Seja minha escrita por Stéphanie Cribb


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente !
Enfim, depois de meses longe disso tudo aqui estou de volta (:
Peço mil perdões e estendo se vocês estiverem chateadas(os) comigo. Eu não dei nenhuma explicação, eu acho (não me lembro kkkk), simplesmente sumi. De verdade eu peço que me perdoem e compreendam que as coisas na faculdade ficaram um pouquinho mais puxadas... Eu estava sob uma pressão maior, precisava passar em todas as matérias (amém, consegui finalmente) e não tinha tempo para pensar em fanfic. Eu não sabia nem como continuar a história...

Chega de lenga lenga e vamos ao que interessa hahaha, mas não deixem de ler as notas finais (;



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Naquela manhã de sexta feira, Mercedes acordara incrivelmente cansada. Seu corpo doía e ela na sabia o por quê... Talvez fossem os saltos enormes que ela usava durante o dia, talvez o estresse e a grande quantidade de trabalho no escritório naquela semana que passara voando, ou talvez fosse apenas um alerta de TPM. Os três dias antes da sua menstruação lhe davam uma dor absurda por todo o corpo e a fazia comer compulsivamente. Depois de desligar o despertador checou o calendário do telefone e teve certeza de que a última opção estava correta.

Depois de soltar murmúrios de reclamação, levantou bem devagar e, ainda, de olhos fechados. Então olhou-se diante do espelho que havia em seu quarto. Sentiu-se feia e gorda, mas aquilo era normal considerando seu estado hormonal naquele momento. O cabelo estava feio e ela não sentia nenhuma vontade de se arrumar. Olhou mais uma vez o relógio e viu que, se quisesse chegar cedo no escritório, não daria tempo de lavá-lo. Então ela pegou seu melhor jeans e sua blusa social mais decotada e se dirigiu ao banheiro. Após a ducha quente, arrumou-se e, sem muita vontade, prendeu o cabelo em um alto rabo-de-cavalo.

Seu café da manhã fora literalmente uma xícara de café. Já era sete e meia da manhã e ela não sabia o que encontraria no trânsito... Depois de escovar seus dentes, pegou a bolsa e as chaves, e correu para o lado de fora do apartamento – onde esperou o elevador. No corredor encontrou um vizinho. Aquele rapaz abusado de 16 anos que vivia com seu skate na mão.

– Bom dia senhorita Jones. – Ele a cumprimentou na porta do elevador com um sorriso no rosto e um tom malicioso.

Mercedes não estava com paciência para gracinhas naquele dia. Muito menos para uma criança de 16 anos. Ela o olhou pelo canto do olho e voltou a fitar a porta do elevador que demorava uma eternidade para chegar. Não se seu ao trabalho de responder-lhe o bom dia e quando o elevador chegou, esticou seu braço para abrir a porta. Foi, porém, surpreendida pelo jovem que a alcançou primeiro.

– Primeiro as damas. – Ele tentou ser galanteador e Mercedes revirou os olhos.

Por sorte a distância entre sua cobertura no quarto andar e o térreo não era muito grande. Mesmo assim, o tempo que ficaram ali dentro em silêncio foi o suficiente para criar um clima de desconforto uma vez que o rapaz não deixava de encarar a bunda de Mercedes.

Aquele pequeno assédio era praticamente constante e, especificamente naquele dia, Mercedes estava sem paciência para atrevimentos. Podia estalar-lhe a mão no rosto, mas não teve paciência. Quando, então, resolveu dizer-lhe algumas palavras feias, a porta do elevador se abriu e ela congelou por alguns instantes com o dedo indicador no ar. Revirou os olhos e saiu do elevador escutando a risada do menino. Dirigiu-se apressadamente para o estacionamento e, quando passou de carro pela portaria, despediu-se do porteiro.

**

Naquela manhã Sam acordara animado. Era sexta feira, mas pensando bem seu sorriso não tinha premissas neste fato. Ele não sabia o porque, apenas acordara assim: cantarolando e contando os segundos para começar a trabalhar.

Seu apartamento ainda estava uma tremenda bagunça e ele continuava sem se importar. Depois que tomou seu banho apenas correu para a cozinha e fez dois ovos mexidos que acompanharam duas panquecas e um copo de leite. Mais alguns minutos e ele já estava pronto. Nunca se preparara tão bem e tão rápido para ir trabalhar.

Pensou, ao sair com o carro, que nada nem ninguém iria atrapalhar seu dia ou estragar sua inexplicável felicidade. E assim foi. Ele enfrentou um pequeno engarrafamento que lhe roubou vinte minutos durante o trajeto, mas não conseguiu nem revirar seus olhos mostrando impaciência. Ansioso e parado no meio da pista só conseguia bater os dedos musicalmente no volante e cantarolar Everybody Wants to Rule the World que soava na rádio...

Finalmente chegara ao seu destino. Cinco minutos e meio de atraso que não lhe custariam caro, já que ele mesmo era seu chefe. Seus trabalhos estavam adiantados, mas ele queria fazer mais. Depois de dar bom dia para os seguranças do prédio e esperar que o elevador o levasse até o quinto andar, Sam pôs-se a revisar algumas plantas recentemente acabadas e alguns projetos que ainda não estavam desenhados.

Seu escritório era rodeado por quatro paredes brancas e um piso coberto por um carpete verde musgo. Em três cantos da sala haviam um vaso de plantas e no quarto duas estantes. Haviam livros, enciclopédias, retratos e, especificamente em uma prateleira, sua coleção de mini carros antigos. Havia também um sofá de couro na cor marrom, e do lado oposto a mesa de desenho. Sua mesa de trabalho tinha o tampo feito de vidro e sua cadeira se assemelhava ao sofá.

Às onze da manhã, a mesa estava repleta de papéis que se resumiam em projetos e mais projetos. A mesa de desenho ainda não havia sido tocada... Sam resolveu passar toda a sua manhã dando atenção à parte teoria de seu trabalho para só depois do almoço começar a rabiscar os sonhos de uma família ou de alguma companhia ou agência.

Quando o relógio apontou meio dia e meia seu estômago deu sinal de vida e ele lembrou, instantaneamente, que não falara com seu amigo Blaine. Seu escritório ficava no fim daquele corredor e eles costumavam se encontrar sempre pela manhã quando Sam fazia uma pausa no trabalho e ia até o hall de entrada de seu escritório – onde ficava a secretária – e tomava um café. Isso ocorria às nove da manhã e Blaine estava sempre ali, mas não ousava chamá-lo. Não queria interromper seu trabalho. Naquele dia, Sam não se lembrara de do café e nem do amigo.

– Blaine ?! – Sam perguntou com o telefone grudado na orelha depois de discar uns números e ouvir o amigo atender.

– Oh Sam, é bom saber que está vivo. – Disse tentando ser um pouco engraçado e deixando de lado a planta que estava analisando. – Passei aí em frente às nove e só vi sua secretária bem concentrada em alguma coisa naquele computador.

– Acredite ou não hoje eu acordei mais determinado do que qualquer outro dia. Parece que injetaram doses infinitas de cafeína no meu sangue... Não consigo parar desde que cheguei. – Sam explicou-se tentando controlar a ansiedade em sua voz.

– Não exagere. – Blaine não levou tão a sério o que o amigo disse.

– É sério Blain... – Ele ia falar mais e mais.

– Ok, ok... Vamos almoçar ou você vai ficar me contando sobre seu ataque de ansiedade ? – Fez o amigo rir.

– Te encontro lá em baixo em dois minutos. – Respondeu rápido e desligou o telefone.

Almoçaram no restaurante de sempre. Aquele mesmo no qual haviam estado com Puck no início da semana. Chamava-se La Place e era extremamente bem conceituado.

Eram por volta da uma da tarde quando eles chegaram ao local e, infelizmente, Sam não esbarrou com aquela mulher baixa, de pele negra e pernas grossas. Estranho foi entrar no restaurante pensando justo nela... Mais estranho ainda foi ter passado a semana inteira pensando nela. Não que ele estivesse interessado. Sam gostava sim de mulheres e teve sua fase mulherenga, mas aquela era enigmática. Ele não sabia explicar como, mas ela tinha algo que o agradava, que o atraía feito um ímã.

Depois de comerem e trocarem algumas ouças gargalhadas, pediram um café e Sam contou a seu amigo sobre uma decisão que tomara.

– Eu resolvi procurar a advogada de Puck. – Confessou, enquanto adoçava sua bebida, ao amigo que acabara de saborear um gole daquele café. Blaine quase engasgou.

– Ora, até que enfim ! – Sorriu. – Eu espero que ela seja realmente boa e que vocês se dêem bem juntos. É sempre bom manter uma relação estável com quem cuidará da parte burocrática do nosso trabalho, não é ?! – Falou naturalmente.

– Sim. – Sam respondeu-lhe tentando conter sua empolgação. – Acordei hoje e uma das primeiras coisas que pensei foi em ligar para ela... Não sei, algo aconteceu e eu resolvi seguir se conselho. Talvez você tenha sido insistente e convincente demais. – Riu enquanto atritava uma pequena colher dentro da xícara cheia do líquido preto.

– Hm... – Blaine murmurou com a sobrancelha franzida. – Fico feliz de finalmente ter te convencido. – Disse com um tom de voz subjetivo que quase escondia uma certa desconfiança.

Por fim, depois de terminarem voltaram ao prédio no qual se localizavam seus escritórios. Pegaram o elevador juntos e pararam em frente à porta de vidro que dava acesso ao hall de entrada da sala de Sam. Se despediram depois dele pedir a Blaine que não o esperasse para ir embora, pois tentaria agendar um horário ainda naquele dia com a tal advogada.

Continuou as análises sobre seus projetos e atendeu duas ligações de seus clientes... Naquele dia não receberia nenhuma visita de nenhum deles então foi fácil terminar tudo pouco depois das três da tarde. Foi quando ele finalmente tirou um cartão da carteira. Aquele mesmo cartão que Puck lhe entregara, onde estava grafado o nome Mercedes Jones logo abaixo do nome da empresa e seguido e dois números de telefones.

Não soube explicar como nem porque seus músculos ficaram tensos e ele precisou respirar fundo antes de tirar o telefone do gancho e começar a digitar os números. Esperou alguns instantes e deixou que o telefone chamasse cinco vezes. Ninguém atendeu e seus músculos se contraíram mais. Pensando melhor, tentou mais uma vez. Na terceira chamada escutou uma voz feminina lhe atender.

– Nova Iorque advogados, boa tarde ! – Assustou-se lentamente, pelo simples fato de não estar preparado, naquele momento, para o caso de alguém lhe atender. A moça do outro lado esperou, pacientemente, alguns segundos até que o ouviu clarear a garganta.

– Olá. Hm, eu gostaria de agendar uma hora com a senhorita Mercedes Jones. – Ele disse olhando fixamente para o cartão e sentindo a força daquele nome soar. – Hoje se possível – completou.

– Um minuto. – A moça que parecia ser nova, folheou uma das agendas até encontrar a data correta. – É vara de família ou administrativo ?

– Oh... administrativo. – Revelou e a senhorita do outro lado checou para ver se aquela era a agenda correta.

– Só um minuto. – E então ela deixou aquele telefone de lado e, com a ajuda de outro aparelho, discou dois números que fizeram um som estridente no escritório de Mercedes. – Senhorita Jones ?

– Diga, Rebecca. – Ela respondeu-lhe sem desviar a atenção do que fazia.

– Um senhor na linha deseja marcar horário para hoje. O caso dele é administrativo, e o único horário que temos é às quatro e meia...

– Ótimo, marque. – Mercedes a cortou e a ouviu soltar um tímido “tudo bem.”

Depois de desligar, Rebecca tomou o primeiro telefone de volta.

– Senhor...?!

– Sam. Samuel Evans.

–Ah, senhor Samuel... Agendado para hoje às quatro e meia. – Sorriu mesmo que ele não pudesse vê-la.

– Ótimo, obrigada. – Ele também sorriu.

– Tenha uma boa tarde


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Notas finais do capítulo

Então gente, espero que tenham gostado... Esse capítulo está bem friozinho. O final consegue ser um pouquinho mais morno só para prepara vocês pro capítulo seguinte haha...

Falando nisso, gostaria de dizer que, como o capítulo 3 tinha ficado bem bem grande, eu o dividi. Sendo assim, tenho parte do capítulo 4 já pronto, porém não tenho a mínima ideia de quando ele será terminado e postado porque tenho que voltar a repensar a história etc...
Até o próximo capítulo.



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