Um pequeno presente do futuro escrita por Lena Prince


Capítulo 2
Capítulo 2 – A garota do futuro


Notas iniciais do capítulo

Bom mais um capitulo, esse ocorre no presente ;*

PS: não sei quando sai o próximo…..



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Um clarão no meio da seireitei e um som com ordens dispara “Atenção todos os taichous e fukutaichous se dirijam ao clarão”.

Rangiku estava dormindo no sofá do escritório do décimo esquadrão quando o clarão acontece, e nem pareceu a afetar, continua no seu sono profundo.

_ MATSUMOTO!!! – Hitsugaya acorda Rangiku com seu grito e a moça da um pulo e fica em pé e olha seu taichou que está com uma cara fechada.

_ O que ouve estamos em ataque? – Pergunta alongando os braços.

_ Não sabemos, temos que ir naquele clarão o mais rápido possível.

_ Ok. Ok. Estou indo – Fala andando atrás de seu taichou, se alongando.

No campo de treinamento Renji e Rukia estavam treinando e avistam o clarão e os dois se encaminham para encontrar os outros taichous e fukutaichous. No segundo esquadrão está Suì-Fēng e Yoruichi tomando um chá, depois de um treino pesado. As duas se levantam e vão em direção ao local. Mas antes:

_ OMAEDA! – Grita a taichou para seu fukutaichou, que logo segue as duas que já estavam bem afrente por causa do shunpo.

Kenpachi, Yumichika e Ikkaku ao escutarem o estrondo já correm, querem chegar primeiro para enfrentar o “novo inimigo”. Kuchiki, Jūshirō, Nanao, Shunsui, Ichigo e Inoue estavam em uma reunião no primeiro esquadrão e já saem em direção a luz.

Os primeiros a chegarem são os três do decimo primeiro esquadrão, logo todos os outros fukutaichous e taichous já estavam presentes, mais o Ichigo e a Inoue. Ao olhar a fonte de luz desaparecendo e apenas ficando uma menina que aparentava ter uns 13 anos no lugar da luz, com roupas de shinigami.

_ O que é só um shinigami? – Zaraki parece desapontado.

_ O que será que aconteceu com ela? – Isane fala indo em direção a garota deitada ali no chão – Kyoraku sotaichou..... e..e.ela usa uma placa de fukutaicho e é do sexto esquadrão.

Todos ali se espantam com o que acabaram de ouvir. Os olhos do Kuchiki taichou estão arregalados assim como os olhos da Rukia e do Renji.

_ Como assim? – Diz Rangiku que se aproxima da menina, e pegando alguns papéis que estavam com a menina – Kuchiki taichou você arranjou uma nova fukutaichou e esqueceu de avisar o Renji? – Nessa hora pode ver a semelhança da garota com o Kuchiki taichou e analisou os papéis e percebeu que eram destinados ao Kurotsuchi taichou e o que a surpreendeu é a data que estava no papel, 25 anos a frente, e antes que alguém reclamasse de sua piada – Acho que ela é do futuro e que a culpa por ela estar aqui é do Kurotsuchi taichou – diz entregando a papelada ao Hitsugaya taichou.

Todos ali ficam de boca aberta com a dedução rápida da Rangiku.

_ Agora só resta saber porque ela está aqui, e parece que o que a Matsumoto fukutaichou disse é verdade. – Falava enquanto analisava os papéis que estavam em sua mão – Bom acho melhor leva-la para o quarto esquadrão e Kyoraku-sotaichou pode deixar que eu investigo isso.

_ Se é assim que quer, esse assunto fica com o décimo esquadrão, mais alguma pergunta? – Kyoraku diz se virando pra voltar ao primeiro esquadrão – Ainda bem que não é algum inimigo, vou poder terminar minha garrafa de Sake.

Rangiku pega a menina no colo e segue com Isane, Hitsugaya, Rukia, Renji, Ichigo e Byakuya para o quarto esquadrão. Levam ela direto a um quarto particular, Rangiku a deita na cama e percebe que a menina está acordando.

_ Se o caso ficou para o nosso esquadrão por que vieram junto? – pergunta depois de deixar a menina ali para Isane a examina-la.

_ Olha Rangiku se não percebeu ela está usando a mesma placa que identificação que eu e isso quer dizer que tem haver com o sexto esquadrão também, e... – diz Renji irritado com a pergunta.

_ Mas eu me referia ao Ichigo e a Rukia, você e o Kuchiki taichou estão envolvidos nessa investigação, de certa forma. – termina ela com um sorriso no rosto.

_ É só olhar para o Onii-sama e você sabe porque eu estou aqui e quanto ao Ichigo, ele pode nos ajudar. – Rukia estava muito preocupada com o irmão.

Nessa hora a porta se abre e entra Nanao e Inoue.

_ Ela está bem? – Pergunta Nanao. _ Está sim, acho que ela está acordando então não façam barulho, Nanao peça para não deixarem ninguém entrar nesse quarto. – Termina a fukutaichou do quarto esquadrão, vendo Nanao indo para fora do quarto e entrando segundos depois.

A menina abre os olhos e parece confusa, olhou em volta e logo percebeu onde estava.

_ O que aconteceu comigo Kotetsu fukutaichou, eu devia estar entregando umas papeladas para o Kurotsuchi taichou assinar e não deitada numa cama, meu taichou vai me matar – Fala a garota sentando na cama, olhando para a fukutaichou do quarto esquadrão com aqueles olhos azuis tão profundos. Nesse momento Rangiku achou estranho a garota tão parecida com o Kuchiki e tinha olhos azuis como o seu, em seu pensamento só tinha “não pode ser”.

_ Oi, sou Abarai Renji.....

_ Eu sei quem você é Renji! – diz interrompendo a apresentação de Renji, e reparando um pouco mais no garoto de cabelos vermelho percebe a placa de fukutaichou – mas porque você esta usando a placa de fukutaicho do sexto esquadrão? – Pergunta completamente confusa.

_ Parece que você voltou no tempo, deve ter acontecido alguma coisa enquanto levava a papelada para o Kurotsuchi taichou. – Hitsugaya fala em um tom sério e frio enquanto chega perto da menina que ri.

_ Não pode ser, meu deus, não......não......não... – a menina fica perplexa com o que o Hitsugaya taichou acabou de lhe informar. – O kuchiki taichou vai me matar. – ela olha mais uma vez para o garoto – E quem é você?

_ Como assim não conhece o Hitsugaya taichou? Ai meu deus se você não o conhece quer dizer que ele está morto? – Rangiku fica branca, o que deixa todos na sala preocupados com o futuro, e que essa garota pode revelar mais do que queiram saber.

_ Esse é o Hitsugaya taichou? Desculpa se não te reconheci é que o Hitsugaya taichou que conheço é um pouco mais velho, tem até barba, e mais alto também e bem mais simpático, ele sorri o tempo todo. – enquanto a menina fala deixa todos mais aliviados, sabendo que o Hitsugaya não estava morto em seu futuro. A menina da um leve sorriso – Mas mãe você ainda é uma fukutaicho?

Nessa hora todos se espantam, aqueles olhos azuis estavam olhando diretamente para Rangiku quando fez a pergunta, e isso significava que ela era a mãe da menina, isso não podia estar acontecendo.

_ Mãe? Eu? Você só pode estar de brincadeira... – diz Rangiku tentando não parecer nervosa, e rindo compulsivamente.

_ Ai meu deus, eu não devia ter dito isso, mas é que no futuro de onde eu vim essa é a única maneira que eu te chamo, mesmo quando você está em serviço, isso deixa o papai muito nervoso mas é muito difícil eu te chamar de taichou, quer dizer fukutaichou agora certo? – fala a menina percebendo o que tinha feito e fica triste.

_ Tudo bem, bom pelo menos sei que vou ser taichou – diz a loira com um sorriso no rosto tentando animar a garota. – então sou sua mãe hein? Quem diria que eu teria uma filha, e uma tão linda com......

_ Isso não vem ao caso Matsumoto Fukutaichou. – Kuchiki taichou corta o assunto – Agora temos que saber como manda-la de volta, e nesse meio tempo será melhor ficar com a Matsumoto fukutaicho.

_ Ei, espera por que eu? – Faz a pergunta sabendo que se a menina for para sua casa não poderá beber sake, e muito menos como lidar com a menina.

_ Porque teoricamente você é a mãe dela. – Kuchiki responde rispidamente a loira - e amanhã vamos ver como o Kurotsuchi taichou vai fazer para manda-la de volta, e o mais rápido possível.

_ Mesmo assim não acho justo... – Rangiku faz biquinho, pensa e uma ideia vem a sua mente – Espera ela pode dormir na casa do pai o que acham?

_E quem seria o pai ela só disse que você é a mãe, Matsumoto fukutaicho, a não ser que você tenha ideia de quem seja o pai. – Responde o Kuchiki

_ A eu não tinha pensado nisso... – faz biquinho de novo, e com essa briga entre Byakuya e Rangiku faz com que a menina que prestava atenção em tudo começar a rir, e cada vez mais.

_O que é tão engraçado? – pergunta a Rukia para a menina, percebendo que até agora ninguém perguntou o nome da menina – E qual é o seu nome?

Quando Rukia faz a pergunta todos na sala percebem que ainda não sabem o nome da criança, e que esqueceram de perguntar.

_ Acho melhor não dizer – a menina sorri para todos.

_ Mas se não soubermos seu nome não tem como nos comunicarmos direito. –Nanao falava enquanto arrumava seu óculos.

_ Tem certeza? – e ela olha para Rangiku, como se estivesse pedindo aprovação.

_ Entendi, se você disser o seu nome vamos saber quem é seu pai certo? – a menina afirma com a cabeça a pergunta de sua mãe.

E sem saber Rangiku já tinha ideia de quem era o pai só não queria a confirmação, não naquele momento, e achava estranho ninguém ter reparado na tamanha semelhança entre a menina e o Kuchiki.

_ Com licença, Kotetsu fukutaicho, o Ukitake taichou está aqui, e quer falar com a Kuchiki fukutaichou. – diz um shinigami na porta do quarto.

_OK! – diz Rukia e a menina de olhos azuis juntas.

E a confirmação para o pesadelo de Ragiku, ela não podia acreditar que aquela menina era filha dela e de Byakuya. Ela já tinha percebido a semelhança da garota com Byakuya desde o primeiro momento em que olhou para a garota, e aqueles olhos azuis como água cristalina era o que a menina tinha herdado dela.

_ Pode deixar ele entrar, temos que saber o que vamos fazer com a garota, e saber quanto tempo o Kurotsuchi taichou vai demorar para conseguir leva-la para o tempo dela. – Rangiku disse, sem se preocupar com os olhares dos outros, agora ela parecia seria e não estava mais querendo brincadeiras.

_ E ai pequena linda, está melhor? – Kyoraku que veio junto com o Ukitake pergunta para a garota na cama.

_ Sim – responde a menina seca olhado para Rangiku que tinha uma expressão fechada e fria.

_ E o que sabemos dela, Hitsugaya taichou? – Ukitake mostra interesse na investigação.

_ Que ela realmente é do futuro e que ela é filha de shinigami, mais precisamente da Matsumoto fukutaichou. – fala o pequeno capitão.

_ UAU! Não sabia que estava em um relacionamento Rangiku – O sotaichou fica extremante surpreso com a revelação – e quem é o pai?

_ Isso ainda não foi dito. – Responde Renji, que na verdade queria saber o que tinha acontecido com ele que não era mais fukutaicho do Kuchiki.

_ Ela já deu a resposta só você que não prestou atenção Abarai Fukutaicho, peço que me desculpe Hitsugaya taichou, mas estou com uma enorme dor de cabeça, e peço permissão para me retirar. – o pequeno capitão percebe que tudo aquilo era demais para sua fukutaichou e acena com a cabeça em forma positiva – E você criança não diga mais nada, o taichou te levará depois de seu exame estar completo para meu quarto no quartel onde poderá passar a noite. – Rangiku assustou a todos pela forma formal que falou, menos a menina que achou aquilo tudo normal.

_ Já disse quem é o pai?, como assim Rangiku? – Ichigo perguntou antes que Rangiku saísse do quarto.

_ Primeiro é Matsumoto fukutaichou, e segundo não tenho culpa se você não estava atento no que está acontecendo bem a sua frente Kurosaki – falando isso ela sai do quarto, espantando mais ainda todos do quarto.

_ O que aconteceu com a Rangiku? – pergunta a Inoue, quebrando o silencio que ficou no quarto depois da saída da loira.

_ Hitsugaya taichou parece que você tem tudo sobre controle, se precisar de qualquer ajuda meu esquadrão estará a sua disposição, mas acho melhor esse caso ficar apenas entre patentes de fukutaichou e taichou, Abarai vamos – Kuchiki diz antes de sair da sala.

_ Ei taichou.... – Renji tenta chamar o homem, mas o kuchiki taichou já tinha desaparecido usando shunpo, e ele sai em direção ao sexto esquadrão.

_ Bom eu gostei de você então vou acompanha-la até o décimo esquadrão, mas achei estranho a Rangiku deixar você ficar lá tão rápido, e ela ter falado como o Onii-sama. – Rukia dá um enorme sorriso para a menina - E é melhor você e a Inoue voltarem para a terra Ichigo. – fala se virando para o substituto de shinigami.

_ Concordo, é melhor irmos Inoue, amanhã nós vamos voltar para saber mais dessa garota tenha certeza. – diz Ichigo se virando e indo embora com a Inoue.

Ukitake e Rukia conversaram no canto do quarto, aparentemente sobre alguma missão, e depois da conversa Ukitake e Kyoraku deixaram o quarto. No quarto ficou apenas Isane que terminava de examinar a garota, e vendo que estava tudo normal com a pequena a liberou, Hitsugaya que ficou de leva-la ao seu quartel, Rukia que se encantou com a garota e Nanao, que estava preocupada com a amiga que tinha desaparecido, achou melhor ficar com a menina e tentar descobrir algo sobre o pai da menina, sabia que era o que afetou Rangiku.

Não muito distante do quarto esquadrão, Rangiku estava perto de uma cachoeira, que ficava dentro da mata da seireitei, onde nenhum shinigami se atrevia a ir. Até que ela sente uma reatsu chegando cada vez mais perto dela.

_ O que você quer Kuchiki taichou? – pergunta a loira num tom frio, que nem parecia que era ela.

_ Vejo que não está usando aquela mascara, que faz todos acharem que você não é tão inteligente ou forte como verdadeiramente é. – diz o líder do clã Kuchiki, chegando mais perto.

_ Se não tem nada para dizer é melhor ir embora, se não percebeu quero ficar sozinha, e não estou afim de brincadeiras, companhia ou conversas. – responde cada vez mais seca.

_ Acho que sabe por que estou aqui. Aquela menina é minha filha e creio que só você naquela sala percebeu – disse sentando ao lado da bela mulher.

_ Olha eu não acho que você e eu podemos ter uma filha, e muito menos uma tão linda e educada, mas sim ela é praticamente você, e ela tem meus olhos, mas não veem ao caso, temos que manda-la de volta para os pais, e me conhecendo bem devo estar querendo matar o Kurotsuchi taichou, e matar você também. – diz sorrindo. O sorriso mais lindo e sincero que ela não demonstra há anos.

_ Eu acho o mesmo. Só tem uma coisa que eu queria saber qual é o nome dela. – Com isso ele consegue fazer Rangiku olha-lo.

_ Eu também, e enquanto ela estiver aqui vamos ter que contar a todos a verdade sobre ela ser sua filha, só espero não ter que falar do passado. – depois de terminar de dizer ela se vira para ele e olha nos olhos dele, ficam nesse olho no olho por um longo tempo.

_ Acho melhor voltarmos, devem estar preocupados com você, principalmente por você agir tão fria.

_ E pensar que eu não sentia assim faz mais de oitenta anos, é tão bom poder voltar a agir como antigamente.– Ela sorri para Byakuya e se levanta.

_ Rangiku..... – ele não sabe o que dizer, por mais que descobriram que irão ter uma filha juntos, os dois não tem nada um com o outro já faz mais de oitenta anos.

_ Byakuya não precisa dizer nada, vou usar a mascara novamente, pois sei que te irrita, assim o manterei o mais distante possível. – Ela fala depois olha para a lua e da um leve sorriso, aquele que todos conhecem e só o homem ao seu lado sabe que é falso – E.... Kuchiki taichou tenho que voltar ou o taicho vai ficar enfurecido comigo. – faz o biquinho que normalmente faz em uma situação parecida e como num passe de magica a Rangiku que todos conhecem estava ali, e logo sai com shunpo em direção ao seu quartel.

_ Não era isso que eu queria, só queria que você agisse normalmente. – diz para si mesmo meio melancólico, se levanta e vai para sua mansão.

Rangiku chega no quartel onde encontra a pequena, seu taichou, Nanao e Rukia, em seu dormitório. Ela entra na casa, na sala onde todos estão, e vai para a cozinha sem dizer uma única palavra. Abre o armário onde estão seus mantimentos, fica tentada a pegar a garrafa de sake, mas pega uma caixa de chá preto no canto do armário. Faz o chá e vai para sala onde serve a todos presentes.

_ Desculpa ter entrado sem sua permissão, é que achamos melhor vir direto ao seu dormitório do que te esperar no escritório do décimo esquadrão. – Nanao fala enquanto pega uma xicará de chá. Depois de uns segundo olha sua amiga, e não sabe dizer o que se passa na cabeça da loira – Você está melhor?

_ Um pouco. Apreciem o chá irei tomar um banho refrescante ai estarei cem por cento novamente. – Ela dá uma piscada para Nanao e se dirige ao banheiro com um sorriso no rosto, ao entrar no banheiro e fecha a porta e o sorriso simplesmente desaparece, senta no chão com um olhar preocupado e com muitas duvidas, e isso a faz lembrar de alguns instantes a sua conversa com o Kuchiki, ela liga a água que começa a encher a banheira.

_ O que foi, parece triste menina. – Rukia pergunta vendo a expressão no rosto da garota.

_ Não é nada, é que ela é bem diferente, não sei como explicar. Sabe aquela hora no quarto em que ela parecia séria e vocês estranharam, é assim que ela age normalmente, mas agora é como se fosse outra pessoa. – a menina fala em um tom triste, se lembrando de sua mãe no futuro.

_ Acho melhor nós irmos Rukia, Nanao, depois vocês falam com a Matsumoto. As duas devem descansar. – Hitsugaya se faz presente na cena, e começa a sair da casa de sua fukutaicho sendo seguida pelas duas mulheres.

A menina pega as xicaras e leva até a cozinha, onde já lava tudo o que tinha na pia, o que não era muita coisa, e volta pra sala e se senta no sofá. Aquele silencio da casa permanece até Rangiku sair do banheiro, percebe que a menina está sozinha, e a chama com a mão mostrando o caminha do quarto, onde as duas iriam dormir.

_ Faz tempo que eles já se foram. – fala fazendo biquinho.

_ Não muito, depois que você entrou no banho. Se quiser posso dormir na sala não tem problema.... – diz a menina olhando para baixo.

_ Nada disso, você dorme aqui comigo amanhã teremos um grande dia pela frente. O que foi hein, não gosta da casa?...Até parece que um bicho te mordeu. – Rangiku tenta fazer graça.

_ Posso te pedir um favor? – ainda cabisbaixa a menina pergunta

_ Claro!!! – Rangiku já com seu pijama a abraça por traz, e a menina parece levar um susto.

_ Você pode agir sendo você mesma, e não essa pessoa que eu não conheço quando estivermos só nós duas? – a menina pergunta enquanto se solta do abraço forçado que Rangiku dera.

_ Então eu não sou desse jeito no futuro? – fazendo biquinho pergunta sabendo da resposta.

_ Não, e eu não sei como explicar mas parece até duas pessoas diferentes. – dessa vez a menina estava olhando os grandes olhos azuis da mãe, e com um pouco de lágrimas em seu olhos, pensando será que sua mãe mudou por causa dela?

_ Se prefere, farei o seu desejo Hana. – Rangiku fala enxugando as lagrimas da menina que ficou assustada com o nome que a mãe pronunciou.

_ Como sabe meu nome? – a menina pergunta assustada.

_ Porque esse é o único nome que seu pai daria para você. E você já sabe que seu pai foi casado antes – a menina faz sim com a cabeça – o nome dela era Hisana, e seu nome é uma homenagem a ela – faz uma pausa – e a Rukia também ficaria muito feliz com esse nome. – responde abraçando a menina, que finalmente sente que sua mãe está ali.

_ Então você já sabia quem era meu pai? – a menina parece curiosa em saber como Rangiku descobriu.

_ Você é a cara dele, mas tem meus olhos isso não posso negar. – diz para a menina arrancando um grande e vasto sorriso dela.

_ Você sempre diz isso, e o papai diz “ Você tem os olhos da sua mãe, mas tem minha beleza” – as duas riem por um tempo– Vocês já namoram? – pergunta curiosa.

_ Não, eu e o Kuchiki somos apenas colegas de trabalho, e mesmo assim quase nem temos contato um com o outro. – Ela fala percebendo que a menina fica desapontada. – Eu queria saber quantos anos você tem?

_ Eu vou nascer daqui dois anos, se o futuro não mudar, mas meu crescimento é lento, me tornei fukutaicho, porque o papai me colocou na escola shinigame logo que aprendi a lutar, e ele treina comigo todos os dias assim como você. E antes de sair da escola já tinha a minha shinkai, levei 3 anos pra me formar, assim que me formei papai me chamou pra ser sua fukutaicho, ele acha que dessa forma consegue me manter segura. – fala a menina orgulhosa de si mesma.

_ Eu perguntei sua idade, mas ok. Pelo lado bom é que nós espíritos não envelhecemos rápido, principalmente um espirito novo, nascido aqui. – sorri para a menina – Agora acho que seu pai não tem feito um bom trabalho se não você não estaria aqui. – Ao falar as duas riem da situação. – Mesmo querendo te conhecer mais um pouco acho melhor dormimos, como disse teremos um dia cheio pela frente. – Rangiku termina de arrumar as camas e se deita, a menina se deita na outra e as duas adormecem. Amanhã será um dia bem longo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *—*