Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 88
Guerra - Ganância, Arrogância e Admiração


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, vamos às desculpas. Eu arrumei um emprego. É. É tão difícil assim de acreditar que eu sou uma pessoa responsável? Mas enfim, eu saia de casa às 6:40 e voltava às 18:30 morto de cansado então meio que isso me esgotava. Minhas aulas começaram e por isso eu quis aproveitar bem minha última semana de férias. Ah, e aparentemente eu sou uma pessoa sociável agora, até em festas eu vou. Eu sinceramente não sei como isso aconteceu.
Vamos falar sobre coisas boas agora. Já fazem dois anos que eu estou escrevendo isso? Tantas coisas já mudaram, eu acho que essa foi a primeira vez que eu dediquei tanto tempo da minha a algo. Muito obrigado a vocês que têm me acompanhado durante todo esse tempo, eu sequer sei o nome da maioria de vocês mas mesmo assim eu considero-vos amigos. Ah, e eu recebi uma recomendação recentemente e eu queria falar sobre e também agradecer. Sabe a sensação de ler uma espécie de carta de um amigo seu? Foi basicamente isso que eu senti. Quando eu lia coisas boas eu ficava todo feliz pensando: "Ah, que isso, cara, eu não sou tão bom assim." Quando eu lia defeitos eu dava risada e aceitava. E tinha aqueles defeitos que eu simplesmente ficava parado com aquela cara de "Não, eu não sou assim. Eu sou bom no que eu faço...talvez...mas fingir que sim..."
Eu sei lá como agradecer vocês, principalmente você Bi Gamer, você deixava um comentário em tudo o que eu escrevia nem que fosse apenas para dizer que estava uma merda. Talvez eu já tivesse parado há um tempo se não fosse vocês S2



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O grupo partiu e Kurokawa ficou responsável de carregar o Herói. Bucky, um homem alto e forte de pele escura com uma cicatriz em seu lábio liderava o grupo. Ao seu lado caminhava de forma desengonçada um cara esguio de olhar sinistro, Lapz. Logo a frente de Kurokawa, andava um rapaz de olhar distraído, cabelos longos e bagunçados. 

—Espere...só o efeito do veneno acabar e eu vou...levar sua cabeça comigo...Kurokawa!!!! -Gritava o Herói contorcendo-se em dor. 

—Tente não morrer primeiro... -Reclamava Kurokawa o arrastando. 

—Vocês poderiam calar a boca? -Perguntou Bucky. 

—Ninguém merece ter que escutar as vossas discussões de merda. -Comentou Lapz. 

—Não se preocupem...eu não matarei só ele...eu matarei todos vocês! -Sorriu o Herói. 

Instantaneamente, várias armas foram apontadas para seu rosto junto do ódio do grupo: 

—Se nós vamos nos matar, venham logo para cima. -Interveio Kurokawa. -Caso contrário, eu sugiro que vocês abaixem suas armas. 

O Herói tentou morder a mão de Kurokawa que o arrastava: 

—Eu não preciso...da sua simpatia! 

Kurokawa retirou sua mão da boca daquele ser rapidamente enquanto gritava: 

—Tudo bem...você vai agir como uma criança? Então eu vou te tratar como uma criança... 

Kurokawa deixou o Herói deitado no chão e tomou alguma distância: 

—Ei, o que você está planejando fazer? -Perguntou ele se revirando no chão. 

—Eu estou observando os arredores. -Respondeu Kurokawa. 

—E porque você está fazendo isso? 

Kurokawa olhou com ódio para o Herói e correu em sua direção furiosamente: 

—Ei, cara...o que você... 

Antes mesmo de terminar sua frase, o Herói foi brutalmente arremessado para longe com um chute de Kurokawa. Após alguns minutos de caminhada, eles finalmente alcançaram o corpo dele: 

—Seu maldito...qual foi sua ideia em me chutar? -Gritava o Herói furioso e imóvel no chão. 

Kurokawa tomou distância novamente: 

—Ei, você não vai... 

Kurokawa novamente o chutou em direção ao horizonte. O herói rolou naquele chão terroso até finalmente ficar imóvel no chão a espera de outro chute de Kurokawa. Aquele situação de alguma forma tornou-se cômica: 

—Até quando você planeja chutar ele? -Riu Lapz. 

—Até ele calar a boca... -Respondeu Kurokawa limpando o suor que escorria em seu rosto. 

E mais uma vez, eles alcançaram o corpo do Herói. Ele já estava totalmente sujo, ferido e sem esperanças: 

—Seu...maldito...você vai acabar me matando.... 

Kurokawa aproximou-se com um olhar compreensivo: 

—Tudo o que eu fiz foi te forçar a entender como a nossa ajuda é necessária. -Falou ele de uma forma calma e gentil. -Essa foi a minha forma de demonstrar a nossa amizade. 

—Nós não somos amigos... 

—Eu perdoei todos os seus erros e eu espero que você possa perdoar os meus...por isso, vamos esquecer as nossas diferenças e trilhar um caminho juntos? 

O Herói deixou uma lágrima escorrer em seu rosto: 

—Kurokawa... 

—Brincadeira. -Sorriu Kurokawa chutando-o para longe de novo. 

Após outros minutos de conversa, eles encontraram um corpo semi morto no chão salivando por vingança: 

—Vou...te...matar... 

—Nós estamos nisso há umas 3 horas, então escurecerá em breve... -Comentou Kurokawa. -Acho que já devemos começar a se preparar para passar a noite. 

Matt que normalmente permanece quieto resolveu intervir: 

—Aqui não, isso é uma planície. Não há sequer árvores por aqui, é muito fácil sermos atacados. Em frente há uma área um pouco montanhosa, podemos usar as rochas para nos escondermos. 

—Essa área está muito distante daqui? -Perguntou Kurokawa. 

—Cerca de 1 quilómetro. -Respondeu Matt. 

Kurokawa pensou por alguns segundos: 

—Eu vou ter que colocar um pouco de força então... 

O Herói apenas aceitou seu destino quando viu Kurokawa concentrar energia em seu pé: 

—Eu te odeio...do fundo do meu coração... 

A noite caiu mais rápido do que o esperado e eles preparam uma pequena fogueira. Todos permaneceram quietos ao redor da fogueira enquanto Kurokawa transmitia um pouco de sua energia para o Herói: 

—Porque você está fazendo isso? -Perguntou Matt para Kurokawa. 

—Porque não seria nada divertido se ele morresse por minha culpa. 

Matt apenas aceitou a resposta e retornou ao seu silêncio. Kurokawa terminou o que estava fazendo e focou-se em dormir. Quando seus olhos fecharam-se e ele pensou conseguir algum descanso, sua respiração tornou-se gradativamente mais difícil até parar. Ele abriu seus olhos confuso e viu uma espada a centímetros de sua cabeça. 

Num reflexo absurdo, ele balançou seu corpo para o lado e concentrou sua energia em recuperar seu oxigênio: 

—Eu pensei que fosse morrer... -Suspirou ele aliviado. 

O Herói olhou decepcionado: 

—Como você desviou? 

—Eu simplesmente aprendi a não entrar em pânico e usar corretamente o pouco oxigênio que eu tinha dentro de mim. -Respondeu Kurokawa. -Na nossa primeira luta, foi esse truque maldito seu que me fez perder. 

O Herói imediatamente sacou sua outra espada e se preparou para lutar: 

—Vamos brincar então... 

Kurokawa olhou-o com um olhar vago e simplesmente virou-se para lado tentando dormir novamente: 

—Seu maldito, não simplesmente me ignore desse jeito! -Gritou o Herói furioso. 

—Fale baixo, os outros estão dormindo. -Reclamou ele. -Se você quer brincar de justiceiro, independente dos seus motivos, o faça outra hora, neste momento nós meio que somos aliados. 

Kurokawa aconchegou-se no chão e começou a dormir. O Herói não podia deixar aquela oportunidade passar e lentamente aproximou suas espadas das costas de Kurokawa. Mas aquilo era vergonhoso demais até mesmo para ser chamado de justiça. Ele guardou suas espadas e tentou dormir.  

Pela manhã, eles foram acordados com o barulho do movimento de tropas. Centenas de soldados marchando em direção a Euler. Kurokawa levantou-se rapidamente e juntou-se ao grupo que discutia estratégias. 

—O que fazemos? -Perguntou Kurokawa. -Não é o nosso trabalho lutar contra ninguém... 

—Eu acho que deveríamos evitar o máximo possível de lutas... -Respondeu Matt. 

—Eu concordo, vamos apenas seguir em frente sem sermos vistos. -Comentou Bucky. 

A decisão do grupo era praticamente unânime até um grito ser escutado a distância: 

—Matem esse maldito que roubou meu capacete! 

Aparentemente, alguém havia roubado o valioso capacete do líder daquele pelotão de soldados. Parecia algo bem estúpido então ninguém do grupo realmente se importou. Enquanto eles permaneciam em silêncio esperando seus inimigos irem embora, alguém reparou em algo: 

—Onde está aquele cara magrelo e meio bizarro? -Perguntou o Herói escorado em uma rocha. 

Tudo fez sentido na mente de Bucky: 

—Lapz...aquele maldito...ele não fez o que eu estou pensando ele... 

Bucky rapidamente expôs-se um pouco para observar melhor a situação e seus piores pesadelos tornaram-se realidade. Lapz corria pelo campo de batalha com um capacete reluzente em suas mãos enquanto desviava de dezenas de ataques. Ele ao ver o rosto de Bucky parcialmente escondido rapidamente correu em sua direção. Bucky tentava desesperadamente sinalizar para Lapz não atrair os inimigos em sua direção mas foi tarde demais. 

—Oi, pessoal! -Sorriu Lapz pulando por cima das rochas e reunindo-se com o grupo. -Eu voltei! 

Segundos depois, dezenas de soldados cercaram aquele lugar: 

—E eu trouxe companhia! 

—Capitão! -Gritou um dos soldados. -Nós encontramos um grupo de inimigos! 

—Matem eles! -Ordenou líder. 

—Fechem os olhos! -Gritou Kurokawa sacando a Eclipse. 

Ele sem pensar duas vezes cravou-a no chão criando uma grande explosão luminosa. Ele tentou fugir com seus companheiros mas a quantidade de inimigos era muito grande, apenas uma pequena parcela deles haviam sido atordoados por sua explosão: 

—Parece que não temos opção senão lutar... -Reclamou ele. 

Bucky concentrou energia em seu punho e socou o chão criando uma destruição controlada. As tropas inimigas foram obrigadas a recuar um pouco o que dava alguns segundos para o grupo de Kurokawa pensar. Todos eles ficaram de costas uns para os outros: 

—O que fazemos? -Perguntou Matt. 

—Será que se eu devolver o capacete, eles nos deixam ir embora? -Sorriu Lapz. 

—Guarde minhas palavras, Lapz. -Afirmou Bucky. -Eu vou te matar depois disso...por isso não ouse morrer aqui. 

—Bucky, eu gostaria de te ajudar nesse assunto. -Disse Kurokawa. 

O Herói sacou suas duas espadas e estendeu-as com sua energia. Ele correu na direção de uma parte dos soldados inimigos e derrubou dezenas com um ataque concentrado: 

—Eu não gosto de matar pessoas indiscriminadamente mas vocês pediram por isso... 

Kurokawa ativou o modo preto e branco e espalhou a destruição em um direção. Bucky reforçou seus punhos e começou a desferir socos que derrubavam vários. E de um segundo para o outro, apenas Lapz e Matt não tinham feitos seus ataques ainda: 

—Eles são bem intimidadores, não são? -Disse Matt. 

Lapz sacou suas adagas e abriu um sorriso sinistro em seu rosto enquanto lambia-as: 

—Desculpa, garoto mas eu te deixarei aqui sozinho...aquelas gargantas estão implorando para serem cortadas... 

Lapz entrou com muita agilidade e astúcia no meio do exército inimigo. Rapidamente e silenciosamente, vários inimigos iam caindo sem sequer saber o que os atingiu. Matt tirou um pouco do cabelo que cobria sua visão e deu um pequeno sorriso: 

—Parece que eu também tenho que fazer alguma coisa... 

Ele apontou sua mão na direção de um soldado com uma expressão confusa e sussurrou: 

—Desabroche. 

E de um segundo para o outro, entranhas haviam sido espalhadas por todo o campo de batalha. Ninguém entendia o que havia acontecido, apenas Matt. Era como se o soldado houvesse explodido de dentro para fora. Matt apontou sua mão para outro soldado que já tremia de medo ciente de seu destino: 

—Desabroche. 

O pânico rapidamente preencheu o campo de batalha com aquele poder misterioso. Matt apontava e sussurrava aquelas palavras como se estivesse controlando uma orquestra. Tudo o que preenchia seus olhos era prazer, ele olhava para aqueles corpos pútridos como se olhasse para obras de arte. Ao perceber que os preparativos estavam prontos, Matt estendeu seus braços, não como alguém que coloca um fim em algo mas sim como alguém que inicia algo totalmente diferente: 

—Floresça, minha boneca de carne! -Gritou ele em êxtase. 

Das estranhas e dos ossos inimigos formou-se um grande golem de carne. Aquele abominação absorvia a carne daqueles que ela matava e tornava-se ainda mais forte. Matt sentou-se e observou sua adorável criatura dilacerar incontáveis corpos: 

—Quem imaginaria que aquele rapaz quieto seria esse cara doentio... -Comentou Bucky pulverizando um crânio. 

—As aparências enganam. -Disse Lapz. 

O líder daquele esquadrão percebendo que sua derrota era eminente deu uma missão especial para um soldado. Kurokawa tinha praticamente o campo de batalha inteiro sobre seu controle e rapidamente percebeu um soldado fazer alguns movimentos estranhos enquanto corria na direção de Matt. Kurokawa desmaiou os oponentes que o atrapalhavam e correu na direção de Matt que estava totalmente distraído.  

O soldado já estava extremamente próximo e Kurokawa percebeu que talvez não conseguiria chegar a tempo. Ele criou uma grande explosão negra para se impulsionar enquanto ativava o modo branco para ganhar mais velocidade. O inimigo estava com sua mão a centímetros do rosto de Matt quando Kurokawa projetou um barreia de energia branca. Kurokawa conseguiu bloquear parte da explosão criada por seu oponente mas mesmo Matt foi atingido: 

—Ei, Matt, está tudo bem com você? 

Ele levantou-se com sua cabeça sangrando e continuou observando despreocupadamente seu golem de carne. Para sinalizar que estava bem, ele apenas levantou seu polegar direito para Kurokawa. O soldado ao perceber que tinha falhado sua missão tentou recuar mas foi encurralado por Kurokawa. Kurokawa aproximou-se dele com uma voz intimidadora: 

—Espera...onde que você pensa que vai? 

O soldado de cabelos e olhos negros com uma aparência extremamente ordinário sorriu: 

—Idiota! 

Ele emitiu uma grande explosão de suas mãos que arremessou Kurokawa para longe. Em seguida, ele começou a espalhar explosões pelo campo de batalha, ferindo aliados e inimigos sem se importar. Ao se destacar, a atenção do Herói voltou-se para ele. O Herói avançou em sua direção para acabar com ele com apenas um golpe. Ele esquivou-se por centímetros usando uma explosão para se afastar: 

—Está irritado porque eu explodi seu amiguinho? -Sorriu ele. 

O Herói respondeu com um sorriso: 

—Se você realmente tivesse matado ele, eu já teria te matado nesse momento. Eu sou a pessoa que vai matar aquele idiota. 

Kurokawa surgiu atrás do seu inimigo limpando suas feridas: 

—Eu vou levar isso como um elogio. 

Ele estava prestar a cravar a Eclipse na costas daquele homem quando sua mão foi impedida: 

—O que você está fazendo? -Perguntou Kurokawa. 

—Essa é a minha luta, você não vai interferir. -Afirmou o Herói. 

—Como assim sua luta? Isso começou entre mim e ele! 

Enquanto os dois discutiam, aquele soldado arremessou uma pequena bola brilhante na direção deles: 

—Queimem no inferno! 

A pequena bola criou uma grande explosão concentrada da qual Kurokawa e o Herói não tiveram de fugir. Aquele jovem sorria ao ver que tinha derrotado dois grandes inimigos mas sua felicidade foi passageira. Kurokawa o Herói levantaram-se no fundo daquela cratera, completamente chamuscados e com um olhar de ódio: 

—15 segundos de cada um? -Perguntou Kurokawa. 

—Eu aceito. -Respondeu o Herói.


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Notas finais do capítulo

É muito provável que os capítulos fiquem irregulares a partir de agora porque eu acho que terei que esforçar para caralho nesse ano escolar...vamos ver se eu estou preparado para o Ensino Médio!



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