Invisible Play - Game Over escrita por Douglastks52


Capítulo 15
A Voracidade da Rainha Vermelha




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Mesmo eu concentrando visão em seus movimentos, eu só podia ver apenas um vulto correndo em torno de mim numa velocidade assombrosa:

–Inteligência é a única saída agora! Pensava eu.

Concentrei cada neurônio que eu possuía na busca da saída dessa situação:

–Força, inteligência, velocidade, perna, músculos, pé, chão…isso…o chão!

Concentrando toda a minha força em meu punho, eu soquei o chão. Uma cratera se formou e Marwolaeth que corria próxima dali, se desequilibrou e diminuiu consideravelmente sua velocidade:

–Pronto!

Eu disparei nesse mesmo exato segundo em sua direção e ataquei, mas não com o intuito de fazer um ataque preciso e letal, mas sim com o objetivo de fazer um ataque amplo e impreciso. Eu deslizei minha espada na horizontal, mas mesmo tendo sido pega de surpresa, ela conseguiu desviar.

Sem dar tempo para um descanso, eu saquei uma espada mais fraca e ataquei novamente. Parecia que ela estava com uma perna machucada, dando-se o fato que seus movimentos estavam ligeiramente mais lentos que antes, mas mesmo assim ele conseguia desviar de meus ataques sem muito esforço.

Eu estava pressionando e mantendo a ofensiva, até porque se eu desse chance para ela atacar, eu seria dilacerado. Depois de dar vários ataques consecutivos eu percebi uma coisa:
–Era como eu pensava, mesmo a velocidade do seu corpo sendo insana, sua mente não consegue acompanha-la. Logo, a maioria de seus movimentos são por reflexos. Ela possuí uma mania…e eu acabei de descobri-la.

Por mais absurdos que os reflexos sejam, eles possuem uma certa sequência, já que são movimentos inconscientes, eles não podem ser totalmente aleatórios.

Eu posicionei minha espada fraca apontada em sua direção e minha Eclipse apontada ligeiramente para a direita:

–Vou te dizer sua mania… Disse eu atacando com a espada mais fraca. Ela desviou para a direita e diminuiu sua velocidade.

–Você sempre desvia para a direita e em seguida disso faz uma pausa para observar a situação a sua volta… Na metade do ataque com a espada mais fraca, eu parei-a e mudei seu sentido para a direita.

Ela demorou muito para perceber a espada se aproximando, mas conseguiu evita-la com sua velocidade absurda e ainda saiu ilesa:

–Eu ainda não acabei…mesmo eu sabendo disso tudo, nada impediria você de desviar… a não ser uma segunda espada…

Marwolaeth depois de ouvir minhas palavras percebeu, mas já era tarde demais. Pouco antes de atacar, eu arremessei a Eclipse no lugar onde eu previ que Marwolaeth pararia. Quando ela olhou para sua frente, Eclipse estava a cerca de 10 centímetros.

Mas novamente, ela evitou um ferimento letal com sua velocidade absurda. Ela conseguiu escapar com apenas um corte em seu estomago, mas em vez de se afastar e se recuperar dos danos, ela escolheu atacar.

Eu estava apenas com uma espada fraca em mãos quando ela me atacou com força total, eu futilmente tentei me defender com aquela espada. Enquanto eu segurava a espada, eu senti a falta de algo, demorei para perceber mas muito sangue estavam em minhas roupas:

–Droga…quando ela cortou o meu braço?

Foi rápido demais para ser visto, mas graças a esse meio tempo eu pude recuperar a minha Eclipse, eu dessa vez foi forçado a assumir a defensiva. Mas dessa vez ela estava mais cuidadosa, o truque de quebrar o chão não vai funcionar duas vezes.

Usando todas as minhas capacidades ao máximo eu fui capaz de prever um de seus ataques, mas prever não era defender, meu corpo não conseguia acompanhar meus pensamentos e a dor começava a me dominar. Ela atacou e eu defendi com minha Eclipse.

Mas combinando a força e velocidade de seu machado, o máximo que eu podia fazer era evitar ferimentos fatais. Em cerca de um minuto, dezenas de corte foram feitos e estava bem próximo da morte. Mas a vontade de vencer não deixava o meu corpo desistir.

Ela correu em minha direção arrastando seu machado, dessa vez eu não consegui prever seu ataque, e minha morte era certa. Quando seu machado estava bem próximo, houve uma queda repentina em sua velocidade:

–Então finalmente o feitiço acabou? Pensei eu.

Eu aproveitei minha chance e fiz um corte em sua perna, agora que estávamos em pé de igualdade, eu podia vencer. Não muito longe dali estavam Lizzy e Sasu se dirigindo para a arena:

–Vamos Lizzy! Gritou Sasu correndo na frente.

–Estamos atrasados porque demorou para te convencer! Retrucou Lizzy.

–Isso não importa agora…Apenas corra!

–Eu preciso tirar a carteira de motorista logo! Reclamou Lizzy muito cansada.

Os dois foram entrando na arena enquanto ignoravam o sistema de apostas, eles procuraram o lugar mais próximo mas falharam, até que algumas pessoas da que estavam mais na frente começaram a se levantar:

–É…agora acabou de certeza! Disse um homem.

–Mas foi uma boa luta…apesar que todas já sabíamos quem venceria. Comentou outro.

Lizzy e Sasu se dirigiram para frente e observaram a situação.

Kurokawa e Marwolaeth estavam completamente feridos, apesar que a situação de Kurokawa era pior, Marwolaeth estava um pouco longe e dizendo:

–Velocidade Divina.

Ela correu na direção de Kurokawa e gritou:

–Você lutou bem, tenho te parabeniza-lo. Mas a luta acabou a agora!

Ativando pela segunda vez a habilidade que Kurokawa teve de quase se matar para parar, ela correu em sua direção para desferir o golpe final:

–A luta acabou agora, mas eu sou o vencedor! Kurokawa gritou isso e ativou uma de suas habilidades.

“Aprendendo com os Erro” era o nome da habilidade:

–Permita me explica-la, seguindo a lógica de que os mesmos truques não funcionam duas vezes, essa habilidade me permite destruir uma habilidade inimiga que eu já tenha vista mais de uma vez. Claro ela possui exceções.

Marwolaeth se virou e atrás dela, estava Kurokawa:

–Até a próxima…Rainha Vermelha!

A junção da velocidade de Kurokawa e de Marwolaeth resultou num golpe destruidor. Ela foi lançada longe e rapidamente perdeu a consciência, enquanto o juiz se aproxima para dar a vitória para Kurokawa, algo aconteceu:

–Droga…não consigo mover o meu corpo…devo ter perdido sangue demais… Antes mesmo de completar esse pensamento, Kurokawa desmaiou.

O juiz observou a situação e decidiu que a coisa mais lógica a se fazer ali seria declarar empate, no momento em que ele ia levantar a bandeira de empate. Kurokawa se levantou como se nada houvesse acontecido.

Mas aquele não era Kurokawa, apesar dos rostos e corpos serem iguais, aquele ser tinha algumas diferenças. Ele possuía marcas pretas e brancas por todo seu corpo, eram como escritas de uma língua diferente, e seus olhos eram de cores diferentes, um era totalmente branco, enquanto o outro era totalmente negro:

–Pronto, pronto! O senhor poderia conceder a vitória para Kurokawa agora? Seria chato se ele perdesse depois de tanto esforço. Disse o ser.

O juiz ficou perplexo por alguns instantes mas no fim resolveu confiar em seus olhos, ele declarou a vitória de Kurokawa. Mas a plateia continua tentando entender como a Rainha Vermelha perdeu:

–Hikari! Seu desgraçado! Sabe o quanto de energia é necessário para podermos ficar nesse corpo? Gritou o ser para si próprio.

–Calma Yami, foi tudo para o bem do Kurokawa no final! Respondeu o ser para si próprio novamente.

Todos da plateia estavam confusos mas não pelo fato de Kurokawa ter ganhado, mas sim pelo fato dele estar falando sozinho:

–Vamos embora logo! Daqui a pouco o Kurokawa morre!

–Então você está preocupada com ele Yami?

–Cale a boca!!!!

Aquelas vozes foram ficando gradualmente mais baixas até sumirem, em seguida Kurokawa caiu ao chão. Lizzy e Sasu se apresentaram como amigos de Kurokawa e conseguiram curar o seu corpo com poções magicas, apesar que elas não podem curar o cansaço de um corpo.

Dado isso, Kurokawa foi levada inconsciente para sua casa…


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Notas finais do capítulo

Comentem e façam uma pessoa feliz!!!!!



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