Bad Love escrita por Jess Gomes


Capítulo 14
Capitulo 14




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São Francisco é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na microrregião de Caraguatatuba. Mesmo sendo uma cidade pequena, é conhecida por ter ilhas e praias paradisíacas, como a famosa Maresias.

E era pra ela que eu estava olhando nesse exato momento, os pés afundando na areia fofa, a sapatilha em minhas mãos, enquanto meus olhos se perdiam na imensidão negra a minha frente, causada pela noite. Havíamos chegado ao hotel bem tarde, e enquanto Daniel fazia o check in, eu corri pra praia. De repente, senti um par de braços me abraçarem por trás, o cheiro inconfundível de Daniel adentrando as minhas narinas.

– O que achou? – Ele perguntou perto do meu ouvido, e eu sorri.

– Amor, isso é incrível! – Respondi, abobalhada. Já tinha visto o mar tantas vezes, em viagens ao Rio ou a Santos, mas nunca deixava de ser lindo. – E esse hotel também... – Balancei a cabeça, me virando e apontando pro prédio imenso e majestoso atrás de nós, com uma piscina olímpica pertinho da areia. – Não acredito que sua irmã vai casar aqui. É um sonho.

– O João Lucas sempre a mimou mesmo. – Deu de ombros, rindo.

– Sorte a dela. Toda mulher sonha em casar em um lugar desses. – Falei, tentando colocar meus cabelos embaraçados pelo vento atrás da orelha.

– Ah é? Bom saber. Já vou começar a juntar o dinheiro. – Sorriu pra mim, que gargalhei enquanto entrelaçava seu pescoço com os braços.

– Eu acho que amo você, sabia? – Disparei de repente, arregalando os olhos em seguida. Eu nunca, nunca havia falado pra um homem que o amava. O que acontece depois? Ele fala que me ama? Mas e se Daniel não me amar também, e se ele rir da minha cara...

– Eu também amo você. E eu tenho certeza. – Respondeu, fazendo-me dar um suspiro de alívio. Ok, e o que acontece agora? Parecendo ler meus pensamentos, Daniel me apertou mais forte e me beijou. Mas era diferente dessa vez. Havia algo ali. – Acho melhor nós subirmos. – Ele não esperou pela minha resposta, apenas puxou minha mão e me guiou pra dentro do hotel. Chegamos no quarto em menos de cinco minutos. Era uma suíte luxuosa, com uma cama de casal imensa no meio, a porta da sacada aberta e do outro lado uma porta fechada, aonde deveria ser o banheiro.

Daniel trancou a porta e me encostou delicadamente nela, voltando a me beijar. Eu juro que tentava deixar rolar, mas meus pensamentos estavam a mil. Era isso, não era? Nós íamos dividir uma suíte, havíamos acabado de se declarar um pro outro e a porta estava trancada. Éramos um casal e iríamos transar. Mas se é tão simples assim, por que eu não conseguia relaxar?

– Daniel... – Chamei, mas ele não me ouviu. Eu empurrei seus ombros delicadamente. – Daniel... Espera. Eu não... Não sei se consigo fazer isso.

– Pensei que não fosse mais virgem. – Me olhou confuso. Eu abaixei a cabeça, vermelha de vergonha.

– Eu não sou. É que eu nunca fiz isso com mais ninguém sem ser o Antonio. Eu não sei como é, como você gosta. E se eu fizer alguma coisa errada? E se... – Disparei e ele colocou o indicador nos meus lábios, me calando.

– Baby, só relaxa. – Sussurrou no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha. Acho que nesse momento todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. – Eu amo tanto você, menina. – Soprou meu pescoço, pra em seguida distribuir uma trilha de beijos naquele local. – Minha menina. Só minha. – Ele apertou mais forte a minha cintura, e eu resolvi mandar qualquer preocupação de adolescente virgem pra puta que pariu. Era o meu namorado lindo, gostoso e carinhoso querendo me levar pra cama. Por que diabos eu estava resistindo?

Dando o que parecia um rugido desesperado, puxei sua boca de volta pra minha. Daniel que até agora brincava com a bainha do meu vestido rendado, o puxou para cima, me deixando apenas de lingerie. Deu uma boa olhada no meu corpo, sorrindo, antes de me guiar até a cama e me deitar delicadamente nela, ficando por cima de mim.

O homem beijava todo o meu corpo, enquanto eu arranhava cruelmente suas costas. Em pouco tempo, todos os panos que separavam um corpo do outro estavam no chão. Não pude evitar o gemido alto que saiu da minha boca quando ele entrou todo em mim. Era tão tão bom. Era como tomar tequila pela primeira vez depois de uma vida inteira tomando ice. Você achava que tinha experimentado o melhor, até experimentar aquilo.

Ao mesmo tempo em que Daniel ia aumentando a velocidade das estocadas, nossos gemidos aumentavam. O ponto atrás da minha virilha ficava cada vez mais forte, e não demorou muito pra eu chegar ao meu ápice, ele vindo logo atrás de mim.

Daniel saiu de dentro de mim, indo até o banheiro jogar a camisinha fora e logo se deitou do meu lado, puxando o edredom branco pra cima de nós dois. Passou o braço pela minha cintura, me abraçando, e eu deitei sobre o seu peito.

– Foi diferente do que com o Antonio? – Perguntou um tempo depois, acariciando meus cabelos. É claro que sim. Antonio era sempre violento, nunca estava preocupado com se eu iria conseguir prazer ou não. Daniel era cuidadoso e delicado, além de muito maior. Eu sorri.

– Foi muito melhor. – Levantei os olhos pra ele, que sorriu de volta e se inclinou pra me beijar.


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Notas finais do capítulo

Vocês ainda estão respirando?????? Espero que sim. Sei que não avisem a ninguém sobre essa cena, mas eu queria fazer uma surpresa. Pode não ter sido do jeito que alguns esperavam, mas eu preferi fazer algo mais leve e menos explícito porque eu queria uma cena romântica, e não sexual. E além disso, a classificação não permite de qualquer jeito. Espero que entendam, COMENTEM, e se preparem pra semana que vem, porque as coisas vão esquentar. Beijinhos.