Just Don´t Care Anymore escrita por Zuzu Lollita
Notas iniciais do capítulo
Espero que vos agrade
–Depende. Isso interessa-te? _ Revirei os olhos.
– Se estou a perguntar é porque me interessa não é? _ Ele pegou no pano com o qual limpava os copos e atirou-o para trás das costas.
– Não sei. Imaginava que riquinhas como tu não precisavam de trabalhar. O papá deserdou-vos foi? _ Ele deu um sorriso encantador mas de veras irritante. Preparava-me para relutar.
– Ele não nos deserdou _ Lisanna bufou antes que eu pudesse dizer algo. _ é um estupido de um castigo.
Olhei Lisanna com ar de reprovação. O facto de termos sido castigadas não devia chegar aos ouvidos de ninguém, pois dai podia partir para a imprensa.
– Um castigo hunm! _ Ele arqueou a sobrancelha. _ Pois só podia. De que outra maneira alguma de vocês algum dia iria trabalhar na vida! _ Estava realmente a ficar irritada. _ Então suponho que queiram concorrer as duas ao cargo!
– Eu não. _ Lisanna apressou-se a dizer. Eu olhei-a , desta vez de frente e arquei as sobrancelhas _ Não faças essa cara Lu. Eu recuso-me a trabalhar numa loja simplória como esta. Ouvi dizer que á uma Chanel no centro comercial perto do nosso apartamento. Vou lá amanha depois das aulas.
– Tens a certeza Lisanna _ Eu estava, sim, a ficar preocupada. Lisanna nunca se deu bem com o trabalho e, ir logo trabalhar numa loja de tamanha categoria, preocupa-me.
– Claro. Já pensei em tudo. Achas que á muita gente com dinheiro suficiente para ir á Chanel frequentemente? Não deve ter muitos clientes. Alem disso, é só dizer o meu segundo nome e sou logo admitida _ Suspirei e ouvi um riso calmo.
– As coisas são tão fáceis para vocês! _ Ele pousou o copo que tinha na mão e debruçou-se no balcão. _ Mas não sei se este trabalho é bom para ti loira. É melhor ires com a tua irmã para a Prainha e experimentares mesmo numa loja para riquinhos mimados como tu. _ Olho para trás e vejo Lisanna a dirigir-se para a areia pronta a estender a toalha.
– Eu pareço-te mimada? _ A irritação era provavelmente visível no meu tom de voz.
– Não é por nada, mas ninguém chega a um café duma aldeia e pede uma Meia de Leite. _ Grunhi umas palavras inaudíveis e ele riu-se.
– E se me dissesses se estão a recrutar ao não? _ Ele virou-se para a banca da loiça e começou a limpar.
– Não viste o cartaz? Não chega para responder ás tuas questões? _ Desta vez o seu tom de voz não era tão amigável. Suspirei.
– Então candidato-me. Suponho que me queiras fazer uma entrevista _ Ele não se virou de volta para mim
– Eu não. Pede ao chefe.
– E onde está o chefe? _ Ele virou-se finalmente.
– Deve estar a chegar. _ Ele grunhiu. _ Desiste Riquinha. Ele não te vai dar o emprego.
– Porque dizes isso? _ Ele bufou.
– Porque tu estás habituada a ser servida e não a servir, ou estou errado? _ Não. Neste facto ele não está errado. _ Aqui nós temos de servir os outros e trata-los com dignidade, e não como se fossem gente do povo e tu a rainha. Achas que consegues fazer isso?
– Quem é que pensas que eu sou? Só porque tenho algum dinheiro não quer dizer que não seja igual ás outras pessoas e as respeite _ Ele já não sorria mais.
– Sem querer ofender _ começou. _ As outras pessoas não costumam ser convidadas para tomar chá com o presidente ou ter dinheiros suficiente para pagar pelas roupas caras que tu usas. Por isso não, não acho que sejas igual ás outras pessoas. Acho que á alguém no mundo que necessita mais deste trabalho do que tu…
– Que se passa aqui Natsu? _ Um outro adolescente de cabelos azuis e tatuagem no olho entrou dentro da pequena barraca. O nome do rosinha era Natsu. Nome mais parvo!_ Não te pago para discutir com os clientes.
– Pois não. Pagas-me para atrair as miúdas. _ O azulado riu-se e olhou para mim espantado. O rosado bufou quando percebeu e saiu.
– Boa tarde. Lamento imenso o mau humor do meu colega, menina Heartfilia. _ Olhei para ele atentamente e o mesmo engoliu em seco.
– É o dono do estabelecimento? _ Ele tremeu.
– S-sim. Sou sim. _ Deve pensar que eu vou apresentar alguma queixa contra ele. Sorriu e ele parece acalmar-se um pouco.
– Eu gostava de concorrer ao lugar no bar. _ Ele olhou para mim surpreso e depois sorriu.
– Concorrer? Se quiser o lugar é seu. Sou Jellal Fernandes. _ Estendeu a mão e eu apertei-a
– Sério? _ Claro que é sério. De certo que eu vou atrair muitos clientes só por ser quem sou, e amanha o facto de eu estar aqui vai obviamente estar na capa de alguma revista dando popularidade ao lugar. _ É que eu não entendo muito de cafés.
– Não á problema. NATSU! _ o rosinha apareceu no bar. _ Vai instruir a menina Heartfilia…
– Chame-me Lucy.
– Certo. A menina Lucy a partir de agora é a nova empregada. _ Ele olhou-me com odio e eu apenas sorri triunfante _ Vais ter de a ajudar a adaptar-se
– COMO ASSIM AJUDA-LA? _ Eu também não gostei muito da ideia. Jellal ignorou.
– Começa amanha menina Lucy. Penso que depois das aulas esta bem? Isto é, você tem aulas né? _ Ouvi Natsu soltar um duvido e eu revirei os olhos.
– Sim. Depois das aulas está ótimo. _ Tirei o dinheiro para pagar o café que já tinha bebido mas Jellal riu.
– É por conta da casa. _ Natsu olhou-me ainda mais furioso.
– Não. Não quero chatear mais ali o rosinha. _ Deixei o dinheiro em cima da banca e continuei para a praia onde estendi o páreo ao lado de Lisanna.
– Então? Como foi? _ Suspirei pesadamente.
– Assim que o dono me conheceu ofereceu-me logo o lugar. Nem tive de fazer nada. _ Lis riu alto.
– Como era de prever. Amanha vens comigo ver do meu emprego? _ Olhei-a de lago e abanei a cabeça.
– Não dá. Começo logo a trabalhar depois das aulas. _ Ela olhou-me incrédula.
– Já! _ Ri-me. Lisanna provavelmente seria obrigada a começar a trabalhar no mesmo dia em que pedisse o emprego. A Chanel é muito dura com as regras.
– Vou ver o mar. Queres vir? _ Ela abanou a cabeça em sinal de discordância.
– Não. Quero trabalhar para o bronze. _ Voltou-se a deitar e eu levantei-me e segui para a beira mar. Assim que senti a água gelada nos pés senti-me de súbdito relaxada. Não sei quanto tempo fiquei ali.
Só sei que Lisanna teve de me vir chamar para irmos para casa.
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