–Vocês estão um trapo. -Comentei eu andando. -Aguentem ai mais um pouco que isso vai terminar em 1 minuto!

O herói se sentiu subestimado nesse momento:

–1 minuto? Não acha que está sendo um pouco arrogante? -Perguntou ele.

–Não, isso vai acabar em 1 minuto, independente do resultado. -Disse eu checando a condição de Sasu. -Me deixe fazer uma pergunta para você, porque você acha que jogos são divertidos?

O herói apenas se mantéu quieto:

–Por um simples motivo, porque você pode tentar de novo quando perder, se não houvesse a opção continuar depois que você perdesse, os jogos não seriam divertidos. -Continuei eu. -Considerando que atualmente vivemos dentro de um jogo, não é sensato pensar que haveria a opção continuar? Contanto que você não morra essa opção vai continuar a existir. Mas essa situação não foi a minha realidade nesses dois últimos meses.

Eu segui para o lugar onde Lizzy estava desmaiada e verifiquei sua condição:

–Nesses últimos dois meses eu estive inconsciente, mesmo estando vivo eu não podia tentar de novo! -Exclamei eu. -Nesses dois últimos meses eu fui obrigado a ficar deitado em uma cama sem poder fazer nada. A sensação de perder, a sensação de ser destruído e a sensação de ser incapaz já eram ruins o suficiente sozinhas. Mas sentir essas sensações martelando em sua cabeça por dois meses foi algo muito perto do inferno. Sinceramente, eu não faço a mínima de como consegui me manter são por todo esse tempo.

O herói continuava apenas me observando sem perder sua concentração:
–Mas voltando a nossa luta. -Continuei eu. -Eu não estive apenas dormindo todo esse tempo, eu estive afiando minhas presas, eu estive coletando energia. Posso afirmar claramente que a minha energia atual é no mínimo sete vezes maior do que era no nosso primeiro encontro.

–Mesmo que sua seja infinita, numa luta de um contra um, eu vencerei! -Afirmou ele.

–Não me lembro de dizer que essa seria uma luta de um contra um. -Respondi eu. -Com tanta energia assim, eu posso invocar alguns aliados.

–Do que você esta falando?

Eu apenas sorri e me dirigi até onde Ike:

–Você não devia pegar minhas coisas emprestadas sem pedir, Ike. -Sussurrei eu enquanto pegava a Eclipse.

–Como têm passado? -Perguntei eu.

–Foi divertido ver o outro tentando nos dominar. -Respondeu Hikari.

–Entediante como sempre! -Exclamou Yami.

Eu dei um pequeno sorriso e perguntei:
–Por quanto tempo eu consigo materializar vocês?

–É como você disse, cerca de 1 minuto. -Respondeu Hikari.

–Isso é o suficiente.

Eu fui até onde o herói estava parado e fiquei frente a frente com ele:
–Que tal continuarmos de onde paramos aquele dia? -Perguntei eu.

–Dessa vez eu irei confirmar que você morreu! -Exclamou ele.

Eu segurei com força na Eclipse e sussurrei "apareçam!! focando toda a minha energia naquela espada. Em questão de segundos, duas presenças se projetarem em meus lados, elas eram praticamente idênticas, excluindo o fato de que uma era totalmente negra e a outra totalmente branca:

–Então, vamos chutar esse menininho revoltado? -Perguntou Yami.

–Vamos! -Respondi eu.

O herói percebeu que seus oponentes eram perigosos e conclui que se não usasse sua força total, seria morto. No mesmo instante ele projetou sua energia em tudo a sua volta e criou espadas de energia maiores que as suas convencionais. Takeda percebeu que se a situação continuasse assim eu perderia por desconhecer as técnicas de seu oponente:

–Eu preciso avisar ele! Eu preciso avisar ele mas a minha boca nem o meu corpo se move! -Pensava ele usando todas as suas forças para se mover. -Quase lá! Só mais um pouco!

Takeda se colocou de joelhos com muito esforço e no momento em que as palavras iriam sair de sua boca, ele foi interrompido:

–Apenas descanse! -Exclamei eu. -Eu me viro.

Ele não se sentiu totalmente aliviado mas seu corpo não permitia-lhe continuar consciente, sem sua permissão seu corpo voltou ao chão. Eu apenas me concentrei no que estava nesse momento.

Nesse momento, Hikari e Yami que são seres feitos completamente de energia, estavam interceptando a energia do Herói ou seja, impedindo que o meu oxigênio fosse tomado, assim uma arma do Herói foi destruída. Eu corri na direção de meu oponente e executei um ataque com a Eclipse, o Herói se defendeu com sua espada e aproveitou para me atacar.

Seu ataque foi bloqueado por um escudo de energia branca feito por Hikari e antes que ele pudesse executar outro ataque, ele foi atacado por vários espinhos de energia negra feitos por Yami. Nesse pequeno intervalo de tempo, dez segundos se passaram:
–Um sexto de meu poder já foi desperdiçado, nesse ritmo eu irei perder. -Pensei eu. -Estava tentando vencer sem usar 100% de meu poder mas parece que vai ser impossível.

Eu olhei para Hikari e Yami fazendo um sinal:

–Aquilo vai deixar seu corpo todo despedaçado, mesmo assim você ainda quer? -Perguntou Yami.

–Eu também recomendo que você não faça isso! -Advertiu Hikari.

–Apenas façam! -Gritei eu. -Estamos ficando sem tempo!

Elas apontaram para mim e eu sussurrei:

–Modo preto e branco!

Várias linhas e escrituras brancas e pretas fluíram por todo o meu corpo:
–Se o modo preto proporciona força e o modo branco proporciona velocidade, o que modo preto e branco proporciona? -Perguntei eu.

Eu avancei de tal forma que nem os olhos de meu inimigos foram capazes de acompanhar, num segundo eu havia desaparecido e apenas aquela pergunta ficava no ar. No momento a seguir ele sentiu um calafrio em sua espinha e um voz sussurrou algo próximo a suas costas:

–Destruição! -Exclamei eu arremessando-o longe com a Eclipse.

No momento em que minha arma se chocou com o seu corpo, uma explosão negra se formou e um raio branco arrastou-o até ele se chocar com uma construção próxima. Mas ele era forte e isso não seria capaz de derrota-lo, ele rapidamente se levantou. Hikari desferiu um chute que mandou-o para cima, Yami pulou e soco-o novamente para baixo.

Sem permitir que ele se recuperasse, as duas imobilizaram-no com correntes de energia. Eu corri em minha velocidade máxima e pulando em cima dele com a Eclipse gritei:

–Aurora!

Eu ataquei com esse golpe que gosto de chamar de Aurora, já que a explosão de cores formadas se assemelha muito a uma. O poder destrutivo desse ataque é grande, grande ao ponto de até mesmo eu, Hikari e Yami sermos arremessados longe com a onde de choque. A área a nossa volta foi quase totalmente destruída e uma cratera se formou no chão:

–Parece que no fim eu estava errado! -Exclamei eu. -Não foi 1 minuto mas sim apenas 50 segundos.

Eu me levantei e fui até onde eu tinha feito o ataque:

–Você tem um corpo bem resistente! -Comentei eu. -Você conseguiu sobreviver depois daquele ataque.

O herói estava deitado no chão quase inconsciente e aparentemente muito cansado. Eu senti uma alegria percorrer o meu corpo, a alegria de ter vencido. Mas essa alegria durou pouco, no mesmo instante algo caiu do céu:

–Então eram vocês que estavam brincando por aqui? -Disse a tal figura. -Vocês são bem fortes para a vossa idade, não é? Vai ser bem divertido quebra-los um por um.

Eu nesse instante tinha percebido que aquela pessoa era extremamente forte e se uma batalha fosse iniciada eu com certeza perderia. Com isso em mente eu invoquei a Hikari e a Yami e ordenei:

–Vou fazer uma Aurora com força total me deem energia! -Exclamei eu.

Hikari e Yami entenderam a gravidade da situação e me deram toda a suas energias. Na Aurora anterior eu não pude usar toda a minha força já que eu precisava usar uma certa quantidade de energia, para manter a forma de Hikari e Yami estáveis. Se eu simplesmente concentrasse toda a minha energia numa Aurora, eu seria morto pelo Herói antes de puder usar ela.

Mas agora a situação era diferente, meu inimigo parecia me subestimar e por isso era provável que ele não desviasse de meu ataque:

–Eu vou acabar com isso em apenas um ataque! -Pensei eu concentrando todas as minhas forças na Aurora que seria disparada.

Nesse momento o Herói murmurou algumas palavras:

–Não faça isso porque...

Eu ignorei suas palavras e ataquei. Dessa vez, explosão da Aurora foi no mínimo duas vezes maior que a anterior. A cratera formada foi muito maior e a grande maioria dos prédios a nossa volta se desmoronou. Até mesmo as nuvens foram movidas. Eu cai ao chão totalmente exausto e disse:

–Mesmo que ele não tenha morrido, ele não deve ser mais capaz de se mover.

Mas eu fui ingênuo:

–Eu disse para você não fazer aquilo porque...-Continuou o Herói. -Ele é um criminoso de cinco estrelas e você só estaria desperdiçando energia!

No centro daquela explosão algo se moveu:

–Esse ataque foi bem forte, pirralho! -Disse a figura se mostrando estar ilesa. -É uma pena que só fez um pequeno arranhão!

Nenhum deles conseguia se mover e a situação tinha se tornado a pior possível, pela primeira vez, eu experimentei o desespero:

–Então, eu devo começar matando quem?