A História de Mary escrita por Miyuki Yagami


Capítulo 1
E a história é...


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa fanfic é curtinha e eu fiz mais para um teste. Faz um longooooooooooooooooooooooo tempo que não escrevo nada, então não tenho ideia de como está o texto.
De qualquer modo, espero que gostem o//
Boa leitura o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538363/chapter/1

- Ahh, que entediante! – reclamou Kano. O loiro fechou os olhos e se espreguiçou em um dos sofás. – E ainda por cima está quente!

- Você só sabe reclamar, é? – questionou Kido. Ela trazia uma grande cesta de biscoitos. Momo foi a primeira a atacar.

- Nee, danchou, nem estou com vontade de te irritar. – resmungou.

- Isso deve ser mesmo grave. – murmurou Momo para Takane enquanto ainda mastigava os biscoitos. Takane assentiu silenciosamente. Olhava o relógio constantemente. Haruka já deveria ter voltado da loja com Shintaro e Ayano trazendo o teclado. Será que os dois quiseram ficar sozinhos e deixaram Haruka na companhia só de estranhos?

Droga! Takane puxou seus cabelos. Precisava se acalmar.

- Seto-san, onde está Mary-chan? – perguntou Momo, já no seu quinto biscoito.

Seto virou a cabeça para olhá-la. Deu um sorriso gentil.

- Provavelmente se atrapalhou. Vou atrás dela. – Levantou-se e saiu.

- Hum, esses dois. – Kano sorriu, travesso. – Danchou, pode pegar o meu chá? Mary está demorando muito!

- Levante-se e vá buscar você mesmo, seu preguiçoso. – retrucou Kido.

- Ehh? Danchou, por que é tão agressiva? – Kano piscou seus olhos de gato inocentemente.

- Desculpem a demora! – Mary se afobou com as palavras. Seto a seguia, sem desviar sua atenção da pequena. Desajeitada, colocou a bandeja na mesa.

Mary olhou ao redor. Nunca vira todos tão quietos, parados, normais. Precisava fazer algo, mas o quê?

- Va-vamos fazer alguma coisa. – murmurou.

Kano se endireitou.

- Mary tem razão. Vamos ler seus poemas, Mary. – Kano começou a vasculhar um de seus bolsos.

- N-não! – guinchou, corada.

- Kano, seu idiota, pare com isso. – Kido pediu.

- Então eu posso ler aquelas cartinhas que você escrevia com dez an – O loiro foi interrompido pelo murro que danchou desferiu.

- Cale a boca. O que pensa que está fazendo? – gritou Kido corada, desviando o olhar. Momo se divertia com a cena, e Takane conferia o relógio todo o tempo.

- Vamos nos acalmar. – pediu Seto. Todos o olharam. Ele só falava em momentos como esse.

- Foi a danchou que começou. – apontou Kano para Kido.

- O que foi que disse? – Kido agarrou o colarinho do outro, pronta para mais socos.

- Mary vai ler uma história. – Seto continuou, como se aqueles dois brigando fosse uma cena tão normal. Pensando bem, era.

- Ahn? – Mary começou a sentir o rosto esquentar de novo.

- Mary-chan! Que legal! – Momo comemorou.

- Parece que aqueles três não vêm mesmo. – Takane deu de ombros. – Hibiya e Hiyori também não aparecerão.

- Ah, parece bom. – Kido soltou Kano.

- Tem certeza que não quer os poemas, Mary? – perguntou Kano. – É bem mais divertido.

A albina parecia perdida. Ficou olhando os rostos que eram tão comuns, e agora ficaram tão assustadores. Começou a procurar um rosto que lhe daria conforto. Seto sorriu para ela, encorajando-a. Mary concordou em resposta. Seto disse que ficaria tudo bem, então não faria mal ler uma história.

Correu até seu quarto para pegar um livro. Qual será que gostariam? Ahhh! Ela não podia demorar! Por que se atrasava? Certo, ela tinha várias prateleiras nas paredes em seu quarto. As únicas coisas além de livros ali eram a cama e um pequeno armário para suas roupas. E seus poemas. Precisava achar outro lugar para eles.

- Mary? – chamou alguém da porta.

Ela se virou. Seto estava lá. Ele sempre estava.

- Precisa de ajuda? – perguntou.

Mary assentiu, começando a vasculhar seus vários livros.

- Eu... eu não sei qual história eles gostariam mais! – murmurou, folheando um livro após o outro. – São todos tão diferentes.

- Os livros, ou eles? – Seto a ajudava, procurando seus outros livros de contos.

- Hum – pensou um pouco. – os dois.

Ele parou de empilhar os encadernados.

- Por que não escolhe uma história que você goste?

- Eu posso? – ela o olhou desconfiada.

- É claro! – Seto riu baixinho. – Pegue uma história que você goste.

Os olhos de Mary brilharam.

- Sim! – respondeu.

Pouco tempo depois, voltaram. Três dos quatro sofás estavam ocupados. Haruka, Shintaro e Ayano voltaram. Hibiya e Hiyori também. Mary se escondeu atrás de Seto. Demorou tanto assim?

- Mary-chan, vai nos contar histórias? – Ayano a puxou de trás de Seto. Ela assentiu, olhando para baixo.

Seto a puxou para o sofá vago. Ela abriu o grosso livro.

- Era uma vez – começou.

- Um herói! – Ayano esticou os braços, fazendo pose de heroína. Shintaro deu um leve tapinha em sua cabeça.

- Ayano... – repreendeu-a. Ayano fez bico e virou a cabeça para o lado. Depois sorriu.

- Ahn, um herói – continuou Mary, atordoada. De certa forma, o personagem era um pouco herói também. – Ele era muito amado por todos, então um dia

- O herói decidiu que deveria irritar todo mundo! – Kano continuou, dando uma risadinha.

- Ce-certo. – É, o que ele fez irritou a todos, mesmo. – E então

- Alguém resolveu espancar o herói. – falou Kido, encarando Kano.

- Ihk! – O loiro devolveu o olhar.

- Ah! – Mary se encolheu. Agora sua história havia tomado outro rumo. Seto colocou a mão em seu ombro e apertou de leve. Eles não precisavam nem falar para saber o que queriam um do outro. Mary se encolheu ainda mais. Sabia que não estavam fazendo por mal.

- E depois apareceu uma atiradora misteriosa para acabar com a fama do herói. – continuou Takane.

- Mas uma ídolo velha foi raptada pela atiradora! – Até Hibiya estava participando. De longe, Momo lançava olhares que seriam maquiavélicos, não fosse o seu rosto estar cheio de farelos de biscoito.

- Hibiya, o que você disse foi tão sem graça. – interrompeu Hiyori. – Parece até que veio de um lugar no meio do nada!

- Concordo. – disse Momo.

- Mas nós viemos do mesmo lugar! – protestou. A morena deu de ombros.

- Entretanto, a ídolo, que não era velha, conseguiu se livrar sozinha das garras da atiradora sem a ajuda do herói. – Momo prosseguiu. – Porém, a ídolo teve de passar o resto das férias nas aulas suplementares como castigo por não ter estudado. – A loira ficou decepcionada.

- E... e... – Mary tentava continuar sua história.

- O que aconteceu com o herói? – Ayano perguntou.

- Ahn, vejamos. O herói fez as pazes com a atiradora misteriosa e com a ídolo. – Até Shintaro falava!

- E depois todos foram comer doces! Fim. – gritou Haruka levantando os braços.

Seto começou a rir ao lado de Mary. Todos o olharam. A garota nunca viu o moreno se divertir tanto com nenhuma de suas histórias. Ela também nunca achou um conto tão legal quanto esse.

Kido começou a distribuir tarefas e por fim só restaram Mary e Seto.

Ele mexeu de leve em seu cabelo.

- Está chateada? – perguntou.

A garota balançou a cabeça negativamente.

- Não queria mesmo contar aquela história? – ele levantou as sobrancelhas.

Mary pensou um pouco.

- No começo sim, mas depois o que eles contaram se tornou a minha história favorita. – Mary bocejou e se aconchegou ao lado de Seto, piscando os olhos com força para ficar acordada. – E a sua?

- A minha – Seto olhou para o teto. – Bem, todas as histórias que você me conta se tornam minhas favoritas. – Ele corou um pouco por conseguir dizer algo assim. Virou o rosto para olhar Mary. Ela já dormia. Ele soltou um suspiro frustrado, depois sorriu e passou o braço em torno dela, puxando-a mais para si.

- Boa noite, Mary. – falou, enquanto beijava sua cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A História de Mary" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.