Bella Volturi - o Novo Crepúsculo escrita por Secreta


Capítulo 28
Eurídes


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Desculpa a demora, tive simulado, e ai vêm as bimestrais, ou seja: ESTOU PERDIDA! EEEEEEEEEEH!

Mas eu não iria abandonar vcs né? NUNQUINHA!


Leiam e arrasem gatas, -q



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O tempo nos mata e nos fortalece. Ele é um verdadeiro duas caras, traiçoeiro... Mas com equilíbrio e manha conseguimos tê-lo a nosso favor; basta usá-lo com sabedoria, e não como um objeto – relógio – qualquer, posto na parede daquela sua tia, ou avó...”

 

 

 - Espera... Então você é... Você é aquele cara que iria me treinar, as custas de eu ficar com o Simply?

 

 - Sim. – Suspirou, arrependido.

 

 - Perfeito! – Exclamei feliz. – Não terei que viver sem sanidade, e finalmente poderei ficar com minha família e com Violet agora. – Ao ouvir isso, a pequena sorriu para mim. – Vamos começar?

 

 - Quanto antes melhor. – Confirmou-me Eurídes.

 

POV BELLA

 

 Já faz uma semana desde que eu morri, ou quase morri. Não sei ao certo. Dias e mais dias... O que posso falar do tempo? Bem, ele me deixou mais forte. E me encharcou de saudades. Eu morro e vivo um pouquinho a cada dia; agora sim, acho que posso me considerar uma verdadeira morta-viva, pois me identifico com ambos.

 

  Meus dias são feitos para treinar. Treinar, treinar e... Um pouquinho de alegria quando Violet... Ah, ainda não consigo realmente chamá-la de filha, eu apenas... Sinto. Voltando, meus únicos momentos alegres são quando Violet vem me visitar. Ou quando Eurídes resolve parar um pouco o treino, para meu descanso – ainda não me recuperei totalmente do “acidente” -, e começa a falar sobre sua existência, vida, ou sobre como eu era em minha vida passada.

 

  No entanto, toda vez que pergunto coisas demais, ou investigo, ele se fecha, e diz que estou passando dos limites... Então eu apenas fico calada, remoendo o que consegui tirar dele.

 

  Localizando-me no espaço... Bem, estou em um acampamento minúsculo um pouco afastado do campo de concentração do Simply. Apesar de modesto e pequeno, o local onde me encontro possui um belo lago, e sua vegetação é deslumbrante. Poderia passar tardes devaneando, analisando cada parte daqui, se não tivesse um objetivo, um foco em minha mente: Treinar, destruir Simply, Will, e salvar o mundo.

 

  Não que eu queira ser algum tipo de mulher-maravilha, ou heroína do tipo. Mas esse é o único meio que vejo de justiça para todos. E de um final feliz. Sim, pois agora consigo avistar um, mesmo que as probabilidades não sejam lá animadoras. Eu ainda vejo a luz no fim do túnel.

 

  - Bella? – Eurídes chamou-me, interrompendo meus pensamentos.

 

  - Sim? – Respondi prontamente.

 

  - Está preparada para começar o treino de arco e flecha? Já descansou? – Indagou-me enquanto seus olhos vasculhavam-me a fundo, talvez com a intenção de conferir se eu não estava dissimulando a verdadeira situação.

 

  - Estou pronta. – Declarei, enquanto me levantava habilidosamente do chão.

 

  - Ótimo, me siga, hoje vamos treinar em outro local. – Ele avisou-me enquanto sorria travessamente.

 

  - Outro local? – Murmurei confusa, mas ao invés de me responder, ele pegou minha mão e foi me arrastando para o tal lugar.

 

  Assim, corremos por alguns minutos, até finalmente chegarmos. Fitei, fascinada, a paisagem. Era o ponto mais alto da área que abrangeria a guerra, com certeza. Que bela vista, o local, a natureza lá embaixo... E nós, aqui em cima, mero observadores. Muitos utilizaram tal lugar como ponto estratégico para a batalha. Mas eu... Eu o utilizaria para meditar, relaxar.

 

  - Uma boa escolha para treinar arco e flecha, com exceção do... – Senti a brisa um pouco forte demais atingir meus cabelos – vento. Eurídes sorriu e maneou a cabeça negativamente.

 

  - Quanto maiores as dificuldades, mais o treino renderá. E você é uma boa aluna, estou certo de que conseguirá. – Incentivou-me.

 

  - Como vidente, você é um ótimo treinador. – Revirei os olhos. Mas a história do vidente, lembrou-me Alice, e me fez baixar os olhos.

 

  - O que houve? – Eurídes me questionou ao notar, enquanto afagava delicadamente minha face com a ponta dos dedos.

 

  - Lembranças. – Eu disse simplesmente.

 

  - Quer fazer uma pausa? Caminhamos muito até aqui, suponho que esteja cansada... – Ele tentou desviar do assunto.

 

  - Não, tudo bem, vamos começar o treino. – Banquei a durona.

 

  O vampiro loiro limitou-se a sorrir, e deu as primeiras ordens:

 

  - Pegue o arco e a flecha. – Ordenou, já sério.

 

  - Ok. – Falei, quando já estava com ambos em mãos.

 

  - Posição. – Comandou. Agilmente, coloquei os pés um a frente do outro, deixando um espaço entre os mesmos, inclinei-me para trás de uma vez só, coloquei a flecha já em espera no arco, fitei o alvo, e finalmente atirei.

 

  A flecha passou perto do alvo. Bem, do círculo do alvo. Certo, eu estava muito ruim mesmo em arco e flecha! Maldito vento!

 

  - Droga de vento. – Resmunguei, chutando o chão.

 

  - Não o culpe. Quem não soube atirar foi você. – Eurídes comentou friamente.

 

  - Ah é?! Eu queria ver você acertar aquele alvo minúsculo com esse vento para ajudar! – O desafiei. Ele sorriu calmamente, e caminhou até minha direção, tomando-me o arco e a flecha da mão.

 

  - Observe e aprenda. – Sussurrou. Então fez as mesmas posições que eu, apenas com uma espiada a mais, e a flecha pairou sobre o MINÚSCULO alvo.

 

  - Ah, isso é jogo sujo! – Bufei. – Fiz as mesmas coisas que você, a diferença é que você tem séculos de prática só nessa existência, e eu... Bem, é minha primeira vez. – Argumentei, indignada com as vastas habilidades dele, comparadas as poucas minhas.

 

  - Não é só uma questão de prática. E eu estou aqui para ensiná-la. – Disse-me, e lentamente foi se aproximando de mim, sem desviar o olhar do meu. – Você está cometendo o mesmo erro de posição, que em sua reencarnação passada cometeu. – Comentou rindo.

 

  - Ótimo. – Falei, sem interesse de saber minhas trapalhadas da vida passada. Por que ele não desviava o olhar do meu? Hello... É falta de educação, camarada!

 

  - Não se preocupe. Acalme-se. Você foi uma das melhores arqueiras que conheci. – Declarou.

 

  - Sério? – Minha raiva cedeu, dando lugar a surpresa.

 

  - Sim... – Ele analisou-me. – Posição, vamos. – Comandou. Prontamente fiz os mesmos exercícios novamente. – Está vendo seus pés? Afaste-os mais, liberte-os, estão parecendo de mármore, endurecidos no chão. – O obedeci. – E antes de atirar, analise o alvo quantas vezes forem precisas, respire, relaxe. Não solte-o com força. No arco e flecha, a força é desnecessária. O que conta é a habilidade, a manha, o jeito. – Informou-me. Absorvi as instruções atentamente. – Faça. – Ordenou.

 

  Então, eu fiz. Posicionei pés, analisei o alvo, testei o arco, encaixei a flecha. Estava preparada. Respirei, drenando toda adrenalina que dominava meu ser.

 

  - Minha posição está correta? – Pedi.

 

  - Sim, muito bom. – Elogiou. – Só... – Prontamente, Eurídes enlaçou-me por trás, fazendo com que seus braços trabalhassem para apontar os meus para a direção correta. Também o fez com nossos rostos, aproximando... Err, um pouco demais o seu do meu. E, logo, sussurrou em meu ouvido fazendo-me arrepiar: Atire.

 

  E, de novo, o obedeci. A flecha voou, rápida e calmamente seguindo sua direção até atingir o alvo perfeitamente. Gritei, eufórica.

 

  - AHH! CONSEGUI! – Cantei alegremente, e pulei em cima de Eurídes, derrubando-o no chão, com a surpresa. Passamos um tempo nos encarando, olho no olho, um clima estranho, nos aproximando... Quando notei o que estava fazendo. – Ahn, desculpe. – Falei, enquanto me levantava prontamente, envergonhada pela cena.

 

  - Tudo bem. – Ele ria-se, ainda no chão. – Isso também aconteceu da outra vez. – Disse-me, sentando-se no chão.

 

  - Ah... – Assenti ainda envergonhada.

 

  Terminamos o treino, e ele indagou se eu queria ficar mais um pouco naquele lugar, e eu assenti, obviamente. Não perderia a chance de ficar mais um pouco naquele local tão... Maravilhoso.

 

  - É incrível como o ar aqui parece nos libertar de todos os problemas, erros... – Eurídes observou.

 

  - De tudo. – Concordei.

 

  - Em sua última vida, eu a trouxe aqui. – Ele suspirou. – Mas o tempo estava ensolarado. – Franziu um pouco o cenho. Ele olhava para o horizonte, perdido em suas lembranças. – No entanto, você já não apreciava tanto o vento. – Ele riu, e eu o acompanhei. Foi tão natural, tão simples, como um piscar de cílios. E, lentamente, Eurídes foi se aproximando de mim. Fingi não notar.

 

  - Como eu era, em minha última vida? – Eu o perguntei, para quebrar o silêncio.

 

  - Fisicamente? Porque psicologicamente creio que poucas coisas mudaram... – Falou.

 

  - Sim, fisicamente. – Pedi.

 

  - Seus cabelos eram dourados, que chegavam a parecer ouro quando iluminados pela luz solar. No lugar de olhos, você possuía dois diamantes. – Ele comparou. Confesso que fiquei lisonjeada, pois pelo que ele descrevia, eu parecia uma... Princesa? Não. Mas com certeza, uma garota bonita. É, com certeza. – Não vou descrever muito seu corpo, pois seria vulgar de minha parte, suponho. Mas posso afirmar que era bela e esbelta. – Ele sorriu para mim. – Mas, se tem uma coisa que não mudou... – Ele se aproximou, deixando seu rosto a centímetros do meu. – Foram seus lábios. Continuam rosados e cheios, como antes. – Eu já conseguia sentir sua respiração contra a minha, e era estranho. Eu não sentia vontade de desviar dele, sentia uma forte ligação. Mas em minha mente, só havia lugar para amar uma pessoa: Edward.

 

  Quando me dei por mim, Eurídes já havia colado os lábios aos meus. E foi então que tudo aconteceu. Uma enxurrada de lembranças começaram a passar num flash por minha mente. Deja vu.

 

  “- Felícia, juro por todos os mares, pelo céu, pela terra, por todos os elementos; eu te amo. Prometa-me que nunca me abandonará, que sempre será minha. – Eurídes pedia-me. E eu parecia entender.

 

  - Nunca o abandonarei, prometo. Mas que serei tua, isso já não posso prometer, Eurídes. Sabes bem que certeza não tenho de que um dia poderei amá-lo. E sabes que só me casarei com o homem que cativar a meu coração, antes dos olhos. – Argumentei. Então pude ter um vislumbre de mim mesma, de meus cabelos dourados, de minha pele branca e imaculada, de um vestido o qual eu reconhecia, azul-safira. Então aquela era eu. Eu era Felícia.”

 

  Me soltei do beijo de Eurídes, arfando.

 

  - Me desculpe, Bella, eu não... – Ele tentou argumentar.

 

  - Me conte tudo. Eu lembrei Eurídes, eu vi você e eu, aqui. Na verdade, eu como Felícia. Eu era Felícia não era? ME CONTE TUDO EURÍDES! Preciso saber! – Pedi angustiada.

 

  - Tudo bem. – Ele respirou profundamente. – Acredito que já está na hora.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews... Só o que peço...

Porque eu estou fazendo um esforço imenso para postar...

Espero que valorizem...