A Dança das Lâminas Rubras escrita por João Emanuel Santos


Capítulo 2
Princípio - Parte Dois.


Notas iniciais do capítulo

Fico feliz com o bom retorno logo no primeiro capítulo :D

Agradeço aos que deram uma chance para o conto, e aguardo vocês nos próximos capítulos!

Espero que gostem o/



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Após ser atacado por Sabrina, o nobre que entrara na estalagem de minha mãe decidiu que seria melhor fugir. Eu queria colocar os outros dois soldados inconscientes para fora, mas minha mãe me proibiu de fazer isso.

–Vocês dois, escutem. Se vocês são viajantes ou mercenários, eu não ligo. As taxas que nós temos que pagar basta pra nos manter preocupados, nós não precisamos de uma briga com o Senhor dessas terras – disse minha mãe, com o rosto vermelho de raiva.

–Tem razão, desculpe-nos pelos problemas. Nós vamos sair imediatamente – disse Gregório, andando até o saco que guardava a bagagem dele e de Sabrina. Apesar de estar mancando antes, ele agora caminhava normalmente.

Sabrina recolheu seu manto do chão de madeira e cobriu seu corpo novamente.

–Ei mãe! Por que está expulsando eles? Graças a eles aquele nobre nunca mais vai vir até aqui! – eu disse, em protesto.

–Silêncio Drystan! Vá buscar as moedas que esse homem lhe entregou pelas camas! – disse minha mãe.

–Isso não é necessário, peço que fiquem com as moedas, como pedido de desculpas – disse Gregório, passando a mão direita pela testa e puxando os fios de cabelo soltos para trás.

–Vocês! Ajudem-me a colocar esses soldados nas camas! – disse minha mãe, falando com alguns pescadores que estavam na estalagem.

Os pescadores se recusaram a ajudar. Alguns fingiram não ter escutado e continuaram a comer. Outros simplesmente levantaram de suas cadeiras e saíram da estalagem.

E eu simplesmente não conseguia entender o que estava acontecendo.

–Vamos, Sabrina. Podemos passar a noite na praia, vai ser divertido, não? – disse Gregório.

–Se Souverain pensa assim, tudo bem – disse Sabrina, dando de ombros.

Os dois mercenários caminharam para fora da estalagem, com toda a naturalidade do mundo.

–Esperem! – eu gritei, sendo esbofeteado na cabeça novamente.

–Fique quieto, deixe irem – disse minha mãe.

Sentei-me em uma cadeira de madeira e apoiei os braços em uma das mesas. Depois me deitei sobre os braços cruzados e continuei a encarar a porta aberta da estalagem por um bom tempo.

–Até quando vai ficar irritado desse jeito? – disse minha mãe, após algumas horas.

–Por que fez isso? – perguntei.

–Eu já disse, não precisamos de problemas com o Senhor dessas terras.

–Mas esses soldados nem foram pra guerra, eles são só um bando de vagabundos que andam de povoado em povoado perturbando a paz dos outros! – eu gritei.

–Não interessa Drystan. São soldados do Conde Alwyn, Senhor dessas terras. Significa que temos que obedecê-los.

–Mas quem os lidera é o filho do Conde! E o filho do Conde não manda em nós! – eu disse.

–Não manda agora, Drystan, mas um dia mandará. Além disso, eles não tinham feito nada além de falar besteiras, até que aquela mulher decidiu bater neles – minha mãe se aproximou de mim – Agora pare com os gritos e venha me ajudar, ou vai ficar sem comida durante a noite!

–Por mim tudo bem! – gritei, levantando da cadeira de forma brusca e correndo para fora da estalagem.

–Drystan! Volte aqui! – minha mãe gritava, enquanto eu corria pelo povoado.

E enquanto eu corria, tive uma boa visão do lugar.

Nosso povoado era simples, apenas um conjunto de várias cabanas pequenas, feitas com bases de madeira e com tetos de palha. Poucas eram as casas que possuíam pedras em sua estrutura. A maior parte das moradias estava vazia, pois os pescadores haviam ido ao mar para conseguir seu sustento. Aqueles que permaneciam nas ruas de terra eram pessoas simples, vestindo trapos e cobertos por sujeira. As outras crianças corriam a brincar como se tudo estivesse perfeito e as mulheres andavam de um canto a outro do povoado para realizar suas tarefas diárias. E foi correndo atrás de Gregório e Sabrina, que pela primeira vez percebi quão precária era a situação de nosso povoado.

Existiam tantas histórias sobre reis e rainhas, vivendo em imensos castelos de pedra e metal. Histórias sobre cidades grandes, onde as pessoas possuíam diferentes trabalhos e funções. E histórias sobre campos verdes, sempre férteis. Tudo isso em nosso próprio continente.

Perguntei-me o porquê de estar vivendo num povoado coberto por lama, quando havia tantas riquezas e grandiosidades espalhadas por aí, separadas de mim por apenas alguns dias de caminhada.

Quando me dei por conta, estava ficando tarde, e eu estava próximo do acampamento de Gregório e Sabrina. Eles haviam erguido duas tendas na praia, como ele havia mencionado que faria.

–Ei! Vocês! – eu gritei enquanto corria, pois ainda não tinha aprendido o nome dos dois.

Sabrina sentava ao lado de uma pequena fogueira, enquanto Gregório mexia uma panela que estava suspensa sobre o fogo.

–O garoto do povoado – disse Sabrina, quando me viu.

–Drystan. Esse é o seu nome, certo? – disse Gregório, largando a panela e recolhendo um pano dentro de sua pequena tenda.

Ele estirou o pano no chão, ao lado de Sabrina.

–Aqui, sente-se. Estamos fazendo um ensopado de – Gregório fez uma pausa – Ensopado de quê mesmo? – terminou, olhando para Sabrina.

–Coelhos, Souverain – respondeu a mulher.

–Isso explica a má consistência da carne – disse Gregório, franzindo o cenho.

–Como pode esquecer o que está cozinhando? – cheguei perto da panela e olhei para a comida – Ei! Tem uma perna de coelho inteira boiando aqui! Que nojo!

Gregório riu.

–Você devia voltar para casa, sua mãe está preocupada – disse Sabrina, com seu sotaque e “r” arrastado.

–Não vou. Não é certo o que ela fez com vocês – eu disse.

–Ela fez o que tinha que fazer para te proteger, e também proteger seu povoado – disse Gregório, sentando em meu lado direito, de forma que eu ficasse entre ele e Sabrina.

–Eu não aceito isso. Vocês foram os únicos que já fizeram alguma coisa pra parar aqueles soldados – eu disse.

–Não eram soldados de verdade – disse Sabrina.

–Como você descobriu? – perguntei.

–Soldados são treinados para a guerra, eles conseguem usar escudos, manejar espadas e lanças, além de serem treinados para se desviar de golpes dessas mesmas armas. Mas aqueles homens não tinham reflexo algum – disse Sabrina.

–Tem razão – eu disse, olhando para o mar, pensativo.

–De qualquer jeito, Drystan, o que nós fizemos foi errado. Não deveríamos ter atacado um membro da família que controla essas terras – disse Gregório, coçando a barba cheia.

–Isso me lembra, eu esqueci o nome de vocês – eu disse.

–Eu sou Gregório Villa – ele pronunciou seu sobrenome com mais ênfase, como se tivesse orgulho de possuí-lo – E esta é Sabrina.

–Seu nome é Gregório? Então por que ela fica te chamando por esse nome estranho? – perguntei.

–Nome estranho? – Gregório olhou para mim, confuso – Ah! “Souverain”?

–Esse mesmo! – exclamei.

Gregório ficou em silêncio por algum tempo.

–Você mora aqui, no Reino de Alvaterra, então deve saber que este país trava guerras constantes contra o país vizinho, Sudelor – disse Gregório.

–Sim, é verdade. Mas o que isso tem haver com o nome estranho?

“Souverain”, é como um vassalo chama seu Senhor, em Sudelor – disse Gregório, como se fosse algo terrível.

–Vassalo? Então você é um Senhor? Você é um nobre? E ela é sua serva?

–Calma! Calma! – Gregório riu, em nervosismo – Eu não sou um Senhor, não possuo terras ou riquezas. E Sabrina não é minha serva.

Sabrina se virou para Gregório.

–Eu sou! – ela disse.

–Por favor, de novo não. Já falamos sobre isso – disse Gregório, com a mão no cenho, como se estivesse cansado do assunto.

–Qual o problema em ter servos? Todos tem servos, certo? Até os servos do rei costumam ter servos – eu disse.

–Não, você entendeu errado. Escute, é uma longa história – Gregório apontou para a panela – Vejam! O coelho está pronto!

Gregório se levantou e retirou a panela do fogo.

–Outra coisa que eu não entendi. Por que você fala estranho? – perguntei a Sabrina.

–Eu não falo estranho! Pare de dizer isso! – protestou Sabrina.

–É o sotaque de Sudelor – disse Gregório.

–Sotaque? O que é isso?

–Dependendo da região em que as pessoas moram, elas pronunciam algumas palavras de forma diferente, isso é um sotaque – disse Gregório.

–Então, você é de Sudelor? – perguntei a Sabrina.

Ela se calou, como se minha pergunta a tivesse irritado. Gregório soltou um sorriso cansado.

–Tome, Drystan – ele disse, estendendo um pequeno pote com ensopado de coelho.

Provei um pouco da comida.

–Isso está bom! Achei que estivesse horrível pela aparência! – eu disse.

–Você não é muito gentil, é? – disse Gregório, rindo.

–Ei, Gregório. Por que você fingiu ser manco? – perguntei.

–Ah, isso? – Gregório olhou para o horizonte por um longo tempo, como se uma memória do passado tivesse preenchido sua mente – Eu estava com câimbra.

–Idiota! Quanto tempo um câimbra pode durar? – exclamei.

Sabrina pegou outro pote e começou a se servir.

–Você luta muito bem. Eu pensava que uma mulher não poderia ganhar de um homem usando a força – eu disse, olhando para ela.

–E não podem – ela respondeu.

–Como assim “E não podem”? Foi o que você fez.

–Força é necessária para lutar. Mas o corpo de uma mulher é mais efetivo em combate se for utilizado com agilidade. Não adianta ter toda a força do mundo se você não usá-la no momento certo. E da mesma forma, mesmo que você tenha pouca força, se usá-la no momento certo e com precisão, pode fazer mais estrago do que o homem mais forte que existe – disse Sabrina, com tranquilidade.

–Acho que você é o melhor soldado que já conheci – eu disse.

Ela deixou um sorriso discreto escapar, pela primeira vez desde que eu a vira.

Soprei o pote com ensopado, para esfriá-lo um pouco.

–O que vocês fazem pra viver? Aquela história de mercenários era verdade? Porque não consigo imaginar uma companhia de mercenários com apenas duas pessoas – eu disse.

–Bom, nós estamos em busca de algo, mas não sabemos exatamente onde está. Nós visitamos os Senhores das terras por onde passamos e se eles tiverem algum trabalho rápido que precise de pessoas como nós para ser completado, nós aceitamos, em troca de moedas ou mantimentos – disse Gregório.

–Entendi. Então você é um faz-tudo!

–Você definitivamente não é gentil – disse Gregório, cerrando os olhos.

–Mas, o que é esse “algo” que vocês procuram? – perguntei.

–Isso é segredo – ele disse.

–Ei! Não comece uma história se não vai contá-la até o final! – eu disse.

Gregório riu.

E eu permaneci algumas horas ao lado dos dois, comendo e escutando histórias sobre as viagens que eles haviam feito.

Ficamos próximos á fogueira até que os ventos da noite surgiram.

–Acredito que é melhor retornar para o povoado, Drystan. Sua mãe deve estar procurando por você – disse Gregório.

–Mas, eu queria continuar conversando com vocês – eu disse.

–Ficaremos aqui até amanhã, não é, Sabrina? – disse Gregório.

Sabrina permaneceu muda, olhando para sua direita, com uma expressão de pavor.

–Qual o problema? – perguntou Gregório.

–Fogo – ela disse.

–Está com frio? Talvez devêssemos colocar mais lenha nessa fogueira mesmo – disse Gregório.

–Não, Souverain. Fogo, na direção do povoado – ela disse, se levantando em pressa.

–Fogo? – exclamei, me erguendo.

–Sabrina! Não temos tempo, me dê minha caixa e pegue suas armas! – Gregório se virou para mim – Drystan, corra até o povoado, nós estaremos logo atrás de você!

Eu pensei no pior que poderia ter acontecido. Pensei no pior dos motivos para aquela grande nuvem de fumaça estar subindo aos céus. Mas eu não queria acreditar.

Corri pela praia, até que o terreno se transformou em solo firme, coberto por grama curta. A noite já se firmara, e as estrelas decoravam o céu. Eu sentia o vento carregado pelo mar percorrendo meu corpo.

Olhei para trás e percebi o motivo de Gregório me mandar ir primeiro. Os dois já estavam me alcançando, correndo com rapidez.

E quanto mais nós corríamos, a nuvem de fumaça se tornava cada vez mais visível.

Até que por fim, alcançamos o povoado.

–Mãe! Mãe! – eu berrava.

Pois o povoado estava em chamas.

As cabanas dos pescadores estavam acesas, sendo engolidas com rapidez pelo fogo. As mulheres corriam com baldes de madeira cheios de água, tentando impedir que o incêndio se apossasse de suas casas. As crianças corriam, chorando em desespero. E cada vez mais, o fogo avançava.

Eu comecei a andar mais devagar assim que entrei no povoado. Não por cansaço, mas por perder as forças ao ver que o foco do incêndio era a estalagem de minha mãe.

A construção estava completamente coberta pelas chamas, e assim que eu a alcancei, o teto de madeira desabou, causando um grande estrondo e deslocando uma grande quantidade de ar que atingiu o ambiente ao redor.

Um pequeno pedaço de madeira voou pelo ar e acertou meu olho direito com força. A pancada não fez danos sérios, mas fui forçado a manter o olho fechado, pela irritação e pelas lágrimas.

Corri até a estalagem.

–Mãe! Onde você está? – gritei em direção aos destroços da estalagem – Mãe!

Notei que um homem vestindo cota de malha estava deitado no chão, próximo à estalagem, com um grande pedaço de madeira por cima de sua perna esquerda. Ele parecia preso.

Era um dos soldados de Conde Alwyn.

–Drystan! Saia de perto do fogo! – gritou um dos pescadores do povoado.

Eu corri em direção ao pescador e puxei com força a gola dos trapos que ele vestia.

–Onde ela está? Onde está minha mãe? – eu gritei, encarando o pescador.

Uma mulher que morava numa casa ao lado da estalagem tocou meu ombro.

–Drystan. Todos que estavam dentro da estalagem – ela fez uma pausa, me olhando com uma expressão de pena – Estão mortos.

Soltei o pescador e dei um passo para trás, em negação.

–Quem fez isso? – perguntei, apesar de saber a resposta. As lágrimas começaram a se acumular em meus olhos, sem que eu pudesse impedir.

–Assim que Senhor Brandon saiu da estalagem da sua mãe, ele correu até o povoado que fica mais ao leste. Ele tinha alguns soldados lá. Ele e os desgraçados vieram até aqui e – o pescador parou de falar.

–“E” o que? O que fizeram? – eu gritei.

–Me desculpe Drystan. Se nós apenas tivéssemos resistido, nossas casas não estariam em chamas agora – disse o pescador, chorando.

–O que eles fizeram? – gritei, já com a voz rouca.

Sabrina se pôs em minha frente.

–Vamos descobrir. Venha – ela disse, olhando para mim com o cenho franzido.

Ela caminhou até o soldado que estava caído ao lado da estalagem e eu a segui.

–Soldado – ela se abaixou ao lado do homem – Se você me contar o que vocês fizeram aqui, eu tiro essa madeira de cima do seu corpo.

Ele não conseguia mais se mover, parecia ter sido vencido pela dor.

–Você promete? – ele disse. Suas palavras mais pareciam grunhidos.

–Sim, eu prometo.

As lágrimas começaram a descer dos meus olhos, me impedindo de enxergar com clareza.

–Senhor Brandon, nos ordenou que barrássemos as saídas da estalagem, depois ele ateou fogo no lugar – o soldado gemeu de dor – Não era – ele fez outra pausa para gritar - Não era pra se espalhar. Foi um acidente. Por favor, tire essa coisa de cima da minha perna, eu não tenho mais forças.

Limpei meus olhos.

Só então notei que Sabrina carregava duas espadas no lado direito de sua cintura. Os cabos das espadas eram cobertos por couro negro. As coronhas e as guardas eram banhadas em prata, brilhando com a luz das chamas. As bainhas eram pretas, e possuíam pequenas presilhas que prendiam as espadas em um cinto negro que Sabrina usava.

–Vou te ajudar. Se deite – ela disse ao soldado, com uma voz suave – Tudo vai ficar bem.

Ela então desembainhou uma das espadas e a segurou com as duas mãos, erguendo a lâmina alva no ar.

E antes que o soldado percebesse o que estava acontecendo, Sabrina desceu a espada, em fúria, cortando a perna do homem fora e fazendo com que um pequeno jorro de sangue voasse para cima.

O soldado gritou.

Sangue escorria incessantemente de sua perna, se misturando com a lama do chão.

–Você disse que ia me ajudar! Por que fez isso? – ele gritava, enquanto agarrava o coto com as duas mãos e se contorcia na lama – Eu estava apenas obedecendo minhas ordens!

–“Meus Deuses queriam que eu fizesse isso”, “Meu Senhor queria que eu fizesse isso”, “Fiz isso por meu país”, “Fiz isso para não ser morto”, são frases que homens adoram falar antes da morte. Mas todos os atos que esses homens cometeram antes de falar essas coisas foram feitos de forma consciente – disse Sabrina, se aproximando do homem – Eu acredito que tudo o que fazemos nessa vida, será julgado em algum momento – ela ergueu a espada no ar mais uma vez – E o seu julgamento acontece aqui. Agora!

–Não! – ele gritou.

A lâmina desceu. E a cabeça do homem rolou pela lama.

Senti um toque em meu ombro esquerdo.

Era Gregório.

Os moradores do povoado começaram a se reunir em volta da estalagem.

Gregório se virou em direção a multidão e falou em voz alta.

–Vocês não tiveram culpa por esse crime! A responsabilidade é minha e de minha companheira! Vocês não devem se rebelar ou desafiar seu Senhor novamente, não até que uma pessoa mais justa se torne governante dessas terras! – Gregório olhou para o pescador que falara comigo antes – Aonde eles foram? O filho do Conde e seus soldados.

–Eles gritavam alguma coisa sobre ir até uma pequena torre de vigília, no caminho para a fortaleza de Conde Alwyn – disse o pescador.

–Drystan, você sabe chegar nessa torre? – perguntou Gregório.

Eu balancei minha cabeça para dizer que sim, pois não conseguia falar. Apesar das minhas tentativas de parar o choro, as lágrimas continuavam a descer. Eu cerrava os dentes, para não berrar.

–Ei, espere um pouco. São pelo menos vinte homens! O que vocês dois podem fazer? – disse o pescador.

–Isso é um problema nosso – disse Sabrina.

–Certo, Drystan, não diga mais nada, apenas nos leve até lá – Gregório me olhava com uma expressão de cólera – Nos leve até o filho do Conde.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, toda crítica será mais que bem vinda.

Próximo Capítulo: Princípio - Parte Três.