulfisk sorrindo. ─ O que significa que os limites de tempo daqui são diferentes dos limites de tempo fora do limite do Gringotes.

─ O tempo não passa como o de lá, então. ─ afirmei pensativa e ele sorriu.

─ Isso mesmo! ─ disse ele e estendeu dois pergaminhos dourados, colocando um na minha frente e outro em frente a Harry.

Respirei fundo. Eu tinha a impressão que o que iria aparecer nesses pergaminhos seria um pouco chocante...

─ Estendam a mão direita virada ─ pediu Rulfisk e nós fizemos ─ coloquem sobre o pergaminho sem tocá-lo ─ fizemos isso e ele estendeu uma adaga dourada e fez um corte em minha mão, deixando cair três gotas de sangue, em seguida o corte curou sozinho. Ele fez o mesmo com Harry e então pediu para que afastássemos as mãos dos pergaminhos. Os pergaminhos brilharam em vermelho e então ficaram da cor de um pergaminho normal. ─ Podem ler. ─ disse Rulfisk.

Peguei meu pergaminho e engoli em seco, começando a ler.

“Lyara Natielle Bellator.

Coerdeira Bellator, cofre 225: 500.035.000 (quinhentos milhões e 35 mil) galeões, 15 sicles e 26 nuques. Mansão Bellator no Brasil, 4 quartos suítes, 2 salas, uma cozinha e um campo escondido magicamente: valor da propriedade: 985.000 (novecentos e oitenta e cinco mil) galeões/250.000 (duzentos e cinquenta mil) reais.

Reginam Sapiens Narniam, cofre 1: 125.346.897.345 (cento e vinte e cinco bilhões, trezentos e quarenta e seis milhões, oitocentos e noventa e sete mil e trezentos e quarenta e cinco) galeões.

Herdeira Slytherin, cofre 6: 800.565.389 (oitocentos milhões, quinhentos e sessenta e cinco mil e trezentos e oitenta e nove) galeões, 16 sicles e 8 nuques. Castelo Slytherin na Escócia, 250 quartos suítes, 30 salas, 25 cozinhas, 10 campos escondidos magicamente: valor da propriedade: 1.254.385 (um milhão, duzentos e cinquenta e quatro mil e trezentos e oitenta e cinco) galeões.

Co-herdeira Olympium, cofre 3: 3.000.000.000 (três bilhões) galeões e 3.000.000.000 (três bilhões) dracmas. Chalé no Olimpo, 30 quartos suítes, 5 salas, 3 cozinhas com aumento mágico: valor da propriedade: 565.000 (quinhentos e sessenta e cinco mil) dracmas.

Co-herdeira Potter, cofre 686: 535.896.000 (quinhentos e trinta e cinco milhões e oitocentos e noventa e seis mil) galeões, fundo escolar: cofre 688: 1.000.000 (um milhão) galeões. Mansão Potter em Londres, 5 quartos suítes, 2 salas, 2 cozinhas e dois campos escondidos magicamente: valor da propriedade: 1.250.356 (um milhão, duzentos e cinquenta mil e trezentos e cinquenta e seis) galeões. Chalé de dois andares em Paris, 4 quartos suítes, uma sala e um cozinha: valor da propriedade: 560.325 (quinhentos e sessenta mil e trezentos e vinte e cinco) galeões.

Co-herdeira Skyford, cofre 56: 400.356.890 (quatrocentos milhões, trezentos e cinquenta e seis mil e oitocentos e noventa) galeões. Chalé no Alasca, 5 quartos, uma sala, uma cozinha, um abastecimento no solo e uma área de esqui: valor da propriedade: 679.963 (seiscentos e setenta nove mil e novecentos e sessenta e três) galeões.”

─ Apó tous theoús¹! Eu sou riquérrima! ─ exclamei assombrada, minha cabeça girava de ver tantos números naquele pergaminho (N/A: A minha também, de tanto escrever...).

─ Isso é grego? ─ sussurrou Harry.

─ Longa história ─ cochichei e reparei mamãe me olhando.

Olhei para Harry que olhava o pergaminho dele incrédulo e suspirei fundo.

─ Eu... Eu tenho tudo isso? ─ perguntou Harry quase sem voz.

─ Posso ver? ─ pedi e ele me estendeu o pergaminho dele. Peguei o dele e dei o meu pergaminho para ele ver.

“Harry James Potter.

Coerdeiro Bellator, cofre 225: 500.035.000 (quinhentos milhões e 35 mil) galeões, 15 sicles e 26 nuques. Mansão Bellator no Brasil, 4 quartos suítes, 2 salas, uma cozinha e um campo escondido magicamente: valor da propriedade: 985.000 (novecentos e oitenta e cinco mil) galeões/250.000 (duzentos e cinquenta mil) reais.

Coerdeiro Gryffindor, cofre 5: 800.495.328 (oitocentos milhões, quatrocentos e noventa e cinco mil e trezentos e vinte e oito) galeões, 14 sicles e 3 nuques. Castelo Gryffindor na Escócia, 230 quartos suítes, 40 salas, 15 cozinhas, 20 campos escondidos magicamente: valor da propriedade: 1.394.265 (um milhão, trezentos e noventa e quatro mil e duzentos e sessenta e cinco) galeões.

Coerdeiro Potter, cofre 686: 535.896.000 (quinhentos e trinta e cinco milhões e oitocentos e noventa e seis mil) galeões, fundo escolar: cofre 687: 1.000.000 (um milhão) galeões. Mansão Potter em Londres, 5 quartos suítes, 2 salas, 2 cozinhas e dois campos escondidos magicamente: valor da propriedade: 1.250.356 (um milhão, duzentos e cinquenta mil e trezentos e cinquenta e seis) galeões. Chalé de dois andares em Paris, 4 quartos suítes, uma sala e um cozinha: valor da propriedade: 560.325 (quinhentos e sessenta mil e trezentos e vinte e cinco) galeões.

Coerdeiro Skyford, cofre 56: 400.356.890 (quatrocentos milhões, trezentos e cinquenta e seis mil e oitocentos e noventa) galeões. Chalé no Alasca, 5 quartos, uma sala, uma cozinha, um abastecimento no solo e uma área de esqui: valor da propriedade: 679.963 (seiscentos e setenta nove mil e novecentos e sessenta e três) galeões.

Herdeiro Black, cofre 711: 300.789.456 (trezentos milhões, setecentos e oitenta e nove mil e quatrocentos e cinquenta e seis) galeões. Casa do Largo Grimmauld: valor da propriedade: 385.000 (trezentos e oitenta e cinco mil) galeões.”

─ Acho que estou passando mal... É tanto dinheiro! ─ exclamei colocando o pergaminho na mesa. Harry fez o mesmo, ainda com cara de chocado.

Minha mãe e Sean espiaram nossos pergaminhos e arregalaram os olhos também.

─ A Lya é herdeira de Salazar Slytherin? ─ exclamou minha mãe chocada. Parece que ela não sabia que o Sean era a reencarnação do Sal...

─ Porque coerdeiro de Gryffindor e não herdeiro? ─ perguntou Sean confuso, examinando o pergaminho de Harry. Aí eu lembrei que...

─ Puxa, o Matt é herdeiro de Gryffindor, ou melhor, coerdeiro também! ─ exclamei sorrindo.

─ Aquele Matt? ─ perguntou Sean, se referindo ao pergaminho mágico que Matt me enviou hoje cedo (N/A: Ultimo capitulo de The Heiress!).

─ Sim, ele mesmo! ─ confirmei ainda sorrindo.

─ Que Matt? ─ mamãe perguntou e Harry me olhou curioso.

─ Er... ─ parei para pensar. O que eu diria a ela? Que ele era meu namorado, ou melhor, meu noivo, pois ele me pediu em casamento em Narnia e parece que ele até se esqueceu disso... Abri um sorrisinho inocente. ─ Bem, lembram que eu disse que era uma longa história, certo? ─ falei e mamãe estreitou os olhos.

─ Não vou me esquecer disso, mocinha. Vai ter que me explicar tudo assim que chegarmos em casa! ─ ela ordenou.

─ Sim, mamãe. ─ exclamei obediente.

¹. Apó tous theoús! ── Significa Pelos deuses! em grego.