Três meses depois, a segunda semana de maio. Na mata da seireitei perto da cachoeira, agora tinha uma pequena cabana perto do lago que Byakuya construiu, já que Rangiku fica até tarde treinando. Nessa noite não seria diferente, lá estava ela treinando como sempre, a lua já estava no céu, mas havia algumas nuvens dizendo que uma tempestade estava perto de cair.

Byakuya estava no escritório do sexto esquadrão terminando uns documentos, ele já tinha dispensado Renji.

_ Boa noite Byakuya.

_ Boa noite Haruka, o que devo a visita?

_ Você pode levar isso pra Rangiku?

_ Ela não veio jantar de novo?

_ Se sabe a resposta por que pergunta?

_ Tudo bem eu levo, eu ia tentar traze-la de volta antes que a tempestade caia, de qualquer forma.

_ Obrigada! – Haruka deixa uma cesta com um jantar caprichado na mesa de Byakuya, ela começa a se virar para ir embora – Ah! E quando vocês pretendem revelar o relacionamento de vocês?

_ Como você diz....

_ Quanto mais se esconde a verdade mais difícil de acha-la.

_ Isso.

_ Bom vou indo, boa noite Byakuya.

_ Boa noite Haruka!

Depois de terminar todos os documentos Byakuya pega a cesta que a Haruka deixou e se dirige para a pequena cabana no meio da floresta da seireitei. Quando ele chega, ele coloca a cesta na cabana e vai observar Rangiku treinando perto do lago. Pra ele era uma das visões mais lindas. Ele fica um tempo observando ela treinando.

_ Vai ficar ai me olhando até quando?

_ Tá ficando frio, venha que eu trouxe seu jantar.

_ A Haruka mandou é?

_ Se você sabe...

_ Ok, ok! Agora você começou a citar a onee-sama?

_ Devemos escutar e aprender com os mais velhos e sábios.

_ Deixa ela saber que você a está chamando de velha.

_ O máximo que ela fará é me olhar com uma cara que vai me dizer para ficar quieto e como bom rapaz vou obedecer.

_ Bobo... - Rangiku se aproxima dele e o beija, depois senta ao lado de Byakuya e começam a jantar juntos.

_ Agora Rangiku por que o Hisagi não sai mais do seu escritório?

_ E eu é que sei, ele aparece lá e depois diz que pode me ajudar como um fukutaichou ajudaria no trabalho, ai eu digo que não precisa e ele fica lá, as vezes vai ao campo de treinamento ver os shinigamis do esquadrão treinando.

_ E você não o expulsa? Você é taichou do esquadrão tem direitos a expulsá-lo. – ele fala meio irritado.

_ Byakuya, você está com ciúmes? – ela pergunta encarando ele.

_ Só não gosto da aproximação dele, por que agora?

_ Isso quer dizer que está com ciúmes!

_ Rangiku....

_ Byakuya!

_ Tudo bem, admito que estou com ciúmes e não gosto dele perto de você, satisfeita?

_ Vem cá! – ela se aproxima e começa beijando ele que corresponde – você sabe que eu só tenho olhos pra você, não é?

_ Mas....

_ Byakuya! Se fosse assim eu deveria morrer de ciúmes de você com todas as shinigamis que se aproximam de você além das garotas de família nobre.

_ E você não tem ciúmes?

_ Não! Pra que eu teria ciúmes se você me diz que me ama todos os dias!

_ E você me ama?

_ Tá carente é?

_ Muito.....

_ Byakuya eu te amo, muito mais do que eu posso por em palavras.

_ Rangiku..... – ele é interrompido por um beijo doce – eu te amo.

Ele levanta e puxa ela junto a ele, em caminho ao pequeno quarto, quando chegam no quarto ele a coloca de costas no chão, e continua a beija-la.

_ Byakuya é melhor irmos antes da chuva.....

_ Só mais um pouco, preciso de você Rangiku..... – ele diz no meio de respirações ofegantes.

Ele começa a abrir a shihakusho dela retirando a parte de cima, ela faz o mesmo com a shihakusho dele, enquanto beija o pescoço dele. Eles começam a acariciar uma ao outro e nem percebem a tempestade caindo. A tempestade era tão forte que abafa todos os sons que os dois produzem dentro da cabana. Depois de toda a ação que tiveram Rangiku descansa a cabeça no peito de Byakuya, e ele acaricia os cabelos dela.

_ Eu falei que tínhamos que ir antes da tempestade agora vamos ter que ficar aqui – ela diz levantando a cabeça para encara-lo.

_ Vai me dize que não gostou?

_ Byakuya!

_ Rangiku!

_ Bobo..... pelo menos você está aqui, não vou ter que dormir sozinha por ser teimosa.

_ É agora em vez de uma cama confortável, vou ter que dormir no chão aqui com você.

_ Se arrepende?

_ Nunca!

Ele a abraça forte, depois puxa o queixo dela para poder beijá-la, e mais uma vez eles se entregam ao amor, ao som da água caindo.

Na manhã seguinte quando eles acordam encontram uma cesta de café da manhã na sala da cabana, com um bilhete nela.

“Bom acho que como não voltou pra casa deve estar em boa companhia, então preparei esse café da manhã para vocês dois, eu penso que irã usar a desculpa da chuva, mas creio que ela não foi culpada de nada. Quando terminarem o café venham ao quarto esquadrão para receberem a bronca de vocês.

Atenciosamente

Matsumoto Haruka”

_ Acho que a onee-sama está cansada de ter que esconder nosso relacionamento.

_ Eu penso o mesmo.

_ O que vamos fazer?

_ Podemos revelar na festa daqui a um mês e meio.

_ A festa que o Kyoraku vai fazer para os taichous e fukutaichou?

_ Essa mesma.

_ Só sei que a Rukia vai gritar com você Byakuya, e provavelmente a Hana vai ficar muito brava.

_ Foi nossa culpa de qualquer jeito.

_ Foi sim... – ela começa a falar até que ele a interrompe com um beijo, e a puxa cada vez mais perto dele.

_ Rangiku não importa o quanto eles gritem, eu vou te proteger de tudo e todos.

_ E quem disse que eu preciso?

_ Não é por necessidade, mas por que eu te amo.

_ Bobo, agora vamos receber nossa bronca.

Um mês depois.

Rangiku estava no escritório do oitavo esquadrão fazendo a papelada de costume, e parecia não ter fim, foi um mês bastante corrido para ela.

_ Boa tarde Rangiku!

_ Boa tarde Nanao. Aconteceu alguma coisa?

_ Hei eu não venho visita-la só quando tenho algo a dizer.

_ Eu sei, mas o que foi?, sua cara parece preocupada.

_ Kurotsuchi e o Urahara estão perdendo a esperança, já fez um ano que Hana está aqui e nada, não temos nem sequer uma dica de como manda-la de volta.

_ Isso foi discutido na reunião na segunda, agora o que realmente você está fazendo aqui?

_ Eu estou preocupada com você Rangiku. Ultimamente você tem andado passando mal, e pelo que sei andou vomitando quase todas as manhãs dessa semana.

_ Eu sei, mas como tinha muito trabalho fico adiando a ida ao quarto esquadrão, mas não acho que é algo sério Nanao.

_ Pois bem se é o trabalho que está te atrapalhando eu adianto m pouco pra você, enquanto você vai fazer um checkup.

_ Ok! – Rangiku levanta da cadeira e sente uma leve tontura.

_ Rangiku quando souber o que é me conte ok?

_ Ta bom Nanao.

Rangiku se dirige até o quarto esquadrão, ao chegar ela vai até o escritório onde encontra Haruka, Eru, Isane e Nira trabalhando.

_ Onee-sama!

_ Rangiku algum problema? – Eru pergunta se aproximando.

_ Eru, Nira e Isane podem deixar eu e a Rangiku conversamos em particular por um momento?

_ Claro taichou. – Isane diz, e depois a três saem.

_ O que foi Rangiku?

_ Bom onee-sama eu queria falar com você pra ver o que eu tenho, ultimamente eu tenho tido umas tonturas, e tenho ânsia de vômitos quase todas as manhãs, além que alguns cheiros me fazem passar mal, Nanao está preocupada comigo, será que é algo grave?

_ Rangiku não se preocupe, a única coisa que você tem são duas reatsu diferentes.

_ Como isso é possível?

_ É que uma dessas reatsu que você carrega será de uma menininha que adora correr pela seireitei, e cada sorriso que ela dá vai encher seu coração de alegria.

_ Você quer dizer que eu estou grávida?

_ Sim... – Haruka levanta da cadeira e vai até um armário próximo – essas são as vitaminas que você precisará tomar, e quanto aos enjoos e as tonturas elas passaram depois de um tempo..... Rangiku eu acho bom você falar com o Byakuya, sei que vocês dois quase não se viram esse mês, pelo fato dos dois estarem completamente ocupados, mas isso não é uma coisa que você deve esconder.

_ Eu sei..... Onee-sama há quanto tempo você sabe?

_ Um feto começa a liberar vestígios de reatsu a partir da segunda semana de gestação, e como a reatsu é tão fraca nesse ponto apenas as mãe normalmente sentem, não difere muito da sua, por isso quase ninguém conseguiria sentir a diferença.

_ E como você conseguiu?

_ Simples eu conheço sua reatsu completamente Rangiku, e você sabe que muitos dizem que eu sou especialista em reatsu, talvez seja isso.

_ E por que não me contou assim que soube?

_ Porque você não me perguntou, mais alguma pergunta?

_ Na verdade só uma que você não saberia responder, como dizer isso ao Byakuya?

_ Acho que essa resposta você já tem.

_ Obrigada onee-sama.

Rangiku sai do quarto esquadrão e vai até a cabana no meio da floresta, onde fazia algum tempo que ela não ia até lá. E lá ela encontra o Byakuya dormindo tranquilamente na sala da pequena cabana, ela senta perto dele e começa a fazer carinho nos cabelos negros dele.

_ Faz tempo que você chegou Rangiku? – ele fala acordando.

_ Não muito, e você faz tempo que está aqui?

_ Eu fugi um pouco do meu esquadrão, a Rukia e o Renji estão me seguindo por todos os lados, dizendo que eu tenho que me declarar pra você, e por causa disso passo menos tempo no esquadrão.

_ Hummmm, por que não diz que já se declarou?

_ Engraçadinha, sabe que se eu fizer isso, eles ficaram mais insuportáveis......, e você melhorou? – ele diz se sentando ao lado dela e acariciando o rosto dela.....

_ Eu fui ver a onee-sama hoje.

_ E o que ela falou? O que você tem?

_ Não é nada...

_ Rangiku eu te conheço e sei quando está mentindo pra mim.

Ela pega a mão dele e deposita sobre a barriga dela.

_ Ela disse que eu não estou doente, mas que estou com duas reatsu diferentes.

_ Não diga...

_ E a reatsu que eu estou carregando é a reatsu de uma menina igual a você, só que é quase impossível alguém conseguir sentir.

_ Nossa pequena menininha..... – ele fala completamente emocionado e depois a beija. – Que eu já amo muito...

_ Sabe eu acho que não conseguirei esconder a gravidez por muito tempo.

_ Vamos revelar o nosso relacionamento na festa daqui algumas semanas, a gravidez podemos deixar para contar depois que eles se acalmarem da primeira noticia.

Rangiku acena com a cabeça e depois deita no colo dele e dessa vez é ele que faz carinho no cabelo dela.