Memórias escrita por Gabriela Candal
Notas iniciais do capítulo
Depois de um tempinho sem postar.
Volteiii... Sejam felizes!
Sandra me ligou no dia seguinte, e me pediu que fosse Sábado até a Companhia de Dança para ajudar na seleção da nova menina para o grupo. Essa missão estaria nas mãos de Danilo, Alice, Maria Clara e eu mesma, percebi claramente que Sandra escolheu as pessoas mais próximas de Cecília para fazer a seleção.
Até Sábado, não teve muitas novidades, sequer cheguei a ver o Danilo pessoalmente e só conversamos por mensagem, eu menti quando perguntou o motivo daquele choro, disse que me lembrei de Cecília. O que não era de todo mentira, afinal eu realmente havia lembrado, só que eu não queria lhe dizer que naquele momento eu me senti culpada pela morte dela.
Não queria e nem podia, pois isso me faria dizer porque Cecília nunca namorou com ele, e eu definitivamente nunca diria que sou apaixonada por ele. Eu não trairia Cecília nunca me declarando, era o nosso pacto e eu não o quebraria.
Cheguei no horário, já havia algumas meninas se exercitando e eu as olhei de cima á baixo, de forma séria, nunca chegariam aos pés da minha amiga. Lembrei dos cabelos castanhos claros e lisos, dos seus olhos castanhos mas quase chegando ao verde.
Sentei me do lado de Maria, e ela sorriu para mim:
– Vai fazer pose de jurada brava, More? Elas ficaram com medo!
Ri com o tom dela, nem havia percebido minha atitude. Resolvi ser sincera:
– Nem percebi! Comecei errado, estava as comparando com Cecília.
Alice que estava ouvindo, falou em voz baixa do meu lado.
– Não faça isso, Morena, perto da Cecília elas são horríveis, nunca vamos achar ninguém.
– Acho que você estava fazendo a mesma coisa.
Maria Clara afirmou, em cumplicidade, e todos nós rimos até mesmo Danilo que estava neutro riu e balançou a cabeça. Sandra entrou depois de alguns minutos, com uma prancheta na mão e nos cumprimentou sorrindo, ela sussurrou antes de começar para termos paciência pois alguma delas podiam ser péssimas.
Concordamos rindo, e Danilo disse que não tava nem aí, que ia falar o que pensava seja para mal ou para bem.
As meninas se apresentaram, eram umas dez garotas porém só lembro o nome de quatro delas, uma moça negra extremamente linda de olhos verdes, se chamava Paula , em seguida duas morenas de apresentaram como Naira e Natália, havia também outra negra que nem se comparava a beleza da anterior, seu nome era Marina.
E começaram com Sandra lhe pedindo alguns exercícios básicos.
As seis meninas que nem me lembro o nome mais , fizeram tudo errado e logo foram eliminadas por Sandra cordialmente que disse que aquele teste só servia para pessoas com algum conhecimento de dança. Foram embora chateadas e provavelmente irritadas por Sandra julgar que elas não sabiam dançar.
Marina dançou bem, mas não teve nada demais quem a julgou foi Maria que disse, séria e profissionalmente.
– Sua dança é uma dança comum, você dança bem mas não tem aquele... especial... aquele sorriso... aquela carisma, entende? Acho que toda bailarina tem que ter isso, para que atenção não se desvie.
– Entendo, vou melhorar.
Ela sorriu e se sentou dando espaço para Paula fazer sua dança maravilhosa quem a julgou foi Alice, e sem muitas palavras ela a elogiou não tinha muitos comentários para fazer.
Depois eu julguei Naira, que dançou muito mal, não tinha nenhuma coordenação.
– Desculpa... mas você tem certeza que quer dançar e que gosta disso? Eu... achei que você nem sabia o que estava fazendo... parecia odiar a dança.
Ela não gostou das minhas palavras e se sentou muito irritada, Natália dançou muito bem também, o que tirou o sonho de Danilo falar mal de alguém, no final após mandarmos as meninas embora para casa prometendo ligar para dar a notícia se passaram ou não, se juntamos com Sandra a ficou uma dúvida entre Paula e Natália, e até mesmo Marina já que ela dançava bem e ficava aquela vontade de lhe ensinar a ser especial na Dança. Optamos pela Paula pois não havia tempo para ensinar nada a ninguém afinal o espetáculo já estava pronto mas no final ficamos com vontade de dar a chance para Marina, sentimos isso e quem entrou foi ela.
Sandra ligaria para dar a boa notícia para Marina e a ruim para as outras três.
No final, eu e Danilo acabamos por irmos juntos para casa, já que Maria Clara e Alice acabaram indo para o outro lado.
Conversamos sobre assuntos normais, durante a caminhada pelos bairros, só que no meio do caminho chegamos ao bairro que Cecília e a mãe moravam, não me lembro ao certo como tivemos a ideia mas queríamos falar com a mãe dela.
A mulher atendeu e ao me reconhecer tentou sorrir mas não conseguiu.
– Tivemos a ideia de falar com a senhora, apenas conversar...
O Danilo disse educadamente.
– É a mãe de Cecília não é?
Ele perguntou, mas eu já a conhecia e tinha certeza que era. Só que a mulher cujo nome era Catarina, parecia não ter certeza.
O que me deixou confusa... Eu a conhecia a muito tempo! Claro que era a mãe dela!
Cabelos loiros e curtos, roupas elegantes, uma mulher baixa!
Ela fez que não com a cabeça, e começou a chorar, deixando eu e Danilo sem reação imediata.
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