– Diz aí, Esquentadinha. Não sabe viver sem mim?- disse Pedro, brincalhão.

– Ô moleque, você não devia estar na escola não? Tô ficando cansada dessa perseguição, hein.- Reclamou Karina - Já tô tendo um dia péssimo, não preciso da sua presença pra piorar não.

– Calma, Esquentadinha. Pra começo de conversa, você que inventou de vir aqui. Em segundo lugar, eu mudei de horário. Ontem o Nando me convidou pra entrar na Ribalta, agora que ele é dono. Espero que você sobreviva sem minha beleza matinal pra te alegrar.

Karina não esboçou nenhuma reação. Estava triste demais até mesmo pra discutir com o rockeiro. Pediu um sanduíche natural e um suco de maracujá, enquanto olhava pra fora. Pedro estranhou o comportamento da menina. Trouxe o lanche dela e aproveitou-se para sentar-se junto da lutadora.

– Esquentadinha, que que houve com você? Não tá me xingando nem me ameaçando de morte. Tá tudo bem?

Karina estava pronta para, mais uma vez, agredí-lo verbalmente, mas uma coisa lhe chamou a atenção. Na rua, em frente a academia de seu pai, Bianca e Duca conversavam algo. Bianca deu-lhe um selinho e foi embora. Aquela cena fez com que os olhos de K enchessem de lágrimas. A garota simplesmente virou o rosto para não poder se magoar mais.

– Ei, ei, tá tudo bem com você? Desculpa te chamar de Esquentadinha- disse Pedro, sem jeito, achando que era sua culpa.

– Não é você, seu palerma. Ai, por que que eu ainda te dou atenção? Tô pagando de idiota enquanto a Princesinha tá com ele.

Pedro não assimilou a frase que Karina disse, pois ao olhar seus olhos lacrimejantes, percebeu o quanto os olhos da garota eram lindos. Ficou abismado com a beleza de seus olhos azuis.

Pedro tocou o rosto da menina que se surpreendeu com o toque e se aproximou.

– Ei, o que você tá... - Foi interrompida com um beijos de Pedro. Confortável, tenro e amoroso. Foi o bastante pra fazer K esquecer, nem que fosse por pouco tempo, os problemas que vivia