Camp Half-Blood ~ Fic Interativa escrita por Little Avenger


Capítulo 14
Capítulo XIII — Raecius


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores! Me desculpem, eu disse que ia postar os três capítulos ontem e não postei, culpa do meu primo que pegou o computador antes de eu terminar, mas... Aqui está o do Raecius! Leiam as notas finais e boa leitura :3



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"E se você pudesse ver meu lado obscuro?" — Three Days Grace

— ELES CHEGARAM, ELES CHEGARAM! — Ouvi alguém gritar, levantei meu rosto e vi que 8 semideuses se aproximavam do acampamento.

Pulei do galho em que eu me encontrava no pinheiro de Thalia. Os 8 semideuses atravessaram as barreiras e eu soltei um suspiro de alívio ao ver que eram Arianne, Hunter, Nico, Amberly, Johnny e mais três que eu não reconheci, mas estava faltando uma. Pelo o que eu sabia, Nicoly também tinha ido com eles e ela não estava ali...

— Vocês estão bem? — Perguntei enquanto me aproximava deles.

Percebi que Arianne e Amber estavam com os olhos vermelhos e inchados, as duas se afastaram logo depois da minha pergunta. Me virei para Hunter e Nico, ignorando completamente os outros que estavam do lado dele.

— O que aconteceu? Cadê a Nicoly? — Comecei com o interrogatório e vi a dor passar pelos olhos de Nico.

— Nicoly morreu — Hunter respondeu rapidamente.

— Venham Anna, Alan e Johnny, vou mostrar o acampamento para vocês — O Johnny filho de Niké falou e os que ele tinha chamado seguiram ele.

Nico saiu logo depois e Hunter ficou, Hunter me analizou e soltou um suspiro.

— Ela morreu pra salvar o Nico — Hunter disse finalmente e eu assenti, fazia sentido. Nicoly era louca por Nico.

Caminhei para longe das barreiras, um dos meus irmãos tinha assumido a liderança da nova ronda. Andei por alguns minutos até que fui parar na praia, vi que tinha uma menina ali.

Era uma das garotas que tinha chegado com Arianne, Nico e Hunter, me lembrava dela por causa de seus cabelos loiros e olhos verdes frios. Me aproximei da garota e sentei ao seu lado.

— Aproveitando a brisa? — Perguntei com um sorriso zombeteiro nos lábios.

— Na verdade não, eu odeio sol, praia, calor e essas coisas — A garota falou, sua voz era suave e gélida ao mesmo tempo.

— Então o que faz aqui? — Perguntei meio confuso, a garota se virou e me encarou meio séria.

— Não te interessa, Raecius — Ela murmurou e se levantou, como ela sabia meu nome? Aquilo era muito esquisisto.

— Como você sabe o meu nome? — Perguntei antes que ela sumisse da minha vista.

— Eu sei de coisas que você nem poderia imaginar — Ela disse.

Seria bom se eu soubesse o nome dela.

— Meu nome é Anna, só pra você saber — Ela gritou de longe antes de sumir completamente do meu campo de visão.

Que garota esquisita.

[...]

A trombeta que indicava o almoço soou e eu soltei um suspiro de alívio. Estava completamente exausto, tinha começado a usar a ronda para me distrair dos pesadelos, mas isso também limitava minhas noites de sono e como resultado eu estava com a aparência de um Zumbi.

Estava começando a ficar mais explosivo, estressado e isso me deixava meio assustado, estava com medo de não conseguir controlar minhas emoções e acabar deixando a raiva tomar conta de mim.

Eu me lembrava muito bem do que eu tinha feito com meu padrasto e de como eu tinha conseguido deixar minha raiva fluir naquele dia, de como meus olhos tinham ganhado a cor vermelha, as imagens daquele dia me torturavam e eu não sabia o que fazer para parar.

Me encaminhei para o pavilhão do refeitório, enchi minha bandeja de comida, passei pela fogueira e joguei um pequeno pedaço de carne lá em oferenda ao meu pai. Mesmo que eu não gostasse dele, não fazer a oferenda era um insulto e da primeira vez que eu tinha me recusado a jogar um pouco da minha comida na fogueira meus irmãos tinham tratado de me deixar mais mal do que eu me sentia.

A única que tinha me ajudado no final era Clarissa, ela era a única de todos os meus irmãos que eu pelo menos, aturava. Me sentei a mesa aguentando os sussurros e burburinhos em direção a mim, eu tinha aprendido a ignorar com o tempo. Parecia impossível para todos eles entender que eu NÃO GOSTAVA de matar, bater ou brigar sem que fosse com algum monstro.

"Você vai mudar e espero que isso não te destrua. Você tem potencial, Raecius", ouvi uma voz em minha mente, eu sabia que era dele e eu odiava quando ele aparecia com essas frases idiotas.

Terminei a comida o mais rápido que pude e me dirigi para fora do refeitório.

— Raecius, espera! — Ouvi alguém falar atrás de mim e quase automaticamente, me virei para ver quem era, dei um pequeno sorriso ao ver que era Clarissa.

— Não ligue para o que eles dizem, a maioria dos nossos irmãos é movido pela raiva e acho que você sabe como isso é ruim — Ela soltou um suspiro. — Vá descansar, você não tem dormido direito e vejo que anda meio estressado — Ela continuou e sorriu.

Me senti meio esquisito, eu não estava acostumado com as pessoas cuidando de mim, mas de uma certa forma era bom. Saí de perto de Clarissa sem falar nada, eu não queria dormir, precisava me distrair.

Um sorriso malicioso se formou em meus lábios, sabia do que precisava.

[...]

— Você tem que parar de me procurar, Raecius, esse relacionamento não é nada saudável — Ouvi Lilian murmurar atrás de mim e soltei um suspiro cansado enquanto terminava de colocar a minha roupa. Teria que arrumar outra garota para me distrair.

Me virei para Lily e a encarei, ela estava de braços cruzados e com a testa franzida. Caminhei até ela e depositei um beijo em sua testa.

— Tudo bem, Lily, não vou te procurar mais — Sussurrei e logo em seguida caminhei para fora do chalé de Afrodite.

Minha sorte era que todos estavam concentrados nos treinos, até os filhos de Afrodite, o que era no mínimo estranho. Mas também não deixava de ser bom, tinha me ajudado a ficar um pouco a sós com Lily.

Agora eu sabia que quando quisesse me "distrair" novamente teria que procurar outra pessoa.

— Raecius, eu disse pra você ir dormir e não ir transar com uma das filhas de Afrodite — Ouvi a voz de Clarissa.

Da onde aquela garota tinha saído? Me virei para ela e ela estava com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Bom, pelo menos vejo que você está mais relaxado — Ela disse e começou a gargalhar, sorri um pouco.

— Ah, com certeza — Assenti e ela riu mais ainda.

— Você não tem jeito! — Ela se aproximou de mim e tocou meu ombro. — Só tome cuidado para não ser pego, maninho — Clarissa piscou e saiu andando para a arena.

Resolvi tomar o caminho contrário e ir para o chalé. Pensando bem, agora eu precisava mesmo dormir.


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Notas finais do capítulo

So... O que acharam? Eu fiquei meio receosa em colocar uma parte hentai, então deixei ela de fora, mas se quiserem da próxima eu coloco, ok? Vou terminar os outros dois capítulos e postar hoje mesmo, minha mãe comprou um notebook novo *-*
O próximo será narrado pelo Alan, até daqui a pouquinho