Pov Anna

Sabe qual a parte ruim de ser princesa? É não ter um segundo de paz na vida.

Logo que eu acordei, o conselheiro Hans começou a falar:

–Daqui a vinte minutos seu vestido fica pronto, depois temos seu chá com a rainha então, seu discurso para o povo, aí tem a aula de dança, de etiqueta, de geografia...

Enquanto ele falava, minha mente estava longe. Estava em Kristoff, meu professor, meu amigo, meu amor, mas é claro que nunca conseguiria tê-lo comigo, pois a situação do reino estava crítica, o ouro acabara. Então, acabaram descobrindo que o príncipe Jack, de Gyacara, precisava de uma esposa e lá tem ouro. Desde então, vou me casar com ele.

Distraída, me livrei das costureiras e comecei a caminhar pelo palácio. Assim que cheguei na sacada, suspiro:

–Eu queria um dia, ter um tempo só para mim, sem aulas, tarefas, almoços... só olhar para o céu e para as flores...

–Filha, eu sinto muito, mas, como você sabe, é o único jeito de salvar o nosso povo- diz a rainha Carolina, minha mãe

–Eu sei...é o meu dever- respondo e ela sorri:

–Olhe! Outro presente de noivado!- minha mãe pega a caixa, abre e me entrega dois colares, um eu coloco, o outro eu guardo. Neste instante, Kristoff aparece e diz:

–Majestade, está um dia lindo lá fora. Por que não deixa a sua filha sair um pouco?

–Seria uma ótima ideia, não seria Anna? Anna?

–Seria- respondo distraída. Aceito o braço de Kristoff e corro até a carruagem, com um sorriso travesso. Depois de vinte minutos, desembarco e escuto um maravilhoso canto.

Pov Elsa

Trabalho, Trabalho e mais trabalho. É isso que recebo da senhora Corona, que me trata como um animal.

Meus pais morreram e deixaram uma dívida com ela, então, eu trabalho para pagar e, para conseguir uma graninha, canto na praça, onde me dão alguns trocados. Chego lá com Olaf, meu gato de estimação e começo a cantar:

"A neve branca brilhando no chão, sem pegadas pra seguir

Um reino de isolamento e a rainha está aqui

A tempestade vem chegando e já não sei..."

–AQUI DE NOVO?- Grita a Corona

–Desculpe- baixo a cabeça fervilhando de raiva

–Que isso não se repita!

–Sim senhora- ela começou a me encher, ainda bem que ela foi embora, senão daria uma de louca nesta praça!Que raiva!!! Saio da praça e encontro uma garota igual a mim, ruiva dos olhos verdes/Azuis. Intrigada, pergunto:

–Quem é você?

Continua...