POV Dan

Estava na rua conversando com um amigo meu, tínhamos acabado de sair de uma festa a qual minha prima me convidou e estava de noite.

– Irei que pegar outro rumo pra chegar em casa, mas foi muito divertido. - diz ele com um sorriso no rosto

– Concordo, até mais!

Acenamos para nos despedir e cada um foi para seu lado, fiquei com um pouco de tédio por ter que andar o resto sozinho mas tudo bem. Quando estava chegando em casa encontrei uma garota, sua aparência era jovem e seus olhos eram claros, ela estava sentada e encostada na cerca da minha casa.

– O que faz aqui? – pergunto me ajoelhando

– Não sei... - diz ele com um tom baixo de voz e cabisbaixa

“Ela pode ter sido abandonada por alguém portanto não quer falar, melhor deixá-la...” - pensei

Quando estou prestes a abrir o portão de casa pergunto:

– Qual seu nome?

– Nerissa, obrigada por perguntar – ela olha pra mim e dá um leve sorriso

– De nada - retribuo o sorriso

POV Mãe de Dan

Estava sentada na mesa esperando por Dan, até que vi ele abrir a porta.

– Chegou mais tarde viu mocinho... – digo brincando

– Terá que se acostumar Sra. Aurora – ele ri

Depois de um curto silêncio, resolvo perguntar:

– A propósito, escutei umas vozes suas lá fora... estava conversando sozinho?

– Não mãe, estava conversando com uma menina lá fora. Por quê?

– Nada não...

“Deve ser um amigo imaginário, melhor deixá-lo...” - pensei

POV Dan

Subo as escadas e me jogo direto na cama, no criado-mudo minha mãe colocou um lanche para que eu não dormisse com fome, ela realmente se preocupa comigo...

Minha mãe veio ao meu quarto e me deu um beijo de boa noite, assim como meu pai logo em seguida. Ambos foram dormir, e após ter comido o lanche fechei levemente os olhos e quando notei já havia adormecido.

Estava andando no parque no qual brincava quando criança que era rodeado por árvores e flores, porém como estava escuro não ficou tão visível, sentei em um balanço que estava meio acabado, porém toda vez em que sentava no mesmo me lembrava da minha infância.

Me virei para o lado e vi Nerissa de costas em um vestido branco.

– Está me seguindo?

Ela fica em silêncio, porém vira para a frente ainda cabisbaixa.

– O que houve?

Ela se mantém calada, mas dessa vez me levantei e me aproximei dela, foi a cena mais apavorante da minha vida.

Ela levantou a cabeça de uma vez, seus olhos ficaram vermelhos e começavam a sangrar sem parar enquanto ela dava um horripilante sorriso.

Me afasto lentamente e começo a tremer e ter náuseas de vomito, pois tenho hemofobia desde aos 6 anos. Ela se aproxima no mesmo ritmo e tira uma faca de uma bolsa a qual ela segurava. Ela sussurra meio rouca na minha orelha:

– Sou seu pior pesadelo

Quando ela apontou a faca no meu peito, senti uma agonia constante e abro os olhos. Estava ofegante e com o corpo todo suado, mas pelo menos aquilo era só um pesadelo.

No qual me virei para o lado vejo Nerissa na porta, me encarando e tirando a mesma faca.

– Não faça isso, por favor! – imploro gritando, tentando segurar a faca apesar de saber que não adiantaria, e quando notei ela já tinha avançado e a faca já estava no meu peito.

– Por... que ... fez... isso?... – foram as últimas palavras antes de minha morte.

Segundos antes de morrer, vi ela deixar a faca do meu lado enquanto fechava seu sorriso.

POV Narradora

Seus pais ficaram completamente chocados e tristes pela situação, não queriam aceitar de forma alguma aquilo ter acontecido...

Chamaram a polícia, foi confirmada a morte e identificada como suicídio, tanto familiares quanto os amigos ficaram abalados com a situação e ele foi enterrado. A sua própria mãe (Aurora) começou a entrar em depressão.

Nerissa é na verdade um espírito de uma garota que foi abandonada na infância, após sofrer tanto nas ruas ela é assassinada pelo serial killer da cidade em que vivia. Nerissa escolhe a dedo pessoas para vê-la e perguntar seu nome, para que em seguida ela possa matá-las com o medo. Ela é mais conhecida como a garota dos olhos de sangue.

“Sou seu pior pesadelo”