Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 24
O Caminhão Vermelho Parte 3




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Novamente eu era forçado a escutar as estúpidas piadas matinais de Takeda, mas isso não era tão mal, ter uma pessoa para conversar logo pela manhã não era tão ruim. Fazia tempo desde a última vez que isso aconteceu, claro, a Lizzy também morou aqui em casa por algum tempo, por isso não fazia tanto tempo assim.

Poder conviver com alguém não é tão mal assim, a comida parece ter um gosto melhor quando é saboreada perto de outra pessoa. Quantos anos se faziam desde a última vez que eu pensei sobre isso, essa pergunta não possuía uma resposta.

Sempre fui uma criança normal, me destaca ligeiramente nos esportes mas nada fora do comum. Minha mãe era uma mulher atenciosa e carinhosa que sempre me suportava, meu pai era um forte homem de família e sempre me deu tudo que eu precisasse.

Nunca nada me faltou, pelo contrário, minha família era até o que poderia ser considerada rica. Meu pai era o diretor de uma empresa e possuía bastante dinheiro, tudo seguia normalmente. Até que pouco antes de meu aniversário de dez anos, eles sofreram um acidente e ambos morreram.

Os meus pais sempre foram distantes de suas famílias, esse assunto sempre foi uma espécie de assunto proibido em casa. Por isso no seu enterro, apenas eu estava presente, nos registros eu morava com uma irmã de minha mãe. Mas eu nunca sequer tinha visto qualquer membro da família de meus pais.

Então, sendo cuidado por uma tia “fantasma”, sem conhecer nada sobre os meus parentes e sem pais eu fui forçado a ficar vivendo naquela casa. Apesar de tudo isso era melhor do que viver com pessoas que eu nunca tinha visto antes ou ficar em um orfanato.

Eu herdei quantias gigantescas de dinheiro mas mais da metade desse está no banco e eu só consigo retira-lo a partir dos dezoito anos. A outra parte ficava guardada num cofre no quarto de meus pais, eles tinham me dito a senha algum tempo antes de seu acidente.

Eu sobrevivo com esse dinheiro, parece que foi tudo planejado. Um dinheiro para sobreviver, uma falsa tia para cuidar de mim, uma família afastada. Até que parece que eles planejaram tudo isso para me fazer morar sozinho.

Até hoje eu acredito que um dia eles irão entrar por porta adentro dizendo que tudo não passava de uma grande brincadeira, que tudo foi para eu poder aprender a viver sozinho. Mas no fundo, essa esperança já morreu faz tempo, eu vi com meus olhos seus corpos sendo soterrados de pouco a pouco por terra.

No começo meu mundo ficou de cabeça para baixo, eu não sabia o que fazer, até mesmo pensei em cometer suicídio. Mas isso não mudaria nada, essa é a forma de um fraco pensar e eu posso ser tudo menos fraco. Eu continuaria a viver e provaria para o mundo que os humanos podiam superar tudo.

Ao se deparar com uma grande dificuldade existem três tipos de humanos, os fracos que não têm força para continuar mas também não têm força para acabarem com a própria vida. Os fracos que não possuem força para continuar mas possuem força para se suicidarem.

E os fortes que não irão desistir nunca, continuaram caindo e levantando quantos vezes o seu corpo aguentar. Meus pais viveram vidas honráveis e eu não podia manchar o seu legado, eu tinha que viver e ser forte para orgulha-los. Com essa ideia em frente eu continuei superando meus obstáculos até um fatídico dia.

De um certo dia em diante a vida já não possuía obstáculos, eu também não possuía objetivos, tudo tinha se tornado preto e branco. Eu me sentia como uma peça a mais em um quebra-cabeça, eu precisava desesperadamente por novos objetivos e novos obstáculos.

Foi ai que Invisible Play surgiu, abrindo meus olhos para um mundo incrivelmente vasto, me arrastando para lugares onde eu jamais havia sonhado. Eu estava feliz com isso e mais para frente eu acabei me deparando com outro sentimento. Quando acabei por encontrar Lizzy, minha vida ganhou mais uma cor, em seguida eu encontrei Sasu, um criador de obstáculos.

Quanto mais avançava, mais colorida minha vida ficava, até o momento em que eu encontrei Takeda, foi nesse momento que eu encontrei a última cor que faltava em minha vida. No começo ele parecia mais um incomodo do que tudo mas conforme eu ia conhecendo-o, eu sentia que ele era realmente a última peça do meu quebra-cabeça.

Agora tudo estava completo, eu interpreto isso tudo como o meu prêmio por não ter desistido. Eu só precisava viver uma aventura ou outra e estaria feliz, se o mundo acabasse amanhã eu morreria feliz. Eu não sou ganancioso o suficiente para desejar que esse momento dure para sempre, mas desejo que seja eterno enquanto dure.

Mas agora eu não tenho tempo de ser sentimental, vou me concentrar no presente e viver minha atual aventura. Afinal, não vamos conseguir parar os teletransportes se não nos focarmos nisso.


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Notas finais do capítulo

Um capitulo mais calmo porque no próximo as coisas esquentam!
Comentem!!



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