Is he a Ken guy? escrita por Lets


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá gente linda! Olha eu aqui de novo! Hahahaha
Segunda temporada de "Is she a Barbie girl?"...
Música do início do capítulo: http://youtu.be/an4ySOlsUMY
Roupa da Mari: http://www.polyvore.com/mariana_leite_show/set?id=132396254
Espero que gostem



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— Última música, galera! E é dedicada à minha alma gêmea. Amor, esses primeiros 10 anos juntos não são nada comparados ao tanto de tempo que ficaremos juntos!

A plateia foi à loucura com a declaração e eu comecei a tocar o piano. Notas suaves ecoaram pela pista e pelas arquibancadas.

How long will I love you?

As long as stars are above you

And longer if I can

How long will I need you?

As long as the seasons need to

Follow their plan

How long will I be with you?

As long as the sea is bound to

Wash upon the sand

Olhei para trás por um segundo e vi meu marido me olhando com um sorriso no rosto. Sorri de volta e virei de frente para o piano novamente, chegando perto do microfone.

How long will I want you?

As long as you want me too

And longer by far

How long will I hold you?

As long as your father told you

As long as you can

How long will I give to you?

As long as I live through you

However long you say

How long will I love you?

As long as the stars are above you

And longer if I may

Podia ver os flashes de câmeras refletindo no palco, mas nada que poderia atrapalhar essa música. Não essa.

How long will I love you?

As long as stars are above you

Terminei a canção com os olhos marejados. Levantei do banquinho do piano e me virei de frente para a plateia, abrindo um sorriso enorme.

— Muito obrigada, pessoal! Obrigada por virem, obrigada por me apoiarem desde o início! Eu amo vocês. Até a próxima, Miami!

Ouvi os aplausos atrás de mim, enquanto me dirigia às coxias. Dei de cara com meu agente, me congratulando por mais um show. Mas não queria vê-lo agora. Queria meu marido.

Sorri ao sentir mãos grossas tampando meus olhos por trás. Seu cheiro meio amadeirado, meio cítrico preencheu minhas narinas, me fazendo suspirar. Dei um passo para trás, colando minhas costas em seu peitoral forte. Ouvi sua risada e senti seus lábios em meus cabelos. Tirei suas mãos de meus olhos e me virei para beija-lo.

Seus lábios tomaram conta dos meus, começando um beijo calmo que foi logo esquentando quando nossas línguas se enroscaram. Passei os braços por seu pescoço, arranhando sua nuca, ouvindo ronronar. Nos separamos aos poucos, finalizando o beijo com selinhos e sorrisos.

— Você foi ótima, princesa.

— Gostou da surpresa? — perguntei receosa

— Ta brincando? Amei. Obrigado. Foi o melhor presente que já recebi. — sorri e o beijei novamente

— Vamos lá, casal melação. Temos uma limusine parada aí na porta, que não vai nos esperar para sempre. — ouvi meu agente nos chamando

Sorrimos um para o outro, trocamos mais um selinho e fomos atrás de Antônio, de mãos dadas. Encostei minha cabeça em seu ombro já dentro do carro, sentindo seus braços ao meu redor. Antônio começou a falar com alguém pelo celular, nos deixando em uma bolha particular.

— Faz tempo que eu não falo com a Mi. Como ela está? — perguntei interessada

— Ela me ligou ontem à noite, mas você já estava dormindo e não quis te acordar. Ela está bem, até. Apesar da crise no relacionamento com Douglas e da gripe de Marcos, ela está aguentando firme. Disse que está com saudades de você. — sua mão acariciava meu braço

— Também sinto falta dela. Acho que vou dar uma escapadinha da festa para ligar para ela.

— Hum, posso escapar contigo? — ele perguntou com uma voz maliciosa, mordendo o lóbulo de minha orelha

— Rafa! — o repreendi soltando uma gargalhada

— O quê? Te ver no palco, linda desse jeito, me deu um tesão... - ele sussurrou no meu ouvido, apertando minha cintura

Corei e soltei uma risadinha, abaixando a cabeça enquanto ele beijava meu pescoço. Apoiei a mão em sua coxa, tomando cuidado com Antônio que estava falando ao telefone bem na nossa frente, olhando pela janela. Arranhei levemente sua pele coberta pela calça jeans, fazendo-o gemer baixinho ao pé de meu ouvido.

Virei o rosto e encontrei seus lábios vermelhos próximo aos meus. Revezei olhares entre seus olhos e sua boca, me aproximando cada vez mais. Nossos lábios se roçaram e eu sorri, logo sendo tomada por sua boca na minha. Nossas línguas se enroscaram e eu segurei seus cabelos, arranhando sua nuca. Uma de suas mãos subiu para meu pescoço, se enroscando em minhas madeixas e puxando de leve, fazendo-me soltar um gemido baixo.

Sua outra mão, que ainda estava apertando minha cintura, escorregou por meu quadril, parando em minha coxa, a apertando. Puxei seus cabelos e escorreguei minha mão por seu peito e abdômen. Passei uma de minhas pernas por cima das suas, quase sentando em seu colo.

Ouvi um pigarro e uma risadinha baixa ao fundo, fazendo com que eu pulasse do banco, me afastando de meu marido. Corei ao ver Antônio nos olhando maliciosamente.

— Porra, Leite. Não aguenta até chegar em casa? - ele me zoou, rindo da minha vergonha

Rafael riu também, passando o braço por minha cintura e me puxando para seu corpo novamente.

— Dessa vez, eu levo a culpa, Toni. Não aguento ver essa mulher toda sensual em cima do palco, cantando pra mim. — sua mão me apertou novamente

— Ta bom né, gente. Já deu. — me pronunciei, corando um pouco mais

Eles riram da minha cara novamente e Rafa colou os lábios em meus cabelos. O carro parou e assim que a porta se abriu, ouvi uma música alta, porém abafada, tocando, vindo de dentro do salão.

Reconheci vários rostos, sendo cumprimentada por alguns. Ouvi vários "parabéns" e "estou ansioso pelo lançamento de seu próximo CD". Rafa não soltou minha cintura em momento algum, também sendo elogiado por seu trabalho.

— Vamos para a área VIP. — Antônio surgiu atrás de nós

— Ah não, Toni! Ainda quero dançar! — reclamei

— A gente já vai, Toni. Deixa só eu apagar o fogo da minha mulher. — Rafa se pronunciou, me deixando corada para então me puxar para a pista de dança

A música que estava tocando era contagiante e logo comecei a mexer os quadris, jogando os braços ao redor do pescoço de meu marido. Senti seus lábios tocando o vão de meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse. Suas mãos percorriam minha cintura com possessividade.

— Vou pegar bebidas para nós. — Rafa falou no meu ouvido

Assenti e o vi se afastar, indo em direção ao bar, esbarrando e empurrando várias pessoas no caminho. Continuei dançando, mesmo que sozinha. De repente, senti duas mãos segurando meus quadris por trás. No susto, me virei abruptamente, dando de cara com um homem bonito, porém embriagado.

— Desculpe, estou acompanhada. — falei tentando soar calma

— Agora está mesmo, boneca. — pude sentir o cheiro de álcool emanando de sua boca

— Meu marido só foi pegar um drink para mim, mas logo estará de volta. — eu tentava me soltar de seu aperto, mas a multidão ao meu redor não permitia muita distância entre mim e o homem

— Claro, docinho. Tenho certeza de que ele não se importará se você me der um beijinho ou dois, só.

O homem se inclinou mais em minha direção e eu torcia para que as pessoas ao nosso redor estivessem ocupadas demais fazendo qualquer coisa para prestar atenção ao que eu faria.

Subi minhas mãos, que estavam espalmadas em seu peito tentando mantê-lo afastado, dando-lhe um sonoro tapa na bochecha. Lembrei-me de minhas aulas de defesa pessoal, há alguns anos atrás. Levantei o joelho, me aproveitando da pouca distância entre nós, e levei-o diretamente para seus testículos.

O homem caiu de joelhos, gemendo de dor, à minha frente. Virei-me e saí, desviando das pessoas que agora pareciam notar o homem injuriado no meio da pista de dança.

Encontrei o bar antes que alguém pudesse me associar à cena. Mas, ao invés de ver Rafa esperando nossas bebidas, vi uma mulher o comendo com os olhos. Percebi que meu marido estava desconfortável pela proximidade da piranha, mexendo constantemente em sua aliança. Será que ela não percebia? Ou ela só ignorava?

Aquela idiota continuava tagarelando com um sorriso no rosto, enquanto mexia no cabelo pobremente tingido. Espera, o que foi aquilo? Ela roçou sua perna na do meu marido?

Saí pisando duro em direção aos dois. Não via exatamente para onde estava indo, só enxergava aquela curta distância entre mim e aquele ser desprezível. Fiz questão de me apoiar no balcão do bar entre os dois. Rafa me olhou com um alívio nos olhos, enquanto a piranha reclamava e me xingava.

Agarrei a gola da blusa de meu marido e o puxei para mim, grudando nossos lábios. Uma de suas mãos estava em meu pescoço, impedindo-me de me mexer, enquanto a outra passeava pela lateral de meu corpo.

Nosso beijo nem teve oportunidade de começar lento. Minhas mãos o atacavam com luxúria, puxando seus cabelos, arranhando sua nuca, suas costas e apertando seus braços. Minha cintura ficaria marcada com o aperto de sua mão, mas quem ligava? Eu não. Ouvi um pigarro ao nosso lado, mas não me importei o suficiente para olhar.

— Sua vaca! Eu vi primeiro! — uma voz feminina estridente soou ao meu lado e senti mãos me arrancando dos braços de Rafa

A mulher que dava em cima de meu marido arranhou meu rosto sem que eu pudesse impedir. Passei a mão pela bochecha para ter certeza que não estava sangrando. Olhei incrédula para a piranha que estava com um olhar superior. Não hesitei em pular em cima dela, puxando seus cabelos. Antes que mais estrago pudesse ser feito, senti mãos fortes me puxando pela cintura, me segurando longe da mulher.

— Ele é meu marido, piranha! — gritei enraivecida, enquanto tentava me soltar dos braços fortes

Vi um segurança puxando a mulher para fora da boate, enquanto eu me acalmava. Percebi que Rafa segurava minha cintura com um sorriso debochado no rosto.

— Relaxa, nervosinha. — ele sussurrou em meu ouvido, deixando uma mordida em meu lóbulo em seguida

— Não começa, Rafael.

— Hum, adoro você ciumentinha desse jeito... — sua voz estava arrastada, quase como se estivesse gemendo, beijando meu pescoço e abaixo de minha orelha

Não consegui responder. Seus toques me deixavam tonta, sem consciência do que estava fazendo. Passei a mão por seus braços, os apertando e arranhando. Virei meu rosto e encontrei seus lábios com os meus. Sua boca era suave, sua língua massageava a minha.

— Vamos nos sentar? — ele sussurrou, com a boca perto da minha

Só pude assentir. Olhei ao redor e ninguém parecia ter percebido a briga que teve ali alguns minutos atrás. Andamos de mãos dadas até a área VIP, encontrando Antônio beijando uma ruiva no sofá do canto. Ri baixinho da cena à minha frente.

— Vamos deixá-los a sós por um instante. — sussurrei no ouvido de Rafa — Vou ligar para Miranda enquanto isso.

Saí puxando meu marido atrás de mim. Fomos até uma varanda que existia ali perto. Peguei meu celular e disquei o número de Miranda. Rafa passou os braços por minha cintura, colando os lábios em meus cabelos.

Tuuuu... Tuuuu... Tuuuu...

— Alô?

— Oi, Mi!

— Mari! Que saudades de você, mulher! Só porque ficou famosinha acha que pode esquecer da cunhada... — sua voz era debochada, mas pude notar um tom chateado

— Desculpa, Mi! Prometo que vou te visitar logo! E como você está?

— Ah, indo né... Conciliar a pós-graduação com o Marcos e o Douglas está complicado. Mas a gente vai se virando.

— Sabe que pode contar comigo a qualquer momento, né? Eu e seu irmão estamos aqui para o que precisar!

— Eu sei. Obrigada, Mari.

— Não tem que agradecer. E como está meu afilhado? Melhorou da gripe?

— Ta melhorzinho sim. Pelo menos a febre baixou.

— Ainda bem! E você e o Douglas?

— Não sei se vai dar certo viu, Mari...

— Por que não?

— Sei lá... Acho que a gente começou cedo demais e acabou ficando junto por causa do Marcos.

— Mas vocês começaram porque se gostavam.

— Mari, há dez anos atrás eu não sabia nem minha cor favorita. Como podia saber com quem queria passar o resto da minha vida?

— Você não vai nem tentar?

— Os últimos cinco anos foram pura tentativa. Não sei mais o que fazer.

— Conversa com ele.

— É difícil, Mari... Minha pós-graduação é no período matutino, enquanto Douglas fica em casa com o Marcos. Trabalhamos durante a tarde, pelo tempo que meu filho fica na escola. E à noite, Douglas vai para a faculdade. Não temos muito tempo juntos.

— Te ajudo no que precisar, viu?

— Obrigada. Acho que vou jantar na casa da minha mãe... Ver se ela tem algum conselho para mim. Apesar que eu não devia pedir conselhos de relacionamento para uma mulher divorciada, certo? — ela deu uma risada triste

— Ah, Mi, isso é só uma fase! Não se preocupa!

— Ai, enfim, chega de falar de coisas depressivas. Como ta sua vida? E a turnê?

— Ta ótima! Muito corrida, mas to adorando!

— Que bom! Ta em Miami agora, né?

— To. O show acabou agora a pouco. Estamos em uma boate agora, comemorando mais um show lotado.

— Uau! Parabéns!

— Menina, deixa eu te contar...

Narrei toda a briga que tive com a piranha que estava dando em cima do meu marido. Rafael ria enquanto eu contava, se deliciando com a minha crise de ciúmes. Aproveitei para contar também do meu momento "defesa pessoal" com o homem embriagado. Senti os músculos de Rafa se tencionarem quando comecei a história. Miranda também ficou preocupada, mas garanti que estava bem e que sabia me virar.

Encerrei a ligação com a promessa de não sumir por muito tempo. Guardei o celular no bolso, tentando adiar ao máximo a bronca que eu sabia que levaria de meu marido.

— Você ia me contar isso? — ele perguntou com a voz baixa

— Contar o quê?

— Não se faça de tonta, Mariana. Você não é mais criança.

— Deixa de ser ciumento. — falei tentando deixar o clima mais leve

— Não é ciúmes! — ele me virou para ficarmos frente a frente — Eu me preocupo com você e você sabe disso. Afinal de contas, você é minha mulher. E se o homem não estivesse bêbado? Você conseguiria se livrar dele? Merda, eu não devia ter te deixado sozinha.

— Você ta se culpando por isso? Sério mesmo?

— Quando a gente entrou nesse mundo, prometi que ia te deixar segura.

— Você não é meu guarda-costas, Rafa. Não se preocupe. Nada aconteceu.

— Você é minha vida, Mari. Sempre fui protetor com relação a você. Não posso te perder. — ele encostou sua testa na minha e eu coloquei minha mão em sua bochecha

— Você não vai me perder. Prometo.

Encostamos nossos lábios suavemente, quase como um roçar. Um choque de adrenalina correu por meu corpo me fazendo passar os braços por seu pescoço, aprofundando o beijo. Suas mãos prenderam meu quadril contra a grade ali existente. Um gemido baixo saiu de seus lábios quando puxei seus cabelos e arranhei suas costas por baixo da camisa.

— Eu te amo. — falei quando o ar nos faltou

— Eu te amo. — ele beijou a ponta de meu nariz, me fazendo sorrir


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
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