Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 47
Amnésia - Rejeição e Afeto


Notas iniciais do capítulo

O título desse capítulo deveria ser CLICHÊ mas enfim...os one shots que eu postarei são:
—O Incrível Mundo de Douglas (Completo, falta apenas corrigir), situa-se no ano de 2014 e relata a história de Carlos, um cientista que consegue criar uma máquina capaz de transferir a consciência de uma pessoa para o mundo virtual.
—A Sorte (Completo e corrigido), relata a história de um homem que encontra um ser esquisito que se denomina a sorte, esse ser mostra o mundo a esse homem de uma forma totalmente diferente.
—Robin Hood (É provável que eu nem chegue a escrever), a história de um homem que vive na sociedade atual e acaba por tomar ações parecidas às do personagem dessa lenda.
—Ganância (Em produção nesse momento), relata a história de um vulgar assalariado que tenta seguir seus ideais ao máximo em seu vulgar emprego.
É isso ai, visitem o meu perfil para saber se um desses one-shots já foi lançado.



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Observando o teto no quarto em que dormia, uma dúvida surgiu em sua cabeça:

–O que será que tem para comer na geladeira?

Mas seria um tanto desrespeitoso de sua parte invadir a geladeira da casa de outra pessoa. Sem outras escolhas, ele resolveu sentar-se na sala e assistir televisão. Era realmente desconfortável não poder fazer nada, por não saber quão paciente era sua anfitriã. Assistir televisão não era realmente interessante, as notícias falavam apenas de pessoas que ele não conhecia, fazendo coisas que ele não entendia.

Passado algum tempo, a garota ruiva abriu a porta de seu quarto e saiu:
–Oh, então você já acordou... -Disse ela bocejando.

Ele observou-a lentamente e rapidamente começou a corar. Enquanto vestia apenas roupas intimas, ela desfilava pela casa:

–Vista...algumas roupas... -Corou ele.

Ela voltou para seu quarto sem aparentar estar preocupada:

–Hábitos de morar sozinha por muito tempo... -Disse ela.

Após terminar sua frase, sua mente foi perfurada por uma dor latente. Memórias tentavam preencher seu crânio. Ele já havia estado numa situação parecida com uma garota, mas dessa vez os papéis estavam trocados. Antes mesmo que pudesse ver o rosto da garota, a dor intensificou-se até um ponto insuportável. Ele urrava de dor enquanto pressiona suas mãos contra sua cabeça.

Marwoleath correu de seu quarto até ele mas não sabia como agir:
–Ei!!! O que você está sentindo? -Perguntava.

–Dor...muita dor... -Sussurrava ele.

Ela, um tanto desesperada, atingiu-lhe a cabeça com muita força. Sua cabeça chocou-se contra o chão e ele rapidamente gritou:

–Mais que...você está tentando me matar?

–Não é que tipo...quando a televisão da problemas, uns tapinhas resolvem...

–Sério? -Gritou ele. -Além de eu não ser um eletrodoméstico, isso não foi só um tapinha!!! Minha cabeça foi brutalmente arremessada contra o chão! Eu podia ter morrido!

Ela sorriu e mostrou-lhe seu polegar:
–Eu sabia que você sobreviveria...

–Não me responda com esse sorriso inocente de quem não tinha certeza! -Gritou ele novamente.

Ela apenas pode dar risada. Após perceber a situação em que se encontrava, ele surprendeu-se:
–Parece que sua técnica maluca deu certo...a dor parou...

Ela levantou-o por seu braço e disse:

–Descanse por enquanto que eu vou fazer um almoço delicioso!

Ele sorriu e sentou-se esperando. Conforme o tempo passava, sua ansiedade tornava-se maior. Após inalar aquele cheiro tentador, ele dirigiu-se para cozinha:
–Nossa...que cheiro bom...o que você está cozinhando? -Perguntou ele.

Ela virou-se para mostrando o que cozinhava:
–Ah...esqueci de perguntar, vai querer de carne ou de frango?

Ele observou e novamente surpreendeu-se:
–Sério? Miojo? Quando você disse cozinhar eu pensei que você fosse REALMENTE cozinhar...

Ela indignou-se:
–Não desonre o trabalho que foi necessário, o tempo e esforço que várias pessoas utilizaram para criar isso! -Retrucou ela. -E outra! Isso não é miojo...isso é MACARRÃO INSTANTÂNEO!

–É...tudo a mesma coisa...e não seja tão dramática. -Respondeu ele. -Mas eu vou querer de frango.

–Viu? Até mesmo você caiu nos prazeres do miojo! -Brincou ela.

–Não era "macarrão instantâneo"?

–É...tudo a mesma coisa... -Respondeu ela.

Os dois riram por alguns segundos e logo em seguida foram para a mesa. Enquanto comiam, ele observou um pouco de comida em seu rosto. Num descuido, ele institivamente tirou-o de seu rosto, e acabou por retirar algumas mechas de cabelos que ficavam na frente de seu rosto. Quando seus dois olhares encontraram-se, ele não pode manter aquilo só para si:

–Você é realmente bonita...

Ela virou seu rosto para o lado e levantou-se para levar seu prato para cozinha. Ele acabou por sentir-se um pouco envergonhado. O resto do dia seguiu sem muita interação entre os dois até o momento em que ela fez um convite:
–Eu preciso fazer umas compras...quer vir comigo?

Ele por não ter nada melhor para fazer, e por considerar essa uma ótima oportunidade para consertar seu erro, decidiu ir. Estava quase anoitecendo e eles acabaram encontrando uma gigantesca multidão. Era incomum isso acontecer, mas não nesse dia, estava havendo uma grande promoção numa loja não muito longe dali.

Mesmo tentando não se perderem no meio da multidão, isso acabou por acontecer. Mas havia tido uma intervenção de terceiros. O grupo do dia anterior havia retornado, seu líder maneta decidiu que era mais fácil ter um refém. Eles arrastaram Kurokawa até um ponto mais isolado da cidade e lá amarraram-no:

–Ei! Porque vocês estão fazendo isso? -Perguntou ele.

Ele foi respondido com um grande chute em seu estômago:
–Como assim porque? Não é obvio? Quando aquela mulher vir te salvar, nós vamos nos vingar! -Respondeu o líder deles.

Kurokawa sorriu:
–Que pena...ela não vai vir...

Todos eles gargalharam forçadamente:
–Vamos ver se ela não vai vir, quando ver seu lindo rostinho todo rasgado... -Sorriu o líder.

Marwoleath percebeu que ele havia desaparecido e iniciou sua procura mas acabou por não ter êxito. Passado alguns minutos ela recebeu uma mensagem dizendo apenas um local. Ela correu até lá rapidamente. O local era um armazém antigo e fora de uso. Quando abriu a porta, ela surpreendeu-se:
–Eu mandei apenas a localização porque estava com preguiça de escrever mais... -Disse alguém do meio da escuridão.

As luzes haviam sido destruídas mas mesmo assim era possível sentir aquele cheiro caraterístico naquele lugar. Ela transformou sua energia em luz e clareou todo aquele lugar, algo estranho mostrou-se. As paredes estavam manchadas de sangue e no meio do lugar, sentada em meio a corpos, banhado de sangue, estava uma criatura.

Aquele rosto, aqueles olhos e aquele corpo eram conhecidos para ela. Mas não era a mesma pessoa. Ele caminhou em meio aos corpos até ela:
–Você parece forte...porque não lutamos até a morte? -Disse o ser.

Ela deu um passo para trás:
–Esse não é o Kurokawa que eu conheci mas também não é o Kurokawa que estava na minha casa, quem é esse? -Pensava ela.

Antes mesmo de poder desferir seu primeiro ataque, a criatura começou a contorcer-se de dor e gritar de forma agonizante. Seus olhos mudaram inesperadamente e ele voltou a ter seu rosto inocente:

–Marwoleath onde estamos? -Perguntava ele desesperado. -O que é isso em mim?

Por infortúnio, ele viu os corpos jogados no meio daquele lugar e rapidamente associou isso ao que estava em seu corpo. Sua consciência não pode suportar:

–Fui que...não, não pode ser...não foi...

Rapidamente ele começou a gritar desesperadamente e acabou por desmaiar. Ela acabou por não compreender, apenas pegou seu corpo e levou-o para casa. Mais tarde quando preparava-se para deitar, ela percebeu que ele havia acordado:
–Até que enfim, bela adormecida... -Provocou ela.

Ele demorou um pouco para entender onde estava:

–O que aconteceu antes? -Perguntou ele receoso.

Ela respondeu de forma sincera e direta:

–Você matou os caras que te sequestraram...não, matar não é uma palavra apropriada para isso. -Respondeu ela. -Você espalhou eles, sim, você espalhou eles por todas as paredes!
Ele colocou a mão em sua boca e correu rapidamente para o banheiro. Um barulho grotesco foi ouvido de lá e ele apenas pode arrepender-se:
–Então aquilo foi realmente real... -Sussurrava ele.

Só o fato de pensar naquilo dava-lhe vontade de vomitar de novo. Marwoleath aproximou-se confusa:

–Porque você repudia isso?

Ele descontrolou-se:

–E você? Como você pode estar tão calma falando disso! -Gritava ele. -Eu matei pessoas! Eu sou um assassino!

–E? Pessoas morrem todos os dia! E mais, você deveria estar feliz por ter matado uns lixos como aqueles! -Retrucou ela. -Além disso, você é forte, você deveria orgulhar-se disso e não ficar se torturando.

–Você não está entendendo...por mais lixos que eles sejam, eles ainda possuem famílias, pessoas que gostam e esperam pelo o retorno deles! -Afirmava Kurokawa. -Eu não tinha direito de ter tirado a vida deles...

Marwoleath perdeu sua paciência:

–Cale a boca! -Disse ela levantando-o por seu pescoço. -Se não fosse eles teria sido você! Sacrifícios são necessários! Quando uma pessoa luta tentando matar outra, ela deve estar preparada para morrer!

–Tanto faz! Eu poderia ter salvo eles! -Respondeu ele.

–Para quê? Para eles matarem outra pessoa? Para eles te sequestrarem de novo? Não fique abusando da sorte!

Ela jogou-o contra o chão e seguiu para seu quarto. Ele, confiante em seu ideais, fez o mesmo. Mas aquelas memórias voltaram para aterroriza-lo.


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Notas finais do capítulo

Boa leitura!!!! Espera...acho que é comentem...sei lá...



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