The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 41
Sacrifícios


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, gente! Mais um capítulo. Pois é, me adiantei dessa vez, assim como prometi.
Acho que vou ter de ficar mais uma semana na escola, porque andei faltando bastante e perdi prova. Não sigam meu exemplo, hahaha.
Bom, boa leitura. Nos vemos lá em baixo! (Tenho uma novidade importante, depois!) s2



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Acordei suando frio. Eu me recordava muito bem do que sonhei, o que era estranho. Estava escuro e tudo o que eu podia ver era uma silhueta indecifrável em meio às sombras. E quando eu as chamavam, pareciam que não estavam mais sob meu controle. Eu estava sozinha, desprotegida e não tinha mais a quem recorrer. Eu era inútil. Lembro-me de um riso vindo das sombras e uma voz dizendo que eu seria a próxima. E foi aí que eu acordei; assustada.

Inalei profundamente para manter a calma, e com um tempus descobri que era quase a hora do café da manhã. Decidi arrumar-me, tomar um banho quente para espantar os vestígios daquele pesadelo horrível. Logo depois, eu já estava com o uniforme, embrulhada em minha capa.

Desci para a sala comunal e logo vi Draco e Hermione trocando ideias sobre um livro qualquer. Sentei-me ao lado deles, sorrindo brevemente e então passei a ouvir as conversas ao meu redor.

─ ...dever de Transfiguração, é sobre Genética na Arte de Transformação...

─ ...um livro legal na biblioteca, mas madame Pince não deixou...

─ ...Corvo amaldiçoado...

─ ...eu não acho que foi isso que o autor quis dizer, Mione. Acho que...

─ ...bomba de bosta no Filch, vai ser maneiro...

─ ...garras para pegar cinco oferendas...

Ofeguei ao ouvir as conversas. Juntando brevemente os trechos que desconfiei, tudo parecia ficar mais nítido. Corvos tinham quatro garras, mas três ficavam mais a frente, o que resultaria as três marcas no rosto; se o corvo era amaldiçoado, provavelmente estava sendo controlado... Cinco oferendas poderiam ser as cinco peças que poderiam ser a chave para abrir algo... Será que a pessoa estava falando do que eu pensava, ou eu estava apenas entendo errado?

Quem poderia ser? Estava ali na sala comunal da Sonserina... Mas quem? Será que nosso inimigo estava próximo de nós o tempo todo e apenas nós não víamos? Olhei ao redor, e tudo parecia normal. Os grupinhos estavam falando de assuntos normais...

─ Estou ficando maluca. ─ Murmurei, fazendo Mione e Draco pararem de conversar para me olhar.

─ Como assim? O que houve? ─ Draco perguntou apreensivo.

─ Nada de mais. ─ Lancei um olhar sugestivo para ele e Mione, que arregalaram os olhos.

─ Certo. Depois! ─ Mione murmurou.

─ Vamos? ─ Chamei. ─ Já estou com fome... Mas, cadê o Harry?

─ Ele já saiu. ─ Draco respondeu.

Tentei controlar minha frustração.

─ Droga, e se o imbecil for pego? ─ Murmurei irritada.

Levantamos e saímos da sala comunal, indo em direção ao salão principal. No caminho, encontramos Luna, Gina e Harry.

─ Potter. ─ Lancei um olhar mortal em sua direção e ele me encarou confuso. ─ Qual parte do não sair sozinho você não entendeu? E se você for pego, hein? Hein?

─ Calma Lya. Sei me cuidar! ─ Ele se defendeu.

─ Você não entende? Eu estou preocupada, caramba. Tive um pesadelo. Temo que em algum momento um de nós... ─ Suspirei, sem conseguir terminar.

─ Eu sei. Mas isso não vai acontecer!─ Harry me abraçou.

Não tem como você saber disso, Harry. Não tem... Decidi esquecer o assunto e aproveitar a calmaria, apesar de minhas preocupações.

Dei um baita beliscão no braço dele, que berrou.

─ Lya, tá doida?!

─ Estou. Agora vamos! ─ Exclamei emburrada. ─ Seus idiotas que não dão valor a minha preocupação...

─ Eu te amo mana. ─ Harry riu.

Não consegui conter um sorriso. Apesar de meus medos, eles sempre conseguiam me fazer rir. Eu realmente havia encontrado amigos verdadeiros, ou melhor, uma grande família.

─ Também te amo, maninho. ─ Sorri.

Enfrentaríamos tudo o que viesse, mas, juntos. Eu estava me preocupando a toa. Só isso... Certo?

Suspirei chacoalhando a cabeça e pensei ver algo negro quando olhei de soslaio. Com o coração acelerado, olhei novamente, mas era só a sombra de uma armadura.

─ Definitivamente louca. ─ Murmurei baixinho, esfregando os olhos.

─ Está tudo bem? ─ Luna cochichou.

─ Eu não sei. ─ Confessei e ela me olhou com pena.

─ Nós vamos ser pegas. ─ Afirmou, ainda sussurrando.

─ O-o q-que? ─ Gaguejei assustada.

Ela pegou minha mão e apertou.

─ Mas vai ficar tudo bem. Eles vão conseguir! ─ Ela tentou me tranquilizar. Aterrorizada, engoli em seco. O que ela queria dizer com isso? ─ Vão à frente, tenho que falar com a Lya. ─ Luna falou para os outros.

Com uma falsa expressão de tranquilidade, acenei para eles irem à frente e quando desapareceram no corredor, Luna me puxou para o outro lado. Eu tinha que descobrir o que ela queria dizer com tudo isso!

─ O que está fazendo, Luna? O que isso quer dizer? ─ Esbravejei.

─ Temos que fazer isso, Lya. Se não você vai estragar tudo. ─ Ela me olhou séria.

─ O que? Como assim eu vou estragar tudo? E o que temos de fazer? ─ Questionei.

─ Lya, eu vi. Vi nossa derrota, vi tudo o que planejamos cair por terra. E por mais que me doa dizer isso, a culpa foi sua. Você confiou demais em si mesma, deixando com que todos confiassem em sua vitória e então todos nós caímos. ─ Ela contou cabisbaixa. ─ Mas, dessa vez, ao sermos capturada, eles vão descobrir o que terão de enfrentar e então vai ficar tudo bem.

─ Luna... ─ Sussurrei chocada com tudo o que ela dizia. Meus olhos estavam arregalados com tamanha revelação.

─ Você não pode ser a heroína o tempo todo. Não pode nos superproteger, cobrir-nos com suas asas e resolver tudo com um estalar de dedos. A vida não se baseia nisso. ─ Ela continuou.

─ Luna... ─ Murmurei novamente, mas não mais pelo que ela estava dizendo e sim pelo que eu estava vendo.

─ Não se preocupe, vamos conseguir mudar o mundo, mas você tem de aprender que tudo tem limite. É uma lição que todo líder tem de aprender, chegou sua vez, Lya. Após isso, você aprenderá o que realmente significa ser a nossa líder. ─ Ela olhou em meus olhos com um sorriso, mas eu só conseguia me concentrar no enorme pássaro atrás dela.

─ É o fim... ─ Engasguei e ela me abraçou.

─ Não, é apenas o começo. ─ Luna riu. ─ Alguns sacrifícios tem de ser feitos para alcançarmos a vitória.

Fechei os olhos em horror e fiquei me perguntando qual era o sentido de tudo aquilo.

Abri os olhos novamente e o olhei. Um corvo gigante, negro, de olhos azuis assombradores, com as garras afiadas prontas para nos atacar. Mas o que era aquele corvo?

Tentei empurrar Luna para trás de mim, mas ela me empurrou antes.

─ Prossiga Raven. Vá em frente! Uma peça azul. Porém, seja gentil com a verde. ─ Luna sorriu.

O que ela estava fazendo? Ela estava louca? O que estava acontecendo? Quem estava por trás disso? Como se o corvo tivesse a entendido, golpeou-a no rosto. Luna caiu ao mesmo tempo em que eu soltei um grito de pavor. Os cortes se curaram, mas o mesmo líquido vermelho apareceu em seu rosto.

─ O que é i-isso? N-não pode ser v-veneno... ─ Gaguejei.

─ E não é, são lágrimas de sangue derramadas pelo guardião. ─ O corvo se pronunciou com uma voz rouca. ─ Lindsay, a quinta peça. Agora que te adquiri, as peças vermelhas e verdes estarão em minhas mãos.

─ Quem é você? O que planeja? ─ Perguntei notando que não tinha mais escapatória.

─ Eu sou Raven, o corvo amaldiçoado por Rowena Ravenclaw. Acredito que você e nenhum dos outros fundadores souberam sobre mim, a não ser minha criadora. Meu propósito é dar vida ao guardião de Hogwarts, que a cada peça oferecida, chora em sua gratidão. ─ Disse o corvo.

─ Mas quem é o guardião? ─ Franzi a testa.

─ Não importa. Peças não devem saber meu propósito. ─ Ele vociferou, irritado.

Ao perceber que ele se aproximava tudo o que eu fiz foi gritar um “CORVO RAVEN GUARDIÃO HOGWARTS LUNA” pra Sean, ouvindo vagamente ele gritar meu nome em resposta e então senti garras em meu rosto e a escuridão me engoliu.

Como em meu pesadelo.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Deixei vocês muito curiosos?
Bem, o próximo capítulo que eu postarei, não será bem um capítulo e sim um bônus. É, a Elisabeth Prince Snape Malfoy deu a ideia e eu gostei, haha.
Enfim, o bônus será narrado pelo nosso amado Matt e não terá nada a ver com os atuais acontecimentos. Será mais ou menos algo que aconteceu no niver dele.
Então... Alguém quer o bônus? *-*
Bem, aguardarei respostas hihihi
Até logo, beijos.
( Já disse que amo vocês? Se não, amo vocês!) s2



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