My Boys: The Fall escrita por Tsuki
Enquanto Bárbara procurava o celular, podia se ouvir ao longe o riso e o som de destruição por todo o pátio.
– Haha! Cadê toda a força dos La Rosa di roma? Pensei que ainda estivessem com sua força total! – Dizia um rapaz alto de cabelos castanhos escuros, olhos esverdeados e com uma cicatriz acima do olho direito. – Também posso pressentir a presença da nossa ilustre senhorita Crivellaro! Onde será que está figlia di topo se esconde!?
Bárbara tenta ao máximo não fazer muito barulho, além de estar desarmada e em desvantagem numerosa, precisava encontrar um bom lugar para fazer a ligação, caminhando por entre a fumaça e nocauteando alguns inimigos antes que pudessem notar a sua presença física, encontrando um bom lugar e um tanto distante das explosões, ela pega o celular e começa a discar para casa. Não demorou muito para que Carlos atende-se.
– Residência dos Crivellaro, o que deseja?
– Carlos, legame di urgenza! Zerion è di nuovo qui e distruggendo il posto!!
– M-Milady!? Está tudo bem??
– Sim, estou! – Alguns instantes uma explosão ocorre muito próxima a ela, que é lançada ao longe pelo impacto.
– Madame! Eu vou avisar os meninos! Por favor aguente firme!
– Farei o possível para aguentar!
Carlos logo aciona o alarme da casa, onde todos os meninos correm para a cozinha, um tanto preocupados.
– O que houve senhor Carlos, por que está pálido? – Hibari notando a expressão de Carlos.
– É a Milady...
– O que tem a Chefinha?
– Está em perigo. E não é coisa pouca... Estão destruindo o local e aparentemente sabem onde ela está.
– Gr... Carlos! Qual a posição da Milady?
– Eu vou colocar no GPS do carro que vocês iram usar. Por favor, tomem cuidado!
Todos saíram às pressas da mansão e pegaram um dos carros da Bárbara, colocando as coordenadas corretas da posição dela, partiram sem muita demora, enquanto estava a caminho, Bárbara lutava de mãos vazias e procurava não chamar muito a atenção, principalmente pelo inimigo que estava a sua procura.
–Vamos figlia di topo! Apareça! Eu sei que está a se esconder como um rato. Não consegue mais lutar desde o último massacre? Não consegue mais empunhar a sua tão amada espada?
– Calate... Figlio di un cane. – Bárbara permanecia atrás de uma árvore.
Não demorando muito se ouve o som de um motor ao longe a invadir o pátio, Bárbara olhou para onde estava o carro e ficou em alerta, logo cinco vultos saíram às pressas e qualquer inimigo à frente eles eliminavam, tão furtivo quanto rápido Burn encontrou Bárbara e a tomou nos braços a levando em segurança para o carro.
– Melhor ficar aqui. Vamos cuidar do resto!
– Não permitirei que você lutem sozinhos contra o Zerion!
– Não interessa! Apenas fique aqui a salvo! – Antes que Bárbara pudesse retrucar alguma coisa, Burn saiu segurando firme suas adagas e saltou pra cima dos inimigos, os matando facilmente, se deslocando com calma e indo aos mais distraídos, logo ao meio do pátio Matusak e Hibari faziam suas lâminas dançarem como se fosse simples armas, ambos usando de seus poderes para facilitar o corte, Hibari deixava uma aura gélida percorrer as lâminas e logo lançava sobre os inimigos próximos, assim avançando e os cortando antes que pudessem reagir, Matusak por sua vez avançava sobre os inimigos, quase que arrastando a gigantesca lâmina, causando o leve atrito a sua extremidade e logo em seguida agarrava a cabeça ou qualquer outra parte do corpo de seu inimigo, jogando para cima de algum grupo que vinha logo atrás e finalmente empunhando a lâmina pra frente em uma investida, perfurando e lançando alguns dos inimigos para longe. Arthur estava perto de Zerion derrotando alguns dos inimigos com seus socos ingleses, usando a sua vantagem a grande fumaça que tinha pelas explosões, por vários momentos Zerion pode observar traços de energia negra pelas soqueiras de Arthur.
– Não é possível... Então este deve ser o tal do Noir herdeiro dos poderes dos Angeli della Morte.
Zerion, apenas empunhou sua lâmina e girou a facilmente no ar, fazendo com que toda a fumaça se dissipasse. Ele começou a observar o campo de batalha, abrindo um sorriso enorme e apontando a lâmina para o carro.
– Te achei Figlia di topo! Terei dois coelhos em uma única cajadada! Vamos! Saía dai e venha enfrentar-me!
Os meninos rapidamente ficaram a frente do carro e tomaram posições, Stephano, furtivamente posicionado sobre o galho de uma das arvores, concentrou sua energia no Sai, podendo ter a mira perfeita, ao lançar o sai na direção de Zerion, que por reflexo e um sorriso maldoso se aproximou rápido de Stephano e cortou o galho onde estava, e por muito pouco uma parte de seu cabelo, se posicionando próximo ao grupo, Zerion segurava firme a lâmina e olhava para o grupo.
– Parece que ela conseguiu novos membros para I miei ragazzi. E não são rapazes quaisquer. Admiro muito sua eficiência minha cara.
Matusak tomou a frente e segurou firme a lâmina a frente dele. Logo em seguida Bárbara sai do carro segurando algo, estava embrulhada em panos, da qual ela mesma achou que não iria desimbainhar tão cedo.
– Você não pode contra nós! Somos cinco, e você apenas um.
– E acha que vocês podem contra mim? Haha! Não me faça rir moleque tolo.
– Como ousa!? – Matusak bufou e tentou avançar, mas logo é impedido por Hibari e estende à lâmina a frente dele.
– Ele tem razão Matusak. Estamos em vantagem de número, porém não em força.
– Nós podemos ainda vencer se trabalhar-nos juntos!
– Podem tentar figlios de un cane! São vermes ao meu olhar.
Zerion tomava a posição de batalha e logo todos avançavam para o centro do pátio, onde era claro que o choque de energias estava um tanto tenso, Bárbara estava de cabeça baixa e segurava firme o que estava abaixo daquele pano.
Matusak foi o primeiro a dar a investida para cima de Zerion, colocando lâmina contra lâmina e ambos se empurrando, o sorriso de Zerion não sumia de sua face, não tardando muito Hibari correu para trás de Zerion e tentou atingi-lo com ambas as lâminas, que o mesmo estando empunhando com uma mão a lâmina se virou para parar as lâminas de Hibari com as mãos.
– Não me façam rir! É tudo que conseguem? Já enfrentei duzentos homens de uma vez!
Antes que Zerion pudesse fazer algo, Arthur avançou e lhe socou o estomago, lançando para longe do centro do pátio, indignado Zerion levantou-se usando a lâmina como apoio, correu em direção a eles e apenas brandiu a lâmina para os lados, causando uma ventania forte, cortando uma parte da roupa dos rapazes, Burn usando da sua velocidade e furtividade junto de Stephano avançaram por trás dele, Stephano lanço um dos Sais e Burn logo correu e cortou uma parte das costas de Zerion, que antes que pudesse parar o sai de Stephano, foi atingido nas costas, o sorriso dele apenas se abriu mais, e logo retirou o Sai e o lançou de volta a Stephano.
– Haha... Continuem! Vamos! Continuem! Quero ver as verdadeiras habilidades!
Zerion estava concentrando boa parte de seus danos para aumentar sua força, um próximo ataque grandioso contra ele seria a morte de todos os meninos e novamente a Bárbara estaria sozinha. Momentos antes deles se levantarem e correrem para mais um ataque, puderam ver um brilho vermelho cruzar o campo de batalha, e logo em seguida de outros, ao olharem para o carro, puderam ver os olhos de Bárbara, sem qualquer vida, suas pupilas desapareceram, porém suas mãos estavam empunhando uma lâmina vermelha vivida, que pulsava, olhando um tanto espantados para ela a ouviram gritar por um momento, e logo depois deu a ordem.
– Ataquem! Antes que ele possa absorver todo o dano causado! A chance de vocês é acerta-lhe a cicatriz! No campo de batalha foi o que lhe causou a falha de absorção! É a chance de vocês o matarem!
Todos os meninos se levantaram rapidamente e se colocaram a postos, as auras se misturaram e Zerion ficou a observar.
– Não lhes darei tempo para executar! – Usando de sua habilidade de ventania, avançou contra Bárbara, empunhando a lâmina para o peito dela, deixando assim sua guarda aberta, um por um foi o atingindo, lançando o pro alto, os cortes pelo o corpo de Zerion finalmente apareceram e pingaram sobre a lâmina de Bárbara, que novamente pulsou, ela abaixou o olhar e olhou para eles.
– Vão... Eliminem...
A aura da lâmina dela os cercou e logo lançaram suas armas ao Zerion, que perfurado pelas lâminas, cuspiu sangue e com o peso do próprio corpo caiu no chão, fazendo com que as mesmas lâminas o atravessassem por completo. Ele se virou um pouco para Bárbara e riu.
– Minha morte... Não dará vantagem sobre ele...
Antes de qualquer outra coisa, Zerion desfaleceu finalmente pela perda de sangue, Bárbara guardou a lâmina de volta na bainha e a enrolou no pano, caindo sobre o capo do carro respirando fundo, como se tivesse acabado de sair de um transe.
– Milady! Está tudo bem?
– M-Me levem pra casa... – Dizia ela tremendo, Matusak logo tomou ela nos braços e colocou no banco de trás, Arthur e Hibari foram buscar a pick-up dela e todos voltaram para a mansão, chegando lá Carlos estava apreensivo por ter posto a lâmina dela no carro, assim que ela entrou, logo a viu o olhar com um tanto de raiva.
– C-Carlos! Como pode! Por que colocou aquilo dentro do carro!
– Madame, me perdoe... Eu sei. Mas sem aquilo vocês talvez não voltassem!
Bárbara um tanto inquieta, logo se livrou do colo de Matusak e foi até Carlos, que antes que pudesse falar algo, caiu sobre os braços dele, todos chamaram por teu nome, mas havia perdido já a consciência.
– O que houve com ela Carlos...?
– Sobrecarregou-se... Ela vai precisar de um tempo de cama. Acho melhor todos vocês tomarem um banho. Eu cuidarei dela.
Não demorou muito até o pouco dos danos que tomaram começarem a doer, foram todos tomar um banho e colocar uma roupa mais confortável, ficando a espera de Carlos que estava no quarto de Bárbara.
– Madame... Melhor descansar, eu trarei a sua comida sim? Apenas fique aqui. Eles deram muito por você.
– Está bem Carlos. Mas não diga nada sobre a lâmina sim?
– Ok.
Carlos deixou os aposentos de Bárbara e foi preparar a comida dos meninos que estavam falando sobre ataque em grupo e dos trabalhos individuais que cada um teria de fazer.
– Vejo que estão agora se dando melhor... Alegra-me muito ver isso.
– Senhor Carlos... Temos uma dúvida.
– Farei o que for para responder.
– A Bárbara... O que é aquela lâmina que ela usou contra nos no treino?
– Não é nada em especial. Apenas uma lâmina comum, ela só não costuma retirar da bainha.
Ainda desconfiados, ficaram olhando Carlos, que voltou logo a preparar a comida, depois de algum tempo e todos jantados, Carlos estava preparando uma bandeja para levar à Bárbara.
– Deixa que eu levo.
– Não precisa Senhor Daniel, eu mesmo levo.
– Eu insisto. – Retrucou Daniel, que logo tomou em mãos a bandeja e saiu da cozinha.
Carlos ficou um pouco preocupado, porém suspirou fundo e ficou com os outros meninos. Burn subiu para o quarto de Bárbara e bateu levemente na porta, pedindo permissão para entrar.
– O que lhe trás aqui...?
– Vim ver como estava.
– Não acredito em suas palavras.
– Você está fraca, vai necessitar comer um pouco e de atenção redobrada.
Bárbara ficou com as bochechas coradas e virou o olhar ainda estando séria.
– Eu sei. Por favor, me de a bandeja.
– Como quiser.
Daniel deixou a bandeja sobre o colo dela e enquanto isso ficou a olhar da sacada do quarto da mesma o jardim, do qual parecia que o chamava bastante a atenção, curiosa, Bárbara pergunta:
– Gosta do jardim?
– Sim, há lindas flores lá. Foste tu que cultivaste todas?
– Não, foi meu avô quando ainda era vivo, depois quem passou a tomar conta foi o Carlos.
– Compreendo. Como ira ser as coisas daqui para frente. Afinal... Sabem que você está de homens novos, fortes, sarados... – Brincou Burn.
Bárbara segurou um pouco o riso e suspirou fundo.
– Eu não sei como será. Zerion era um inimigo forte... Mas parece que ele só era uma isca, você e os outros eliminaram um terço dos homens da Al fouco del mattino. Ainda a outros espalhados por toda a Itália. Só precisamos de tempo até eles tentar algo contra nós.
– Até lá... Ficaremos fortes. E assim não terá que sujar suas mãos.
Burn parecia sério, se virou para ela, pegou com cuidado a bandeja e saiu do quarto de Bárbara a desejando uma boa noite de sono, ao chegar à cozinha com as coisas, Matusak apenas bufou.
– Não sei como ela te aguenta...
– Por quê? Não gosta que eu fique perto da Milady, Matusak?
– Nem um pouco.
– Hey... Os dois podem parar? Temos outras coisas pra nos preocupar do que essa rivalidade, certo?
– Hibari está certo... Precisamos nos focar em ficarmos mais fortes.
– Eu tentarei aprimorar um pouco mais de minhas habilidades. – Disse Arthur cruzando os braços e logo em seguida com uma das mãos a ajeitar os óculos.
Depois de uma longa conversa os meninos se despediram e foram aos seus quartos.
Carlos permanecia pensativo na cozinha, até que em um momento deixou as coisas de lado e foi atrás da lâmina de Bárbara.
–-
– Como aquela Figlia di topo pode vencer Zerion!? – Um rapaz de cabelos longos castanhos avelã, amarrado de lado, com o rosto coberto por cicatrizes.
– Meu Milorde tenha paciência. Ela não tem força o suficiente para lhe derrotar.
– Não me interessa! Como pode tirar de mim um nobre companheiro. Eu precisaria da força dele para conseguir o que mais quero.
– Milorde... Tenha calma, logo vamos ver quem poderá substitui-lo. Por enquanto pense no seu próximo passo. Ela ainda está em desvantagem, tu poderás tirar vantagem disso, não acha?
– Heh... Você tem razão. Ainda posso derrota-la e farei que um por um caía sobre meus pés.
Não tardando muito um outro rapaz adentra a sala escura, com seus cabelos levemente esbranquiçados e olhos mel, possuía um sorriso ilustre em seu rosto
– Do que ri?
– Nada meu senhor. Apenas que Gigli Nascosti estão prontos para vingar em seu nome a morte de Zerion. E estamos fazendo algumas buscas para colocar outro no poder. O conselheiro de Zerion estará aqui na próxima semana, para conversar contigo sobre o próximo passo.
– Ótimo! Está tudo a camminare... Isso é esplêndido.
A conversa se prosseguia por algum tempo antes que o rapaz de cabelos castanhos avelã desse alguma ordem e todos saírem de sua sala.
– Vamos ver aonde vai se esconder no próximo ataque figlia di topo. – Ele sorriu e logo em seguida riu.
–-
No meio da madrugada Bárbara acorda um pouco perturbada, olhou para a sacada e caminhou até lá, debruçou sobre a sacada e ficou olhando o jardim, a leve brisa que passava a lhe acalmava, por mais que o dia tivesse sido difícil. A mesma se sentou próxima a sacada e fechou os olhos por um momento para ouvir o som da brisa, mesmo de olhos fechados, seu coração pulsava aflito, em meio a tanto caos, ela ainda estava a perecer, não muito distante dali pode ver uma chama a se movimentar, Bárbara ao notar a energia, abria os olhos e olhava a chama distante, suspirou um pouco e continuou a observar. Nos porões da mansão Carlos estava segurando em mãos a espada que tivera forjado uma vez para Bárbara, pela pequena janela ele observava a lua, fechou um pouco o rosto e determinado se colocou a trabalhar.
– Eu preciso dar um jeito de ajuda-la... Esta lâmina precisa de mais força... Como farei isso? – Carlos se colocou a pensar em como iria dar mais força a aquela espada.
– Tenho algo em mente, espero que a Milady chegue há um dia me perdoar.
No calar da noite, Carlos focou-se em aprimorar a lâmina de Bárbara, enquanto a mesma ficava na sacada do quarto a observar o tempo que estava a fazer, e admirar um pouco a curiosa chama que ficava não muito longe de seu jardim.
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Vocabulário: Figlia di topo - Filha de rato
Figlio di un cane - Filho de um cão.