Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 98
Guerra - Progresso


Notas iniciais do capítulo

Como uma sábio dizia "Im only human after all, dont put your blame on me" -Rag'N'Bone Man. O capítulo está atrasado? Sim, está. Mas me dá um desconto, hoje é meu último dia de férias e estou acordado até as 2 horas escrevendo isso ;-;. Boa leitura de qualquer forma.



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Lizzy lentamente se afastava enquanto a multidão de soldados marchava em direção a Kepler. Seu discurso parecia de alguma forma ter motivado aquele exército, mas no fundo, suas palavras eram vazias. Lizzy havia se juntado a força principal de Euler que atacaria Kepler. 

Eles se preparavam para montar o acampamento onde ficariam os mediantes entre o exército que avançava em território inimigo e a cidade de Euler. Sasesu e ela fizeram amizades com as pessoas responsáveis por transmitir informações para Euler, mas ao contrário deles, os dois sentiam-se extremamente inúteis. 

Sasesu deitou dentro daquela tenda enquanto suspirava: 

—Que tédio... 

Lizzy rapidamente fitou-o decepcionada: 

—Não foi você que fez um discurso todo pomposo sobre a nossa importância? Sobre estarmos fazendo o que podemos? 

—Isso é verdade...mas... -Respondeu ele. -Você fala para eles sobre a guerra, sobre as duras batalhas e sobre o mérito de lutar. E enquanto eles caminham em direção ao desconhecido, nós dois ficamos confortáveis dentro dessas barracas. É no mínimo...deprimente... 

—Eu sei... -Disse Lizzy. -Eles recusaram da última vez que eu pedi para lutar com os soldados, mas dessa eu vou ser ainda mais insistente! 

Sasesu soltou uma risada descontraída: 

—Agora que eu penso nisso, o que será que o Kurokawa está fazendo agora? -Perguntou Lizzy. 

—Eu conversei com algumas pessoas e elas me disseram que ele está fazendo uma missão importante. -Respondeu Sasesu. 

—Espero que ele esteja bem. 

—Nem vale a pena se preocupar, ele não morreria nem mesmo se nós quiséssemos. 

Os dois continuaram conversando sobre coisas aleatórias enquanto estavam desocupados e a noite lentamente se estabeleceu. Sasesu resolver ir respirar um pouco de ar e aproveitou para conferir a situação dos outros. Ele entrou na barraca grande que estava cheia de dispositivos de comunicação e estranhamente não encontrou nada. 

Ele concentrou sua atenção ao seu redor ao sair da barraca e percebeu algo estranho: 

—Isso está silencioso demais... 

Antes mesmo que ele pudesse perceber, algo atacou-o por trás com uma espada. Sasesu reagiu simplesmente concentrando energia em suas costas e a espada de seu oponente apenas quebrou-se ao chocar-se contra seu corpo. Sasesu não queria lidar com aquele homem que acabara de tentar o matar, ele estava mais preocupado com a situação das pessoas responsáveis pela transmissão de informações. 

Ele virou as costas para aquele homem e começou a procurar em outras barracas: 

—Seu maldito, não me ignore! -Gritou aquele homem sacando uma adaga de seu bolso e correndo na direção de Sasesu. 

Sasesu simplesmente respirou fundo visualmente irritado: 

—Você não entendeu...que eu não quero perder tempo com você? 

Sasesu apontou sua mão na direção daquele homem e preparou-se para derruba-lo usando gravidade. Mas ao tentar usar energia novamente, ele sentiu uma má sensação no interior de seu corpo. Uma queimação estranha que levou-o a vomitar sangue. Seu oponente sem pensar duas vezes, aproveitou aquela oportunidade e cravou sua adaga no braço de Sasesu: 

—Filho da mãe... -Reclamou Sasesu sangrando. 

Seu inimigo não entendia porque Sasesu estava naquele estado, mas ele sabia. Ele já havia parado de consumir as pílulas para ficar mais forte, mas mesmo assim ele continuava pagando o preço. Além de possuírem um efeito viciante, as pílulas também degradavam o corpo rapidamente em troca de oferecer poder. 

Aquele homem sacou outra adaga e correu na direção de Sasesu, que estava indefeso: 

—Vou ter que bloquear com outro braço e tentar ganhar tempo... -Pensou Sasesu preparando-se mentalmente. 

Lizzy aproximou rapidamente e chutou o homem para longe. Ela virou-se para Sasesu demonstrando estar um pouco cansada: 

—Você podia pelo menos gritar para chamar a minha atenção? -Perguntou ela nervosa. -Eu tive bastante trabalho para te achar. 

Sasesu sorriu: 

—Gritar para que? Eu estou bem. 

Lizzy retirou a adaga de seu braço violentamente enquanto ele se contorcia em dor: 

—Não me venha com essas coisas de orgulho. -Reclamou ela. -A partir do momento que você não consegue nem se mover direito, eu sou o homem da relação. 

Sasesu não soube como responder aquilo e apenas continuou tentando estancar seu sangramento. Lizzy virou-se para o homem que estava se levantando: 

—E você, não ache que vai dar uma facada no meu namorado e não sofrer as consequências. 

O homem riu: 

—Que patético, sendo protegido por uma mulher... 

—É como ela disse, nesse momento, ela é o homem da relação. -Brincou Sasesu. -Lizzy! Desce a porrada nele! 

—Não precisa falar duas vezes! -Respondeu ela avançando. 

Ela fechou seus punho e atacou sem misericórdia. O homem tentou revidar com um soco mas Lizzy esquivou-se perfeitamente. Aproveitando a abertura, ela cravou seu punho no estômago de seu inimigo. Ele recuou com o impacto mas rapidamente recuperou seu equilíbrio: 

—Maldita!!! -Gritou ele desferindo um soco. 

O soco acertou em cheio o rosto de Lizzy mas ela sequer moveu-se: 

—Você bate como uma mulher. -Reclamou ela empurrando o punho dele com apenas sua cabeça. 

Ela pegou balanço e impulsionou sua cabeça na direção daquele pobre homem. O impacto entre as duas cabeças quebrou o nariz do inimigo de Lizzy e o atordoou. Ela subiu em cima dele e finalizou-o com um soco. Sasesu observava a distância razoavelmente assustado: 

—Isso foi...um pouco...medonho... 

—Eu não estive apenas brincando por todo este tempo. -Respondeu ela caminhando em sua direção. -Consegue andar? 

Sasesu levantou-se com bastante esforço e se preparava para dar uma resposta positiva mas foi imediatamente interrompido: 

—Não faz diferença. -Disse Lizzy pegando-o no colo. -Eu vou te levar assim de qualquer forma. 

Sasesu esticou seus braços e deixou sua cabeça pendurada numa posição certamente desconfortável enquanto reclamava: 

—Eu tenho quase certeza que isto não está certo... 

Lizzy carregou Sasesu até o centro de todas as barracas: 

—Então o que vamos...  

—Cale a boca, eu estou pensando! -Exclamou Lizzy interrompendo-o. 

—Isso foi simplesmente errado, você tem uma noção muito errada do que é ser o homem da relação! -Gritou Sasesu indignado. -Isso é violência doméstica!!! 

Ela riu mas rapidamente ficou seria de novo: 

—Não temos muito tempo para brincar...eles devem ter sequestrados as pessoas responsáveis pela comunicação já que eles não estão aqui.  

—Você deve estar certa, mas como vamos saber onde eles estão? -Perguntou Sasesu. 

Lizzy respondeu com um sorriso que assustou Sasesu: 

—Boa sorte. 

Ela subitamente arremessou Sasesu com toda a sua força para cima. Enquanto gritava pensando na queda, ele entendeu a ideia de Lizzy. Sasesu concentrou energia em seu corpo e diminuiu a gravidade, fazendo com que ele quase flutuasse. Lá em cima, ele observou os seus arredores e viu alguns movimentos. Ele tirou a energia de seu corpo e caiu, sendo rapidamente segurado por Lizzy: 

—Eu vi movimento naquela direção! -Apontou ele. 

Lizzy rapidamente disparou correndo: 

—Vamos então! 

Ele colocou sua mão em sua boca ficando cada vez mais enjoado e se arrependendo de sua decisão: 

—Não se mexa tanto... 

Lizzy viu alguns homens carregando alguns de seus companheiros em suas costas e rapidamente interferiu: 

—Ei, ei, parados ai! -Gritou ela. -Eu meio que não posso deixar vocês levarem essas pessoas. 

Aqueles homens viraram rindo: 

—Você realmente acha que você consegue nos impedir? 

Sasesu cutucou-a: 

—Não aguento mais...preciso...vomitar... 

Lizzy pensou em algo parcialmente cruel porém parcialmente engraçado. Ela arremessou Sasesu na direção de seus inimigos, que ficaram extremamente confusos. Eles prepararam-se para um suposto ataque de Sasesu mas apenas foram cegados pelo seu vomito. Lizzy aproveitou a oportunidade e derrubou-os todos numa sequencia rápida de ataques. 

Ela esticou sua mão para Sasesu que estava quase desmaiado no chão: 

—Trabalho em equipe! 

Ele tentou reclamar mas ao fazer força, acabou por vomitar de novo. Lizzy conferiu a condição daqueles que foram capturados: 

—Parece que eles estão bem, infelizmente, eu vou ter que deixar vocês aqui. Mas eu volto mais tarde para busca-los. 

Ela pegou Sasesu em seu colo e continuou correndo. Lizzy encontrou uma espécie de caverna muito bem escondida e entrou sem pensar duas vezes, lá dentro, ela foi recebida por uma outra grupo de homens: 

—Fracassamos em nossa missão... -Concluiu um homem ao ver Lizzy entrar. -Nesse momento você já deve ter relatado a situação a Euler e reforços já devem estar a caminho. 

O homem que aparentemente liderava aquela operação, parou e pensou por alguns segundos: 

—Nessa situação, o melhor a se fazer é matar todos aqui presentes e recuar. -Concluiu ele. -Sim, isso me parece uma boa ideia. 

Os seus capangas rapidamente avançaram pela saída atrás de Lizzy na intenção de matar as pessoas que estavam lá fora. Ela ficou paralisada sem saber como agir. Sasesu rapidamente levantou-se e correu para a saída da caverna e gritou: 

—Cinco minutos! Lizzy, esse é todo o tempo que eu posso segurar esses caras aqui. Nesse tempo, você vai ter que dar um jeito nesse cara na sua frente. 

Ela focou-se novamente na situação e concentrou-se no inimigo na sua frente: 

—Eu não irei pegar leve, só porque você é uma mulher. -Disse aquele homem caminhando na direção de Lizzy. -Eu não sou esse tipo de pessoa. 

Lizzy fechou seus punhos e atacou. Seu oponente foi pego de surpresa com um soco em seu queixo e se afastou um pouco: 

—Você é bem mais rápida e forte do que eu imaginava... 

Ele sacou uma cimitarra (NA: É um tipo de espada) especialmente bem feita e avançou na direção de Lizzy. Seus cortes precisos passavam a milímetros do corpo de Lizzy e percebendo isso, ele resolveu mudar sua estratégia. Ele desferiu um corte com sua cimitarra e tentou desestabilizar Lizzy com um soco, péssima escolha.  

Lizzy percebendo que o braço dele se aproximava, rapidamente o agarrou e o quebrou. Ele urrou de dor e recuou novamente: 

—Maldita... 

Ao mesmo tempo, Sasesu segurava três homens com uma grande barreira de gravidade. Dois minutos haviam se passado e o seu corpo implorava por descanso. Sangue escorria por sua boca, sua visão estava turva, suor frio preenchia seu rosto e suas pernas fraquejavam mas seu orgulho manteve-o de pé. Os homens que futilmente atacavam aquela barreira de gravidade reclamavam: 

—Vamos lá, cara, você vai morrer cedo ou tarde. Simplesmente nos deixe passar e eu prometo de dar uma morte indolor. 

Sasesu apenas riu e focou-se em não perder a consciência. Do outro lado, Lizzy esquivava-se das rajadas de energia lançadas pela cimitarra daquele homem: 

—Você não pode desviar para sempre! -Sorria ele. 

Ele começou a aumentar a velocidade das rajadas até que Lizzy foi finalmente atingida. Ele riu enquanto uma das rajadas acertava a perna de Lizzy: 

—Você lutou bem, pirralha. Mas acho que já está na hora de desistir, o que você vai fazer sem uma perna? 

Lizzy levantou-se sem sequer um ferimento em sua perna e suspirou: 

—Cara, você é realmente fraco. Eu achei que você estivesse escondendo algum truque especial por isso fiquei na defensiva. Mas as suas rajadas de energia sequer conseguem me machucar. -Reclamou ela. -Eu não gosto nenhum pouco disso, lutar contra você me dá a impressão de que eu sou forte, quando claramente esse não é o caso. Você que é fraco demais... 

Ela simplesmente avançou na direção daquele homem e desmaiou-o com um soco: 

—E eu sequer tive que usar minhas adagas...Então é assim que o Kurokawa se sente... 

Ela correu na direção de Sasesu enquanto nocauteava os homens no caminho sem sequer se esforçar: 

—Desculpa por te fazer esperar... 

Sasesu limpou o sangue de sua boca e sorriu: 

—Não se preocupe, não foi nada... 

Antes de conseguir terminar sua frase, seus olhos ficaram vazios e sua cabeça chocou-se contra o chão: 

—Sasesu! -Gritou Lizzy preocupada. -Porque você tem que sempre agir de uma forma legal? 

Ela pegou em seu corpo e carregou-o de volta para as cabanas: 

—Quando eu relatar isso, eles com certeza vão nos deixar lutar na guerra. -Sorriu ela.


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Notas finais do capítulo

Já fazia um tempo desde que eu coloquei uma nota dentro do capítulo, eu lembro de quando fazia umas notas extremamente vergonhosas :'). Ah, e a fic pegou 3 mil visualizações recentemente, eu estou bem feliz. Mas sabe o que me faria feliz? Se você ai que está lendo isso, comentasse. Não, eu não vou desistir. Eu não posso desistir! Eu preciso de comentários! Eu preciso de auto estima! Isso soou triste...minha vida é triste...



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