The Monster that lives in my head. escrita por Crazy Girl


Capítulo 5
Primeira aparição.


Notas iniciais do capítulo

Apareção fantasminhas! Boa leitura!
Campanha: #Faça uma pessoa feliz, comentem e recomendem!



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Depois de já ter jantado, eu estava na cama enrolada nos cobertores já pronta para dormir, quando escutei um barulho de portas lá embaixo, resolvi descer, olhei pra porta da sala e estava aberta, e o mesmo se aplica com a da cozinha.

Eu me lembro de te-la trancado, eu sei que tranquei, caminhei ate a porta da cozinha e a tranquei novamente, depois, fui na da sala e a tranquei, olhei pela janela e ele estava lá... pela primeira vez, vi aquela criatura sem face fora de meus sonhos.

Então... ele era real?

Eu acabei dando um grito, e pisquei varias vezes torcendo pra se apenas uma miragem, mas ele continuava lá, na floresta do lado de uma árvore, virado de frente para mim, meu coração acelerou e corri de volta pra cama. E assim que olhei pra janela do quarto, eu o vi.

–Me deixe em paz! -gritei chorando abraçada aos joelhos com as mãos nos ouvidos.

As luzes do meu quarto se apagaram, saí da cama quase caindo em cheio no chão, fui pro banheiro e tranquei a porta.

Me apoiando na porta do banheiro, escorregai até o chão sem olhar para o espelho com medo de o ver, abracei forte minhas pernas, e escutei barulho de trovoadas, comecei a chorar muito.

–Por quê eu? -Gritei chorando.

Demorou horas e horas pra tempestade acabar, me levantei do chão do banheiro, abri a porta, tentei acender a luz do quarto sem sucesso, caminhei lentamente até minha cama e deitei. E assim adormeci, sem luz, e com barulho de chuva.

No dia seguinte, acordei bem cedo, peguei um bloco de papel e um lápis e comecei desenhar aquela criatura. Não demorei a começar a dar forma aquele ser, era estranho, mesmo sem ter olhos eu sentia seu olhar queimar em mim, o desenhei de várias formas, apenas seu rosto, e seu corpo alongado por inteiro.

Não percebi que chorava até ver uma lágrima cair em cima de uma das folhas desenhadas. Guardei aquilo dentro de uma das gavetas, tomei um banho muito rápido, vesti uma calça jeans, blusa de frio e desci olhando diretamente para a porta, suspirei de alivio quando vi que estava fechada,tomei meu café, peguei meu livro e dirigi até livraria. eu sabia que tava bem cedo, mas eu queria sair um pouco de casa, dirigi rápido com medo de que aquele ''homem'' dos meus pesadelos aparecesse. Parei em frente a biblioteca e entrei.

– Bom dia Isabella- Edward estava atrás do balcão da recepção junto com a senhora de antes.

– Bom dia... Eu queria perguntar para vocês se... posso ficar por aqui hoje, não tenho nada pra fazer e... queria saber se posso ficar lendo algum livro em uma dessas mesinhas aqui.

– Claro que sim! Fique a vontade, aqui é um espaço publico para leitores -Disse a mulher.

– Obrigada. E... aqui está o livro. -Entreguei para ela.

– Ta bom e fique a vontade, se precisar de algo é só chamar.

–Obrigada.
Fui em direção a um dos computadores e me sentei na cadeira de frente, abri o Google e escrevi.

'Seres sobrenaturais existem?"

Apareceu milhares de resultados mais em sua maioria, livros, filmes, lendas e mitos. Depois, apaguei o que tinha escrito, e coloquei "Livro sobre criatura de corpo alongado e sem face", e apareceu 'Nenhum resultado encontrado'.

Mas ele existe! Eu o vi!

Me levantei da cadeira com raiva peguei um livro de comédia e sentei em uma das mesas. A mulher da recepção saiu de lá praticamente correndo, nem deu tempo de perguntar o que aconteceu.

Me levantei da cadeira, coloquei o livro no seu lugar, minha cabeça começou a doer, e de repente parecia que eu não estava mais em uma biblioteca, o cenário que eu via, era apenas árvores,tentei correr mais esbarrei em uma arvore caindo no chão.

Eu o vi bem atrás de mim, voltei a correr com lágrimas escorrendo e bati o rosto em algum lugar, que começou a sangrar na hora. Senti alguma coisa tocando meus braços, gritei o mais alto que pude, me jogando com toda força no chão, correndo novamente, quando não havia mais saída, o vi na minha frente, não tinha como correr, fiquei chorando e gritando, a ponto de sentir falta de ar, eu tentava puxar com toda força, mas não vinha e de repente.. tudo ficou escuro.

...

Abri meus olhos devagar,observando o local, eu estava na biblioteca, estava tudo estranho, livros no chão, cadeiras fora do lugar e Edward na minha frente.

–Você tá bem? -Edward ainda me segurava, sentado no chão comigo no colo. Não consegui dizer nada e comecei a chorar.

–Ei... por quê está chorando?

– Eu que fiz isso? -Olhei ao redor da biblioteca toda bagunçada.

–É foi! Por quê você estava correndo e chorando, como se algo te atormentasse?

– Eu estava em uma floresta.- Continuei a chorar- Eu não estava aqui.-Coloquei a mão na minha testa que tava cheia de sangue.

– Você não saiu daqui, eu tenho certeza, eu estava na porta ouvi o barulho e vim ver o que aconteceu.-Fiquei calada apenas me lembrando de tudo, me levantei de seu colo.

– Onde fica o banheiro?

– É a primeira porta depois dos computadores.

–Obrigada.

Andei até o banheiro, entrei, fechei a porta, e me assustei quando me olhei no espelho, minha testa tinha um roxo enorme e doía, minha bochecha tinha um arranhado e saía sangue.

Peguei água na minha mão e joguei no rosto, limpando os ferimentos, enxuguei com uma toalhinha, eu já estava com olheiras e ainda com aquelas marcas no rosto, fiquei horrível!

A parte de dentro da minha mão estava toda esfolada e doía também. Fiz minhas necessidades e saí do banheiro, andei até onde Edward estava sentado com uma maleta de prontos socorros na mão.

– Isso já aconteceu antes? -ele passa um liquido amarelo no algodão.

–Desse jeito não. -Falei com a voz baixa.

– Quer me contar o quê está acontecendo?

–Não vai acreditar em mim.

–Posso tentar. -Ele olhou pra mim, passando o algodão nos meus ferimentos.

– É melhor esquecermos isso. Vou te ajudar a limpar essa bagunça.

–Relaxa... Rapidinho eu termino.

– Eu faço questão.

Andei até um canto, juntei os livros e coloquei no lugar certo,arrumei as cadeiras que estavam fora do lugar e algumas caídas. Até Edward andar até mim.

–Acabamos.

–Desculpe Edward, por tudo.

– Tá tudo bem, pelo menos você não se machucou grave.

– É... Não se preocupe comigo. Vou almoçar agora.

–Tá bom, volte quando quiser.

– Obrigada.

Saí de lá,peguei meu carro e parei de frente a um restaurante mais próximo, entrei em um, olhando para todos os lados, fiz meu prato, peguei um suco de lata e sentei numa mesa isolada.

Olhando atentamente para o meu prato eu comecei a comer,enquanto eu colocava garfadas na boca, senti uma lágrima descendo por minha bochecha, limpei-a rapidamente antes que me vissem e ficassem mandando olhares de pena.

Assim que terminei de comer, fui ao caixa, paguei e fui direto para meu carro, entrei dentro dele e fiquei pensando para onde eu iria, não queria voltar para casa então resolvi dar uma volta pela região.

Pensei em ir ao cinema na sessão da tarde, ver algum desenho, mas eu desisti, se eu desse a louca dentro do cinema iriam me expulsar e me levar no hospício,a minha última opção era voltar pra casa, mas eu não queria, e também não tinha vontade de encarar Edward depois daquilo, dirigi até minha casa na menor velocidade possível.

Depois de demorar mais que o normal, parei em frente a porta de casa, dessa vez, entrei para dentro de casa sem ao menos olhar para o lado.

Subi as escadas quase correndo e me tranquei no quarto, assim que olhei pra cama, meus desenhos que eu havia feito de manhã estavam lá em cima.

– Se eu soubesse pelo menos o seu nome... -Falei baixo e encarei os desenhos segurando a súbita vontade que senti de chorar.


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