Small absence forever... escrita por Joana Emília


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ola povo essa e a minha primeira one-shot espero que gostem! Tem mais de dois meses que eu estava esperando pra postar, finalmente tomei coragem! Boa viagem ao mundo estranho turbulento e emocionante de Percabeth!



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Pequena ausência uma eternidade...

Finalmente no avião, depois de mais de um ano de sofrimento, depois de muita saudade, depois da depressão, Annabeth estava voltando para sua ilha, para sua Manhattan.

Na florida tem mais mato que pessoa, esse era o seu pensamento. Na escola de lá os meninos não a respeitavam e as meninas, nenhuma delas, a queria por perto. Resumindo, nada de amigos. Na sua antiga escola ela tinha um namorado que a protegia de tudo e de todos, as meninas a admiravam, usavam ela como exemplo, apesar dela não gostar muito disso. Annabeth não é super bonita, mas é muito inteligente.

Há dois meses (outubro) Annabeth teve uma depressão de duas semanas e foi por isso, e só por isso, que seu pai convenceu sua madrasta a voltar para Manhattan.

Olhando pela janela do avião só imaginava se seu namorado, quer dizer, ex namorado, ainda se lembrava dela, se o amor entre os dois ainda existia. Pelo menos de sua parte sim, mas e da parte dele?

Annabeth sentiu um frio na barriga e percebeu que o avião estava iniciando o processo de decida, avistou o Empire State Building e o piloto com a voz rouca informou pelos autos falantes:

– Senhores passageiros, aqui é o capitão Jason Grace. Mantenham-se sentados e com os cintos afivelados, dentro de 5 minutos estaremos completando o processo de aterrisagem. Obrigado.

Nesse momento seu coração acelerou, queria chorar, mas já havia gastado seu estoque de lagrimas no período da depressão.

– Pai, quando chegarmos podemos ver minha mãe? - Perguntou a menina para o homem de aparência gasta, mas bonito, que estava sentado ao seu lado.

– Vou pensar – Respondeu cabisbaixo – Mas Annabeth, você acha que Atena vai ficar contente em nos ver?

– Pai ela pode não ficar feliz, mas é minha mãe.

Dezessete minutos depois já estavam na sala do desembarque, pegou sua mala e ajudou seu pai com as outras. Já na saída do aeroporto sua madrasta pediu que vigiasse as bagagens enquanto levava seus irmãos ao banheiro, Annabeth ficou sozinha, já que seu pai havia ido alugar um carro. Ficou ali parda por alguns minutos, então sentiu alguém se aproximando por trás e o cheiro de maresia invadiu suas narinas, sentiu uma respiração em seu pescoço e se virou automaticamente, abraçando o garoto moreno musculoso de olhos verdes e cabelo desgrenhado. Nem precisava olhar em seu rosto para saber quem ele era, cerrou os olhos e queria ficar assim por um tempo, mas:

– Sabidinha! Quanto tempo – disse Percy se afastando da loira, ela olhou nos olhos dele.

– É. Quanto tempo cabeça de alga!

– Oi – disse a garota com cabelos lisos e olhos azuis, aparentando ser punk.

– Quem é você? - perguntou Annabeth bem confusa.

– Anni essa aqui é a Thalia Grace, minha namorada – Percy falou aquilo com desgosto. Ele gostava muito de Thalia, mas no segundo em que ele viu Annabeth o encanto foi quebrado. Ele estava sentindo seu estomago revirar-se.

– Sua namorada – Annabeth repetiu.

– Sim, ele me apresentou como Thalia, mas pode me chamar de Thals - Comentou a menina de olhos azuis.

– Você e parente do piloto do avião? - Perguntou Annabeth do nada.

– O Jason?

Annabeth fez que sim com a cabeça.

– Ele é meu irmão, que coincidência você ter vindo logo com ele.

– Desculpe a intromissão, mas você é alguma coisa de Zeus? Sabe? O que é marido da modelo Grace? Da empresa de maquiagem Zeusa Fabulouse?

– Sou. Ele é meu pai.

– Humpff até isso!

Annabeth estava prestes a explodir, todos podiam ver isso, principalmente Thalia.

– Ham... que clima tenso – debochou Percy.

– E né – Annabeth rebateu.

– Percy, você me disse que ela era uma amiga – Retrucou a garota.

– É uma amiga! - Annabeth confirmou antes que o menino pudesse se defender – Agora somos amigos, mas antes ele era meu namorado.

Percy tentou falar, mas Thalia o cortou.

– Tá explicada essa tensão toda, e só por curiosidade: quanto tempo vocês ficaram?

Percy mas uma vez tentou responder, mas foi impedido por Annabeth, que respondeu antes.

– Nós não ficamos, nós namoramos por quatro anos, e vocês estão juntos há quanto tempo?

– Nós estamos juntos há quase um ano, 11 meses pra ser exata – Thalia disse.

Por um lado Annabeth estava feliz, Percy esperou um mês se passar antes de a esquecer.

– Não vejo o sentido da conversa – Disse Annabeth.

– Nem eu, vou embora – Thalia se virou e começou a andar – Você vem Percy?

– Já vou! Tchau Annabeth – Ele a beijou no rosto e calafrios percorreram o corpo dos dois, Annabeth o afastou sem dizer uma palavra e ele seguiu a morena pelo saguão.

Depois dessa conversa Annabeth foi pra casa, a mesma de um ano atrás, depois de um banho relaxante deitou-se em sua cama, mas não conseguiu dormir. Um pouco antes das 22 horas seu pai apareceu na porta do quarto.

– E ai querida? Feliz?

Annabeth não respondeu.

– Te entendo, isso tudo e por causa daquele menino, o Peter né?

– Pai! Você sabe muito bem que é Percy.

– Eu só queria ver se você falava.

– Humpf!

– Fiz mal telefonando pra ele?

– Não papai, está tudo bem...

– Você não me convenceu, mas eu tenho uma boa notícia, vai estudar na mesma escola.

Os dois ficaram ali conversando sobre a mudança e a depressão enquanto Percy ficava olhando para o celular pensando em ligar, mas não tinha coragem. Ele queria muito mesmo, mas o primeiro encontro dos dois depois desse tempo afastados sem contato algum foi horrível, Percy não teve a ideia de levar Thalia, ela insistiu em ir junto. O celular vibrou e no visor apareceu.

“Nova mensagem de Anni”

Percy hesitou, mas acabou abrindo a mensagem, era tentador demais, e nela estava escrito:

Percy este é o seu número ainda?

Ele rapidamente respondeu:

Sim, não mudei de número. E vc tbm não.

De: Anni

A... '_'

De Percy:

Vc já decidiu onde vai estudar?

De Anni:

No mesmo lugar.

De Percy:

Vamos comemorar amanham? :?

Lugar de sempre? ;D

Annabeth digitou: Não valeu, não estou afim de sofrer.

Mas acabou respondendo outra coisa:

De Anni:

Pode ser! :| Saudades!

Como sou burra, pensou Annabeth.

Duas semanas se passaram, o encontro deles foi até legal, se você não contar as indiretas de cinco em cinco minutos. As aulas começaram na segunda e os dois não ficavam tão juntos, mas mesmo assim, às vezes era bom pra Annabeth ficar perto desse menino tão amoroso e caloroso.

Eles só tinham duas aulas juntos: A de química, onde a Thalia também estava, e a de matemática que era a única aula dos dois sozinhos realmente. Percy usava todas as desculpas possíveis para ficar perto de Annabeth, até a desculpa do deficit de atenção e da dislexia. Annabeth era muito inteligente, só que ficar perto dela o atrapalhava ainda mais, ele só prestava atenção nos lábios e nos cachinhos loiros caídos sobre o ombro da menina, às vezes ele ficava com muita vontade de beijá-la, mas a culpa caia sobre seus ombros...

Outra semana se passou, nos corredores da escola Annabeth sempre tentava se esconder de Percy, atrás de pessoas, portas de armários abertos ou até mesmo do bebedouro, ela nunca ficava mais de um minuto perto dele com medo bobo de cometer alguma loucura, como beija-lo… A aula de matemática estava se tornando um sofrimento eterno, Annabeth contava os segundos até o sinal tocar.

Já era quinta feira de uma outra semana, ou seja, já haviam se passado quase quatro semanas. Leo, um garoto do nono ano, estava começando a dar em cima de Annabeth, e Percy estava ciente disso. No meio da aula de química, com Thalia ao seu lado, Percy falou com a loira que estava a sua frente.

– Acampamento meio-sangue sexta à noite?

Annabeth sabia que o moreno falava com ela, mas não virou o rosto, apenas respondeu:

– Não sei não.

– Por favor Sabidinha! Não me faça insistir.

Ciente de que Thalia escutava tudo, Annabeth se virou e encarou Percy nos olhos.

– Passa lá em casa à noite.

A menina dos olhos azuis escutou tudo aquilo de boca calada, só encarando o namorado, que nem deu satisfações.

Sexta à noite Annabeth já estava toda arrumada esperando o dono dos olhos verdes chegar, ele já estava atrasado, mas ela o conhecia muito bem para saber que não era de propósito.

Percy de longe avistou a linda garota na calçada o esperando, parou em frente a ela, que abriu a porta do carro e entrou sem ao menos esperar que ele a ajudasse.

– Vamos rever nossos amigos? - Perguntou o garoto entusiasmado.

– Vamos!

Foi a única coisa que eles conversaram o caminho todo até o acampamento. Esse era o lugar preferido deles, era um simples acampamento de verão, mas toda sexta feira virava quase uma balada ao ar livre. Percy desceu do carro e dessa vez abriu a porta pra loira, os dois achavam esse lugar muito bom, pois cada festa tinha um tema diferente. Annabeth, olhando para o pinheiro gigante na entrada, lembrou-se da última vez que tinha vindo ali, a decoração era de desenho animado e a arvore estava cheia de bonequinhos de pelúcia pendurados, de todos os desenhos possíveis. Dessa vez a decoração estava bem diferente: A arvore estava com alguns símbolos pendurados em suas folhas: Corujas, Pombos, Ondas, Cobras, Raios, Fogueiras, etc..

– Grego – Disseram Percy e Annabeth juntos, em seguida se olharam meio desconfortáveis.

Como o lugar era um acampamento, possuía vários chalés espalhados, cada qual com um número gigante acima da porta, eram 13 no total. Percy adorava ficar no chalé 3 depois de curtir um pouco a festa e hoje cada um em homenagem a decoração da festa ganhou um nome e por coincidência o chalé 3 ganhou o nome de Poseidon, o nome do pai de Percy. O chalé 6 ganhou o nome de Atena, o nome da mãe de Annabeth, sim, os nomes de seus pais eram iguais ao dos chalés em homenagem aos deuses gregos, isso era só mais uma das coincidências entre os dois.

Annabeth ficou surpresa quando Percy a arrastou pra dentro do chalé 9, o mais próximo, que esta noite recebia o nome de Hefesto. Ele se sentou na porta e a convidou para se juntar a ele, ficaram sentados ali quase a metade da festa, vários amigos antigos passavam por eles e sempre faziam perguntas sobre a viagem, mas uma menina que costumava ser a melhor amiga de Annabeth perguntou algo diferente dos outros:

– E ai os dois pombinhos já se acertaram?

Percy ficou vermelho e Annabeth sem graça balançou a cabeça na negativa.

– Um! Que pena. Mas os dois vão ficar juntos de novo se depender de mim!

– Piper! - Annabeth ameaçou se levantar – Ainda tem o mesmo apelido?

– Sua sem graça, pensei que ia me matar. Afrodite é meu segundo nome Baby, se um dia alguém esquecer disso, é porque não sou mais eu.

– Agora Afrodite nos de licença – Percy expulsou-a.

– Sozinhos novamente – Cochichou Annabeth.

Percy nem escutou, o olhar dele estava longe, e ele prestava bastante atenção na musica que tocava. Annabeth começou a sentir aquele medo de cometer uma loucura, afinal ela estava muito mais de um minuto perto deste ser humano. Percy encostou a cabeça no ombro de Annabeth, o toque fez com que o medo de Annabeth aumentasse descontroladamente e Percy sentiu um frio na barriga, criou coragem e disse:

– Terminei com Thalia hoje de tarde – Ele deu uma pausa – Pra falar a verdade ela terminou comigo.

Annabeth sorriu, nem sequer tentou disfarçar.

– Posso perguntar o porquê? - A loira ainda sorria.

Luke.

– Já entendi tudo, não precisa falar mais nada.

Os dois ficaram mudos de novo por longos cinco minutos.

– Como foi que terminamos mesmo? - Perguntou Percy ainda nos braços de Annabeth.

– Não terminamos, eu fui embora sem falar nada. Achei melhor assim.

Percy se controlou pra não sair dali e precisou usar toda sua força de vontade.

– Ah tá.

– Porque a pergunta?

– É que eu queria ter certeza que não tinha terminado com você. Não me perdoaria nunca se eu tivesse tido a coragem de terminar com o amor da minha vida.

Percy levantou-se e olhou bem nos olhos de Annabeth, que estavam cinzas como sempre, radiantes como eles deviam estar todos os dias. Annabeth estava esperando um beijo desde que havia chegado, era ela que sempre tomava as decisões e era ela que quase sempre tinha as atitudes, enfim achou a oportunidade e foi se aproximado dele cada vez mais, então Percy a puxou e ela sorriu. Finalmente o beijo tão esperado pelos dois aconteceu... com muita intensidade, um beijo de saudade, ainda assim do jeito mais carinhoso que um beijo pode ser.

Depois disso a festa foi sensacional. Percy levou Annabeth em casa, do lado de fora do carro se despediram com um beijo bem longo, demorado e sufocante. Uma voz feminina veio da janela do segundo andar.

– Isso são horas de chegar em casa Annabeth? - Perguntou Atena.

– Mãe? O que está fazendo aqui?

– Não posso nem visitar a minha filha mais, quando chego ela está na rua se pegando tarde da noite com uma cria de Poseidon.

– Foi mal trazê-la tão tarde senhora Atena – Debochou Percy.

– Vocês não estavam separados? - Perguntou a mãe da menina.

– Estávamos! - Confirmou Annabeth dando ênfase à palavra.

– Ah eu não acredito! Você me persegue Perceu Jackson...

– Persegue... Perceu...

– Porque tens o prazer de me irritar?

– Você acha que tenho o maior prazer nisso? – Perguntou o garoto rindo, fazendo com que Annabeth o acompanhasse.

– Sua criatura mística.

– Mamãe! Isso é jeito de falar com meu namorado? - Annabeth tentou defendê-lo.

– Pode deixar, eu sei que ela me ama, Anni.

– Subam os dois, não quero ficar gritando da janela pra dar bronca em vocês!

E lá dentro a discussão continuou como sempre era antes e sempre vai ser...


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Notas finais do capítulo

Comentários? Ajudaria muito! Beijos ate a próxima que vai ser de Thalico...