Bad Love escrita por Jess Gomes


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Boooa tarde, gente! Quer dizer, pra mim ainda é bom dia, já que eu acabei de acordar. Fazer o quê, ressaca alimentar do natal hauhsuahs espero que o de vocês tenha sido tão bom quanto o meu foi, com muuuuuuita comida e muuuuuuitos presentes *----* bom, ai está mais um capitulo. Boa leitura amores.



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– Ele está te ligando de novo... – Laura cantarolou, me mostrando o celular pelo reflexo do espelho. Rolei os olhos, abaixando a cabeça para cuspir a pasta de dente.

– Não atende. – Ordenei, a voz saindo estranha por causa da escova que ainda estava na minha boca.

– Milena, por favor, essa é o que, a vigésima vez que ele te liga só hoje? – Levantou as sobrancelhas e eu dei de ombros enquanto fazia bochecho. – Ele não vai parar enquanto você não atender.

– Eu troco de número, então. – Respondi guardando a escova, e ela suspirou, rejeitando a chamada. Após voltar de Maresias ontem, meu telefone não parava de tocar e como eu estava me sentindo um lixo, chamei minhas amigas para dormirem aqui e me darem uma força moral. Obviamente eu cometi um erro, porque ao invés de me apoiar, as duas só ficaram tentando me convencer que todos cometem erros e que Daniel merece uma segunda chance. Ah vá.

– Não consigo dormir com vocês conversando e mais essa bosta de telefone que toca toda hora. – Gabriela resmungou, a cara tapada pelo travesseiro. Caminhei até ela, tirando o travesseiro de suas mãos nada delicadamente e me deitando ao seu lado.

– O que você está fazendo? – Laura perguntou, cerrando os olhos pra mim.

– Dormindo. – Murmurei preguiçosamente.

– Mas você acabou de escovar os dentes.

– Porque eu iria levantar, mas então eu mudei de ideia e resolvi aproveitar a minha fossa. Posso? – Arqueei as sobrancelhas e ela deu de ombros. Em seguida, a porta foi aberta pela minha mãe.

– Como você está? – Perguntou, se aproximando de mim.

– Maravilhosamente bem. – Respondi sarcástica. Ela sorriu.

– Que bom, porque seu pai está lá embaixo. Com a namorada dele. – Disse e eu fiz uma careta. – Querem conversar com a gente.

– Diz que eu morri. – Murmurei, tapando meu rosto com o edredom. Mamãe caminhou até mim e me destapou.

– Agora, Milena. Não sei se aguento aquela mulher mais meia hora sentada no meu sofá. – Comentou irritada, me puxando na cama. Eu xinguei baixinho. – Venham também, meninas. É bom que tem mais gente pra me segurar quando eu resolver arrancar aqueles cabelos loiros com a unha.

– Será que ninguém sabe respeitar uma fossa nessa casa, Jesus? – Levantei as mãos pro teto, mas já descendo as escadas. Fazer o que né, manda quem pode obedece quem tem juízo. E na verdade, eu adoraria ver minha mãe batendo na Celina.

– Quem está de fossa? – Papai perguntou, confuso. Eu fiz uma careta, sentando no sofá de qualquer jeito.

– A Milena terminou com o Daniel. – Mariana suspirou, como se reprovasse minha atitude. Só porque ele é bonito e advogado. Ninguém nunca defendeu meus antigos namorados traficantes assim.

– O que aconteceu? – Celina se virou pra mim, e eu senti um grunhido atrás de mim. Sei como é, mãe.

– Não quero falar sobre isso. – Respondi rapidamente, dando um sorriso falso. Ela fingiu não perceber.

– Ok então, afinal não viemos falar sobre isso. – Papai sorriu, pegando a mão de sua namorada. Eu franzi o cenho. – Eu e Celina vamos nos casar.

O silêncio dominou a sala. Acho que todos os presentes seguraram a respiração, até as minhas amigas, que nem tinham nada haver com aquilo.

– Vocês não podem se casar. Mal começaram a namorar. – Quebrei o silêncio, alguns minutos depois.

– Eu estou grávida, Milena. – Celina anunciou, colocando a mão abaixo da barriga. Arregalei os olhos e em seguida ouvi o som de passos apressados na escada. Nem precisei me virar pra saber que era a minha mãe. – Sou de uma família tradicional, que diz que uma moça grávida tem de se casar antes da barriga aparecer.

– E o que a sua família tradicional diz sobre você ser amante de um cara casado? – Retruquei irritada. Papai suspirou, como se eu fosse uma criança que tivesse perguntado algo que ele já tinha respondido.

– Milena, não comece, ok? Pensamos que fosse ficar feliz com a notícia. – Disse e eu dei uma gargalhada sarcástica.

– Não, vocês definitivamente não pensaram. Porque vocês sabem que eu nunca ficaria feliz sabendo que minha mãe agora está chorando naquela porra daquele quarto por sua causa! – Elevei o tom, apontando o dedo pra cara dele. – Eu realmente não sei o que ela viu em você, pai, mas eu sei o que você viu nela. Uma mulher boa, bonita, forte e que não merece sofrer por um idiota como você.

– Será que eu vou ter que te dar uns tapas pra você aprender a me respeitar, garota? – Ele se levantou e ergueu a mão pra mim, me fazendo dar dois passos pra trás.

– Pai! – Mariana exclamou, assustada.

– O que foi, seu Sandro, não gosta de ouvir a verdade? Se você quer ser respeitado, primeiro se respeite! Eu não sei a Mariana, mas você não pode esperar que eu peça a sua benção e te chame de “senhor”, quando eu tive que consolar a minha mãe e secar as lágrimas dela quase todas as noites depois que ela descobriu a traição, quando eu tive que ouvir ela falar que te amava mesmo sabendo tudo que você tinha feito! – Gritei e Celina se levantou.

– Chega! Essa conversa acabou. Vamos embora, Sandro. – Ordenou, puxando seu braço.

– Sim, façam-me o favor. – Sorri falsa, colocando as mãos na cintura.

– Mandamos o convite depois. – Meu pai falou, se permitindo ser puxado.

– Pega a porra desse convite e enfia no – Mas a porta foi fechada antes que eu pudesse terminar a frase. Respirei fundo, me virando e encontrando Mari encolhida perto das minhas amigas.

– Façam algo pra ela comer. Eu vou conversar com a minha mãe. – Eu disse e elas assentiram.

– Quero ir também. – Minha irmã declarou, fazendo bico.

– Não baixinha, você fica. E sinto muito por você ter presenciado isso. – Dei um beijo em sua bochecha, subindo as escadas logo em seguida. No andar de cima, dei duas batidinhas na porta do quarto da minha mãe, ouvindo um “entra” baixinho.

– Como você está? – Perguntei, entrando e sentando-me ao lado dela na cama. Ela fungou.

– Melhor. – Sorriu amarelo, limpando o canto dos olhos. Então respirou fundo e se virou pra mim, com um olhar sapeca. – Ouvi a gritaria. Eles já foram embora?

– Escurracei-os daqui. – Brinquei e nós duas rimos.

– Querida, embora eu adore que você me defenda desse jeito, você precisa parar. Está se afastando cada vez mais do seu pai.

– Mãe, meu pai está me afastando dele desde que fez essa merda com você. E poxa, você me conhece. Você sabe que eu sou protetora e fico puta da vida vendo você desse jeito por causa daquele bostão. Ele não merece o seu amor, sabia? – Olhei no fundo dos seus olhos, e ela assentiu.

– Sei. Mas dessa vez eu não fiquei mal por causa dele. – Esclareceu e eu franzi o cenho, confusa. – Acho que até já estou superando seu pai. O problema foi ela. Grávida. Sendo que ela e o Sandro se conhecessem a apenas alguns meses.

– Tão burra que nem em prevenção ela pensou. – Suspirei os olhos e mamãe riu.

– Sabe, o meu sonho sempre foi ser mãe. Casei-me rápido com seu pai por causa disso. Mas não sei se foi de tanto falar sobre isso... Demorou alguns anos. Longos anos, tanto que eu cheguei a pensar em inseminação artificial. Então você veio. – Sorriu, fazendo carinho no meu rosto. Eu sorri de volta. – Quando eu menos esperava, você veio. E quando você nasceu... Você era tão linda, minha filha. Era tudo o que eu tinha pedido a Deus. E agora essa Celina engravida assim, tão rápido. Digamos que eu fiquei com um pouco de inveja.

– Se esse é o problema, eu nem considero essa criança meu irmão.

– Não diga uma coisa dessas, Milena! – Ela me repreendeu. – Se essa criança é filha do seu pai, é pelo menos seu meio-irmão. E lembre-se, é apenas uma criança. Ela não tem culpa.

– Você acha que a Celina tem culpa? – Questionei e dona Marta suspirou.

– Talvez em ter se interessado em um homem casado. Mas não em se apaixonar. Já me apaixonei algumas vezes, Milena, e sei por experiência própria que essas coisas não somos nós que decidimos.

– É, eu também. – Murmurei pra mim mesma.

– E outra coisa, você vai nesse casamento. – Disse, e eu arregalei os olhos.

– Ah não, mãe! Isso já é tortura.

– Mesmo que ele só faça “merda”, como você diz, é o seu pai. É importante pra ele que suas filhas estejam lá.

– Você é tão chata às vezes. – Resmunguei, mas segurando um sorriso. – Não sei porque ainda gasto minha voz te defendendo.

– Porque você me ama! – Riu, me abraçando de lado. – E sabe que eu também te amo.

– Acho bom mesmo. – Fiz biquinho, mas rindo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Ai ai, essa família Vasconcellos...só tretas. O que acharam da história do casamento? E da gravidez? Será que a Milena vai aceitar tudo isso no final? Será que ela e o Daniel vão se entender? Semana que vem, amores, semana que vem. Ah, e mais uma coisa: dia 3 de janeiro, primeiro sábado de 2015, junto com o último capitulo de Bad Love, estreia minha nova história, A Filha do Presidente. E, como eu sou uma pessoa muito boa, vou deixar uma pequena prévia dessa história que eu estou amando escrever. Se preparem:

Para ele, Amellie Lockwood era só uma garota mimada e imatura que estava sendo pago para proteger. Para ela, Dylan Parkes era só um admirador de seu pai que iria acabar com a sua liberdade. Porém algum tempo de convivência os prova que o destino escreve certo em linhas tortas e que o amor nasce até nos lugares mais improváveis. Agora, para ela, ele é a única saída para a sua liberdade tão esperada e para ele, protegê-la deixou de ser apenas uma obrigação.


Uuuuuuh, ficaram curiosos? Dia 3, gente, tá chegando! Boom, então é isso, o ano está acabando, Bad Love também. Comentem o que vocês acharam do capitulo e da prévia de AFP, qualquer crítica é muito bem vinda. Um Feliz Ano Novo pra todos, beijinhos e até semana que vem.