POV Klaus

A noite lá fora estava chuvosa, mamãe e papai haviam saído para o mercado da cidade vizinha antes do anoitecer, e o tempo lá fora estava chuvoso, com pingos grossos. Bekah e Kol nos arredores da casa, ignorando totalmente o peidido de mamãe para esntrar caso começasse a chover, e bem, eu não disse nada, acho que eles merecem um pouco de diversão fora a supervisão muitas vezes sufocante de meu pai. Estava trabalhando numa nova escultura, era um pequeno lobo de madeira escura, que havia encontrado em um de meus passeios com Elijah. Com mais algumas horas de dedicação, meu novo projeto estaria pronto.

-O que está fazendo, Klaus?

Era Elijah, ele, assim como meus outros irmãos, sempre elogiava as esculturas que eu fazia, e cada um já tinha sua pequena coleção que eu mesmo os presenteei. Mamãe e papai não ligavam muito pra isso, consideravam perda de tempo.

- Minha mais nova escultura de lobo, o que acha?

Não tentei esconder minha empolgação com o objeto.

-Gostei, essa você vai dar pra alguém?

Perguntou, já interessado na escultura. Eu realmente não tinha pensado em quem poderia presentear com ela.

- Ainda não sei, quando ficar pronta você vai saber.

Falei com um sorriso de lado, e Elijah me conhecia tão bem que praticamente já sabia que a escultura seria dele.

- Posso te olhar trabalhar?

E assim permanecemos por aproximadamente 15 minutos, até a chuva comçar a aumentar e Bekah e Kol entrarem quase que estourando a porta. Estavam bastante molhados, e assim que colocaram o pé dentro de casa, pararam instataneamente.

- Papai vai nos matar.

Kol revelou com medo, olhando o caminho de respingos que haviam deixado no chão. Rebekah compartilhava do mesmo olhar com ele. Elijah levantou-se de onde estávamos, em direção aos irmãos mais novos.

- Porque não vão trocar essas roupas molhadas? Posso secar o chão antes nossos pais chegarem, agora se apressem lá.

Elijah sempre nos ajudava, fazia de tudo para que nossos pais não brigassem conosco. Apesar de Finn ser o irmão mais velho, era Elijah nosso irmão mais velho predileto. Bekah e Kol saíram depressa para o quarto, afim de fazer o que Elijah os disseram.

-Será que nossos pais chegarão antes do anoitecer? Provavelmente com essa chuva a travessia do rio ficará enterditada.

Elijah perguntou, parecendo realmente preocupado. Nunca havíamos dormido sozinhos em casa.

-Não sei, faz tanto tempo que eles saíram, e até agora nada...

Rebekah e Kol apareceram na sala, já secos, e se sentaram perto de onde eu estava quase terminando minha escultura.

-Quando vai me ensinar a fazer isso?

Era Kol, ele não via a hora de ser um artista nas esculturas, e eu não via a hora de poder ensiná-lo também. Mas ele ainda era muito pequeno para mexer com os instrumentos perigosos.

-Quando você crescer mais, eu te ensino.

Elijah terminou de secar a poça de água na entrada da sala, e veio se juntar a nós.

- Cadê a mamãe?

Bekah perguntou já numa voz chorosa, ela sempre teve medo de noites chuvosas.

-Eles saíram a tarde, lembra? Foram pra cidade vizinha.

Expliquei num tom mais calmo possível, a última coisa que queria era ver Bekah triste.

-Se eles não chegarem o que a gente vai fazer?

Eu já imaginava essa pergunta, mas antes que eu pudesse responder, Elijah respondeu.

-Eles já devem estar chegando. Porque não vamos dormir, já está tarde e com a chuva a noite está fria.

Todos concordamos, a sala estava mesmo fria, e no quarto poderíamos ficar mais quentes e confortáveis.

***

Acordo com o barulho da chuva batendo forte no telhado, corro os olhos rapidamente pelo quarto e meus irmãos estavam todos dormindo, provavelmente já era bem tarde. A cortina do quarto de meus pais estava fechada, denunciando que eles já haviam chego enquanto nós dormíamos. Viro para o lado tentando dormir outra vez, mas com o barulho da chuva não conseguia pegar no sono. Resolvi pegar algumas de minhas esculturas para brincar, colocando-as debaixo do cobertor.

Percebo um mexer ao meu lado, e viro de relance achando que podia ser meus pais. Mas era Rebekah, que me olhava com os olhos marejados. Levantei e fui até ela, afim de acalmá-la.

- Acalme-se. É só uma tempestade. Não tenha medo, não a deixarei te machucar.

Falei, tentando passar confiança pra ela. Um dos pontos fracos de Rebekah eram as noites de tempestade. Pensei em como poderia ajuda-la, e então me lembrei de uma de minhas novas esculturas. Virei-me até a cômoda para pegá-la, e antes de chegar lá ouvi Bekah me pedindo pra não deixa-la.

Peguei um cavaleiro que havia esculpido para o papai, e voltei minha atenção para minha irmãzinha.

- Eu esculpi isso para o pai, é um cavaleiro corajoso. Agora você também pode ser corajosa.

Rebekah aceitou o cavaleiro de bom grado, abrindo um sorriso quase que instantaneamente, e apertou forte em seu peito.

- Ficará comigo até a tempestade acabar?

Perguntou- me, agora já parecendo bem melhor. Segurei sua mão na minha, apertando de leve.

-Sempre ficarei com você, Rebekah. Não importa o que aconteça.

Falei, e então fiquei ali próximo dela, até que minutos depois ela pegou no sono.