— ESTÁ TUDO BEM MESMO? — Indagou Elfman pela milésima vez.

— Está, Elfman! — Gritou Evergreen. A paciência tinha ficado para trás há muito.

— Mas e se ocorrer algum acidente? E se você escorregar? E se...

— Pelo amor, só vou ao banheiro!

— Banheiros são lugares muito perigosos. — Afirmou.

A fada apenas revirou os olhos.

— Perigosa é como a situação vai ficar se não largar da minha mão neste instante.

O moreno nem parou para pensar e soltou a mão da amada.

— Ever, só estou pensando no bebê! — Esclareceu.

— De uma maneira muito exagerada. Espere um pouco. — Pediu. — Preciso mesmo usar o banheiro.

O Strauss contou os segundos — vulgo ele, horas — em que a moça permaneceu lá dentro, esperando-a sair.

— Por que demorou tanto? Já estava começando a ficar preocupado! — Exclamou ao vê-la atravessar o batente.

— Você tem que relaxar. Estamos esperando um bebê, não uma lacrima relógio prestes a explodir.

Tomou a mão dela entre as suas e guiou-a até uma cadeira de balanço.

— É aí que se engana Ever. Bebês são lacrimas relógios! Eles podem vir a qualquer momento, explodindo sem qualquer aviso.

— É, porém essa “lacrima” aqui — passou a mão pela barriga do tamanho de um melão —, ainda vai levar uns meses para explodir. — Ajeitou os óculos. — Tudo o que podemos fazer no momento, é esperar.

— Fico tão preocupado. — Admitiu. — E se acontecer alguma coisa? E se ele não for um verdadeiro homem?

— Tenho certeza que será um ótimo homem. Ainda mais porque vai ter o melhor no assunto para instrui-lo. — Beijou a testa do marido. — Ah!

— O que foi? — Perguntou surpreso com a exclamação repentina.

— Ele sabe que estamos falando dele. Vai ser alguém bem forte, pela intensidade do chute.

O moreno ajoelhou-se perante a mulher, encostando sua cabeça no ventre e deixando um sorriso tomar-lhe a face.

— Como o pai. — Completou. — E vai ser elegante.

— Como a mãe. — Evergreen sorriu, acariciando o cabelo do marido.

— Vai crescer bem, não é?

— De maneira alguma. Vai crescer belamente. — Corrigiu. — Afinal, é o nosso pequeno botão de flor.

Elfman sorriu para ela.

— Tem razão. Espero ser um bom pai.

— Vai ser, tenho certeza. — Beijou a testa do amado.

E passaram o resto da tarde bolando planos para o futuro bebê que — rezava Mira — seria uma bela criança. E uma criança que, florescendo do nada, tornara três um número mais que aceitável para os dois.