Camp Half-Blood ~ Fic Interativa escrita por Little Avenger


Capítulo 10
Capítulo IX — Clarissa


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi, meus amores. Acho que devo desculpas a vocês, não? Então, eu tenho explicações do porque fiquei tanto tempo sem postar, não me matem -q
As explicações vão ficar nas notas finais, boa leitura



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“Eu não serei apenas um rosto na multidão, vocês vão ouvir minha voz” Bon Jovi.

— Eu estou exausta — Ouvi um dos irmãos murmurar.

Apesar de amarmos as guerras, aquela em especial estava nos deixando cansados.

— Paciência, os outros que saíram em missão devem estar resolvendo as coisas para que possamos saber o porque de ter tantos monstros atacando o acampamento — Falei.

Apesar de não estar certa das minhas palavras. Eu queria muito ter ido em uma das missões, mas ultimamente tinha pensado que talvez fosse melhor ficar no acampamento mesmo. Não precisava ser um gênio como os filhos de Atena para saber que as coisas não estavam nada boas para os semideuses e deuses. Passei a mão na testa para secar o suor, fazia umas 12 horas que eu estava de guarda, quase não me aguentava em pé, mas também não podia demonstrar fraqueza na frente dos meus irmãos.

Senti alguém tocar meu ombro e rapidamente me virei para ver quem era. Raecius. Um dos meus novos irmãos que tinha um desgosto por guerras, mas nos últimos dias ele tinha se empenhado para ajudar.

— É melhor você ir descansar, sei que está aqui a mais ou menos 12 horas — Ele soltou um suspiro cansado. — Você não é feita de ferro.

— Tudo bem, pode cuidar de tudo por aqui? Clarisse não está no acampamento, como pode ver — Fitei os olhos de Raecius.

Ele apenas assentiu com um pequeno sorriso nos lábios, de alguma forma eu sabia que tudo aquilo era difícil para ele. Guardei minha lança de bronze no suporte que tinha em minha perna e me afastei dos outros para ir para o meu chalé, precisava tirar algumas horas de sono antes de montar guarda novamente.

[...]

Acordei assustada e suando, algo me dizia que as coisas não estavam boas. Me levantei da cama as pressas e percebi que não tinha ninguém no chalé. NADA bom. Olhei para a janela e estava escuro lá fora. NADA bom ao quadrado. Me arrumei o mais rápido que pude, peguei minha lança e saí correndo do chalé, uma movimentação estranha se encontrava pelo acampamento. Corri em meio as pessoas até que acabei batendo contra alguma coisa ou alguém.

— Ei, vai com calma, Clary — Ouvi a voz rouca de Raecius e soltei um suspiro de alívio.

— Estava indo te chamar agora mesmo, está na hora do jantar — Ele disse enquanto me ajudava a levantar. — Depois temos que voltar a montar guarda, desde que você foi dormir apareceram mais vinte monstros.

E assim foi me puxava para o pavilhão do refeitório, era esquisito como Raecius podia ser comunicativo em uma hora e noutra mal-humorado, ás vezes eu tinha impressão de que o garoto era bipolar.

— Muito bem, vamos comer e depois você vai descansar, eu vou voltar a montar guarda — Falei a ele.

Ele não parecia feliz, como ele mesmo tinha dito para mim: ninguém é feito de ferro, precisamos descansar. Foi só quando cheguei ao pavilhão que percebi o quanto estava faminta, enchi minha bandeja de comida e joguei alguns pedaços de carne na fogueira em oferenda ao meu pai; E assim que sentei na mesa comecei a comer como se o mundo fosse acabar a qualquer momento.

— Coma com mais calma ou vai engasgar — Um dos meus irmãos disse e eu revirei os olhos.

— Cala a boca, idiota — Respondi entre colheradas de comida, fazia muito tempo desde que eu tinha tido uma refeição decente.

[...]

Não demorou muito e eu estava de volta ao pinheiro de Thalia, minha lança estava pousada sobre a minha perna enquanto eu estava sentada no chão na famosa posição do índio. O dragão que guardava o velocino de ouro parecia estar inquieto com tanta gente perto dele, mas ainda não tinha tentado queimar ninguém. Fazia mais ou menos duas horas que eu estava ali de guarda e nenhum monstro tinha aparecido, o que era estranho já que desde que o Olimpo tinha sido fechado os montros não paravam de aparecer.

— Sinto que alguma coisa vai dar errado — Ouvi um dos meus irmãos falar e me limitei a assentir, não estava com vontade de conversar.

— QUIMEEEEEERA — Ouvi alguém gritar e me levantei do chão o mais rápido que pude.

— DEIXEM COMIGO — Gritei para todos e eles pararam, agarrei o escudo de alguém e saí correndo deixando todos para trás enquanto me afastava para mais perto das barreiras.

Hesitei em atravessar as barreiras, mas não muito. Quando estava fora das barreiras protetoras do acampamento avistei a Quimera e não demorou muito para que ela viesse me atacar. Desviei dos dentes da Quimera e coloquei meu escudo entre nós duas quando ela soltou uma rajada de fogo – nunca tente se proteger com um escudo de metal de uma rajada de fogo, nunca – logo senti uma dor alucinante tomar conta do meu braço esquerdo, soltei o escudo o mais rápido que podia e vi que meu braço esquerdo estava vermelho e continham algumas bolhas, rugi de dor e contra-ataquei, mas a Quimera era rápida demais, comecei a praguejar em grego enquanto tentava de todas as maneiras possíveis fazer com que minha linda lança atravessasse a Quimera e a fizesse explodir em pó dourado, mas nada; Me sentia esgotada, meu braço estava queimado e doía como nunca, minha cabeça parecia que ia explodir de tantos rugidos altos da Quimera e minha visão estava ficando meio turva.

Me virei para tentar correr da Quimera e colocar o máximo de espaço que podia entre nós, mas isso só piorou mais as coisas, senti outra dor, mas dessa vez era em meu tornozelo, resmunguei de dor e senti meus olhos lacrimejarem, quando olhei para o meu tornozelo encontrei a Quimera com seus dentes de leão agarrados ali, bati com meu próprio punho na cara daquela coisa com toda a força que pude e ela rugiu novamente, mas soltou meu tornozelo; Ficar com o tornozelo machucado não me ajudou em muita coisa, comecei a mancar e me joguei no chão novamente quando a Quimera jogou mais uma rajada de fogo contra mim.

— Coragem, Clarissa — Sussurrei para mim mesma.

Eu estava tentando ficar calma, mas quem conseguia quando se tinha um leão maluco querendo fazer churrasco de si? Ninguém, pois é. Segurei a lança com a mão ruim e levei a mão boa aos meus olhos, livrando os mesmos das lágrimas teimosas que cismavam em cair.

— Droga — Resmunguei quando percebi que a Quimera vinha em minha direção novamente, aquela coisa não desistia nunca.

Levantei do chão com muito custo, já que estava com o braço e o tornozelo machucado e tentei de todos os modos ignorar a dor, iria morrer se deixasse que ela tomasse conta de mim. Me virei para atacar a Quimera, mas era tarde demais, ela já estava muito perto e fez a coisa que eu menos poderia imaginar naquele momento: Ela levantou a pata dianteira esquerda e arranhou minha perna, urrei de dor novamente e me afastei daquela coisa do mundo inferior – literalmente – a Quimera rugiu novamente, tão alto que fez com que eu quisesse explodir minha cabeça naquele momento, minhas pernas bambearam e eu me deixei cair no chão, mas não desistiria tão fácil, não quando minha vida estava em jogo.

— Você vai morrer — Falei entre dentes e me levantei com as forças que ainda me restavam.

Dei passos para trás, tentando manter alguma distância entre a Quimera e eu, mas ela era rápida e pareceu perceber o que eu estava tentando fazer, pois mais uma rajada de fogo foi jogada contra mim, dei dois passos doloridos para o lado o mais rápido que pude – o que não foi o bastante – consegui me manter viva, mas ganhei mais uma queimadura no braço, rosnei de raiva da Quimera e de dor, não conseguia mais me controlar, não estava me sentindo muito bem e estava com medo, medo de morrer, o que fazia com que eu desse ataques desesperados e isso era o pior erro que eu poderia cometer. E então fiz a maior loucura da minha vida, corri – enquanto mancava e ignorava toda a dor que estava sentindo – contornei a Quimera e pulei em suas costas, pronto, o inferno começou, a Quimera começou a se contorcer e o rabo de cobra dela começou a bater em minha cabeça, revirei os olhos e virei minha lança em direção a cabeça daquela coisa, depositei toda a força no braço bom e impulsionei a lança para baixo, a lança atravessou a cabeça da Quimera e ela soltou um rugido alto, como se estivesse sentindo dor, pulei das costas dela e me joguei no chão ao seu lado, para agilizar o processo de fazê-la virar pó, enfiei minha lança em sua barriga. A monstra explodiu em pó dourado e eu soltei um sorriso cansado.

Os outros não tinham me ajudado, mas eu tinha pedido por isso.

— Você está bem? — Ouvi alguém perguntar enquanto se aproximava.

Eu queria gritar e bater na pessoa, mas não tinha forças para isso. Senti braços me envolverem e pude perceber que estava sendo carregada antes de desmaiar.


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Notas finais do capítulo

So... Gostaram? Espero que sim. A explicação do porque eu ter demorado a postar: Um primo meu faleceu e ele era MUITO, mas MUITO importante para mim, então eu fiquei mal por dias e não consegui escrever nada, nada mesmo, acho que encontrei mais forças para escrever depois que li o review do Johnny asdkldsa então... OBRIGADA, JOHNNY sz. Amores, agora eu voltei e juro que não vou demorar tanto para postar novamente, to postando esse capítulo agora e vou começar o outro agora mesmo, espero que não me matem ç.ç
Até o próximo