Passion escrita por Mari


Capítulo 29
Capítulo 25 - Oh não !


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu, boa leitura!



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Duas semanas se passaram. Vejo Cami todos os dias no colégio, mas ela não está realmente lá. Não, sua mente está com Jordan, que terminou com ela.
Tentei fazer ela conversar comigo mas não quis. Ela se afastou de mim e das outras meninas.
Eu também não estou muito melhor do que ela, foram duas longas semanas sem nenhuma noticia ou contato com German. E nem com Paul. Ele já está de volta as aulas, quem olha seu rosto não diz que ele apanhou, provavelmente ele está usando um pouco de maquiagem para esconder os vestígios que restaram daquela noite.
Na sala de aula e nos corredores, quando ele passa por mim, não me olha nos olhos. É como se eu não existisse, sei que ele está se preservando, preservando o seu coração, mas mesmo assim o meu lado egoísta gostaria que ele estivesse ao meu lado, preciso do meu amigo de volta.
Não consigo me concentrar em nada, meus pensamentos são todos para German. Nós vivemos uma paixão que durou algumas semanas apenas, mas foi o suficiente para se tornar algo grande, poderoso e com o poder de me machucar muito.
Não estou nem um pouco satisfeita com o jeito que nós terminamos. Por mensagem, pelo amor de Deus. Não devia ser assim.
Se ele não que mais nada comigo, ele tem que dizer me olhando na cara, olho no olho. Eu mereço pelo menos isso, nós merecemos.
Depois da aula, decido dar uma rápida fugida para ir até a casa de German. Estou com o coração apertado, uma sensação ruim no meu peito.
Quando chego a familiar casa, localizada em uma bairro simples, vejo o carro estacionado em frente a casa. Ele está lá dentro, espero que esteja sozinho.
Uma vez perguntei para German como ele se sustentava já que eu nunca o tinha ouvido falar sobre emprego, ele apenas disse que tinha um pouco de dinheiro guardado, não era muito mas ele conseguia sobreviver. Quando perguntei sobre o dinheiro, ele disse que era da sua família, quando perguntei da sua família ele apenas disse que não queria falar sobre isso. Ele estava se esquivando das minhas perguntas, apenas fornecendo poucas informações e nunca por iniciativa própria.
Parada em frente a porta da sua casa, com um espirito triste por não saber quase nada sobre a vida do homem que eu por quem estou apaixonada, respiro fundo.
Bato na madeira e espero.
Nada.
Bato de novo. Ainda nada.
Apuro a audição mas não ouço nenhum barulho vindo de dentro da casa.
Será que eu deveria entrar? Se ele está em casa e não atendeu a porta, então quer ficar sozinho. Ou talvez, ele saiba que sou eu e não quer atender.
Esse pensamento me deixa mais triste.
Suspiro e olho tristemente para a porta, dou meia volta e caminho para a rua. Paro e encaro o Mustang preto. Olho para o carro e depois para casa.
Decidida, caminho até a casa novamente e bato de novo, com mais força.
De novo, não obtenho nenhuma resposta.
Coloco a mão na maçaneta e forço, está destrancada. Entro cautelosamente e fecho a porta atrás de mim.
– German?- Chamo.
Todas as luzes estão apagadas e o silêncio que se faz na casa é assustador.
– German, sou eu, Angie.-
– German?-
Sinto uma sensação horrível, meu peito aperta e um desespero enlouquecedor me domina, não sei porque estou com o olhos cheios de água.
– German?- Chamo subindo as escadas, agora com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto.
Que sentimento ruim. Uma agonia que não me deixa. No segundo andar, vou direto para o quarto dele. O medo de abrir a porta e encontra-lo com outra quase me faz perder a coragem. Mas então, de novo, paro para escutar algum barulho que indique que ele possui companhia, mas não há nenhum som.
Respiro fundo e solto o ar lentamente, abro a porta e meu coração começa a bater a mil por hora. Meu estômago fica doente.
– German.- Grito e vou correndo até ele, que está desmaiado no chão.
Me ajoelho ao seu lado e seguro sua cabeça com as mãos.
– German, por favor fale comigo.- Grito.
Mal consigo enxergar por causa do grande fluxo de água saindo dos meus olhos.
Coloco meus dedos em seu pescoço para conferir a pulsação, não sinto nada.
– Oh meu Deus, não. Ele não.-
Pego rapidamente seu celular, que está em cima da cama e ligo para a emergência.
Grito desesperada para uma mulher que me pede calma pelo outro lado da linha.
– Ele não está respirando, você tem que mandar uma ambulância agora.-
– Não, eu não sei o que aconteceu. Eu o encontrei desmaiado.-
Ela me pede o endereço e diz que uma ambulância logo estará aqui.
Depois de longos dez minutos, escuto ao longe o som de sirenas.
Graças a Deus.
Mas ai me lembro que eu não deveria estar aqui, se os bombeiros chegarem e me encontrarem, vão haver muitas perguntas. Desço correndo as escadas e tropeço para fora da casa. Atravesso a rua e finjo andar despreocupada quando a ambulância para na frente da casa de German e dois paramédicos entram correndo pela porta.
Duas pessoas que passavam por ali, param e observam a movimentação.
Depois de uns minutos, eles saem carregando German em uma maca, um dos homens bombeando um estranho aparelho que está cobrindo sua boca e seu nariz.
Eles arrumam a maca dentro da ambulância, fecham as portas e saem em disparada.
Depois que eles já se foram, fico ali parada, no meio da calçada e em prantos. O som das sirenes ainda ecoando em meus ouvidos.
***


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Notas finais do capítulo

@Violeteros_BR beijos Mari



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