The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 28
Um Novo Amigo Improvável


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar antes esse capítulo, mas amanhã vou tentar postar mais um, sem promessas embora... Como todo mundo concordou, o Drakeypook vai aparecer... Puxa, eu amo dar apelidinhos bizarros pra ele! :P
Boa leitura!



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Deixei as sombras me envolverem e me levarem a meu destino. Vi-me em um quarto luxuoso e extremamente bagunçado, um quarto típico de um garoto qualquer. Porém, ao contrario do que eu esperava, não era totalmente cheio de coisas que um garoto bruxo puro-sangue, de uma família que idolatrava a pureza de sangue acima de tudo... Tinha um celular android na mesa de cabeceira, um notebook prata e vários aparelhos trouxas, incluindo uma TV enorme. O quarto de Draco Malfoy não era o que eu esperava. Realmente!

Quase me perguntei como ele disfarçava tudo aquilo do papai-lambe-botas, mas imediatamente percebi um forte encanto de glamour criado com runas, que um bruxo medíocre como Lucius Malfoy jamais detectaria. Quais segredos o loiro aguado irritante escondia?

─ Skyford ─ cumprimentou Malfoy, entrando no quarto e imediatamente notando-me nas sombras. Sorri e sai, sentando na cama dele como se fosse dona do quarto. ─ Não sabia que seu hobby era invadir a casa alheia nas férias ─ ele zombou, mas não parecia tão maldoso quanto em Hogwarts. Ele parecia... Curioso?

─ Olá, Draco ─ falei sorrindo ─ Sabia que seu papai comensal da morte está planejando soltar o monstro de Salazar Slytherin em Hogwarts para eliminar os alunos nascidos trouxas através de um diário encantando que contem um pedaço da alma de Voldemort? ─ questionei na cara dura e ele me olhou incrédulo.

─ O que... O que você está dizendo, Skyford? ─ perguntou lentamente e eu ri.

─ Vai dizer que você não sabe de nada, Draquinho? ─ debochei e ele me olhou mortalmente.

─ Sei que meu pai tem objetos amaldiçoados, mas não faço questão de saber quais são ─ diz ele friamente e então sentou na cama, um pouco distante de mim, me encarando.

─ Interessante... ─ comentei e olho ao redor do quarto, sorrindo ─ E o mais interessante ainda são esses encantos rúnicos muito legais! ─ completei.

─ Um descendente dos Black tem que saber se defender... ─ ele explicou um pouco desconfortável. Ele estava com receio de perguntar algo a mim, percebi. Ele não sabia com que estava lidando, mesmo que estudou um ano comigo. Parecia que Draco Malfoy não era o idiota arrogante que apenas seguia os passos do pai, como todos diziam.

─ Suponho que seu pai não saiba disso...

─ Ele não é inteligente o suficiente ─ Draco comentou, irritado ─ Não sou um clone de meu pai, por mais que eu aja como se fosse. Ele é um idiota e quando o mestre dele voltar, ele vai morrer ─ continuou Draco e eu sorri largamente. Mas porque ele estava me contando isso?

─ Interessante... Mas porque você está me contando tudo? ─ questionei agora desconfiada, mesmo sem demonstrar.

─ Você acha mesmo que eu não sei o que está fazendo? Fiquei sabendo dos garotos que foram intimidados na sala comunal, a Sonserina toda sabe que você e seus amigos vão mudar tudo. Sabemos que o lorde das trevas vai voltar, mas que apenas os inteligentes vão se safar. Mas a pergunta é: quem vai se safar, os do seu lado, ou os idiotas que seguem Dumbledore e Voldemort? ─ ele discursou e eu paralisei.

─ Sério? ─ perguntei incrédula ─ Está tão na cara assim o que estamos fazendo? ─ suspirei e refleti em sua pergunta final. ─ Olhe Draco, eu realmente não sei se o que eu estou fazendo vai dar certo. Mas seja lá qual for o resultado no final, com certeza vai ser muito melhor do que qualquer coisa que Voldiekins ou Dumbiepoo poderia fazer para o mundo mágico... ─ respondi e ele sorriu, como se eu tivesse dito algo que ele sabia que eu diria.

─ É eu sei. Sabia que fomos ensinados desde cedo a reconhecer um tribunal? Mas duvido que alguém além de nós sonserinos tenha percebido. Você jogou bem nessa! ─ ele comentou, olhando seriamente. Ele realmente era muito diferente do que eu pensava que ele era... Talvez ele pudesse ter uma chance no nosso grupo-muda-o-mundo. Mas, espera... Ele disse... Tribunal? Ofeguei ao finalmente perceber o que ele disse.

─ Um tribunal? Draco, eu não estabeleci um tribunal! ─ exclamei divertida, porém, temerosa e ele arqueou uma sobrancelha.

─ É mesmo? Ou você é que não percebeu ainda? ─ ele desafiou e eu parei para pensar no que ele disse. Relembrei-me de quando li sobre o Tribunal do Poder em um dos livros que comprei no ‘Floreios e Borrões’ antes de ir pra Hogwarts. Se eu não me engano o livro era “Costumes e Rituais Puros-Sangues, por Alicie Greengrass”.

Estabelecer o Tribunal de Poder é um dos primeiros passos para se estabelecer um grupo político, um exército ou qualquer outro grupo que tenha um líder e seguidores, apoiadores e etc. Uns dos maiores exemplos são os lordes das trevas e seus seguidores, sendo mais especifico Voldemort e os Comensais da Morte. Mas o Tribunal não é usado apenas para o mal, na verdade, no geral, vivemos em um Tribunal de Poder, o que vivenciamos atualmente: o Ministro, que é o líder do Tribunal e nós, os demais bruxos, que respondemos ao Ministro, ou seja, os apoiadores.

A primeira etapa para formar o Tribunal é definir um líder, aquele que comandará todo o Tribunal de Poder. A segunda etapa é definir os principais apoiadores, o círculo interno. Haverá os de primeira classe, que serão aqueles que serão a mão direita e a mão esquerda do líder, e os de segunda classe, que serão à frente e a costa do líder.

A mão direita será o segundo em comando após o líder, e a mão esquerda será o terceiro em comando. A frente será o responsável pela proteção do líder e do segundo e terceiro em comando. A costa será o responsável em verificar tudo o que acontece fora do círculo interno e repassar as informações ao líder e ao círculo interno.

Os demais apoiadores serão divididos entre guerreiros e corte. Os guerreiros serão comandados pela frente do líder e serão os únicos a defender o líder. E a corte são os demais, que respeitarão e seguirão não só o líder, como também o círculo interno.

A terceira e ultima etapa é definir um nome ao grupo e registrá-lo na magia, tornando-o um Tribunal mágico. Por exemplo, Voldemort criou um nome ao seu tribunal: Comensais da Morte. Então, todos os que foram seus apoiadores levaram o nome de Comensais da Morte. Todo Tribunal tem um nome e quem define isso é o líder. A partir daí, o Tribunal de Poder irá se tornar algo digno de respeito, e se ele seguir os seus devidos propósitos, certamente será conhecido futuramente na história bruxa.

─ Já estabeleceu as mãos direitas e esquerdas? Eu suponho que serão Potter e Granger, certo? Weasley provavelmente será a sua frente... E as costas? ─ ele questionou depois de um tempo, enquanto eu estava pensativa.

Eu não estava estabelecendo um tribunal, estava? Se eu estivesse estabelecendo um tribunal, isso mudaria todos os planos. Eu e Harry já planejávamos criar um novo lado na guerra, mas com um tribunal sendo estabelecido, eu teria de ser a líder. Mas... Isso seria o certo a se fazer? Eu realmente estava pronta para liderar? Bobagem, é claro que não...

─ Não estou estabelecendo um tribunal... Quer dizer, acho que não! ─ neguei, indecisa e Draco deu de ombros, parecendo duvidar.

─ Se você diz ─ ele disse e me olhou, franzindo o cenho. ─ O que disse antes mesmo? O que meu pai estava planejando? Você mencionou um basilisco?

─ Sim, eu disse que ele estava planejando atacar os nascidos-trouxas com um basilisco que está na câmara secreta. Ele vai usar o diário encantado com a alma de Voldemort para abrir... ─ contei e Draco pareceu um pouco verde.

─ Tem como impedi-lo? ─ ele perguntou, esperançoso e eu sorri, planejando algo que poderia mudar muito o segundo ano.

─ Na verdade, Draco, eu acabei de ter uma ideia. Sabe onde seu pai guarda os apetrechos dele? ─ eu questionei ansiosa.

─ Sim, eu sei. Mas não posso ir lá sem que ele veja, e ele não deixa que eu chegue perto do recanto encantado dele ─ ele respondeu, ironizando no final.

─ E o caminho até lá é bem escuro, digo, tem sobras? ─ questionei e ele me olhou como se eu fosse louca.

─ E acha que eu sou o que? Uma espécie de ninja que fica invisível nas sombras? ─ ele debochou e eu ri. Não iria deixar que o humor mórbido dele me contaminasse.

─ Você pode não ficar, mas eu fico ─ revelei, puxando as sombras do quarto dele até mim, deixando com que eu ficasse invisível. Era bem cansativo, mas valeu a pena ver o olhar chocado de Draco.

─ Você... O que é você? ─ ele perguntou perplexo.

─ Sou apenas uma sombra, Draco... ─ sussurrei com uma voz fria e ele estremeceu. Eu ri, deixando que as sombras se esvaíssem de meu corpo, aparecendo na frente dele, em pé. ─ Vamos?

─ Aonde? ─ ele franziu a testa confuso.

─ Até o recanto encantado ─ revirei os olhos, o imitando e ele riu.

─ Vai prejudicar meu pai? Então eu topo... ─ ele parecia bem ansioso em causar problemas para o próprio pai...

─ O que ele fez pra você, além de ser um burro oxigenado? ─ questionei curiosa e o semblante de Draco se apagou. Congelei, na expectativa. Seja lá o que for, Lucius Malfoy provavelmente encontraria muitos problemas agora.

─ Me torturou com a maldição cruciatus desde pequeno para eu ser a perfeita cópia dele ─ disse Draco, como se isso fosse normal. Tive que conter minha fúria para não ir matar o Malfoy velhote. Que tipo de pai fazia isso com um filho?

─ Não se preocupe Draco. Pode ter certeza que a partir de agora vou causar problemas a seu pai com muito prazer! ─ prometi, furiosa e Draco sorriu para mim. Agora ele parecia um garoto inocente, que só precisava de um pai, ou alguém que mostrasse as coisas boas da vida. Talvez eu pudesse arranjar um jeito de trazer Draco comigo nas férias... Eu iria pensar em algo!

Envolvi-me com as sombras, puxando Draco comigo e pedi a ele para que pensasse no cantinho do pai dele. Imediatamente fomos transportados para uma sala escura que continha uma energia muito mais que negra. Não chegava a ser nem uma fração da energia escura do Tártaro, mas certamente não era boa.

Com os olhos, rapidamente avistei o diário e o envolvi com as sombras. Esforcei-me para criar uma cópia exata do diário, para que Lucius não desconfiasse no momento e deu certo. Mas eu usei muito das sombras, já estava me sentindo cansada. Porém, como um imã, avistei uma pedra negra, parecendo um ovo, e fui até ela, tocando-a. Foi como se ela me chamasse... Foi idiotice, pois poderia ser qualquer coisa prejudicial. Mas quando eu a toquei, todo o cansaço sumiu. Eu parecia estar... Revigorada. Sorri e coloquei a pedra no bolso de minha blusa, envolvendo a com as sombras para que não se quebrasse e voltei ao lado de Draco.

─ Aonde vamos agora? ─ sussurrou Draco e eu sorri.

─ Nós vamos para a câmara secreta ─ contei e ele pareceu perplexo. Não dei tempo para ele responder, pois logo as sombras nos envolveu. Vi apenas seu rosto chocado antes que percebi estar na câmara.


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Notas finais do capítulo

Comentem, pois eu necessito saber a opinião de vocês, ok amores?
E até amanhã talvez, beijos!



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