Grants: Em Busca Da Cantloppy - Interativa escrita por Mystic, Sr Saturno


Capítulo 2
Pedra Bonita, Mas Sem valor!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui teremos uma introdução importante na história. Boa Leitura!



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Os sussurros do vento que ecoavam no campo deserto, se assemelhavam com um canto triste da noite. Aquele som poderia fazer qualquer pessoa comum...se arrepiar, e querer voltar para a segurança de seu lar. Mas Dredzel não era um cara comum e nem tinha um lar.

Vagar por lugares inabitados já era algum comum pra ele. Sendo um Grant Mistc, evitava sempre que podia uma briga com os humanos. Não era medo de ser derrotado, Dredzel sabia que venceria facilmente.

Ele tinha poderes, dentre eles: liberava uma descarga elétrica, que poderia fazer alguém ficar inconsciente ou levar essa pessoa a morte; telepatia, ele podia saber os movimentos do seu adversário antes mesmo dele se mover.

Dredzel andava sem destino algum, e não percebia ao certo para onde ia. Mas suas pernas traçavam um caminho sem problema algum. Ao longe viu um brilho opaco, para olhos humanos não seria possível ver, mas como um Grant ele enxergava normalmente durante a noite, possuía olhos negros com pupilas vermelhas, uma marca de que ele era diferente.

– É apenas uma pedra. - Murmurou para o vento, ao aproximar-se do lugar onde vira o brilho.

Ele estreitou os olhos encarando a pedra por alguns segundos, ela era do tamanho da palma de sua mão, e logo compreensão chegou a seus pensamentos. Olhou em direção a cidade, lembrando que algumas semanas atrás estava na torre abandonada, de onde viu uma faixa de luz corta o céu.

Um meteorito pensou.

A pedra cinza esverdeada se encontrava ao lado de uma pequena cratera, que tinha sido causada por sua queda. Algo poderia ter a retirado dali , do fundo daquele buraco, mas o que? Ele não sabia.

–=-

Morar em lugar afastado da cidade não era comum, mas Joseph Graysan morava. Ele e sua filha de catorze anos, Zyra Graysan. A esposa morreu no parto, e Joseph cuida da filha desde então.

A casa era simples, mas não era por falta de dinheiro, isso tinha e muito. Era por segurança, sendo um lugar simples ninguém tentaria nada. A pequena casa estava em profundo silêncio, quando ressoaram batidas na porta.

Joseph acordou assustado, olhou em volta procurando algo. Estalou os dedos e as luzes acenderam. Encarou o relógio, eram 2:31 da madrugada.

Quem poderia ser? Se perguntou mentalmente.

Pegou uma pistola dentro de uma gaveta, e foi abrir a porta, pois as batidas ainda não haviam cessado. Apertou um botão na arma apontando para a porta, girou a maçaneta e...ouviu risos.

– Desculpa, Graysan. - Pediu Dredzel ainda rindo.

Joseph acenou com a cabeça em sinal de negação. Ele poderia ter atirado em Dredzel, e o garoto continuava rindo.

– Acha que funcionaria contra um Grant? - O garoto questionou ainda rindo, apontando para a arma.

– Sim, dispararia um dardo que o deixaria paralisado. - Explicou.

– Sabe que estaria morto antes do disparo acerta o alvo. - Dredzel afirmava com convicção.

– Mas a Zyra teria tempo de fugir.

– Entendido, vamos aos assuntos sérios. - Disse com um sorriso.

– Entre Dredzel. - O garoto ainda estava na porta.

Seguiu direto para o sofá onde se sentou confortavelmente.

Observou todos os detalhes da casa com curiosidade. Dredzel sempre imaginou a casa do famoso cientista Joseph Graysan muito diferente desta, e talvez fosse, já que nunca viu a casa da cidade.

– Então porque a visita noturna? - Indagou o cientista.

– Sabe como a vida de um Grant é difícil. Vim pedir asilo, e tenho um presentinho em troca. - O garoto mostrou a pedra cinza esverdeada pro cientista. O homem riu.

– Pedra bonita, mas não sem valor.

– Tem certeza? - Dredzel sorriu maliciosamente. - Estava no lugar onde caiu o meteorito caiu.

Joseph ficou sério. Se aproximou analisando a pedra. Agora de perto podia se ver que não era uma pedra comum. Chamou Dredzel com a mão, e seguiu para um corredor. De frente tinha uma porta que ao abrir revelou uma escada que descia.

O cientista estalou os dedos, luzes em cada canto daquela sala subterrânea, acenderam. Ele apontou para uma mesa onde o Grant pôs a pedra. O doutor Graysan levou um microscópio até a mesa.

Com o microscópio ele detectou um monte de células agrupadas em um ponto fixo, o centro da pedra. Deveria perfurá-la para saber mais, no incio foi um trabalho árduo, mas aos poucos conseguiu trincar a pedra.

Essa foi a engrenagem para uma rachadura prosseguir em linha reta, formando uma volta na pedra. No interior se podia ver uma pedra verde água, brilhava muito. Dredzel e Joseph aproximaram-se curiosos, o segundo, pegou a pedra que estava quente.

A pedra solta uma onda nuclear, e ao mesmo tempo um raio azul. Ambos, cientista e Grant caem desmaidos. A vibração que atinge a casa, acorda a Zyra, em um sobressalto ela se põe de pé. As luzes do laboratório acesas, mostram o caminho para onde ela deve ir.

Lágrimas surgem em seus olhos ao ver o pai e seu amigo, caídos no chão desfalecidos. Rapidamente a jovem se lança ao pai, sacudindo ele na esperança de não estar morto.

– Pai? - Chama enquanto tenta acordá-lo. Leva alguns minutos para se ver resultados. - Pai! - Ela diz calmamente enquanto ele fracamente tenta abrir os olhos.

– Filha. - Murmura enquanto olha em volta, seus olhos param no Grant. - Dredzel, ajude-o.

Zyra ajuda o pai a sentar, e logo vai ajudar o amigo. Ela chama docemente.

– Dredzel?! - Ele reagi mais rápido que o pai da jovem. Aos poucos ele abre os olhos.

A garota arfa em surpresa, seus olhos negros com pupilas vermelhas, dão lugar à olhos azuis iguais aos dos humanos.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que leram! Ah..ainda há vagas.