Quando seu sonho se realiza. escrita por


Capítulo 1
Capítulo Unico




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“Stella é despertada do seu tranquilo sono pelo seu celular tocando, ainda de olhos fechados pega o aparelho na mesinha de cabeceira da cama e atende inusitadamente, sem nem olhar o visor.

Stella >> Quem me deseja? << - sua voz sonolenta se torna sexy denunciando que ainda dormia, alguns segundos de silencio na linha e uma voz rouca e grave responde.

>> Essa é uma pergunta difícil para uma mulher que com certeza tem muitos homens a desejando. E eu não pretendo ser mais um admirador, mas o admirador. << - enfatizando a última parte. Stella se surpreende com o que ouvia, abre os olhos e senta-se na cama, aquela conversa a estava interessando.

Stella >> Nossa você me surpreendeu. << - ela mexia em seu cabelo enrolando um de seus cachinhos.

>> O que te surpreendeu? <

Stella >> Você ser tão decidido. <

>> E da onde você tirou tudo isso? <

Stella >> Da sua voz. <

>> Você gosta da minha voz? Ou de saber que é desejada por mim? <

Stella >> Se você com essa voz me deseja então eu deixo pra lá qualquer homem que por um acaso me deseje. << - ela levanta da cama e caminha até a janela, ela sentia o vento brincar com seus cabelos observando o céu.

>> Mas eu não te desejo como uma conquista na minha cama, eu te desejo como a mulher pra dividir minha vida. <

Stella >> Cada vez mais você me surpreende. <

>> Talvez te surpreenderia ainda mais se me conhecesse. <

Stella >> Porque acha isso? <

>> Porque te conheço. <

Stella >> Então estamos em desvantagem porque eu não te conheço. <

>> É só você querer. <

Stella >> Eu quero. << - ela fala decidida.

>> Chego na sua casa em cinco minutos. E cuidado pra não se misturar as estrelas e eu não conseguir mais te achar. <<

Stella >> Eu sei que você vai encontrar uma forma de me achar. <

>> Você sempre estará ao meu alcance assim como eu estarei ao seu se assim você quiser. <

Stella >> Não te deixarei escapar entre meus dedos <

>> Então venha abrir a porta e me deixe ficar de vez na sua vida. << - ela ouve a campanhia tocar e sai em direção a sala com um sorriso bobo em seus lábios. Sua camisola longa de seda branca e rendada voava, era como se o vento quisesse que ela flutuasse. Seus pés descalços pisavam forte em direção ao inacreditável, uma ligação e seu coração batia forte, estava segura do que queria e queria que quem estivesse do outro lado da sua porta fosse alguém mais que especial. Ela olha pelo olho magico e via apenas flores, suas flores preferidas...lírios brancos. Stella leva a mão a maçaneta com a certeza de que está vivendo um sonho, seus olhos ainda duvidosos olhavam o chão e vai subindo pelo corpo a sua frente mas ao longe ela ouve o barulho do seu celular tocando o que a faz olhar para trás como se o buscasse e ao ter novamente sua atenção na figura a sua frente já não ver mais nada apenas as flores no chão e o perfume de que realmente ele esteve ali, ela pega as flores e sente seu perfume mas o cheiro que invade suas narinas é o dele, uma colônia masculina, um cheiro de homem, do seu homem. O telefone recomeça a tocar e a tocar...”

Stella acorda assustada seus olhos percorrem o quarto tendo a certeza que estava mesmo em casa, ela se olha e pode notar que estava usando seu blusão habitual que costumava vestir para dormir.

Stella – Que sonho maluco. – voltando a deitar. – Maluco mas muito, muito real. – sorrindo, ela podia sentir o cheiro dele pelo quarto, o cheiro de quem não conhecia o rosto apenas a voz por telefone, talvez esse alguém que a visitou em sonhos nem exista. O celular de Stella recomeça a tocar, ela pega o aparelho em cima de seu criado mudo, olha o visor e nome de Mac Taylor aparece significando que tem trabalho e muito cedo, ainda era madrugada.

Stella >> Bom dia, Mac. << - ela fala animada ao atender o celular.

Mac >> Você está bem, Stella? << - estranhando a forma como a amiga atendera o telefone tão animada a essa hora da madrugada.

Stella >> Claro que estou. <

Mac >> E seu habitual mal humor quando te acordo a essa hora da madrugada para trabalhar? <

Stella >> Hoje nem mesmo você me mandando trabalhar vai tirar o meu bom humor. <

Mac >> Então acho melhor aproveitar. <

Stella >> Aproveite Mac Taylor, hoje eu deixo você se aproveitar de mim, ok?! Te encontro ai em 20 minutos, pode ser? << - ele se surpreendeu com sua resposta.

Mac >> Mas eu ainda não disse onde é a cena. <

Stella >> Eu vou tomar um banho, me vestir decentemente você não quer que eu saia assim, quer? << - rindo.

Mac >> Eu nem sei como você estar. << - Mac nem mesmo sabia como essa conversa tomou aquele rumo. >> Mas acho melhor se apressar. << - voltando o seu tom habitual de trabalho.

Stella >> O que foi? Don chegou por perto? << - Stella ri alto enquanto ele se esforçava para se manter sério, embora um sorriso teimasse em ficar no canto dos seus lábios. >> Vou considerar isso um sim, daqui a pouco te ligo e você me diz onde é a cena e ah antes que eu esqueça é melhor ter o meu café em mãos porque vou sair sem tomar nada. << - ela podia sentir ele sorrir do outro lado da linha e em seguida desliga o celular. Stella olhava o aparelho em suas mãos e se perguntava como falara com o seu chefe desse jeito, por mais que fossem amigos mas dai a dizer “Eu deixo você se aproveitar de mim” ou “você não quer que eu saia assim, quer?” foi bem ousado da sua parte e nem sabe dizer o por que disse isso.

Vinte minutos depois Stella está saindo de casa quando seu celular toca.

Stella >> Adivinhou que eu iria ligar pra você? << - novamente Mac é pego de surpresa.

Mac >> Pelo tempo que você me deu achei que estivesse saindo de casa. <

Stella >> E acertou, já estou a caminho. <

Mac >> A caminho da onde se não te falei onde estou? <

Stella >> Você tem razão, pra onde eu vou então? << - ao ouvir isso Mac fica em silencio e se afasta do corpo.

Stella >> Mac ainda comigo? <

Mac >> Claro. Desculpe. Stella você...você...<

Stella >> Fala Mac. << - percebendo que o amigo estava nervoso.

Mac >> Se eu te desse uma direção pra seguir você seguiria? <

Stella >> Mas que pergunta é essa? << - estranhando a pergunta e ao mesmo tempo se divertindo com isso. Ela entra no carro jogando a bolsa no banco do passageiro e liga o som ainda mantendo aporta aberta.

Mac >> Só me diga se sim ou não. <

Stella >> Você sabe a resposta Mac Taylor. << - sorrindo. >> Agora vai me fala pra onde vou. <

Mac >> Hotel...mas não vou poder esperar você, tenho um cadáver decapitado mais fresco no Central Park. <

Stella >> Você me tirou a essa hora da manhã pra cuidar de uma cena sozinha? << - fechando a porta do carro.

Mac >> Você disse que eu poderia me aproveitar de você. << - Stella sorrir.

Stella >> Tudo bem Mac Taylor mas você fica me devendo, nem mesmo isso vai tirar meu bom humor. << - dando partida no carro e indo em direção ao seu trabalho.

...

Mais uns dez minutos e Stella está entrando em uma cena onde Don já a aguardava.

Stella – Vejo que tem algo para mim. – vendo Don segurando um copo de café com o nome dela escrito.

Don – Mac deixou pra você. – passando pra ela.

Stella – É o jeito dele de me dizer bom dia ao me tirar da cama a essa hora. – eles riem. – E essa música?

Don – Já estava tocando quando chegamos e é sempre a mesma.

Stella – Scorpions, ...

Don – Gosto dessa banda.

Stella – Eu também.

...

A manhã corre com Mac e Stella trabalhando em casos separados.

Sheldon – Mac tudo leva a crer que esse caso e o da Stella tem o mesmo autor, é o mesmo padrão e até a música do Scorpions.

Mac – Mas alguma coisa aconteceu para que a nossa vitima fosse decapitada. Vou falar com A Stella e ver o que tem. – saindo de sua sala.

...

Mac – Devia almoçar Bonasera, aposto que só tomou o café que deixei pra você.

Stella – E aposto que você não tomou nada porque não fui deixar nada para você comer. – ele sorri confirmando que Stella estava certa. – Mas se você almoçar comigo nós dois comemos melhor, o que acha?

Mac – Acho uma boa ideia.

Ao chegarem no estacionamento Mac abre a porta do carro todo cavalheiro para Stella entrar.

Stella – Obrigada. – ela sorrir ao ver a atitude dele, apesar de ser tão comum Mac fazer isso quando não há tanta pressa e como agradecimento ela se aproxima dele e beija-lhe o rosto e por um breve momento pareceu reconhecer aquele cheiro de algum lugar, mas logo afasta qualquer pensamento que poderia ter ao lembrar que aquele é Mac Taylor o homem mais metódico que usa sempre as mesmas coisas, o mesmo perfume é claro que reconhecia aquele cheiro, era o cheiro habitual dele. Stella entra no carro, Mac fecha a porta e entra no lado do motorista e seguem para um restaurante.

Mac – Estou curioso pra saber o que te deixou com tanto bom humor hoje. – ela abre um sorriso contagiante o que faz Mac sorrir também.

Stella – Tive bons sonhos.

Mac – Aumentou ainda mais a minha curiosidade. – ela rir ainda mais. – Não vai me contar? – arcando uma das sobrancelhas.

Stella – Foi só um sonho que pareceu muito real. Mac posso te fazer uma pergunta? – ela fica seria.

Mac – Claro.

Stella – Que perfume você usa?

Mac – Minha colônia de sempre. – ele sorrir discretamente e volta sua atenção para o volante.

Stella – E a que eu te dei de presente, você não usa?

Mac – Só em ocasiões especiais.

Stella – Verdade? – sorrindo.

Mac – Sim. – o celular de Mac toca e interrompe aquele breve momento. >> Taylor. << - atendendo o celular.

Flack >> Mac temos um novo corpo e tudo leva a crer que é a mesma pessoa, a mesma perfuração a bala, a música, tudo do mesmo jeito dos outros dois. <

Mac >> Ok, Flack, estou com a Stella e encontramos você logo. <

Flack>> Ok. << - desligando.

Stella – O que aconteceu?

Mac – Vamos ter que substituir nosso almoço num restaurante por um cachorro-quente de esquina, Flack tem mais um corpo para nós e tudo indica que está ligado aos nossos casos.

Stella – Mas qual a ligação do seu decapitado com o meu assinado a bala?

Mac – Na verdade ele teve uma perfuração a bala também além da música do Scorpions.

...

O restante do dia foi corrido para toda a equipe tentando desvendar esse caso e já entrava noite a dentro.

...

Mac – Vá pra casa Bonasera, já terminamos por hoje. – entrando na sala da grega.

Stella – Eu sei mas sabe quando ficam certas coisas na sua cabeça martelando?!

Mac – O que está te incomodando?

Stella – Esse caso, Mac. Essas vítimas estavam em lugares errados, na hora errada quando uma pessoa tem um surto psicótico e as mata, essas pessoas tinham sonhos, desejos, família. As vezes não da pra entender a vida, sabe?

Mac – Infelizmente isso é uma doença que só precisaria que tivesse sido tratado.

Stella – Verdade. – suspirando pesadamente frustrada com esse caso.

Mac – Mas eu ainda tenho uma curiosidade. – pondo as mãos no bolso da calça.

Stella – Curiosidade? – voltando a olhar o amigo parado na sua porta.

Mac – O que te deixou de bom humor hoje pela manhã? – ela ri alto esquecendo completamente do que a chateava.

Stella – Você ainda lembra disso? – lembrando-se do sonho que tivera.

Mac – Não posso esquecer algo que te deixou com muito bom humor. – sorrindo.

Stella – Foi só um sonho. – ele arca uma das sobrancelhas e Stella desvia seu olhar par sua mesa bagunçada.

Mac – Não vai me contar? – ela o olha com o sorriso divertido nos lábios.

Stella – Sonhei com um cara, acho que ele era meu príncipe encantado mas não...- ela hesita em falar. – Você vai me achar uma boba.

Mac – Prometo que não irei.

Stella – Promete mesmo?

Mac – Sim.

Stella – Eu não sei como ele era, eu não vi seu rosto mas o seu cheiro parece esta impregnado em mim.

Mac – Cheiro? – lembrando-se que Stella havia perguntado sobre o seu perfume mais cedo, o que lhe causou uma certa estranheza ... será que ela...??

Stella – Mas foi só um sonho. – respirando fundo entendendo que sua realidade nada tinha com o sonho.

Mac – Vá pra casa, você está trabalhando desde muito cedo. – ela sorri.

Stella – Você também merece ir descansar. – arrumando sua bagunça em cima de sua mesa.

Mac – Prometo que logo irei.

Stella – Não demore Mac fico preocupada com você.

Mac – Não se preocupe, certo?! Eu já estou saindo.

Stella – Ok, não demora, tá?! Qualquer coisa me liga. – ela dá um beijo no rosto dele e sai da sala.

...

Mac dirige pela cidade de Nova York refletindo sobre o que Stella havia dito sobre as pessoas mortas que tinham família, sonhos, desejos e ele? Quem ele deixaria para trás caso faltasse? E sua vida? Sua vida estava completa? Sua família se resumia apenas sua mãe que morava em Chicago e ninguém mais, apenas primos distantes quem ele nem se quer conhecia. Sua vida pessoal é inexistente, já sua vida profissional sempre tão agitada dentro daquele laboratório. Ele percorre todo o caminho de casa com essas ideias, estaciona sua SUV o carro do departamento na sua garagem e continua dentro do veículo olhando para um outro carro estacionado ao lado, ele sai ainda com sua atenção no outro carro, mais esportivo e de um modelo mais antigo. Mac dá a volta e fica a observar os detalhes daquele clássico, seus dedos percorrem pela lataria que brilhava, um sinal de que ele cuidava muito bem daquele carro. Ele se prometia que de agora em diante muita coisa iria mudar, seus olhos brilhavam decididos.

Mac sobe até seu apartamento toma uma banho demorado para relaxar, ele se olha no espelho tinha decidido não fazer a barba pois naquela manhã não tinha feito pela hora que acordara e então resolveu deixa-la por fazer, entra no closet veste uma roupa mais informal, uma calça jeans azul, uma blusa branca básica com um moletom azul escuro por cima repuxando suas mangas até os cotovelos. Ele passa o perfume que Stella lhe deu, calça um tênis passa pela sala pega as chaves do seu carro esportivo e sai de casa.

...

Stella estava terminando o seu jantar, um bom macarrão à bolonhesa ao som de Scorpions, apesar daquelas músicas lhe acompanhar o dia todo por causa de um caso mas agora ela apenas relaxava ao ouvir suas músicas preferidas. Ela vestia um blusão de moletom cinza claro que deixava um de seus ombros nu, seus cabelos estavam presos com ajuda de uma presilha mas da onde fugia alguns cachos menores e caia pelo seu rosto, ela caminhava para a sala onde o som estava ligado, ela senta-se no chão com algumas almofadas e coloca seu prato em cima da mesinha de centro.

Stella – Humm estou esquecendo algo. – levantando-se e indo de volta a cozinha. Stella serve um pouco de vinho numa taça e volta a sala. – Agora sim. – provando um pouco do seu macarrão e depois dando um gole em seu vinho. – mas apesar da música um pouco alta ela ouve o barulho de seu celular tocando, Stella levanta e corre até o quarto onde ele estava. Ela se joga na cama onde o aparelho havia sido esquecido atendendo sem nem mesmo olhar o visor direito.

Stella>> Quem me deseja? << - um silencio se instala na linha telefônica, é quando ela percebe a forma que atendera, tal qual no seu sonho. Stella tira o aparelho do ouvido e olha o visor e gela ao ver que do outro lado era Mac Taylor.

Stella >> Mac? Ainda está ai? << - ela fala preocupada.

Mac >> Sim estou. Estava aqui pensando se devia ou não falar. <

Stella >> Como assim?? Você sabe de alguém que é interessado em mim? <

Mac >> Sei. <

Stella >> E porque nunca me contou?? << - ela fala surpresa com a revelação de Mac.

Mac >> Era segredo. <

Stella >> Mac você é meu melhor amigo devia ter me contando. << - ela fala um pouco chateada.

Mac >> Mas era segredo. E ele também é meu melhor amigo, tinha que ser fiel a ele também. <

Stella >> E agora não é mais segredo? << - apesar da curiosidade Stella ainda mantia um tom de voz sério.

Mac>> Não. <

Stella >> Então vai me contar? << - Mac sentia ela sorri do outro lado da linha.

Mac >> Vou, na hora certa eu vou.<

Stella>> Mas Mac como assim na hora certa? Você não está brincando comigo, esta? <

Mac >> Claro que não, não brincaria com uma coisa dessa. <

Stella >> Quem é esse seu melhor amigo, hein? Você não tem amizades próximas fora do laboratório...- como se de repente ela houvesse descoberto algo. - ... É alguém do laboratório?? Quem, Mac? Me conta, anda! << - ele ria do outro lado da linha da curiosidade de Stella.

Mac >> Já disse na hora certa, preciso ter uma conversa ainda pra poder te revelar. << - ela bufa do outro lado frustrada. >> Mas queria te contar outra coisa. <

Stella >> O que? <

Mac >> Stell me dei conta que estou gostando de uma pessoa. <

Stella >> Gostando?! Gostando como? <

Mac >> Gostando como um homem gosta de uma mulher. <

Stella >> Você está querendo dizer apaixonado? Ou que estar atraído? <

Mac >> Apaixonado. << - ele fala convicto.

Stella >> Nossa você agora me surpreendeu mais uma vez e quem é ela? Eu posso saber? << - ela pergunta cautelosa. >> Ei é engano meu ou você está dirigindo? << - ouvindo um barulho de motor.

Mac >> Na verdade acabei de parar em um lugar, preciso comprar um presente pra ela. <

Stella >> Humm. Eu a conheço? << - Stella esqueceu completamente da revelação de Mac dizendo que havia alguém interessada nela e não sabia porque mas tinha se incomodado em saber que seu melhor amigo estava apaixonado. Mac desce do carro e entra em uma floricultura.

Mac >> Sim, conhece sim. Eu vou na casa dela agora, ela ainda não sabe dos meus sentimentos. Chego em alguns minutos.<

Stella >> Por isso eu não sabia da existência dela? Você escondia até de você mesmo? <

Mac >> Exatamente. Acho que você me conhece de mais Bonasera. << - ele sabia muito bem que flores comprar e apenas indica a atendente que levaria aquele arranjo que estava a sua frente.

Stella >> Será que ela vai te conhecer tanto quanto eu? << - aquelas palavras saíram de seus lábios revelando uma pontinha de ciúmes que se esforçava bastante para esconder. Stella se repreendia em pensamento por ter deixado escapar aquelas palavras, ela da um tapinha na própria testa ao se dar conta do que falara. -“Droga!”- sua mente gritou tão alto que achou que Mac pode ouvir do outro lado da linha.

Mac >> Acredito que de agora em diante melhor do que penso. << - e ela se arrependeu amargamente de ter feito aquele comentário pois a resposta de Mac fez seu coração se apertar dentro do peito.

Stella >> Tudo bem, eu vou deixar você ir pra casa da sua namorada em paz, tchau Mac. << - desligando o telefone e nem dando tempo dele responder algo revelando ainda mais um ciúmes escondido que ainda nem havia se dado conta da sua existência. Mac continuava a encarar o aparelho em suas mãos com um sorriso debochado nos lábios.

Atendente – Aqui está senhor. – colocando em cima do balcão o arranjo de lírios brancos que Mac havia indicado que levaria. Ele paga e volta para o carro.

Stella continuava deitada em sua cama, ainda não entendia o porquê daquela tristeza ao saber que Mac estava apaixonado por alguém apesar de saber que isso algum dia remoto poderia acontecer, mas achar que poderia perder seu melhor amigo estava doendo. -“Será que era mesmo só melhor amigo?” – De repente esse pensamento invadiu sua cabeça lhe dando um tapa para acordar. “- Isso não faz sentido algum!” – de novo sua mente grita mas essa era sua racionalidade que tentava lhe da um pouco de equilíbrio. Mas sua briga mental foi interrompida com seu celular tocando de novo e mais uma vez era Mac e foi preciso Stella respirar fundo para conseguir atender.

Stella >> Oi Mac. <

Mac >> Ah pensei que fosse me atender mais uma vez com aquela pergunta. << - ele fala um pouco frustrado o que faz Stella sorri.

Stella >> Você me deixa sem graça assim, Mac. <

Mac >> Eu consegui deixar a detetive Bonasera sem graça? Essa eu gostaria de estar vendo. << - ela rir. >> O que está fazendo agora? <

Stella >> E você está nervoso porque vai na casa da sua namorada, essa eu gostaria de ver. << - ela podia sentir Mac abrir um sorriso.

Mac >> E você usaria isso contra mim o tempo todo. <

Stella >> E sua namorada não fará isso porque não conhece você. <

Mac >> Mas acho que você poderá ajuda-la com isso. << - e novamente Stella se arrepende de ter dito isso. Mac sente ela respirar fundo sinal de que não gostou do que ouviu. >> Mas você não me respondeu o que está fazendo. << - tentando mudar o foco da conversa.

Stella >> Estou jantando. <

Mac >> Você não fez aquele macarrão à bolonhesa que eu gosto, fez? <

Stella >> Claro que eu fiz, não te convido pra jantar aqui em casa porque está indo na casa da sua namorada. << - Stella pode ouvir quando Mac liga o alarme e trava do carro um sinal de que ele estava chegando em seu destino final.

Mac >> Você está me deixando tentado a ir ai comer do seu macarrão. << - e novamente Stella tem outro sinal de que Mac chegava em seu destino, ele falava rapidamente com alguém, pensou ser o porteiro do prédio pelo visto parecia que ele a conhece a bastante tempo simplesmente ele não foi barrado, não foi questionado para onde iria, apenas um cumprimento de velhos amigos. A mente de Stella se perturbava com isso.

Stella >> Até parece que você vai trocar sua namorada pelo meu macarrão. << - as palavras saíram tristemente e dessa vez ela não quis esconder.

Mac >> Eu conheço o seu macarrão. <

Stella >> Seu bajulador. << - brotando um sorrisinho em seus lábios.

Mac >> Aposto que está ouvindo música. <

Stella >> É bom pra relaxar, pelo menos esse caso de hoje me relembrou velhas paixões, Scorpions. <

Mac >> Era exatamente o que eu estava ouvindo no carro. << - Stella levanta da cama ao ouvir o barulho da campainha tocando e o mesmo som ouviu do outro lado da linha, Mac havia chegado na casa de sua namorada e isso entristeceu Stella. >> Você está esperando alguém? <

Stella >> Não, que estranho. << - Stella para no corredor já muito próximo a sala se dando conta que so agora ela ouvia a música, não dava para Mac ouvir pelo telefone ao não ser que ele estivesse em sua porta. E então certas frases de Mac fazem sentindo em sua cabeça...

”Chego em minutos.”

“Acredito que de agora em diante melhor do que penso”

Eu conheço o seu macarrão”

“Aposto que está ouvindo música.”

Parecia que as coisas clareavam na cabeça de Stella, Mac não tem amizade nenhuma fora do laboratório e claro que não seria um de seus colegas...Danny é casado com sua melhor amiga, Lindsay. Sid é um pai, Sheldon e Don são dois irmãos e tem namoradas, Adam jamais admitiria algo do tipo para Mac, ele só poderia estar falando dele mesmo. Em que outro lugar Mac tem livre acesso que não seja seu prédio, seu apartamento, quantas vezes ele esteve lá, os porteiros já o conhecia e sabiam que podia deixa-lo subir.

Depois de uns minutos de silencio de Stella, Mac a chama.

Mac >> Stella ainda ai? <

Stella >> Claro, desculpe. Você já chegou na casa da sua namorada? <

Mac >> Ela ainda não é minha namorada. <

Stella >> Por quê? <

Mac >> Ainda não a pedi e nem sei se ela vai aceitar. << - Stella abra a porta de casa surpreendendo Mac que estava parado em frente, os dois mantem o celular no ouvido com uma expressão séria. Os olhos se encontram nervosos, surpresos, os corações batiam acelerados. Mac segurava as flores preferidas de Stella, lírios brancos. E então ela se viu em seu sonho, mas dessa vez o homem em sua porta tinha um rosto e melhor ainda dessa vez era real.

Stella >> E porque você não pedi? << - o sorriso largo que surgiu em seus lábios denunciou que resposta seria. Mac não se contém e seus lábios se esticam em um largo sorriso.

Mac >> Primeiro quero que entenda que eu não falo de uma noite, não falo de uma conquista em minha cama, falo de dividir a vida com você. << - então aquelas palavras novamente a fez lembrar o sonho, até em seus sonhos sem rosto era Mac que aparecia e aquele som de sua voz no telefone era conhecido, era a mesma voz do sonho, sempre fora Mac o seu príncipe. Stella fica alguns instantes estática digerindo tudo o que ouvira, tudo o que lembrara e tudo o que queria se realizando, ela desliga o celular e Mac faz o mesmo guardando o aparelho no bolso, ele já começava a ficar apreensivo com o silencio que se instalou. Mas Stella é uma mulher surpreendente, ela simplesmente pula no colo de Mac passando os braços em torno do pescoço dele impulsionando para conseguir cruzar as pernas na altura da cintura de Mac que se não tivesse um reflexo rápido para jogar as flores e segura-la, os dois teriam caído em pleno corredor.

Stella – Eu seria uma boba, idiota, louca se não aceitasse você em minha vida. – acariciando o rosto dele.

Mac – Eu sei que sou um cego, idiota e burro por não...- ela o interrompe com um beijo.

Stella – Não importa mais nada, você esta aqui comigo. – encostando a testa na dele.

Mac – Onde é o meu lugar. Eu amo você. – eles ouvem o barulho do elevador fechando um sinal que poderia aparecer alguém logo e Stella estava quase de bumbum de fora no colo de Mac. – É melhor entrarmos, você esta muito linda e não quero ninguém te cobiçando. – entrando no apartamento dela em meio a risadas altas dela.

Stella – Não sabia que você era ciumento, Taylor. – ele empurrava a porta com o pé para fecha-la.

Mac – Nem eu. – sorrindo de canto. – Eu preciso disso Stella. – seus lábios vão de encontro aos dela num beijo cheio de desejo. Mac senta no sofá com Stella em seu colo, ela se aconchega ainda mais no colo dele. – Mas quando eu ouvi você contar que sonhou com um cara que não viu o rosto e esse cara mesmo em sonho te deixou com tanto bom humor eu fiquei morrendo de ciúmes. – ela riu novamente.

Stella – Você é mesmo um bobo. Era você o tempo todo, eu não via o seu rosto mas eu sei que era você, era esse o cheiro que eu senti no sonho. – passando o nariz pelo pescoço dele para sentir o perfume. – Que perfume é esse? Eu não conheço.

Mac – Deveria porque foi você quem me deu. – ela sorri.

...

Mac – Stell vem comigo quero te mostrar um lugar. – eles estavam sentados no chão da sala degustando do vinho e do macarrão que Stella havia preparado com um tempero bem mais gostoso ... beijos, abraços e declarações.

Stella – Vou só trocar de roupa.

Mac – Não precisa.

Stella – Mas Mac eu estou só com esse blusão e a noite esta um pouco fria. – ele já havia ficado de pé.

Mac – Vem, você confia em mim? – estendendo a mãos para ajuda-la a levantar.

Stella – É claro. – aceitando a ajuda dele e já ficando de pé. Ao saírem ela ver o seu buquê de flores ainda no chão do corredor e apanha, levando com ela as flores que Mac havia lhe dado. Eles descem até a portaria do prédio e logo entram no carro. Em todo o caminho Stella perguntava para onde estavam indo mas Mac não respondia apenas ria da curiosidade dela e ela não parava quieta no banco do passageiro, Stella o tempo todo o provocava. Ela estava quase que de quatro no banco beijando o pescoço de Mac quando eles ouvem assovios, o bumbum de Stella estava quase na janela do carro.

Stella – Sua arma esta no porta luvas?

Mac – Claro.

Stella – Ótimo.

Mac – Stella não vai exagerar com esses moleques.

Stella – Você disse bem moleques. – ela senta-se no banco e remexe no porta-luvas mas quem estava no carro ao lado não podia ver o que ela fazia. Stella baixa o vidro da janela e se debruça provocando os garotos.

Stella – Oi meninos! – ela falava com uma voz melosa. Os carros estavam parados num sinal. O sorriso que ela deu fez os garotos baba por ela.

Garoto – Oi...oi... – ainda não acreditando que ela estava lhe dando atenção.

Stella – Deixa eu contar um segredinho pra vocês. – ela discretamente mostra a pistola ponto 40 prateada para os garotos, que ficam assustados. – Eu sei muito bem como usar isso e o meu namorado também, então eu sugiro que vocês desapareçam e não deixe que eu grave o placa do carro de vocês porque eu tenho o poder de achar vocês até no inferno, ok?! – eles saem dali cantando pneu e Mac e Stella caem na gargalhada.

Stella – Eu peguei pesado? – olhando Mac.

Mac – Imagina. – irônico.

...

Stella – Que prédio é esse, Mac? – ele para o carro em frente a garagem de um prédio.

Mac – Logo você vai saber. – usando um controle para abrir o portão da garagem. Eles entram e Mac estaciona na vaga.

Stella – Você esta me deixando curiosa. – eles saem do carro e caminham para o elevador.

Mac – Você é curiosa! – rindo. No elevador Mac passa o braço pela cintura de Stella a trazendo mais perto e ela se encaixa naquele abraço. – Espero que você goste. – beijando-lhe o topo da cabeça. Logo eles chegam ao andar desejado e o elevador abre, eles caminham uns metros e ficam diante de uma porta de madeira com entalhes. Mac tira do bolso uma chave dourada e abre a porta, eles adentram o local ainda escuro, Mac fecha a porta e liga o interruptor próximo. Stella se surpreende com o tamanho daquela sala, mais ao canto uma lareira deixava o ambiente mais aconchegante.

Mac – Mas o que eu mais gostei foi essa vista. – puxando as cortinas que cobria uma grande porta de vidro que dava numa ampla varanda e as luzes da cidade pareciam iluminar o horizonte. – O que você achou?

Stella – Tudo aqui é muito lindo, Mac! – ela olhava pela porta de vidro admirando a vista. – Mas porque me trouxe aqui? Você vai comprar esse apartamento? – desviando seu olhar para o homem ao seu lado.

Mac – Você quer morar aqui comigo? – sustentando um olhar decidido. Stella se surpreende com a pergunta e fica em estado de êxtase ainda procurando em seu semblante algo que denunciasse que estivesse brincando. – Eu não estou brincando, Stella. – entendendo o olhar que aquela mulher lhe dera. – Eu falei pra você que nada se tratava de uma noite, de uma conquista na minha cama mas de dividir a vida, eu quero dividir a minha vida com você... – entrelaçando sua mão a dela. - ... quero que divida a sua comigo e então sermos completos. Não quero mais viver na solidão, não quero mais pensar no passado, no que poderia ter sido, quero apenas viver meu presente com você que se tornou indispensável pra me sentir vivo. – os olhos de Stella reagiam surpresos por tudo que acabara de ouvir, as palavras lhe fugiam e parecia que agora sim era um sonho.

Stella – Me belisca porque eu tenho certeza que estou sonhando. – fechando os olhos, Mac sorri do jeito dela e se aproxima ainda mais sentindo a respiração de Stella em seu rosto. Ela abre os olhos devagarinho sentindo a aproximação dele. – É real? – Mac se inclina e aos poucos a distância entre eles é vencida e um beijo calmo e terno nasce entre aqueles lábios.

Stella – É real. – se separando do beijo com o seu melhor sorriso.

Mac – Sim. Você quer casar comigo e construir nossa vida aqui? – acariciando o rosto dela.

Stella – Eu amo você. – retribuindo o carinho da mesma forma. Mac sorrir largamente ao ouvir aquelas palavras pronunciadas por Stella.

Mac – Então isso é um sim? – arcando uma das sobrancelhas.

Stella – Não.

Mac – Não? – franzindo o cenho sem entender.

Stella – Não. – ela o puxa para um beijo voraz. – Isso é um sim. – ao acabar com o beijo. Mesmo que quisesse Mac não conseguiria esconder o sorriso.

Mac – Que tal ligarmos essa lareira?

Stella – Acho uma ótima ideia. – sorrindo. Ele vai até a lareira e logo da um jeito de ascender.

Mac – Prontinho.

Stella – Também estou pronta pra você. – Mac vira-se e se surpreende ao ver Stella apenas com uma calcinha preta.

Mac – Você quer me enlouquecer? – a olhando da cabeça aos pés.

Stella – Não. – falando quase sussurrando o que aos ouvidos de Mac saiu tão sensual, ela se aproxima e os olhos meticulosos dele acompanham todos os movimentos como se analisasse uma cena. – Quero começar nossa vida aqui. – a luxuria era transbordada nos olhos de ambos. Ele a puxa pela cintura e logo se inicia um beijo ardente, uma das mãos de Mac descem até o bumbum de Stella o que faz ela soltar um gemido na boca dele, isso serviu de impulso para que Stella cruzasse as pernas em volta da cintura dele e o beijo ficasse ainda mais ardente. Ela sai do colo dele a o ajuda a tirar as roupas que se espalham pelo chão, logo os dois estão nus e se admirando.

Mac – Eu preciso de você Stella.

Stella – Eu sou sua Mac. – ele retira a presilha que prendia os cabelos dela.

Mac – Você é linda, perfeita e minha mulher.

Stella – Então me faça sua agora. – ele a toma nos braços e a deita no chão delicadamente sobre alguns cobertores que já estavam lá. O fogo da lareira e o amor que unia esses dois deixavam o universo bem iluminado.

Na manhã seguinte Stella acorda e se da conta de tudo o que viveu, não, não era um sonho, era real...teve a certeza ao olhar ao redor e ver onde estava e com quem estava, ela sorria ao ver Mac enrolado em um cobertor na varanda do apartamento olhando o horizonte.

Stella – Atrapalho? – na porta da varanda. Ele sorrir ao ouvir aquela voz tão doce ainda não acreditava que teve coragem de fazer tudo aquilo da noite anterior, devagarinho ele a encara a encontrando com seu melhor sorriso.

Mac – Nunca. – ela se aproxima e Mac abre seu cobertor para que Stella se encaixe nele num abraço.

Stella – Tudo foi mesmo real?

Mac – Você preferia que fosse um sonho? – a encarando.

Stella – Não. – ela fala num sussurro.

Mac – Eu amo você senhora Taylor.

Stella – Repete mais uma vez porque eu acho que eu continuou sonhando. – fechando os olhos.

Mac – Eu... – beijando a testa dela. - ...amo...- beijando um lado do rosto. – ...você... – beijando o outro lado. Stella abre os olhos e aqueles olhos azuis que mais pareciam o céu continuava a encara-la. -...Senhora Taylor. – eles se beijam apaixonadamente. Os primeiros raios do sol começavam a despontar no horizonte ainda conservando um tom alaranjado enquanto no outro lado estava num tom escuro denunciando que a noite ainda não terminara completamente mas para aqueles dois a vida se iniciara naquele instante.


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