Camp Half-Blood ~ Fic Interativa escrita por Little Avenger


Capítulo 23
Capítulo XXII — Amberly


Notas iniciais do capítulo

4 dias sem capítulo novo, me desculpem! Eu estava enrolada com algumas coisas. Esse ficou meio grande, me empolguei um pouco... Aproveitem e LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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“Quem somos não é como vivemos. Somos mais que nossos corpos.” Black Veil Brides.

— O que diabos vocês estão fazendo? — Perguntei incrédula.

Encarei os filhos de Hécate e Hefesto trabalhando juntos nas forjas. Aquilo era MUITO esquisito. Todos pararam o que estavam fazendo só para me fitar e eles não pareciam estar gostando muito da minha presença ali.

— Quem deixou essa filha de Perséfone entrar? — Um dos filhos de Hefesto perguntou.

Encarei Leo com as mãos na cintura, era ele que tinha me trazido ali com a desculpa de precisar de ajuda com a “minha intuição feminina” numa arma. Eu aceitei, é claro. Havia rumores no acampamento de que os filhos de Hefesto estavam se trancando nas suas forjas para criarem armas para os semideuses, armas diferentes. Agora eu entendia o que as pessoas estavam querendo dizer com “armas diferentes”.

— Vocês estão enfeitiçando as armas? — Perguntei, agora curiosa.

— Leo, qual a parte de “NÃO TRAZER NINGUÉM ALÉM DE FILHOS DE HÉCATE AQUI” você não entendeu? — Kate, uma filha de Hefesto perguntou.

— Ela veio me ajudar com um projeto, relaxem — Leo disse e revirou os olhos.

Logo depois fui puxada por entre as mesas das forjas, Leo me arrastou até o fim da sala que estava me fazendo soar que nem uma porca. As pessoas que antes estavam zangadas com a minha presença resolveram me ignorar e voltar ao trabalho, de qualquer forma elas confiavam em Leo Valdez.

— Você não quer somente minha intuição feminina, não é? — Perguntei a Leo enquanto arqueava uma das sobrancelhas.

— Ah não... — Ele soltou uma risadinha nervosa. — Preciso da sua magia natural de filha de Perséfone.

Olhei para Leo como se ele fosse algum tipo de E.T., ele devia saber que minha magia natural de filha de Perséfone não iria adiantar de nada ali.

— Explica isso direito porque eu ainda não to entendendo — Pedi.

— Olha, eu estou criando um arco e algumas flechas — Leo começou a explicar meio a contra gosto. — Eu pedi a alguns filhos de Hécate que usassem sua magia para fazer um suporte que criasse flechas infinitas, mas eu quero mais que isso, entendeu?

— Não — Resmunguei.

— Você é um pouco lerda, não? — Leo bufou e eu bufei junto, mas resolvi que não valia a pena brigar com ele. — Quero criar flechas mágicas de todos os tipos e preciso de um pouco da sua magia também.

— Agora entendi — Sorri maliciosamente. — Vou te ajudar — Concordei enquanto limpava um pouco do suor que escorria pela minha testa. Até que as ideias dele não eram tão inúteis.

[...]

Eu me sentia exausta e se fosse forçada a enfeitiçar mais uma flecha iria acabar desmaiando. Por sorte Leo me liberou, saí das forjas e do chalé de Hefesto massageando as têmporas, minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento.

— O que você estava fazendo no chalé de Hefesto?

Virei para trás com o coração na boca. Encarei Effy com as mãos sobre o coração e respirei profundamente duas vezes para me recuperar do susto.

— Ta querendo me matar do coração, é? — Perguntei.

— Ah não — Ela sorriu falso. — Só quero saber o que estava fazendo no chalé de Hefesto.

Encarei Effy com um sorriso irônico nos lábios. Era cômico o modo com que as pessoas achavam que podiam me mandar, me forçar a dizer ou fazer algo.

— Eu acho que isso não te interessa — Cantarolei enquanto me afastava dela, eu ainda precisava de uma boa noite de sono.

[...]

Acordei com batidas desesperadas na porta do meu chalé. Resmunguei coisas desconexas enquanto me levantava da cama sem vontade nenhuma. Certas pessoas deviam saber o significado de “Não incomode” que estava gravado na porta do meu chalé.

— O que você quer? — Perguntei para o ser enquanto abria a porta com certa violência.

Ali na minha frente se encontrava Arianne, uma das filhas de Poseidon e ela não estava com uma cara muito boa. Não era muita novidade, Arianne tinha se tornado meio amarga depois da morte de Nicoly, coisa que eu não entendia nem um pouco já que pelo o que eu sabia Nicoly e ela gostavam de Nico, mas diferente de Nicoly que só gostava de Nico, Arianne tinha Hunter também e acho que isso facilitou um pouco para que Arianne tomasse a decisão de desistir de Nico por Nicoly.

— Eu... — Arianne soltou um suspiro cansado e coçou os olhos, tinham olheiras enormes e roxas abaixo deles. — Preciso da sua ajuda.

Fiquei meio surpresa. As pessoas não costumavam pedir a minha ajuda, para a maioria das pessoas eu era tão inútil quanto uma filha de Afrodite. Erro deles, é claro. Eu podia ser tão perigosa e sedenta de sangue quanto um filho dos três grande ou de Ares.

— Tudo bem, pode entrar — Me afastei um pouco para que a morena passasse e agradeci mentalmente pelo chalé estar vazio.

Fechei a porta e sentei em meu beliche, dei batidinhas no espaço ao meu lado para que Arianne sentasse e foi exatamente o que ela fez.

— E então... Para que precisa da minha ajuda? — Perguntei com uma pontinha de curiosidade.

— Quíron quer que eu lidere uma missão — Arianne resmungou. — Mas eu não estou em estado perfeito, mesmo eu não sendo filha de Hades ou de qualquer deus ligado a morte... Todas as mortes de semideuses que aconteceram durante as missões estão mexendo comigo e eu não faço a mínima ideia do que possa estar causando isso.

Franzi a testa enquanto a encarava meio pensativa. De fato, ela tinha mudado um pouco depois das mortes, elas tinham mexido mais com Arianne do que com qualquer outro semideus que as presenciou.

— E o onde é que eu entro nisso? E de que missão estamos falando? — Tentei desviar o assunto da sanidade dela.

Eu era péssima com conselhos e pior ainda se tratando de uma adolescente que estava sendo perturbada pela morte de amigos recentes.

— Os filhos de Hefesto e Hécate estão criando armas, não estão? — Ela me perguntou, ignorando totalmente minhas perguntas anteriores.

— Estão sim, eles disseram que é uma ajuda... Os filhos de Hefesto criam as armas e os de Hécate dão o toque final com magia — Expliquei.

— Temos que treinar alguns semideuses — Ela disse. — Mas todos concordam que treiná-los aqui no acampamento protegido de monstros não é uma boa ideia e... Bem, eu pensei numa coisa.

— Que coisa? — Perguntei, agora cruzando as pernas na cama para ficar mais confortável.

— A única maneira de se aprender bem uma coisa é na prática e não seria bom levar um grupo de semideuses para enfrentar monstros lá fora onde os monstros estão a solta?

Absorvi as palavras dela com um pouco de cautela. A lógica de Arianne fazia sentido, mas era perigosa, muito perigosa. Muitos semideuses juntos poderiam chamar a atenção de milhares de monstros e eu não sabia se um pequeno grupo e ainda mais um grupo de semideuses novatos daria conta deles.

— Não sei não, essa ideia é meio perigosa — Fiz uma careta enquanto falava. Eu não costumava fugir dessas coisas.

— Os que eu estou pensando em levar vão ganhar novas armas e vai ter um filho de Hécate no meio para fazer algum tipo de magia que camufle nosso cheiro — Arianne disse.

Assenti, ainda pensando sobre a ideia. Se ela estava me falando aquilo é porque queria a minha ajuda. Eu não era uma semideusa novata e estava no equivalente ao nível 26, o que era bem alto, mas não tão alto comparado ao de Arianne, Leo, Nico, Annabeth, Percy e mais alguns ali.

— Ok, eu vou te ajudar — Me rendi e vi a sombra de um sorriso se formar nos lábios de Arianne. — Quem você está pensando em levar?

— Estou pensando em levar Anna Snowflake, Jhonny West, Allan Walker, Jhonny Lewis, Valerie Penderghast, Silena Spiegelman, Peter Rover, Amanda Leroy e o Hunter para ajudar com a mágica.

Ouvir o nome de todos aqueles semideuses me deixou meio atordoada. Eram 8 semideuses para treinar e só 3 pra cuidar dele, nada legal.

— Precisa levar todos? Porque não leva alguns, passa uma semana com eles no treinamento e depois vem deixar eles e leva os outros? — Perguntei.

— Porque não temos tempo, uma guerra vem aí e precisamos de semideuses preparados e seria muito bom que alguns deles ganhassem a benção de algum deus também, mas eles só dão bençãos ao semideuses mais fortes — Arianne disse enquanto se levantava.

— Tudo bem, eu vou te ajudar — Disse enquanto me levantava também.

— Ótimo, pedi sua ajuda porque os outros estão ocupados demais com outras coisas e você é uma das mais fortes aqui — Ela disse com um sorriso amigável nos lábios. — Vamos partir amanhã assim que o sol nascer, pegue uma arma com os filhos de Hefesto, eu já consegui permissão para isso.

Arianne caminhou até a porta e a abriu, segui ela e fiquei no batente da porta observando enquanto ela se afastava mais e mais do meu chalé. Ela conseguia ser mais maluca que qualquer um que eu tinha conhecido ali. Mas era muito corajosa também.

[...]

3 dia depois...

O Suor escorria pelas minhas costas fazendo com que a camisa grudasse nela, aquilo estava começando a me irritar. Eu precisava de um banho e não estava nem no começo do treinamento. Encarei o filho de Nike a minha frente, me sentia impaciente. O garoto podia ter uma determinação do capiroto, mas ele era justo demais e hesitava demais.

— Se continuar assim não vai durar dois dias numa batalha — Resmunguei.

— Cale a boca! — Ele resmungou de volta.

— Olha o respeito, moleque — Falei. — Eu estou tentando te ajudar e você me manda calar a boca?

— Ajudar? Eu quase morri por sua causa! — Ralhou, agora se virando para me fitar.

— Mas não morreu, okay? — Revirei os olhos. — Você precisa aprender que não vai ter sempre alguém para te ajudar, tem que aprender a se virar sozinho.

— Okay, eu já entendi — Ele levantou as mãos em sinal de rendição e eu sorri, satisfeita comigo mesma. — Vamos acabar logo com isso.

Saímos de trás da loja de conveniência abandonada e encaramos os dois cães infernais sedentos de sangue que nos esperavam.

— Vou te ajudar dessa vez — Falei enquanto preparava a minha arma. — Um pra cada.

Para mim as coisas eram mais fáceis, eu usava arco e flecha e minha precisão com ele era ótima. Tirei uma flecha de bronze celestial da aljava, ajeitei ela no arco, mirei e atirei no cão que corria em minha direção. A flecha pegou bem na testa do cão e ele explodiu em pó dourado. Sorri satisfeita e me afastei para assistir a batalha de Jhonny. Vi ele acionar seu relógio e uma espada de bronze celestial com asas no cabo apareceu em suas mãos, sorri ao ver as espada. Ela tinha sido modificada por Hunter e era meio mágica, ela podia voar de qualquer lugar para a mão de seu dono por causa das asas e sua lâmina, além de ser de bronze celestial, ela continha um veneno fatal.

Jhonny era rápido com a espada, mas o cão também era e como eu disse: Jhonny hesitava. Ele tinha receio em matar animais, mesmo que esses mesmos animais quisessem te matar e essa era a sua fraqueza. Arianne tinha me mandado para treinar ele algumas horas atrás, tínhamos descoberto sua fraqueza numa luta que tivemos com uns coelhos mágicos esquisitos assim que saímos do acampamento para irmos nos instalar num apartamento alugado que seria bancado pela mãe de Arianne.

O cão pulou em cima de Jhonny e eu fiquei alerta, pronta para interferir caso algo desse errado, mas não foi preciso. Vi de relance Jhonny enfiar a espada nas entranha do cão, o que fez ele explodir em pó dourado logo em seguida. Jhonny se levantou do chão e veio em minha direção limpando suas roupas, que estavam meio rasgadas e cheias de pó de monstro.

— Vamos embora, já deu por hoje — Murmurei.

Puxei Jhonny pelo braço e comecei a andar o mais rápido que podia. O ruim de treinar com monstros fora do acampamento era que você tinha que ser rápido, o jogo ali era matar e se mandar. E era assim que estávamos nos mantendo vivos por ali, saíamos para treinar e logo depois voltamos para o apartamento protegido pela magia de Hunter. Eu acho que poderia sobreviver com mais algum tempo ali.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
O próximo será narrado pelo Jhonny Lewis.
Gente, esse é o último capítulo que vou postar antes do natal, so... MERRY CHRISTMAS PRA VOCÊS, MEUS AMORES!
Que vocês tenham uma Seia de natal linda, maravilhosa e que aproveitem bem a comida e engordem uns quilos -q (E QUE GANHEM MUITOS LIVROS DE PRESENTE o/)
E se livrem das tias chatas que ficam perguntando "E os (as) namoradinhos (as)?" - só eu sofro com isso? -.
Trago um capítulo novo depois do Natal, okay? Okay. Não sei o dia certo, mas será depois do Natal e antes do ano novo.
Até o próximo, bolinhos ;*