Mil e umas maneiras de escrever PruHun escrita por Beilschmidt


Capítulo 30
Sábado


Notas iniciais do capítulo

*Capítulo não revisado, qualquer erro avisem, por favor.

Bom, estou aqui avisando que esta fanfic fora excluída por mim no site Social Spirit devido a uma nova regra criada que proíbe fanfics com capítulos oneshots, ou seja, capítulos com histórias independentes. Tive de fazer isso, infelizmente, então manterei a fic apenas aqui.



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Um gato de pelagem branca avançou sossegadamente até o primeiro degrau da pequena escada que ligava o quintal até a varanda da cozinha. Subiu mais um e deitou-se preguiçoso. Não demorou dois minutos para a porta de a varanda ser aberta e surgir Elizabeta segurando um prato com um generoso pedaço de mousse de chocolate. Sua vizinha Bella tinha comprado chocolates belgas, em sua última visita a casa dos pais, e lhe deu de presente. Como adorava cozinhar, a húngara aceitou toda feliz, mas na condição de que a loira passasse mais tarde para tomar um chá e provar do mousse e outras guloseimas feitas com os doces.

–Bella me pediu para lhe dar isto, querido. – a morena estendeu uma bolinha verde de um plástico muito macio e leve – Para que possas brincar e correr muito, precisas perder um pouco de peso que andou ganhando. – afagou a cabeça do felino – Isso que dá te deixar frequentar a casa daquele alemão viciado em salsichas.

Pegou o brinquedo entre as patinhas e bateu, começou a correr em brincar sozinho rodando em círculos com a bolinha nova.

.x.

–O que custa tu ires até lá e falar com ela? – Bella empurrava o albino até a sua porta de entrada – Anda homem, isso tudo é vergonha?

–Não é bem assim que funciona, Bella. – agarrava-se no enorme sofá de couro preto como se sua vida dependesse daquilo – Ela acaba de sair de um relacionamento de cinco anos, se eu tentasse algo por agora ela poderia ficar irritada ou triste…

Soltando o tronco do homem, por onde tentara puxa-lo, a belga desistiu e sentou a sua frente.

–Olha, pode ter parecido que ele quem terminou, afinal, Rod é um poço de orgulho. – arrumou a fita verde dos cabelos – Mas foi Liz quem terminou, ela tinha começado algo com ele porque não queria deixar o amigo sozinho.

–Como?

–Rod é gay e estava tendo um caso com meu irmão, mas nossos pais são contra esse tipo de relacionamento. Foi apenas uma fachada.

Em silêncio Gilbert pensou melhor. Nunca tinha lhe passado na mente que Roderich e Vicent estavam tendo um caso secreto. Agora pôde entender o assunto da briga que ele tivera com os pais há dois dias, pois ao vê-lo saindo aos prantos de casa e puxando Elizabeta foi que soube de tudo, menos aquele detalhe.

–Acho melhor que vá falar com ela.

–Eu nunca falei com ela, desde que cheguei nesta cidade. – olhou suas mãos – Não sei o que fazer.

–És mais tímido que aparentas ser. – levantou-se – Tenho de ir para casa, Vicent está preparando o almoço hoje.

Gilbert despediu-se da loira em silêncio e voltou até seu sofá. Olhou rapidamente em seu relógio, cinco para as doze; era o horário que aquele gatinho branco aparecia para comer em sua casa, nem ao menos sabia onde o felino morava, apenas metia a cara na cozinha ao sentir o cheiro de sua comida. Sábado é único dia em que seu irmão não estava presente, tinha o dia inteiro para passar com seu namorado novo, Feliciano. Então era Gilbert e Gilbert, além de passar a tarde pensando na vizinha de Bella.

.x.

A televisão ligada passava um filme qualquer de ficção científica, seu prato estava repleto de batatas cozidas e salsichas fritas, à mesa um jarro de suco de maçã e várias frutas em uma cesta, que Lud fazia questão de deixar no centro da mesa; dizia que é mais acessível para ele quando está prestes a sair em trabalho.

–Olá. – não precisou sentir o longo rabo enrolando em seu tornozelo para saber de quem se tratava – Tudo bem contigo pequeno amigo?

Recebeu um ronronar de resposta. Sorriu e pegou uma salsicha para lhe dar.

–Será que tens dono? – ergueu o felino e o pôs no colo – Tenho que te deixar em casa depois. - olhou para seu pé e viu uma bolinha felpuda verde – Brinquedinho novo?

Após terminar rapidamente seu almoço e saiu correndo até a sua sala para passar a tarde inteira dedicando ao gato. E fora assim todos os sábados em que seu irmão passava o dia ausente; por três meses. Um dia o gato esquecera-se de voltar com a sua bolinha, que geralmente trazia e levava para sua casa.

–E agora, como devolver? – tinha de esperar a semana toda até o sábado seguinte. Sentado a mesa já com o almoço, o gato aparece – Pequeno, esquecestes-vos do teu brinquedo. – afagou-o, mas não lhe devolveu a bola.

.x.

No fim do dia, o gato, que dormia no tapete da sala, levantou todo preguiçoso e foi até a janela ao lado da televisão. Pulou e caminhou até o muro ao lado. Gilbert rapidamente vestiu uma blusa de manga comprida e seguiu o mesmo caminho do felino. Viu-o entrar na janela da casa de Elizabeta. Enfiou a mão no bolso da calça, sentindo a bolinha.

–Estás andando muito com Gilbert, Weiß (1).

Aquela voz doce que ele tanto adorava… grudou o rosto mais na parede tentando ouvir mais. Estava surpreso por ela saber seu nome, já que sequer trocara uma palavra com a húngara. Sentiu que era hora de entrar em ação. Inflou seu ego e correu até a porta, meio nervoso, tocou a campainha. Ela apareceu

–Boa tarde. – tentou sorrir – É que seu gato esqueceu esta bolinha em minha casa. – estendeu o brinquedo.

–Ah, sim, obrigada. – seu gato começou a ficar inquieto e pulou de seus braços para o alemão – Daqui a pouco ele me troca.

–Que nada. – afagou sua cabeça – Ele é seu.

–Queres entrar? – deu espaço para o albino – Parece que o frio aí de fora fez aumentar.

Gilbert começou a puxar assuntos e logo perdeu toda a timidez, aos poucos se soltava e ficava cada vez mais impressionado com a gentileza da garota. Weiß não saía mais de seu colo, até dormiu enquanto os dois comiam torta de maçã e contavam as experiências de suas férias passadas. Até que…

–Pode parecer meio estranho… mas eu venho meio que te observando desde que chegaste aqui na cidade. – estava meio deitada no sofá da sala, na janela podia se ver que chovia.

–Mesmo? – levantou a cabeça da almofada, assustando o pequeno Weiß – E por quê?

–Não sei, mas só te observava, aliás, até hoje. – olhou para os olhos vermelhos dele – Não sei se é algo recíproco, mas achei que deverias saber de uma forma ou de outra.

Novamente sua timidez voltara, além da vergonha. Voltou a sua posição inicial e ficou a olhar o teto forrado de madeira. O rabo do gato passou pelo seu pescoço, fazendo-o arrepiar-se. Elizabeta enrolava uma mecha de seu cabelo no dedo, tentando se distrair um pouco daquele silêncio.

–Tens razão. – disse de repente.

–Hm?

Bem devagar se aproximou da morena e puxou delicadamente seu rosto para o seu, selando os lábios.

–Talvez seja recíproco.

E aquele sábado não foi tão solitário quanto antes.


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Notas finais do capítulo

*Weiß - Branco, em alemão, apenas quando W é maiúsculo. Mas também um verbo, como em "Ich weiß / Du weißt / es,er,sie weiß", em w minúsculo, é a conjugação do verbo "Wissen".

Próximo capítulo deve demorar um pouco, caso acontece...já estão avisados.
Beijos amores.



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