Passion escrita por Mari


Capítulo 51
Capítulo 47 - O amor sempre vale a pena


Notas iniciais do capítulo

BÔNUS!
Boa leitura!



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– Eu também te amo, coração. Mais que tudo.- Ele diz e me beija novamente.
– A Cami te contou o que nós estávamos planejando?.-
– Um pouco...Então, você tem certeza que quer fugir comigo?- Ele parece preocupado.
– Claro que eu tenho. E você, quer fugir comigo?-
Seu olhar se torna terno e ele acaricia meu rosto.
– Claro, meu amor. Eu vou para qualquer lugar desde que seja com você. Nós vamos ficar juntos para sempre.-
– Promete?-
– Prometo.- Ele sorri e beija meu nariz me fazendo cocegas.
– Então, como vai ser essa fuga?- Ele pergunta e eu sorrio.
– Você vai mesmo fazer isso por mim?- Pergunto.
– Não, coração. Estou fazendo isso por nós e por nosso amor. Eu queria que não fosse tão complicado, mas já que é...Mas, você sabe que eu não vou poder manter o estilo de vida que você está acostumada, não é? Você pode lidar com isso?-
– German, a única coisa que me importa é ficar com você. Eu nunca fui essa menininha mimada. Eu sempre tive as coisas, é verdade, mas o que eu mais quero é você.-
Conversamos por uma hora mais ou menos quando escutarmos uma batida na porta, meu corpo fica tenso, mas então alivia, é só a Cami.
– Pessoal, sou eu. Posso entrar?- Ela sussurra do outro lado da porta.
Vou até lá e abro, trancando de novo depois que ela entra.
– Eu...ann...não atrapalhei nada, não é?- Ela pergunta olhando de mim para German e depois para a sua cama.
– Não, nós estávamos só conversando.- Digo.
– Ótimo. O que vocês decidiram?-
– Nós vamos preparar tudo o que for preciso durante as próximas quatro semanas e então, no dia do aniversário da Angie, nós vamos fugir durante a noite e vamos dirigindo com o meu carro até Rhode Island.- German explica.
– Então vocês vão ficar por lá?-
– Só por um tempo, até decidirmos para onde queremos ir.-
– Que bom, e se vocês precisarem de alguma coisa, durante as próximas duas semanas é só me pedir.-
German olha para Cami com confusão.
– Porque pelas próximas duas semanas? Você não vai nos ajudar depois disso?-
Percebendo o que acabou de fazer, Cami não sabe como responder. Ela não quer que mais ninguém saiba sobre sua ida, pelo menos não até ela estar de fato do Texas.
– É que...ann...daqui duas semanas eu estarei indo para o Texas, só por alguns dias.- Ela diz e me lança um olhar cauteloso.
– Ah, tudo bem então.- German dá de ombros e não percebe a tensão na voz de Cami.
– Bom, acho que agora é melhor você ir, Angie. Para que sua mãe não desconfie de nada.- Cami diz.
– Eu não quero ir. Quero ficar com German.- Faço biquinho.
Ele vem e me abraça, me dando um selinho.
– Cami tem razão. Agora mais do que nunca você tem que se comportar, não pode fazer nada que levante as suspeitas da sua mãe, ok?-
– Ok.- Respondo de má vontade.
– Mas antes de você ir, pegue isso.- Cami me dá o seu celular.
– Pra que isso?- Pergunto.
– Pra você se comunicar com o German, é claro. Vocês tem que se manter em contato para a fuga dar certo. Mas esconda bem, sua mãe não pode nem desconfiar que você tem um celular.-
– Camila Kyle, você é a melhor amiga do mundo.- Digo sorrindo e a abraço.
– Mas e você? Vai ficar sem celular?- Pergunto.
– Eu vou comprar outro. Preciso de outro número, é difícil tentar esquecer o Jordan quando ele me liga de cinco em cinco minutos.-
– Não sabia que ele estava te ligando.- Comento.
– É, ele começou alguns dias depois que eu sai do hospital, mas eu não atendi nenhuma vez.-
– Cami, vocês dois são meus amigos e eu gosto muito dos dois. Acho que você deveria falar com ele e...- German começa mas Cami o corta com um movimento de mão.
– German, por favor. Eu sei que você só está tentando ajudar mas...deixa quieto. A Angie já teve essa conversa comigo e eu já disse que acabou tudo entre nós.-
– Ok. Você quem sabe.- German suspira e passa a mão pelos cabelos loiros.
***
German está brincando com os dedos da minha mão enquanto estamos deitados na cama da Cami. Já faz uma semana que estamos preparando tudo para nossa fuga.
Cami continua cedendo o seu quarto para nós, Bárbara continua distraindo o armário e mamãe continua não desconfiando que eu me encontro com German ao invés da Cami.
– Você pretende vender a sua casa?- Pergunto.
– Não sei. Acho que seria bom, teríamos mais dinheiro para nos estabelecermos.-
– Eu juntei tudo que eu tenho de valor e que nós podemos vender. É nessa horas que eu me arrependo de não ser uma daquelas viciadas em comprar joias.-
– Não se preocupe, nós vamos dar um jeito.-
– Eu sei, o importante é que estaremos juntos.- Digo e o beijo.
– German?- Chamo.
– Sim?-
Hesito um pouco, não sei se deveria entrar nesse assunto, e se ele ficar chateado?
– O que foi, coração?-
Decido não contar pra ele que eu sei como seu irmão foi parar na cadeia, eu quero que ele queira me contar sobre isso.
– Você nunca me contou porque você e o Bruno se odiavam tanto.-
No fundo estou torcendo para que finalmente ele tome a iniciativa de me contar tudo. Quero que ele confie em mim para se abrir sobre seu passado.
Ele suspira e fica um silêncio. Quando eu começo a achar que ele vai me ignorar, ele começa a falar.
– O Danny é três anos mais novo que eu. Nós sempre fomos pobres, não do tipo que passa fome, mas não podíamos sair por ai comprando tudo que queríamos, sabe. Mas Danny sempre foi ganancioso, ele começou a dar dor de cabeça desde cedo. Ele sempre foi muito rebelde e arisco...Bruno e eu nos tornamos amigos, nessa época eu já usava cocaína e ele também. Um dia ele conheceu Danny e começaram a conversar bastante, assim como Danny, Bruno era muito ganancioso, sempre querendo subir na vida. Eles se deram bem na hora...Eu devia ter percebido quando Danny começou a aparecer com cada vez mais coisas novas; um tênis, um celular, vídeo games...Eu só fui descobrir que ele estava vendendo drogas quando ele foi preso. Eu conversei com ele e ele acabou confessando que estava trabalhando para Bruno já alguns meses. Ele foi pego com uma grande quantidade mas como era menor de idade, foi mandado para um reformatório. Depois que fez 18, foi mandado pra cadeia para terminar de pagar a pena...Eu fiquei tão furioso, nossos pais estavam tão decepcionados e tristes...Eu sabia que tudo aquilo era culpa do Bruno, então destruí o laboratório onde ele fabricava as drogas e queimei uma encomenda que ele entregaria para Vans Voltoline...A família Voltoline quase matou Bruno porque achou que ele estava querendo passa-los para trás. Foi assim que nós acabamos nos odiando.-
– E logo depois disso seus pais morreram naquele acidente, não é?-
– É.-
– Eu sinto muito. Não posso nem imaginar o que você deve ter passado. Queria ter estado lá por você.- Digo baixinho.
– Mas você está aqui agora. Graças a você eu conseguir ser feliz de novo.- Ele me abraça mais forte e dá um beijo carinhoso na minha cabeça.
– Nós vamos conseguir, certo?- Pergunto.
– O que?-
– Ser felizes. Nós estamos fazendo a coisa certa, desafiando tudo e todos para ficarmos juntos, não é?-
– Nunca duvide disso. O amor sempre vale a pena, Angie.-


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Notas finais do capítulo

@Violeteros_BR beijos Mari



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